sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Abastecimento de água fica interrompido nesta quarta-feira

Cerca de 150 mil moradores de Santo André ficarão sem água  | Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (5), a Sabesp realizará a manutenção na entrada de água do Reservatório Progresso para melhorar o abastecimento pelo Sistema Rio Grande. O serviço interromperá o fornecimento de água, a partir das 8h nesta data, em sete reservatórios de Santo André, que fornecem o recurso hídrico para cerca de 150 mil pessoas, em 30 bairros da cidade. A normalização completa do abastecimento ocorrerá na madrugada da próxima quinta-feira (06). O Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa) recomenda que os moradores façam a reserva de água suficiente para 48 horas. 

As regiões afetadas são: Vila Progresso, Centreville, Parque Marajoara, Homero Thon, Vila Humaitá, Vila América, Vila Helena, Vila Lutécia, Vila Ipanema, Vila Tibiriçá, parte da Vila Vitória, Vila Guaraciaba, Condomínio Maracanã, Vila Guarani, Vila Suíça, Jardim Mirante, Vila Rica, parte da Vila Luzita, CDHU, Cruzado II, Jardim Santo André, Jardim Guarará, Jardim Irene, Vila João Ramalho, Parque Miami, Jardim Riviera, Cidade São Jorge, Vila Marina, Parque Gerassi, Jardim Mareck e Clube de Campo.

Já os reservatórios atingidos são: Progresso, São Jorge, Gerassi, Miguel Ângelo, Suíça, Miami e Clube de Campo. Na ocasião, o Semasa aproveitará a parada para efetuar a vistoria e a manutenção no registro da adutora do Sistema Rio Grande (Avenida Queiroz Filho, 2.080). 


Limites mínimos de velocidade da banda larga ficam mais rigorosos

Prestadoras deverão garantir 80% da velocidade contratada
Imagem: Reprodução
Os novos limites mínimos de velocidade contratada pelos assinantes de banda larga fixa e móvel entram em vigor neste sábado (1º). Pelas metas estabelecidas nos regulamentos de Gestão da Qualidade dos serviços de Comunicação Multimídia (banda larga fixa) e Móvel Pessoal (banda larga móvel), as prestadoras deverão garantir mensalmente, em média, 80% da velocidade contratada pelos usuários. Atualmente, é garantido apenas 70%.

Em outras palavras, na contratação de um plano de 10MBps, a média mensal de velocidade deve ser de, no mínimo, 8MBps. A velocidade instantânea - aquela aferida pontualmente em uma medição - deve ser de, no mínimo, 40% do contratado, ou seja, 4MBps. Com isso, caso a prestadora entregue apenas 40% da velocidade contratada por vários dias, terá de, no restante do mês, entregar uma velocidade alta ao usuário para atingir a meta mensal de 80%.

Andreenses podem consultar itinerários dos ônibus online

Aplicativo informa quanto tempo o coletivo levará para chegar ao ponto

Por Eduardo Kaze
Fraga apresenta o aplicativo à imprensa | Foto: Eduardo Kaze

Os usuários do transporte público municipal de Santo André agora podem acompanhar em tempo real a chegada do ônibus, utilizando a internet. Lançado nesta quinta-feira (30), o CittaMobi permite consultar, tanto no computador quanto por meio do celular, quais linhas passam pelos pontos próximos ao passageiro, o tempo que cada ônibus levará para chegar ao ponto desejado, entre outras funcionalidades. A reportagem do Ponto Final testou o aplicativo para smartphone e o sistema apontou a chegada do ônibus com uma margem de erro de um minuto.

No Brasil, nove cidades já utilizam o CittaMobi, três no ABC (Diadema, São Caetano do Sul e Santo André). O sistema informa também qual coletivo é adaptado para portadores de necessidades especiais e, em breve, será adequado para o uso de deficientes visuais.

O custo para os cofres públicos foi zero e deve auxiliar na melhora do trânsito de veículos, informa o secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra. “Esse aplicativo ajuda significativamente as pessoas. Nos próximos dias, iniciaremos uma campanha no interior dos ônibus para informar o usuário e ensinar como usar o sistema. Acreditamos que isso incentive muita gente a voltar a utilizar o transporte público, o que levará a uma redução do trânsito na cidade”, declara Serra.

Segundo Paulo Fraga, diretor comercial da Citatti, desenvolvedora do aplicativo, “foram três meses de trabalho junto às empresas de ônibus de Santo André para adaptarmos o CittaMobi”, conta, revelando que o aplicativo faz parte do pacote adquirido pelas concessionárias de ônibus da cidade, quando contrataram a empresa para instalar o GPS na frota (hoje, 100% equipada); ou seja, não houve custo extra.

O aplicativo pode ser baixado na Aplle Store (Iphones) e na Play Store (Androids). É possível também consultar os itinerários pela internet no endereço www.cittamobi.com.br.

Obs.: Matéria publicada na edição 834 do Ponto Final.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Caminhoneiros têm atendimento de sáude gratuíto na Anchieta

Por Malu Marcoccia

A Universidade Metodista de São Paulo e a Ecovias realizarão, em 4 de novembro próximo, mais uma edição do Mutirão da Saúde junto aos caminhoneiros que circulam pelo sistema Anchieta/Imigrantes. Alunos e professores dos cursos de Psicologia, Biomedicina, Farmácia e Nutrição farão atendimentos no pátio do Km 40 da pista sul da Via Anchieta, das 8h às 16h, com serviços de aferição de pressão arterial, teste de diabetes, orientação nutricional para prevenção da obesidade e suporte psicológico para prevenção da diabetes, entre outros.


O Mutirão da Saúde integra ações do Projeto Biovia, parceria entre Metodista e Ecovias inaugurada em 11 de novembro de 2011 e cujo objetivo é melhorar a qualidade de vida e a saúde dos caminhoneiros que trafegam pelas rodovias. Além de área de descanso, o pátio do km 40 dispõe de equipamentos de diagnóstico e tratamento. Em 2013, foram realizados 2.019 procedimentos e 1.003 caminhoneiros foram atendidos, superando as expectativas da parceria, segundo Meire Cristina Pauleto, docente da Faculdade da Saúde.

