sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Siraque tranquilo?

Por Carlos A.B. Balladas

Um dos temores do PT e de seus aliados é o que o ex-deputado federal Vanderlei Siraque irá fazer da vida sem um mandato político.
Siraque havia ocupado um cargo na CUT no período entre a eleição de 2008, na qual conseguiu apenas uma suplência, e assumir a vaga na Câmara deixada por Aldo Rabelo, quando este assumiu o Ministério dos Esportes.

Agora, depois de tentar, e não conseguir, uma posição no governo federal, Siraque representaria - para alguns - uma real ameaça às pretensões de reeleição de Carlos Grana. Ventila-se em todas as todas politicas que o ex-deputado poderia se inspirar nas atitudes de Marta Suplicy e seguir carreira politica fora do PT.
Este blogue, entretanto, apurou que Siraque estaria tranquilo e conformado com o que o destino lhe reservou. Pretende atuar como advogado e pleitear vaga de professor de direito em universidade privada.
O PT, por sua vez, colocou uma pequena tropa para ficar de olhos e ouvidos atentos a todos os movimentos de Siraque. Prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém.
A conferir.

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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

E agora PT?

Por Gilberto Carvalho na Carta Capital

De repente, os ventos mudaram, as águas se agitaram, velas se romperam e o barco parece sem controle... muitas previsões de naufrágio. Sentimos a barra, clamamos por um comando milagroso, mas nuvens carregadas não permitem que se vislumbre nenhum sinal do sol.


Não é a primeira vez, nem a primeira tempestade, tampouco os marujos são inexperientes. Ao contrário. A vida os calejou impiedosamente, desde os primeiros movimentos. Agora, a conjunção de fatos parece insuperável: crise econômica com sabor amargo de inflação no cotidiano dos cidadãos e medo de desemprego, crise da falta de água e reiterada e cotidiana profecia de crise de energia, crise política no Parlamento, onde, como diria Zé Múcio, bezerro não reconhece vaca, crise na Petrobras, com suas calculadas gotas diárias de novidades delatadas, tomadas como verdades comprovadas, num martelar poderoso e insistente para pregar a imagem de um partido e um governo irremediavelmente na podridão da corrupção.

É festa da oposição, é ódio cultivado, realimentado dia a dia em um “milenium” de colunas, drops radiofônicos, artigos, sempre a prever o fim apocalíptico de um projeto. Eles venceram? Vencerão?

Não. Ainda não. E não vencerão se tivermos a coragem do combate, da luta dura que marcou nossas vidas. Se tivermos a competência e a criatividade para demonstrar o que realmente está em jogo. Se usarmos todos os meios de que dispomos para mostrar ao povo a verdade por inteiro.

Para tanto, é essencial a coragem, simples e honesta, de reconhecer nossos erros, e de corrigirmos com energia nossa rota. De enfrentar nossos próprios demônios, como diria Luiz Gushiken, e tomar a iniciativa das mudanças necessárias.

Há um norte claro a nos guiar, o projeto que mudou a cara do País e produziu a maior mobilidade social vivida nestas plagas. Crescer com distribuição, cuidar dos excluídos, combater a desigualdade é nosso objetivo e destino. Mantenhamos o orgulho dessa conquista e sigamos nesse caminho. Pois falta muito para realizar o sonho que nos mobilizou na juventude.

Gilberto Carvalho preside o conselho do Sesi

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PTB andreense se coloca sob os holofotes

Por Carlos A.B. Balladas

Reunião realizada na noite desta quarta-feira (25) entre os líderes do PTB de Santo André teve por finalidade colocar o partido novamente sob a luz dos holofotes da política. O PTB andreense em áureos tempos tinha expressivas bancadas no legislativo da cidade e como figura de maior prestígio o tri-prefeito Newton Brandão teve a sua ficha de filiação ao PTB  assinada por Ivete Vargas, sobrinha-neta de Getúlio Vargas. Recentemente, um membro do partido, Aidan Ravin, assumiu o comando da Prefeitura, permanecendo apenas filiado durante o seu mandato.

Candidatura de Zacarias não é garantida. 
Como Brandão, componente algum do PTB andreense foi um getulista legítimo, a maioria veio dos quadros da agremiação política parida nos tempos de chumbo da ditadura militar, a Arena, sigla da Aliança Renovadora Nacional. O perfil do PTB andreense, desta forma, ficou assim definido: uma direita acanhada e sem bandeiras definidas.

Para não perder espaço no noticiário e compor uma chapa de candidatos a vereador competitiva, o PTB lança o vereador Luiz Zacarias como candidato a chefe do executivo andreense.
Não se sabe se o partido e o candidato sustentará esta posição até 2016, pois o campo da direita andreense está minado de candidatos, com Aidan e Salles já confirmados, e aguardando mais dois : Rautenberg e - talvez - o vereador Ailton Lima (SDD).

Por ora, Carlos Grana assiste esta movimentação neste intrincado  tabuleiro de camarote, nos altos do edifício do mais elevado do Paço Municipal, tendo a sua atenção voltada, entretanto, para as jogadas do PRB, o partido que, com certeza, terá papel fundamental em 2016 nas plagas do torrão andreense.

A conferir.

