sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Faltam três pontos para Dilma e Aécio. Quem vai levar?

Por Marco Damiani - Brasil 247

A contagem regressiva começou. Com as campanhas suspensas, como forma de dar tranquilidade para a reflexão dos eleitores, menos de 72 horas separam 140 milhões de brasileiros das urnas eletrônicas do domingo 5. Será a sétima eleição presidencial direta desde a redemocratização do País, em 1985 – e, sem dúvida, a de prognóstico mais difícil de ser apontado. Ao longo dos dois meses de campanha eleitoral pela televisão, além dos quase dois anos em que, desde o lançamento informal de Aécio Neves, pelo ex-presidente Fernando Henrique, a disputa, na prática, começou, tudo o que se sabe é que tudo pode acontecer no domingo.


Segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira 2, Dilma tinha 40% de intenções de voto, mas os porcentuais mais debatidos foram os de Marina e Aécio, respectivamente com 24% e 21%. Uma situação de empate técnico.
De acordo com o Ibope veiculado também ontem, as projeções de votos válidos davam a Dilma 47%, contra 28% para a adversária do PSB e 22% para o senador tucano. Nesse quadro, não é exagero considerar a vitória de Dilma já em primeiro turno. Nas últimas pesquisas Ibope, a presidente empreendeu uma escalada de 42%, 43%, 45% e, agora, 47% de intenções na tabela dos votos válidos, quando são desconsiderados os brancos e nulos. Para ela, assim, faltariam 3 pontos percentuais mais um voto para encerrar a disputa no primeiro turno.
Para o Datafolha, também é de 3 pontos percentuais a diferença entre Marina e Aécio. Significa dizer que uma pequena variação na escolha dos eleitores pode configurar uma completa mudança na eleição. Se Dilma é dada como presença certa no segundo turno, ela também tem chance de resolver a eleição no domingo 5. Mesmo momento em que se saberá qual vai ser o adversário dela na segunda volta. Hoje, as pesquisas ainda dizem que é Marina, mas depois de amanhã os votos podem determinar que é Aécio.
Trata-se de um final coerente para uma eleição que atravessou a agitação de uma Copa do Mundo, em julho, foi marcada, em agosto, pela comoção pela morte do presidenciável Eduardo Campos, e chega ao momento final entre delações premiadas que acusam de corruptores chefes das cinco maiores empreiteiras do País.
Dentro dessa moldura, a eleição transcorreu dentro dos parâmetros da democracia, o que a fortalece. Num país que já sofreu uma série de rupturas institucionais em sua história, sem dúvida essa pode ser considerada a primeira – e maior – vitória. Na festa democrática que aguarda os brasileiros no domingo 5, a ordem é ir votar em paz e com a própria consciência. Qualquer que seja o resultado, o Brasil sairá mais forte e maduro das urnas.

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