O Biovia é um projeto de extensão da Faculdade da Saúde e teve origem em pesquisa da Ecovias, concessionária do sistema Anchieta/Imigrantes, feita em 2011 com 300 caminhoneiros. O levantamento constatou que 58% deles afirmavam realizar jornadas de trabalho superiores a 12 horas diárias. Um em cada 10 admitiu já ter feito uso de drogas ilícitas, 31% dormem menos que 6 horas por dia, enquanto apenas 33% realizam três refeições diárias recomendadas por nutricionistas.

Mutirão da Saúde
Data: 4 de novembro de 2014
Horário: 8h às 16h
Local: km 40 Via Anchieta
Atividades
• Farmácia: medição da pressão arterial e orientação quanto ao uso e armazenamento de medicamentos.
• Biomedicina: medição de pressão arterial.
• Nutrição: avaliação do Índice de Massa Corpórea, orientação e programa de atendimento nutricional.
• Psicologia: suporte psicológico para prevenção de diabetes.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

A pobreza que une o Brasil

Por Erich Vallim Vicente -Tribuna Piracicabana 

O brasileiro é ensinado que a coroa portuguesa pouco se importou com a Descoberta do Brasil, em 1500. Mas é engraçado que, anos antes da esquadra de Pedro Álvares Cabral aportar-se no litoral nordeste destas terras apinhadas de pau-brasil, o reino dos Orleans e Bragança preocupava-se com “aquelas terras além do Oceano, descobertas e por descobrir”, conforme define o Tratado de Tordesilhas assinado com a Espanha. Talvez, o maior projeto de Portugal no Brasil – além, claro, de salvar a própria pele – tenha sido manter a unidade destas fronteiras continentais.


Mais de 300 anos depois da Descoberta e do malfadado projeto das Capitanias Hereditárias (eficaz na construção de poderes regionais e paralelos), a fuga de D. João VI, em 1808, no desespero para não cair em mãos napoleônicas, trouxe ao Brasil o processo de instauração do estado e, portanto, aprofundamento de raízes para a divisão federativa. Para alguém que vivia no rabicó da Península Ibérica, quando chegou por estas terras deve ter pensado “como isso aqui é grande”. Na ânsia da grandeza lusa, portanto, o Brasil foi construído em terras tão distantes.

Quando declarou o País independente, em 1822, D. Pedro I deve ter sentido frio na espinha em imaginar a unidade desta imensa porção de terra. Eventos separatistas não faltaram. A Independência da Bahia, entre 1822 e 1823, colocou a prova a inteligência e capacidade portuguesas. Ou ainda a Confederação do Equador, movimento revolucionário, de caráter emancipacionista e republicano ocorrido em Pernambuco. Deixar de ser Brasil nestes lugares significaria revés econômico sem precedentes – o Sul talvez nunca tivesse desenvolvido como ocorreria nos séculos seguintes.

Na constituinte para a Carta Magna de 1823, foi urgente recuar diante das pressões regionais contra o fim da escravatura – o que poderia ter acontecido seis décadas antes. Ali, o dilema que segue na vida republicana e federativa brasileira demonstrou ainda mais evidente. Sem exército capaz de enfrentar as oligarquias regionais – luxo que, nos EUA, Abraham Lincoln teve e por isso conseguiu aprovar a 13a Emenda –, o governo abriu mão da modernidade econômica em troca da unidade. O enriquecimento da elite com a escravidão foi, então, conquistada a golpes e chibatadas.

A mesma unidade de fronteiras foi mantida ao longo dos séculos, embora a República também tenha sofrido no campo ideológico e militar para evitar qualquer propulsão separatista no País – e aqui citar Canudos é, não apenas necessário, como também demonstrar a complexidade de um mesmo país nesta imensa extensão territorial. Mesmo assim, não há, entre o Tietê Médio e o Vale do Contestado, ou acima do Jequitinhonha e o Pantanal mato-grossense, nada o que desqualifique o Brasil unificado.

Geograficamente, não existe alguém que leve o outro nas costas, como se diz por aí, na tentativa de desqualificar beneficiários do Programa Bolsa Família. O que há, de fato, é uma imensa terra, onde diferenças culturais e sociais encontram unidade política na tentativa de apaziguar estes abismos. O trunfo do governo reeleito está em apostar no “Brasil, um país de todos” – como dizia o slogan do primeiro governo do ex-presidente Lula.

A presidente Dilma Rousseff entendeu que a totalidade geográfica só faz sentido se as condições sociais forem equiparadas. E pobreza há – convenhamos – e é o retrato vivente das mais sórdidas injustiças sociais, deflagradas do Norte ao Sul, do Leste ao Oeste.








Uruguai rejeita redução da maioridade

Do Opera Mundi (www.operamundi.com.br)

Os dados iniciais da apuração oficial das eleições deste domingo (26/10) no Uruguai confirmam que os candidatos Tabaré Vázquez e Luis Alberto Lacalle Pou definirão a Presidência do país em segundo turno, marcado para o dia 30 de novembro. Em plebiscito que também foi realizado ontem, 53% dos uruguaios rejeitaram a redução da maioridade penal. 


Até o momento, com 82,1% das urnas apuradas pela Corte Eleitoral, Vázquez, ex-presidente e líder do partido governista, Frente Ampla, tem 45,8% dos votos, enquanto o opositor Lacalle Pou conquistou 31,5%. Na terceira colocação está o candidato do Partido Colorado, Pedro Bordaberry, com 13,3% das preferências.