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Rautenberg no PSDB estreita o caminho de Paulinho

Por Carlos A.B. Balladas

Eu sei, eles sabem, todos em Santo André sabem que, mais cedo ou mais tarde, Paulinho Serra (PSD), hoje secretário do governo de Carlos Grana (PT), será candidato a prefeito, com grandes chances de ser vencedor. Ele é praticamente um ídolo da classe média andreense, aquela que transita entre o Bairro Jardim e o Clube Atlético Aramaçan, e que possui influência considerável no resultado das urnas eleitorais. Falta ao Paulinho um conhecimento de seu nome na periferia da cidade, em especial no 2º Subdistrito, onde é praticamente um estranho, mas pode superar isso. Grana também tinha seu nome pouco conhecido nesta região em 2012.

Paulinho e Rautenberg miram o mesmo eleitorado.
Alguns outros obstáculos, entretanto, começam a surgir para Paulinho Serra, um deles é a provável filiação do vereador protetor dos animais e petebista Ronaldo Rautenberg ao PSDB.
Os tucanos estão vencendo a disputa  com os evangélicos do PRB pelo "passe" do vereador, e devem levar Rautenberg para o seu ninho.

Um tucano com a quantidade de votos de Rautenberg (obteve cerca de 13 mil em 2014) faz com que todo o sucesso auferido por Paulinho, até agora, seja empanado,

Paulinho sempre sonhou em ser a única alternativa de centro-direita na cidade, e faz todo o esforço para ser o mais palatável possível, nunca se aproximando demais do PT, em cujo governo atua, nem da direita da cidade, sempre alojada no PTB. Alguém, como Rautenberg, que assuma um posto de destaque com as cores tucanas é algo que estreita, e muito, o caminho de Paulinho.

Carlos Grana e seus aliados também devem ficar de olho em Rautenberg, e em seus passos daqui por diante, pois uma eventual candidatura dele pelo PSDB em 2016 traz duas adversidades ao petista: a certeza de um segundo turno e a incerteza de vitória neste segundo turno.

A conferir.

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CQC volta a ser 100% masculino

Por Nathália Carvalho do Comunique-se

O 'CQC' estreia sua 8ª temporada na segunda-feira, 9, e volta com elenco totalmente masculino, como era a formação original do programa no Brasil. Questionado sobre o formato, o diretor-geral de conteúdo da Band, Diego Guebel, explicou à reportagem do Portal Comunique-se que a escolha foi baseada em dois fatores: inteligência e humor. "Não temos que cobrir cotas. Não há necessidade de ter uma mulher. O que precisamos é de pessoas inteligentes e engraçadas".


Desde quando chegou ao país, o 'Custe o que Custar' teve Monica Iozzi e Naty Graciano na reportagem, além de Dani Calabresa, que comandou alguns quadros e fez parte da bancada no último ano. Nesta temporada, além de o programa não ter a presença feminina, o elenco volta a ter sete integrantes, um a menos se comparado com a última edição. "Este programa precisa de talentos. Isso não impede que amanhã não podemos ter novos integrantes. O que queremos é o melhor talento possível para compor o quadro. Novas caras chegam e outras antigas retornam para resgatar o espírito crítico do 'CQC'", reforçou o diretor.

Com Dan Stulbach, Rafael Cortez e Marco Luque na apresentação, a atração terá na reportagem Erick Krominski e Juliano Dip, que se juntam aos veteranos Maurício Meirelles e Lucas Salles. O telespectador pode esperar a apresentação de quadros conhecidos, como o 'Proteste Já' e 'CQTeste', e os novatos 'SAC - Serviço ao Consumidor', 'Choque de Realidade', 'Simuladores' e 'Desafio dos Novos Repórteres'.

O 'CQC' vai ao ar todas as segundas-feiras, às 22h45, na Band.

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Considerações jurídicas sobre o impeachment

Por Leandro Petrin

Muito tem se falado nas redes sociais e nos veículos de comunicação sobre eventual impeachment da atual presidente da República. Mas afinal, juridicamente, como funciona um processo de impeachment?

Petrin é advogado especializado em Direito Eleitoral
O impeachment é um processo complexo, cujos prazos e regras estão contidos nos artigos 85 e 86 da Constituição Federal e na Lei nº 1.079/1950. 

Em apartada síntese, para que o processo de impeachment tenha início basta uma denúncia formulada por qualquer cidadão à Câmara dos Deputados. Após, o plenário da Câmara, pelo voto de pelo menos dois terços dos deputados, decidirá se há pertinência para a instauração do processo. Em caso positivo, a acusação será encaminhada para o Senado Federal e o presidente da República ficará automaticamente afastado do cargo enquanto aguarda o seu julgamento. Já o julgamento será feito pelo plenário do Senado Federal em sessão presidida pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. Para que ocorra a cassação do mandato do presidente da República se exige o voto de pelo menos dois terços dos Senadores.

E muito embora o impeachment seja um processo político, ele também é um processo jurídico. E como tal, tem seus limites traçados pela Constituição Federal e pela legislação que o regulamenta.

Desta forma, somente será possível instaurar um processo de impeachment e cassar o mandato de um presidente da República por crimes praticados no exercício do seu mandato. Assim, supostos atos ilícitos praticados pela atual presidente em outros cargos públicos, ou mesmo no curso de outro mandato presidencial, não sujeitam a cassação de seu mandato.