"Amanhã começa uma nova etapa, os uruguaios falaram e o povo uruguaio sabe se expressar com clareza. É nosso papel interpretar o que o povo diz. Teremos que ir para um novo embate. Encararemos a nova etapa na busca da Presidência no diálogo, no respeito a outras forças. E além das maiorias, o caminho será buscar o diálogo e respeito, e conhecer as opiniões de outras forças e buscar seu apoio em políticas", disse Vázquez em discurso após a divulgação das pesquisas de boca de urna.

Bordaberry já anunciou que, no segundo turno, apoiará Lacalle Pou, do Partido Nacional. "O Uruguai precisa de mudanças, especialmente em segurança pública e educação, e estou convencido de que Lacalle Pou é o melhor dos dois candidatos que passaram para o segundo turno para encará-los", afirmou o colorado.

De acordo com pesquisas de opinião, Vázquez e Lacalle Pou começarão a nova campanha tecnicamente empatados. Os resultados completos da apuração só devem ser conhecidos na tarde desta segunda-feira.

Redução da maioridade
Contrariando os levantamentos de intenção de voto, a população uruguaia rejeitou a redução da maioridade penal. Durante a campanha, a manutenção dos 18 anos como idade para responsabilidade penal chegou a estar perdendo por mais de 20 pontos percentuais, mas a proposta de diminuição acabou rejeitada por 53%.

"Isso é simplesmente um sinal de que não aceitaremos decisões simplistas. Não significa que não queiramos melhoras e que não queiramos que o Uruguai olhe com seriedade o que o preocupa, como, por exemplo, o tema da segurança", afirmou Fabiana Goyeneche, líder da campanha pela manutenção dos 18 anos como idade de responsabilidade penal.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O ódio à democracia

O antidemocratismo manifestado em ano eleitoral não é resultado de um sistema ainda imaturo, mas de um processo que se consolida e começa a incomodar.

por Matheus Pichonelli em Carta Capital

"Nordestino não sabe votar". "Pobres merecem o que têm". "Abaixo o Bolsa Esmola". "Vão pra Cuba". "Muda para Miami". "Os empregados deveriam ser proibidos de participar". "Paulista é uma raça egoísta". "Deveríamos nos separar do resto do país". Não, não é por acaso que as manifestações de ojeriza à política, ao contraditório e ao voto das populações mais pobres tenham se intensificado ao longo desta eleição, a sétima desde a reabertura democrática. A democracia brasileira é jovem, mas não é uma criança. Parte do ódio que ela provoca é antes o resultado de sua maturidade do que de seu ineditismo: quem vocifera não são os que desconhecem seu funcionamento, mas os que o conhecem muito bem – a ponto de, em pleno 2014, falarem em golpe, impeachment ou cegueira coletiva para deslegitimar um resultado adverso.


A polarização, cada vez mais acentuada entre os dois principais partidos do País, levou candidatos, eleitores-internautas, internautas-eleitores e parte da mídia a se comportar como torcedores de arquibancada nas últimas semanas, em especial no último domingo, 26 de outubro, quando a presidenta Dilma Rousseff foi reeleita. A tônica variava, mas tinha uma mesma base: não bastava expressar o voto, era preciso eliminar o concorrente e quem vota no concorrente – principalmente se ele não tem o mesmo repertório, a mesma escolaridade, a mesma (e suposta) independência material. Daí as agressividades identificadas tanto no submundo da internet quanto nas vozes de autoridades, personalidades e celebridades – que se engajaram na campanha atual, com apoio de um lado a outro, como nunca antes na história.

A essa altura, atribuir a um ou a outro a primazia do primeiro tacape será inútil. É preciso entender por que a agressividade se avoluma à medida que o sistema democrático se constrói – pois sua construção é um exercício permanente. Não é um fenômeno local: na Europa, onde o sistema é vigente há mais tempo, os intelectuais se batem há tempos sobre as contradições do chamado “reino do excesso” e das demandas pulverizadas (“mesquinhas”, segundo muitos) de um conjunto de indivíduos, muitos representantes de minorias – e não, para desespero das velhas oligarquias, de uma multidão uniforme.

Em um país como o Brasil, onde privilégio ao nascer e hegemonia política e econômica foram sinônimos ao longo da história, a ascensão de determinados grupos antes subjugados têm produzido todo tipo de ofensa ao chamado “individualismo democrático”. Sobram patadas sobre pobres, gays, lésbicas, negros, "comunistas", mulheres. Um exemplo foram as manifestações de ódio contra a população nordestina, onde o PT conquistou muitos votos. A repulsa chega com todos os disfarces, mas pode ser identificada, por exemplo, quando um ex-presidente da República atribui um resultado adverso (para ele e os seus) à cegueira coletiva dos “menos instruídos”.

No livro Ódio à Democracia, recém-publicado no Brasil pela Boitempo Editorial, o filósofo franco-argelino Jacques Rancière deixa pistas para entender este fenômeno. Um fenômeno que, a se fiar pela experiência europeia e pelos últimos embates, será cada vez mais comum por esses lados. A obra é uma crítica contundente à denúncia do “individualismo democrático” – que, segundo ele, cobre, com pouco esforço, duas teses: a clássica dos favorecidos (os pobres querem sempre mais) e das elites refinadas (há indivíduos demais, gente demais reivindicando o privilégio da individualidade). “O discurso intelectual dominante une-se ao pensamento das elites censitárias e cultas do século XIX: a individualidade é uma coisa boa para as elites; torna-se um desastre para a civilização se a ela todos têm acesso”, escreve. Para o autor, não é o individualismo que esse discurso rejeita, mas a possibilidade de qualquer um partilhar de suas prerrogativas. “A crítica ao ‘individualismo democrático’ é simplesmente o ódio à igualdade pelo qual uma intelligentsia dominante confirma que é a elite qualificada para dirigir o cedo rebanho”.

Qualquer semelhança com os últimos capítulos da eleição não é mera coincidência. No prefácio da mesma obra, o filósofo Renato Janine Ribeiro, professor de ética da USP, lembra que um número expressivo de membros da classe média ainda desqualifica os programas sociais consolidados nos últimos anos. “Para eles, o Brasil era bom quando pertencia a poucos. Assim, quando a multidão ocupa espaços antes reservados às pessoas 'de boa aparência', uma gritaria se alastra em sinal de protesto. O que é isso, senão o enorme mal-estar dos privilegiados?”, questiona. “A expansão da democracia incomoda. Daí um ódio que domina nossa política, tal como não se via desde as vésperas de um golpe de 1964, condenando as medidas que favoreciam os mais pobres como populistas e demagógicas”.

Em coro com Rancière, Janine Ribeiro lembra que a democracia não é um Estado acabado nem um estado acabado das coisas; ela vive constante e conflitiva expansão. “Porque a ideia de separação social continua presente e forte”.

Ao menos nas últimas semanas, esta ideia parece ter tomado proporções graves nas manifestações de ódio pelas ruas e redes sociais. Como se o mesmo país fosse pequeno demais para dois (para não dizer muitos) tipos de eleitores: um deve ser enviado a Cuba, o outro, a Miami; um deve ter o direito de voto cassado, o outro tem o direito apenas de calar. O não-diálogo é escancarado, sobretudo por quem costumava observar o espaço público como sua propriedade e hoje se rebela contra o "Estado protetor" e o voto "mesquinho" dos indivíduos. Mas a democracia, prossegue Rancière, longe de ser a forma de vida dos indivíduos empenhados em sua felicidade privada, é o processo de luta contra essa privatização, o processo de ampliação dessa esfera. "Ampliar a esfera pública não significa, como afirma o chamado discurso liberal, exigir a intervenção crescente do Estado na sociedade. Significa lutar contra a divisão do público e do privado que garante a dupla dominação da oligarquia no Estado e na sociedade”.

sábado, 25 de outubro de 2014

Waze firma parcerias com prefeituras

Por Isabella Lessa - Grupo MM

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade do mundo a receber a fase piloto do W10 Cidadãos Conectados, projeto do Waze em parceria com prefeituras para a troca de informações sobre o trânsito em tempo real. Durante evento para a imprensa nesta sexta-feira, 24, em São Paulo, a empresa contou um pouco mais sobre o programa que deve expandido para outras partes do País.

Segundo Flávia Sassaki, chefe do programa de transmissão e parcerias do Waze, a iniciativa teve início a partir de um pedido do prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes. Ele pediu que o app colaborativo apoiasse a visita do Papa Francisco, em junho do ano passado, por meio da verificação do sistema de tráfego.



A partir de então, o serviço vem trabalhando em parceria com o Centro de Operações Rio (COR) para a disseminação de informações em tempo real sobre a situação das ruas e avenidas da metrópole.

Hoje, o programa funciona em outras dez localidades: nas cidades de San Jose, Jacarta, Boston, Tel Aviv, Barcelona, Los Angeles e Nova York; nos estados de Utah e Flórida. Julie Mossler, diretora de comunicação do Waze, afirma que os dados da plataforma são disponibilizados para a prefeitura sem custos. “Preferimos escolher os parceiros que consideramos que saberão utilizar esses dados da melhor forma. Ainda no estágio inicial da empresa, definimos que seríamos uma empresa B2C, pois se nos tornássemos B2B o foco passaria a ser a monetização desses dados. E a prioridade é a segurança do usuário e conseguir que ele passe menos tempo parado no trânsito”, explica.

No Brasil, o W10 Cidadãos Conectados deve chegar às prefeituras de Vitória, no Espírito Santo e Petrópolis, no Rio de Janeiro. Salvador, Florianópolis e Porto Alegre também estão interessadas no projeto, adianta Flavia. Para ela, o ponto mais interessante da parceria com o governo é saber com antecedência sobre manutenções na cidade e situações emergenciais.

No próximo domingo, 26, o app enviará notificações aos usuários em casos de congestionamento devido às eleições.

Marcas no Waze
Iniciativas sem custo como as duas citadas acima são viáveis graças às marcas que anunciam no serviço, algo que tem aumentado bastante no Brasil. Eric Ruiz, diretor de vendas do Waze para a América Latina, não revela números de faturamento em publicidade, mas garante que o Brasil está entre os três principais mercados da empresa. “Sentimos que o mercado brasileiro está disposto a tentar novas plataformas, o que é ótimo. Já tivemos resultados positivos com o Ponto Frio durante a última edição da Black Friday”, exemplifica.

No ano que vem, ele conta que a marca vai anunciar parceria com uma grande marca de combustível para oferecer descontos de abastecimento e outros serviços aos usuários do app. Ruiz preferiu não mencionar o nome da empresa, mas adianta que esse tipo o Brasil será o primeiro em que o Waze atua a receber esse tipo de ação.

Wazers brasileiros
O País está entre os cinco com mais usuários do Waze, ao lado de EUA, França, Reino Unido e México. São Paulo tem mais de 1,5 milhão de usuários ativos, enquanto o Rio de Janeiro possui cerca de 500 mil. Ambas as cidades figuram na lista das cinco cidades com mais usuários do serviço. Jacarta, Los Angeles e Nova York completam o quadro.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A democracia precisa de você



Por Thiago Rocha de Paula
 
Thiago Rocha de Paula
Em toda eleição, abre-se um debate complexo sobre o chamado “voto de protesto”. Sempre surge um grupo para defender a bandeira do voto nulo, com finalidade de promover a anulação do processo eleitoral e revolucionar o sistema político do país. Para essas pessoas, o voto nulo é a melhor forma de demonstrar a insatisfação dos eleitores com os políticos. É suspeita, entretanto,a ação que tenta demonstrar que o eleitor brasileiro está mandando um recado tácito de revolta juntando o número de votos brancos, nulos e de eleitores faltosos, transformando em abstenção deliberada e, depois, dizendo que a eleição de domingo próximo será entre a presidente Dilma e o resultado dessa soma macabra. 