E pelos supostos crimes praticados anteriormente à sua posse de presidente da República, a cidadã Dilma poderá ser processada, sem direito a foro privilegiado, após concluído o seu mandato no dia 1º de janeiro de 2019, já que estarão suspensos eventuais prazos prescrição.

O mesmo preceito Constitucional não nos autoriza a afirmar a possibilidade de impeachment da atual presidente da República por supostas promessas de campanha não cumpridas. A punição para o mandatário que não cumpre com aquilo que prometeu durante a campanha eleitoral (e aqui vale para as esferas municipal, estadual e federal) caberá, gostemos ou não, somente ao eleitor nas próximas eleições ou por pressão da cidadania que deverá exigir o cumprimento daquilo que foi prometido anteriormente.

Desta forma, ainda que não se concorde com o resultado final colhido nas urnas, é fundamental que ele seja respeitado. À sociedade cabe a cobrança das promessas realizadas durante a campanha eleitoral, a fiscalização dos atos governamentais, a legítima oposição legislativa e a organização para o próximo pleito eleitoral.

Somente respeitando a regra do jogo, que advém da nossa Constituição Federal, é que conseguiremos amadurecer a nossa jovem democracia.

Leandro Petrin é advogado especialista em direito político e eleitoral e Diretor do Instituto Paulista de Direito Eleitoral - IPADE


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Araujo e Oswana no PDT de Santo André

Por Carlos A.B. Balladas

As negociações conduzidas pelo prefeito andreense, Carlos Grana (PT), em conjunto com a cúpula estadual do PDT (Partido Democrático Trabalhista) estão praticamente finalizadas. Elas levam o partido fundado por Leonel Brizola a ganhar dois grandes reforços em Santo André: a vice-prefeita, Oswana Fameli, hoje no PRP, como já anunciado neste blogue, e um nome surpresa, o do vereador José Araujo, que há mais de 40 anos está filiado no PMDB, e que por conta de desacertos com o presidente municipal, Nilson Bonome, deve abandonar a histórica legenda.

Grana quer PDT com Oswana Fameli.
Com isso, o PSD do secretário Paulinho Serra perde um reforço que já era considerado sacramentado. A mudança ocorreu quando Paulinho resolveu disputar novamente a vereança. Araujo tinha como certo a ida de Paulinho como vice de Carlos Grana, em sua reeleição em 2016, mas isto não ocorrerá. Paulinho decidiu disputar novamente uma vaga no legislativo andreense, o que desagradou Araujo.
Este quer disputar num partido no qual sua chance de reeleição seja 100% certa. Não deseja disputar com outro peso pesado, o que poderia comprometer a sua pretensão de ser um dos vereadores mais longevos na região do ABC, quiça do estado.

Araujo não deseja disputar a vaga ao lado de Paulinho no PSD. 
Com tal arranjo, Oswana se fortalece para reprisar a dobradinha com Grana na disputa do Executivo andreense em 2016, apesar de alguns próximos ao prefeito ainda perseguirem um nome alternativo.
A conferir.

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Sancionada lei do passe livre estudantil no Metrô, CPTM e EMTU

Medida beneficia 615 mil estudantes  | Foto: Diogo Moreira
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sancionou nesta quinta-feira (19) a lei que concede passe livre estudantil no Metrô, na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e nos ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) para alunos da rede pública. Na rede privada, o benefício será estendido aos estudantes que comprovem renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo nacional (R$ 1.182).

A medida beneficia 615 mil estudantes na capital e nas quatro regiões metropolitanas do Estado (São Paulo, Baixada Santista, Campinas e Vale do Paraíba/Litoral Norte). 

“Essa medida é socialmente justa e de grande estimulo à educação, porque vai facilitar muito a vida dos estudantes, além de evitar uma despesa com transporte para as famílias”, afirma Alckmin.

O passe livre estudantil será concedido mediante cadastro enviado pela instituição de ensino e declaração de comprovação de renda do aluno. Por mês, os estudantes terão direito a 48 viagens gratuitas, não cumulativas, ou seja, deve ser usado dentro do próprio mês de concessão. No Metrô e na CPTM, os estudantes têm acesso à transferência entre as linhas gratuitamente.

A medida passa a valer de imediato nos trens do Metrô e da CPTM e, em 30 dias contados a partir da resolução, para os ônibus da EMTU, para que sejam criados os mecanismos tecnológicos para operar o sistema. No caso do sistema metroferroviário, o benefício da gratuidade será operado pelo sistema de cartão do Bilhete Único, expedido pela SPTrans.

Ciclofaixa sob ameaça de CPI

Por Carlos A.B. Balladas

A sessão de hoje (19/02) da Câmara de Santo André promete ser realizada em temperatura bem elevada. Os vereadores da oposição (pero no mucho!) prometem conseguir assinaturas suficientes para instaurar uma "CPI " , que no legislativo municipal leva o nome apenas de Comissão de Sindicância para investigar do contrato da Ciclofaixa instalada na cidade há três semanas.

Foto: A. Pedro. Secom/PMSA. 
O contrato foi realizado com uma empresa de São Caetano do Sul, Word Center, no valor de R$ 5 milhões pelo prazo de 12 meses. 