Esse absurdo sai da interpretação do nosso Código Eleitoral, que prevê a necessidade de marcação de nova eleição se a nulidade atingir mais da metade dos votos do país. A grande distorção dessa teoria é que a nulidade a que se refere o Código é a constatação de fraude nas eleições, como, por exemplo, a cassação de candidato eleito condenado por compra de votos. Nesse caso, se o candidato cassado obteve mais da metade dos votos, será necessária a realização de novas eleições, as chamadas “eleições suplementares”. Ou seja, em caso de maioria de “abstenções” nada mudará o resultado do pleito. 

Caro leitor, o voto nulo é a negação do sistema que o país se orgulha em ter reconquistado. É a negação da democracia representativa que conquistamos a dura sorte. Parece-me ser o voto em branco o que realmente expõe a insatisfação do eleitor com o sistema político vigente pois, ao olhar para todos os candidatos e ao votar em branco, o eleitor afirma que não há ninguém que represente, no momento, sua vontade ou que não está seguro o bastante para decidir. Antigamente, quando o voto era marcado em cédulas de papel a informação sobre a possibilidade de o voto em branco ser direcionando a outro candidato poderia fazer algum sentido. Isso porque, ao realizar a apuração, em caso de fraude, as cédulas em branco poderiam ser preenchidas com o nome de outro candidato. Reiterando: em caso de fraude, não em caso de regra. Assim, o voto em branco é justo deve ser mapeado e estudado para o fortalecimento da democracia.

Neste clima eleitoral tenso, contudo, temos de ter cuidado com as falsas revoluções. A verdadeira Revolução é a democrática.  É aquela que preserva a vontade da maioria. E é aquela que só prosperará com a participação popular ampla, geral e irrestrita diariamente.
Que neste domingo você tome a mais importante das decisões, a de participar, pois nossa democracia precisa de você.

Mulher furta pé de laranja no 2º Subdistrito andreense

Por Vivian Silva 

Imagem: Reprodução
No último dia 8, uma mulher furtou um pé de laranja plantado pelo proprietário da Doceria Julipe, Aparecido Afonso, na Rua Vichi, na Vila Metalúrgica. De acordo com o vídeo divulgado no Facebook, pela esposa de Afonso, é possível ver a mulher observar se não há ninguém no local e, em seguida, ela arranca o pé de laranja, que tinha em torno de 40 centímetros, e o coloca dentro de uma sacola ou bolsa.

Segundo Afonso, o intuito de divulgar o vídeo - conseguido com uma empresa localizada na rua - é fazer com que esta pessoa reflita sobre a própria atitude. “A intenção é só para a pessoa ficar atenta, para ela pensar se vale a pena fazer isso”, comenta.

Afonso também relata não conhecer a pessoa no vídeo e justifica ter plantado árvores no entorno do estabelecimento comercial dele, para evitar que entregadores de mercadorias estacionem os caminhões sobre a calçada, fato que estava deteriorando o piso, além de atrapalhar a passagem de pedestres.Vale lembrar que o plantio de árvores em vias públicas, requer solicitação prévia na Prefeitura.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ABC pode dar um salto na indústria paulista com fábrica da Saab

Por Vivian Silva

O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, é o coordenador da campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT) em São Paulo. Em entrevista exclusiva à Adjori-SP, Marinho aponta a instalação em São Bernardo do Campo da fábrica sueca Saab, responsável pelos caças Gripen, como um “salto” na indústria paulista, como foi a indústria automobilística – fato que, segundo ele,  estará garantido com a reeleição de Dilma. Na ocasião, ele também falou sobre reforma política e a quantidade de ministérios.  
Fornecedores poderão também exportar equipamentos produzidos para o Gripen

Defesa nacional
A defesa nacional do Brasil ganhou força com o anúncio da aquisição de 36 caças Gripen NG, escolhidos pela presidente Dilma, no fim do ano passado, para substituir a frota de Mirages da Força Aérea Brasileira (FAB). A partir de então, iniciou-se um diálogo para a instalação de uma fábrica da Saab em São Bernardo do Campo, com o objetivo de produzir 80% da estrutura do Gripen, o que promoverá cerca de mil empregos apenas na cidade e outros milhares no estado. “Essa decisão é altamente estratégica e provocará a possibilidade do Brasil fazer o seu caça sozinho. Nós estamos projetando isso para os próximos 50 anos, de forma a criar as condições para que, no futuro, o Brasil não dependa de ninguém para ter o seu caça genuinamente brasileiro”, afirma Marinho.
De acordo com Marinho, o investimento na área da defesa nacional (Aeronáutica, Marinha e Exército) estava estagnado por mais de cinco décadas, até o ex-presidente Lula iniciar investimento nesta área e a presidente Dilma dar continuidade ao processo.

Marinho: "Dilma é a melhor opção para a indústria paulista".

Fim de ministérios
Recentemente, o candidato a Presidência, Aécio Neves, declarou que, se eleito, acabará com alguns ministérios do governo. Em resposta, o coordenador da campanha de Dilma defende a existência de cada um e exemplifica a funcionalidade e necessidade dos departamentos. Segundo Marinho, o Ministério das Cidades, instituído no governo Lula, por exemplo, facilitou a comunicação com diversas regiões, o que inclui o ABC.
Lula criou o Ministério das Cidades. Antes você não tinha uma relação institucionalizada das cidades com o governo federal, esta foi uma das mudanças importantes que nós tivemos”, explica, ao se referir ainda ao desmembramento do Ministério do Esporte, que envolvia áreas como Cultura e Lazer, promovendo maior dedicação a cada uma delas. “Nós estamos avançando muito em cada uma dessas áreas porque tem uma atenção maior, organizamos as demandas e os investimentos”, garante.