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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Rautenberg pode salvar o PT (e seus aliados) em Santo André

Por Carlos A.B. Balladas

Em publicação neste blogue (http://jornalpfinal.blogspot.com.br/2015/02/rautenberg-o-novo-fenomeno-politico-em.html) afirmavámos que o vereador andreense Rautenberg (PTB) é o novo fenômeno político, não exatamente por suas qualidade como tal, mas pelo posicionamento de defensor dos animais, o que caiu no "gosto" do eleitorado.


Imagem do YouTube publicado pelo vereador. 

Em outra publicação do blogue informamos que há pesquisas de cunho eleitoral sendo realizadas na cidade. (http://jornalpfinal.blogspot.com.br/2015/02/oswana-e-evenson-colocados-no-ringue.html).

Este blogue teve acesso a dados de duas destas pesquisas, e em ambas o vereador adorador de animais, e adorado pelos eleitores, aparece com um bom índice de aceitação por parte dos andreenses numa eventual candidatura a prefeito.

O jovem e noviciado vereador, em função desta popularidade, tem sido cortejado por várias agremiações políticas, uma delas, o PRB ( Partido Republicano Brasileiro), comandado pelo autodenominado Bispo Edir Macedo, parece ter a sua preferência.

Ao se concretizar as duas hipóteses - a transferência do vereador para o PRB e sua candidatura a prefeito turbinada pela Igreja Universal - abre-se as cortinas do melhor dos mundos para a reeleição de Carlos Alberto Grana (PT).

Rautenberg "roubaria" eventuais votos de Aidan (PSB) e Salles (PPS), dividindo ainda mais o eleitorado andreense sem identificação ideológica. Por outro lado, não se credenciaria como protagonista num segundo turno com Carlos Grana.

Mas, havendo segundo turno entre Grana e Aidan, numa reprise de 2012, ou com Salles, em menor probabilidade, a chance de Rautenberg apoiar Grana é muito maior do que aderir as outras candidaturas.

Esta é a a razão pela qual o núcleo político de Grana procura não criar atrito com o atual presidente da Câmara, Ronaldo de Castro, também do PRB, partido aliado do PT desde a sua fundação.

Vale lembrar que José Alencar foi o vice de Lula no segundo mandato sob a sigla do PRB.

A conferir.
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Ônibus em Santo André têm horário especial durante o Carnaval

O serviço de transporte público municipal, administrado pela empresa Santo André Transportes (SA-Trans), terá funcionamento diferenciado durante o período de Carnaval. De sábado (14) a terça-feira (17), algumas linhas (veja abaixo) funcionarão ininterruptamente.

Dez linhas funcionarão ininterruptamente | Foto: Hugo Silva

B 13 – Jardim Aclimação/Vila Alice (via Jardim Santa Cristina e Rua das Hortências);
B 21 – Cidade São Jorge/Bairro Campestre;
I 02 – Cidade São Jorge (via Centreville)/Jardim Ana Maria;
I 04 – Jardim Las Vegas/Parque Capuava (via Rua Carijós);
I 05 – Vila Rica / Estação de Utinga (via Vila Luzita, Avenida Dom Pedro I e Av. Martim Francisco);
I 07 – Paraíso/Vila Lucinda (via Rua Carijós e Oratório);
T 15 – Hospital Mário Covas (via Jardim do Estádio)/Estação de Santo André;
T 23 – Cidade São Jorge/Estação de Santo André;
T 29 – Vila Suíça (Condomínio Maracanã)/Estação de Santo André;
AL 115 – Represa / Estação de Santo André (via Clube de Campo, Vila Luzita e Av. Dom Pedro I).

Aplicativo

Por meio do aplicativo CittaMobi, que pode ser baixado gratuitamente nas lojas Google Play ou Apple Store, é possível checar os horários de chegada nos 1.867 pontos de parada da cidade e o trajeto das 48 linhas municipais.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O assombroso silêncio no Brasil em torno do escândalo HSBC

Por: Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo


Simplesmente inaceitável o silêncio no Brasil em torno do vazamento das contas secretas do HSBC na Suíça.

Passo pelos sites das grandes empresas jornalísticas e a cobertura ou é nula ou é miserável.

Os números justificariam barulho. Muito barulho. No caso brasileiro, são 8 667 contas num total de 7 bilhões de dólares sonegados.

Me chamou a atenção, também, a atitude dos colunistas. Onde a indignação? Onde a estridência habitual? Onde o sentido de notícia?

Passei no twitter de Noblat. Nos últimos dois dias, uma centena de tuítes. Zero sobre os chamados Swissleaks.

Também dei uma olhada em Reinaldo Azevedo, verborrágico, torrencial nos textos. Nada sobre o HSBC.

São dois entre tantos.

A ausência deles do debate mostra uma coisa que sempre tive clara. A valentia deles vai até onde não existe risco de publicar algo que contrarie interesses de seus patrões.

É o colunismo sabujo, o colunismo papista, o colunismo patronal – ou, simplesmente, o colunismo chapa branca.

E se algum patrão dos colunistas estiver na lista? Na Argentina, o Clarín encabeça o pelotão dos sonegadores.

Melhor, então, ignorá-la.