Reforma política e democratização
Um plebiscito sobre a reforma política, demanda levantada durante os protestos de junho de 2013, já teria acontecido se dependesse apenas do Partido dos Trabalhadores (PT), garante Marinho. “O PT é um partido democrático, que respeita as diferenças de visões na sociedade brasileira. Nós apoiamos uma assembleia constituinte, apoiamos o debate sobre a reforma política, apoiamos o debate sobre o avançar do processo democrático brasileiro. Você tem segmentos que o processo democrático ainda não chegou direito”, explica, apontando os fatos ocorridos entre membros da imprensa como exemplo: “veja os jornalistas que tiveram que pedir demissão de órgãos importantes, para poder expressar a sua opinião em seus próprios artigos”, comenta. 

ABC
Nos últimos anos, o ABC recebeu recursos do governo federal para diversas áreas como Saúde, Habitação e Mobilidade Urbana. Porém, muitos desses repasses ocorrem gradativamente e não de uma única vez. Marinho defende a reeleição de Dilma como única garantia de continuidade dos projetos que já estão em andamento. “Eu fui colega da Dilma no governo Lula e coordeno a campanha dela. Na região, temos o Consórcio Intermunicipal Grande ABC como interlocutor com a presidenta, vide o nosso pacto de mobilidade regional”, comenta Marinho, que também é presidente do Consórcio. 


Pesquisa
A pesquisa CNT/MDA, realizada em 18 e 19 de outubro, e divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) nesta última segunda-feira (20) aponta empate técnico entre os candidatos. Segundo o levantamento, Dilma tem 45,5% das intenções de votos, enquanto Aécio aparece com 44,5%. Apesar da disputa acirrada, Marinho se mantém otimista. “O PSDB não assumirá o governo federal. Deus é pai e o povo vai nos acompanhar e reeleger a presidenta Dilma”, finaliza.











Muitos votos a conquistar

Por Carlos A.B. Balladas

Como era esperado, o segundo turno da eleição presidencial brasileira, é uma das mais acirradas desde a redemocratização do País.
A eleição também tornou-se palco para ataques severos entre os dois candidatos. Além de uma disputa para o cargo de presidente, há um disputa para desvendar e tornar público deslizes de ambos os lados. O povo brasileiro, com isso, toma conhecimento dos bastidores do poder no Brasil, o que é concomitantemente estarrecedor e salutar. Um empate neste quesito é a melhor aposta.
Com quatro dias para a abertura das zonas eleitorais para milhões de brasileiros cumprirem sua obrigação cívica, os resultados oferecidos pelos institutos apresentam diferenças gritantes, o que nos leva a inúmeras dúvidas e indagações, as quais não tentaremos responder aqui, pois deveríamos nos ater a análises técnicas maçantes e pouco conclusivas.
Vamos nos deter em hipóteses plausíveis, baseadas nos movimentos dos eleitores e partidos nestas e em outra eleições.
Aécio, como previsto neste espaço, passou para o segundo turno por meio da fragilidade da candidatura de Marina Silva, auferindo milhões de votos de eleitores que desejam derrotar o estabelishment e que perceberam que ela provavelmente não o faria. Somado a isso, a campanha de Dilma Rousseff mirou seus torpedos em Marina na crença que Aécio seria um candidato mais fácil de derrotar.
Qualquer que seja o vencedor na disputa, a diferença entre o vencedor e o perdedor será
menor que 10% dos votos válidos, nisto há consenso.
O que está definindo a adesão de eleitores são os três parâmetros já antevistos neste espaço, ou seja os eleitores da Rede, do PSoL e do esforço do PMDB para as campanhas de Dilma e Aécio, já que o o partido, desde o início está dividido.
As informações que temos é de indefinição dos eleitores da Rede (não confundir com os marinistas), até o momento. Muitos líderes deste grupo pregam o voto nulo. É preciso saber se todos que defendem a existência deste novo partido seguirão este rumo.


O PSoL, saltou do muro e vem pregando um voto crítico em Dilma, o que pode render votos importantes à candidata, e mais, influenciar os simpáticos da Rede.
O PMDB, como sempre, está nas duas canoas. Mas tem candidaturas fortes em apoio à Dilma, como a de Pezão, do Rio de Janeiro, onde há um eleitorado muito fluído, sem consistência ideológica. Este território é fértil para ambos os candidatos. Quem está vencendo por lá é Dilma, segundo pesquisas divulgadas. Nos estados do Sul, o PMDB sempre esteve alinhado ao PSDB, o que dá a Aécio uma grande vantagem, compensando aquela que Dilma tem nas regiões do Nordeste e Norte.
A grande diferença, entretanto, é a militância da esquerda - PT e PCdoB - que ainda mantém a chama de décadas atrás, e que reacendeu apenas neste segundo turno.
Afirmar com absoluta certeza um vencedor neste momento é um exercício de futurologia inócuo, pois ainda há um debate para ocorrer, e repercussões deste pode render votos para o candidato que se sair melhor.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Dilma recebe dirigentes de jornais do interior

A Associação dos Jornais do Interior do Estado de São Paulo - Adjori-SP - elaborou documento (cópia abaixo), também denominado de Carta de Piracicaba,  que apresenta a visão dos associados sobre a  democratização das comunicações no País, sugere politicas públicas na área educacional e pleiteia  reformas das normas de propaganda eleitoral.

"A Adjori paulista, em ação inédita em sua história, contatou os principais candidatos à Presidência da República e ao governo do nosso estado. Alguns participaram de entrevistas coletivas, a outros apenas entregamos a Carta de Piracicaba, solicitando deles o compromisso com as causas que defendemos", declara Carlos A.B. Balladas, presidente da entidade.

Nesta segunda-feira (20) foi a vez de Dilma Roussef (PT) receber o documento e ouvir dos dirigentes da Adjori-SP as sugestões de valorização dos jornais locais.

A presidenta elogiou a iniciativa dos jornais do interior paulista e reafirmou o seu compromisso com a democratização dos meios de comunicação.

O encontro ocorreu na capital paulista em evento com artistas, professores e estudantes que apoiam a sua candidatura. 