No mundo inteiro, jornais garimparam nomes de integrantes da lista. No Brasil, apareceu – parece piada de humor negro – com algum destaque um morto: o banqueiro Edmond Safra.

Graças a um site angolano, soube-se que o Rei do Ônibus do Rio, Jacob Barata, também está listado.

A última vez que vi Barata no noticiário foi no casamento de uma neta. Gilmar Mendes foi um dos padrinhos.

Imagine, apenas imagine, que haja consequências jurídicas para Barata, e que o caso chegue ao Supremo.

Como agiria Gilmar?

Jornalista, como pregava o maior de nós, Pulitzer, não tem amigo. Porque amizades interferem no noticiário.

Da mesma forma, juízes não deveriam ter amigos. Mas, no Brasil, têm.

Não me surpreende a mídia no escândalo do HSBC. Conheço-a bem para esperar qualquer coisa diferente.

Mas e o governo: não tem nada a dizer?

Estamos tão bens de dinheiro nos cofres públicos para desprezar a busca dos bilhões sonegados?

Não é o que parece.

Considere o que a Espanha está fazendo. O ministro das Finanças, Cristóbal Montoro, anunciou que estuda “medidas legais contra o HSBC por sua participação em fraudes fiscais, lavagem de dinheiro e outros atos criminosos cometidos por cidadãos espanhóis”.

Em 2010, o governo espanhol teve acesso a 650 nomes de pessoas com conta secreta no HSBC na Suíça.

Foi atrás de um por um. A família Botin, que controla o Santander, fez um acordo extrajudicial com o governo. Pagou 200 milhões de euros, cerca de 600 milhões de reais.

A oposição de esquerda na Espanha luta para que a legislação seja alterada para que sejam publicados todos os nomes de todos os envolvidos em evasão fiscal.

No Brasil, o quadro é completamente distinto – e para pior.

Pouco antes de Joaquim Levy ser nomeado ministro da Fazenda, o banco em que ele trabalhava, o Bradesco, foi pilhado numa história de sonegação no paraíso fiscal de Luxemburgo.

A Globo carrega uma espetacular história de sonegação já há dois anos – sem quaisquer consequências legais ou financeiras.

A Globo continua a receber seu mensalão publicitário como se honrasse todos os seus compromissos com o Tesouro.

Ou os espanhóis – e o mundo – estão errados, ou errados estamos nós.

Faça sua escolha.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Oswana e Evenson colocados no ringue

Por Carlos A.B. Balladas

O PT reproduz em quase todas as composições de chapas para os cargos majoritários aquilo que deu certo com Lula quando este optou por José Alencar como vice: um pacto com o empresariado. 

Com Carlos Alberto Grana, prefeito de Santo André, não foi diferente. A sua vice, Oswana Fameli, é oriunda de família de classe média e empresária do setor de ensino. 
Esta fórmula deu certo para Grana também.

Grana ainda completou seu time com um ídolo da classe média alta da cidade, ex-vereador, e ex-tucano, Paulinho Serra. 

Sai Oswana, entra Evenson?
Um novo embate eleitoral se aproxima. Dentro de menos de ano e meio se inicia uma nova campanha em todas as cidades brasileiras.

A pergunta que se faz, a todo momento, em todas as salas do 10º andar do edifício mais alto do Paço Municipal, onde se encontra o gabinete do prefeito e de seus principais assessores e interlocutores é: esta chapa - Grana e Oswana - será competitiva em 2016?

Muitos acreditam que não. 
Os componentes que influenciavam os votos dos eleitores em 2012 não serão os mesmos em 2016, o que é motivo de muita preocupação.

Este núcleo de assessores acreditam,entretanto, que a fórmula trabalhador mais empresário ainda funcionará. Duvidam, no entanto,  da competitividade da chapa a continuar Oswana como companhia de Grana.

Pesquisas foram encomendadas. Nesta semana muitos que cercam o prefeito andreense se debruçam sobre os dados coletado, que, grosso modo, não são animadores.

Então, diante do quadro apresentado, já que não se pode mudar o cabeça da chapa, muda-se o vice.

Surge, desta feita o nome de Evenson Dotto, um dos herdeiros do Diário do Grande ABC e atual presidente da Acisa (Ass. Comercial e Industrial de Santo André), de cuja diretoria Oswana também é membro.

Dotto declarou firmemente a este blogue que não é, não quer e não será candidato a vice em chapa alguma.

Mas pessoas próximas a ele, que desejam também a troca, afirmam que é uma questão de tempo para ele se convencer e aceitar a "missão", como definem o encargo.

Grana declarou em entrevista a um jornal da região, há alguns dias, que não pretende trocar o nome de seu vice para 2016. Entretanto, como todo "animal político", se curvará às necessidades eleitorais.

Oswana e Evenson foram clocados no ringue da disputa eleitoral. Queiram, ou não, participam de uma luta na qual milhares de pessoas e interesses estão envolvidos.

A conferir os próximos rounds

Leia na revista Dia Melhor de fevereiro: Para qual lado vai o Brasil com Dilma. 










terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Confirmado: Miriam vai para a CEF

Da Redação com Agência Reuters

A presidente Dilma Rousseff se reuniu com a andreense Miriam Belchior na manhã desta terça para tratar da transição na Caixa Econômica Federal, informou uma fonte à Reuters. Jorge Hereda, atual presidente, também se reuniu com Dilma nesta tarde.
Ainda não há data para Miriam assumir. Foto: V. Comparato. ABr.
Um dos encargos da nova presidente da Caixa será preparar o banco para uma abertura de capital. A ideia foi sugerida por Dilma no fim do ano passado, mas ela própria disse que será um "processo demorado".

Leia a Dia Melhor, a revista que mais cresce no ABC. 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Rautenberg, o novo fenômeno político

Por Carlos A.B. Balladas

Roberto Alves Rautenberg (PTB), vereador em Santo André, transformou-se, em pouco menos de ano e meio, em fenômeno político. Já fora considerado um das surpresas das eleições de 2012, ocasião em que elegeu-se vereador, aos 30 anos de idade, com expressiva votação (4628 votos), muito à frente de candidatos tarimbados e com mais tempo de estrada.


Em 2014 como candidato a deputado federal arrebanhou mais de 40 mil votos. Sempre sob o codinome de Rautenberg Protetor e utilizando foto de um cãozinho lambendo o seu rosto.

Iniciou o seu mandato de vereador de forma confusa. Na primeira sessão da Câmara votou na chapa concorrente à mesa diretora contrária aquela que seu partido apoiava, isto é, votou num candidato do PT, partido também do prefeito.

O namoro com a administração parece não ter resultado em casamento, pois tem feito criticas ao prefeito e seu secretariado.

Sua trajetória promete tomar novos rumos. A simpatia conquistada nas urnas tem atraído a atenção de dirigentes partidários estaduais.

Rautenberg virou alvo do PRB (Partido Republicano Brasileiro), umbilicalmente ligado à Igreja Universal. Hoje, o maior expoente do partido em São Paulo, o deputado federal Celso Russomano, tem feito gestõcoes para atrair Rautenberg para sua sigla. A intenção de lançá-lo candidato à vaga de prefeito de Santo André.

As conversas estão adiantadas. O acerto para Rautenberg não ser expulso do PTB está em finalização entre Russomano e o deputado estadual Campos Machado, presidente estadual trabalhista.

Uma eventiual candidatura de Rautenberg dificulta, e muito, a vida de Raimundo Salles (PPS) e Aidan Ravin (PSB), dois eventuais candidatos ao Executivo andreense, pois o primeiro estaria "correndo" na mesma raia destes.
A conferir

A edição de fevereiro da Dia Melhor, a revista que mais cresce no ABC, já está circulando. Não deixe de ler. 


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Impeachment. Cui prodest?

Por Carlos A.B.Balladas

Cui prodest?

Esta era a pergunta que os senadores da antiga Roma faziam antes de proferirem seus votos.

Procuravam, assim, racionalmente, saber quem se beneficiava, de fato, com a decisão que o senado romano tomaria.

Os sagazes integrantes do PMDB também fizeram tal pergunta em relação a um eventual impeachment da presidente Dilma.


A resposta está na entrevista  do senador paranaense Roberto Requião (PMDB) a Cíntia Alves, jovem e brilhante jornalista, originária do ABC, publicada no blog do Nassif/Jornal GGN www.jornalggn.com.br, a qual reproduzimos:


Jornal GGN: Senador, o que o senhor achou do parecer do jurista Ives Gandra Martins, levantando a hipótese de impeachment da presidente Dilma por culpa no caso Petrobras?

Roberto Requião: Aquilo é besteira! O parecer não tem sentido algum porque um impeachment é um juízo político. O [ex-presidente Fernado] Collor foi impeachmado pelo Congresso e absolvido pelo Supremo. É um juízo político. A rigor, tecnicamente, só seria cabível um impeachment com prova de dolo [participação intencional em crimes]. Eles estão criando um pensamento subsidiário do domínio do fato, o suposto domínio do fato.

GGN: O senhor acha que Dilma corre o risco de enfrentar esse processo de cassação agora que Eduardo Cunha preside a Câmara?

Requião: Não, acredito que não. O Eduardo Cunha, veja bem, o pessoal está entendendo mal Eduardo Cunha. O partido de Eduardo Cunha chama-se Eduardo Cunha. Cunha não vai facilitar nada para o PSDB tomar o poder. O projeto de Eduardo Cunha é ser absolutamente hegemônico no PMDB, afastar [a liderança do vice-presidente da República Michel] Temer e os outros, e tomar conta da República. A vocação é presidencial, a desse rapaz. Ele nunca vai forçar o impeachment para o PSDB e esse pessoal tomar conta do governo. Ele quer o reforço do PMDB dele.

GGN: Para isso, ele teria que isolar algumas lideranças, como o próprio presidente do partido, Michel Temer…

Requião: Exato. Ou tratorar.

GGN: E como seria isso?

Requião: Na próxima convenção do partido, que acontece no final do ano, afastar os comandos dos diretórios e ter o domínio do processo [para chegar a presidente nacional da legenda]. Este é o objetivo de Eduardo Cunha: controlar o PMDB, não o de entregar o impeachment da Dilma de bandeja para o PSDB. Portanto, esqueçam dessa história de impeachment.