Maercelo Sanazar, vice presidente da Adjori, e Carlos A.B. Balladas, entregam a Carta de Piracicaba à Dilma  
Dilma reafirma compromisso com os jornais locais. 

Carta de Piracicaba 

Os jornais do interior e a democracia da comunicação.

A imprensa educa, ensina, dirige e inspira.
Barbosa Lima Sobrinho
  
A Associação dos Jornais do Interior do Estado de São Paulo (Adjori-SP), com cerca de 34 anos de existência, é uma das mais antigas entidades do gênero no Brasil. Tem como inspiração o associativismo e o cooperativismo para promover e defender os preceitos da democracia, da livre iniciativa, da liberdade de expressão, do direito à informação e do livre exercício da atividade jornalística, em conformidade à Constituição brasileira.
Os dirigentes dos jornais do interior têm plena consciência de que a difusão de informações honestas leva o individuo a ações positivas que preservam e ampliam os seus direitos de expressar com liberdade as suas ideias e de organizar-se.
Entendem também que o jornal do interior como "leitura local" é insubstituível como marco referencial da comunidade na qual circula, cabendo aos jornais dos grandes centros o papel de "segunda leitura”.
A existência de jornais locais é essencial para o exercício do direito dos cidadãos à informação. Nas pequenas e médias cidades, os jornais são fundamentais para a vida comunitária e ajudam a estabelecer os canais de comunicação que garantem o pluralismo cultural e ideológico.
Quanto mais a sociedade mundial se globaliza, quanto mais a nossa democracia sofre aperfeiçoamentos e se consolida, mais cresce o interesse do indivíduo pelo local onde ele e sua família habitam, estudam e trabalham.
Todos os jornais locais constituem-se em forjadores da identidade de suas comunidades. O cidadão de cada comunidade se enxerga como participante da mesma por meio do jornal local. Nenhum outro meio de comunicação, até o momento, é mais poderoso para oferecer ao indivíduo a ideia de pertencimento a uma sociedade do que o jornal local.
São as páginas do jornal local que valorizam o cidadão e defendem os reais valores da comunidade. 
Os jornais do interior paulista, sem exceção, são comandados por empreendedores, autênticos idealistas, que têm, acima de tudo, a missão de preservar o bem-estar e a harmonia social das comunidades nas quais atuam.
Diante disso, a Adjori-SP propugna, no sentido de ampliar e aperfeiçoar a democracia em nosso Estado e no País:

  
1)    A instalação do Conselho Estadual de Comunicação, com a participação das sociedades civil, empresarial, acadêmica e governamental em cotas paritárias;

2)    A criação e fomento de programas de interação entre as comunidades docente e discente com os jornais locais, tais como o “Jornal na Escola”;

3)    Meios de fomento à atividade empresarial do jornal local, como incentivos e linhas próprias de financiamento;

4)    Participação justa dos jornais do interior nas verbas de publicidade do governo estadual e entidades a ele ligadas;

5)    E no âmbito federal, a extinção da Lei 12034 de 29/09/2009


Piracicaba - S.P.,  março de 2014.






sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Workshop de redação gratuito na Metodista

A Universidade Metodista de São Paulo promove aos vestibulandos na próxima segunda-feira (20) e terça-feira (21) um workshop de redação, em que os vestibulandos poderão tirar dúvidas para as provas do vestibular.

O workshop será ministrado pela professora Patrícia Sosa, professora do curso de Letras da Metodista e mestre em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Metodista.

O workshop será realizado nas seguintes datas e horários:
Workshop de redação
- 20 de outubro, às 14h30 (segunda-feira).
- 21 de outubro, às 19h (terça-feira).
Onde: Auditório Sigma - Universidade Metodista de São Paulo - Campus Rudge Ramos - Rua Alfeu Tavares, 149 - Rudge Ramos - São Bernardo do Campo - SP.
Informações: portal.metodista.br/processo-seletivo

Dilma recebe documento de jornais do interior

A Associação Nacional dos Jornais do Interior (Adjori Brasil) entregou, nesta sexta-feira (17) um manifesto em defesa de um novo Pacto Federativo à candidata à reeleição, a presidente Dilma Roussef. A entrega foi feita pessoalmente pelo presidente da associação, o catarinense Miguel Ângelo Gobbi, durante uma visita da petista a Florianópolis, capital de Santa Catarina. A Adjori Brasil representa mais de 600 publicações filiadas a adjoris dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Sergipe e Rondônia. 


A presidente destacou a atenção especial que deu aos pequenos municípios em seu governo, inclusive com a aquisição de equipamentos para manutenção de estradas vicinais, como retroescavadeiras, motoniveladoras e caminhões-caçamba, para todas as cidades com até 50 mil habitantes. “São ações para aumentar o grau de autonomia dos municípios”, disse Dilma.

O documento é resultado da realização do Seminário Nacional O Pacto Federativo em Debate, promovido pela Federação da Indústria do Estado de Santa Catarina e pela Associação dos Jornais do Interior (Adjori Brasil/Santa Catarina) em maio deste ano, em Florianópolis, com a presença de lideranças políticas e empresariais de todo o Brasil.
Também acompanharam a entrega o secretário-executivo da Adjori Brasil, Áurio Gislon, e o tesoureiroi geral da Adjori Brasil, José Roberto Deschamps.

Em São Paulo, a Adjori é presidida por Carlos A.B. Balladas, publisher do Jornal Ponto Final e da revista Dia Melhor.
Confira a íntegra do documento:

MANIFESTO DE LIDERANÇAS EM DEFESA DO PACTO FEDERATIVO

Resultado da realização do Seminário Nacional O Pacto Federativo em Debate, promovido pela Federação da Indústria do Estado de Santa Catarina e pela Associação dos Jornais do Interior (Adjori Brasil/Santa Catarina) e realizado no dia 9 de maio de 2014, na Capital catarinense, lideranças nacionais e estaduais de todos os setores de atividade entregam aos brasileiros, aos governantes, líderes partidários e aos candidatos à Presidência da República e Governos de Estado este “Manifesto de Lideranças – Em Defesa do Pacto Federativo”, com o seguinte teor:

Passados 26 anos da promulgação da Constituição de 1988, o Brasil assiste atônito e impotente à quebra de uma das cláusulas pétreas (artigo 60, parágrafo 4°, inciso I, CF/88) de sua Carta Magna: a forma federativa do Estado.

No cerne do conceito desse pilar legal estabelecido para que seja indissolúvel a união dos Estados e Municípios e do Distrito Federal e como pedra fundamental do desenvolvimento democrático, regional e descentralizado, os constituintes objetivavam, ao mesmo tempo, dar fim ao “centralismo ditatorial” que marcou o Brasil a partir de 1964, e estabelecer as condições necessárias para que União, Estados e Municípios estivessem integrados e harmonizados na construção de um novo país.

No entanto, o que se viu foi exatamente o contrário: criou-se o “centralismo democrático”, com o poder cada vez mais concentrado em Brasília, resultado de desastradas políticas que levaram ao endividamento e à guerra fiscal entre os Estados, quebra de bancos regionais e a atribuição de responsabilidade pela execução de políticas básicas, como Educação e Saúde, aos municípios, sem a devida alocação dos recursos necessários oriundos do bolo orçamentário nacional, aliás, arrecadado exatamente nestes mesmos municípios.

O resultado dessa centralização crônica de que padece o Brasil é um cenário de cidades à beira da falência, prefeitos de chapéu na mão em busca de recursos em Brasília, mobilizações gigantescas e dispendiosas dos representantes das cidades na Capital Federal na tentativa de sensibilizar o Poder Central, Estados em guerra fiscal permanente, numa luta fraticida que enfraquece a Nação dia a dia.

Neste momento em que os brasileiros estão se preparando para decidir os destinos da Nação pelo voto, consideramos imprescindível e inadiável as seguintes medidas e ações em favor do novo Pacto Federativo:

01. INCLUSÃO DO TEMA “PACTO FEDERATIVO” NO PROGRAMA DOS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E GOVERNOS DE ESTADO. Que os candidatos apresentem à população sua posição e propostas com relação ao Pacto Federativo.

02. ORGANIZAÇÃO DA “FRENTE PARLAMENTAR FEDERATIVA” NO CONGRESSO NACIONAL NA PRÓXIMA LEGISLATURA (2015-2018). Esta proposta foi aprovada pelos participantes do Seminário Nacional O Pacto Federativo em Debate, para que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal constituam uma Frente Parlamentar para criar um fórum legítimo para encaminhamento do debate público para a implantação do novo Pacto Federativo.

03. FAZER DO PACTO FEDERATIVO TEMA DE ENCONTROS, SEMINÁRIOS, CONGRESSOS E OUTROS EVENTOS NACIONAIS E ESTADUAIS, REUNINDO PODER PÚBLICO E ENTIDADES ORGANIZADAS DA SOCIEDADE CIVIL. A exemplo do que ocorreu em Florianópolis com a realização do Seminário Nacional O Pacto Federativo em Debate, fomentar junto às Entidades Organizadas (Confederações, Federações, Conselhos, Associações, etc.) que representam todos os setores de atividade nacional – Agricultura, Comércio, Indústria, Serviços – para que estas promovam encontros sobre o Pacto Federativo e possam contribuir com a sua implantação.
Esperançosos de que esse Movimento pelo Pacto Federativo atinja seus objetivos para o bem da Nação Brasileira, firmam este manifesto.

Manifesto do Jornal Ponto Final



Às vésperas do segundo turno da eleição presidencial brasileira, que decidirá pela continuidade do governo de coalizão de centro-esquerda, sob comando de Dilma Rousseff (PT), ou a inauguração de uma gestão de Aécio Neves (PSDB), palavras como “esquerdismo”, “comunismo”, “socialismo” e outros “ismos” tomam tom pejorativo e são utilizados sem nexo em ocasiões diversas. 

Os agentes destes ataques, por sua vez, alertam para a existência de conluios obscuros que levarão o Brasil para as mãos dos que privilegiam a população mais humilde para mantê-la “escrava” de um grupo. “Que absurdo!”, pensam eles, “como esses miseráveis viveriam sem a elite pastoreando suas finanças? Regulando suas vidas? Determinando o que é bom e o que é mal no mundo?”. A isso, respondemos: somente sem a presença onipresente da mão que alimenta o crescimento nos limites da desnutrição é que existe esperança.

Proclamam-se, os que atacam o atual governo, como os detentores da mudança, necessária em virtude de uma suposta desesperança generalizada. Estão errados! Que desesperança é essa que anunciam, senão o esmorecimento dos próprios magnatas que representam? Sim, meus caros, são os atuais detentores dos meios de reprodução da vida que tremem diante da patente evolução de uma parte do País até então adormecida. São eles que assistem a realidade tornando-se antagônica aos seus interesses. O Mapa da Fome 2013, apresentado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, mostra que o Brasil conseguiu reduzir a pobreza extrema - classificada com o número de pessoas que vivem com menos de um dólar ao dia - em 75% entre 2001 e 2012.

Temem eles, covardes que são, os avanços de uma classe considerada subalterna em virtude da miserabilidade que até então se encontrava. Temem a percepção iminente do povo de que o pauperismo experimentado é uma característica inalienável do sistema de classes existente. 

Frente à escolha de jogar o País nas mãos de uma direita neoliberal privilegiadora de empresas em detrimento às pessoas, ou conservar o ritmo regido pelo governo em andamento, este jornal não possui dúvidas, mantém-se coerente às suas diretrizes, fundamentadas no implemento da democracia (a real democracia), e mesmo com críticas pontuais, como o pouco avanço na democratização da comunicação e o escasso diálogo com a sociedade, apoia Dilma Rousseff à Presidência do Brasil.