GGN: Eduardo Cunha deu uma entrevista ao Estadão essa semana, deixando no ar que se houver sequelas da disputa acirrada com o PT pela presidência da Câmara, essa sequela será política. Ele indicou que caberia ao PMDB discutir, internamente, o rompimento definitivo com o PT com vistas à eleição de 2018.

Requião: Tudo isso é crível. Há esse sentimento dentro do PMDB, de lançar um candidato em 2018, não se subordinar mais ao PT. Cá entre nós, a finalidade de um partido é esta. O contrário é que é um pecado político. E esse erro vem sendo cometido [pelo PMDB] há muito tempo.

GGN: E quem seria o nome do PMDB para 2018?

Requião: O sonho de Eduardo Cunha é ser esse candidato.

GGN: E o senhor acredita que ele conseguirá?

Requião: Vamos ver como o negócio prossegue. Ninguém pode acreditar nem desacreditar de nada.

GGN: Alguns analistas destacam o Eduardo Paes [prefeito do Rio de Janeiro] como uma liderança peemedebista com potencial para ser candidato a presidente. Como o senhor avalia essa indicação?

Requião: Isso é o grupo do PMDB do Rio de Janeiro. Eu mal conheço esse Eduardo Paes…

GGN: E quanto a sua pretensão de ser candidato a presidente pelo PMDB?

Requião: Eu já tive duas vezes essa pretensão. Em uma delas [1998], o partido decidiu apoiar [a reeleição] de Fernando Henrique Cardoso e, na outra [em 2010], apoiou a Dilma. E eu também. O que eu acho é que a função política de um partido é lançar candidato em todas as instâncias públicas e, excepcionalmente, fazer uma composição.

GGN: Como está o clima no Congresso depois da reeleição de Renan Calheiros no Senado e da vitória de Eduardo Cunha na Câmara?

Requião: O clima acirrado está mais na Câmara. Lá, o que aconteceu foi o seguinte: Joaquim Levy [ministro da Fazenda] tirou de Dilma a votação que ela teria entre o eleitorado progressista do PT e PMDB. E a oposição continuou sendo a oposição. Na minha opinião, quem ganhou a eleição para a presidência da Câmara foi Joaquim Levy.

GGN: O que aconteceu, então, foi que alguns deputados não receberam bem a nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda? A insatisfação não teria sido com indicações para outros ministérios? Uma reforma ministerial que não agradou a todos.

Requião: Não, não. Se a questão fosse a reforma ministerial, a indicação de ministros, o candidato de Dilma teria 90% dos votos. A Kátia Abreu [ministra da Agricultura] daria adesão da bancada ruralista, que é significativa na Câmara. Não foi o que aconteceu. O que aconteceu foi o desencanto com a nova orientação do governo. O termo certo é insatisfação [com a condução da política econômica]. Eles acham que não há espaço para um apolítica desejada por eles. Os que votaram na Dilma estão decepcionados. O que você acha, por exemplo, que eu estou pensando de escolherem pessoas do mercado para o Conselho de Administração e direção da Petrobras? Qual é a nova Petrobras que estão anunciando? Um instrumento de drenagem de recursos na mão da banca privada e rentistas? Não é mais a empresa estratégica do Brasil? É a empresa a serviço do capital vadio?

GGN: Mas faz sentido, senador? Como que alas progressistas do PT e PMDB, por insatisfação com as escolhas de Dilma, ou a indicação de Levy, votaram justamente em Eduardo Cunha, sabendo que ele é, no mínimo, um grande defensor de agendas conservadoras?

Requião: Eduardo Cunha era a contraposição ao Chinaglia, que seria a correia de transmissão das ideias do governo. Eduardo Cunha oferece espaço. Eles não são [do time de] Eduardo Cunha. Eles queriam deixar claro que são contra a oficialização da política do governo.

GGN: No Senado, Luiz Henrique tentou impedir a reeleição de Renan Calheiros para presidente e conseguiu 31 votos [seis a mais do que somam os partidos de oposição ao governo]. O senhor acha que esses 31 senadores vão se juntar durante a legislatura para formar um bloco de oposição maior do que Dilma enfrentou entre 2010 e 2014?

Requião: Não, o Luiz Henrique é do PMDB também. E o Senado é menor, mais sensível a pressões do governo. A presidência do Senado e da Câmara apenas presidem. No caso de um impeachment, quem decide antes é o plenário. A soberania é do plenário! A imprensa fica estabelecendo teses, mas ninguém se subordina ao Eduardo Cunha. (...) A Mesa Diretora não pode tudo. No máximo, conta com a leniência do plenário.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Je suis UNIFESP

Por Thiago Rocha 
Nesses poucos dias do ano parei para entender como vamos nos tornar uma “Pátria Educadora”. A criação de um Currículo nacional, um novo ensino médio e os resultados do ENEM devem ser debatidos. Contudo, o iminente colapso do ensino público superior do país, com as atuais medidas econômicas do governo, deve entrar em pauta.

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Thiago Rocha de Paula, 28 anos, é Bacharel e Licenciado em História pela UNIFESP

Após a presidente Dilma Rousseff anunciar o seu lema, o governo federal, depois de anos gastança, resolveu admitir seus erros e adotou medidas para conter os gastos. O resultado foi um contingenciamento linear de 39% do orçamento deste ano, em cada órgão do Executivo. E como estamos vendo, isso afeta diretamente as universidades federais.

A UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), por exemplo, lamentou em nota oficial o corte atroz de um orçamento que há anos está aquém do porte da universidade e comunicou: “Este cenário nos obriga a reavaliar medidas a cada instante devido à falta de recursos (...) A Reitoria e diretorias acadêmicas dos campi estão trabalhando para a manutenção dos serviços essenciais enquanto a política de contingenciamento vigorar. Porém, não sabemos ainda quais impactos isso produzirá sobre as atividades de ensino, pesquisa e extensão, incluindo também o hospital universitário (...) Contudo, o presente contingenciamento extrapola nossos limites de atuação”.Colapso?

A crise é real. Comemoramos, em paralelo, os resultados quantitativos de programas que injetam milhões no setor privado de ensino e lotam instituições de qualidade duvidosa, como bastião de nossa evolução social, sem perceber que o iminente colapso descrito acima é resultado da expansão do ensino público superior, necessária, porém mal planejada, da última década.

A estratégia dos programas de repasses de recursos para grandes conglomerados de ensino superior privado é questionável. Se, no curto prazo, atingiu o objetivo de ofertar mais vagas para milhares de pessoas na faixa de 18 a 24 anos, a médio prazo já gerou consequências perigosas. Mais da metade do orçamento dos grandes conglomerados do ensino superior privado do país vem de repasses do setor público. Nos cursos, é nítida a falta de interesse destas instituições com a qualidade dos formandos. A ideia é mercantil o que sustenta uma relação entre instituição e aluno é são os valores do mercado e não da educação. Se o investimento federal privilegiasse a abertura de vagas em universidades públicas, por lógica, a situação geral seria diferente.

Que na “pátria educadora”, o ensino público superior sobreviva. Je suis UNIFESP.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Dilma ganhou, a esquerda perdeu. O que o ABC pode esperar deste novo mandato presidencial

por Carlos A.B. Balladas

Antecipo aqui o texto que serve de editorial da edição de fevereiro da revista Dia Melhor, cuja circulação tem início no próximo sábado. Não deixe de ler, a matéria de capa - O que esperar do ministério de Dilma - está imperdível. 


A esquerda brasileira perdeu representatividade política no Brasil nas eleições últimas. Esta constatação deixa muitos militantes dos partidos das diversas ideologias de tendências socialistas atônitos.  O golpe militar de 1964 tentou arrasar a esquerda no Brasil por meio de prisões, torturas, assassinatos e extradições; agora, foram as urnas que a coloca num patamar inferior.


A queda pode ser explicada principalmente pelos casos de corrupção envolvendo muitos elementos dos partidos que se encontravam, e se encontram no poder. Outra contribuição foi a  de veículos de imprensa, que cresceram sob as benesses da ditadura e de governos anteriores, por colocarem suas cornetas no último volume para divulgarem tais assuntos e, por outro lado, desavergonhadamente, esconderem ou suprimirem aqueles que envolvem pessoas e políticos do campo oposto.

A causa principal, entretanto, parece ser outra. Depois de 2003, a esquerda brasileira não soube conduzir um verdadeiro processo de reformas necessárias para colocar o Brasil e seu povo prontos para desenvolverem todas as suas potencialidades e, assim, colocar o País no rol dos desenvolvidos.

A par do avanço auferido pela implantação dos programas sociais e do aumento do número de vagas gratuitas em universidades, outras importantes medidas nos campos politico, econômico e institucional ficaram perdidas nos escaninhos do governo e do Congresso e na memória dos poucos genuínos progressistas.

Os movimentos nas ruas em 2013, apesar das demandas difusas, clamavam, em síntese, por reformas.
Mesmo diante deste quadro, Dilma foi vencedora num pleito democrático. Por outro lado, o seu poder será dividido com grupos formais e informais do Congresso. O seu ministério expressa esta realidade.

A reportagem da Dia Melhor foi ouvir governantes, acadêmicos e políticos  em busca de respostas às indagações dos nossos leitores, em sua maioria moradores e trabalhadores do ABC.
O caderno Negócios em Movimento, parte integrante desta edição, como sempre apresenta o maior volume de matérias sobre panorama empresarial da região do ABC.

Boa leitura.






Zona Azul será ampliada em Utinga

Por Marcos Imbrizi - Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Santo André

Nesta sexta-feira (6), às 9h, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, através do Departamento de Fomento ao Comércio, realiza reunião com representantes do comércio e moradores da região da Avenida Brasil, no Parque das Nações. Na oportunidade será apresentado o resultado da pesquisa de intenção de implantação de Zona Azul no Centro Comercial da Avenida Brasil. O encontro será na Rua Oratório, 1445, no Parque das Nações.


De acordo com Josephina Irene Cardelli, do Departamento de Desenvolvimento ao Comércio, a pesquisa compreendeu o trecho da Avenida Brasil entre a Rua Inglaterra e a Rua Argentina e foi realizada após uma solicitação do Departamento de Engenharia de Tráfego (DET) da Prefeitura, atendendo ao pedido de comerciantes da região. A intenção é apresentar o resultado da pesquisa e discutir com os empresários e moradores da região a viabilidade da implantação do serviço na região.
Mais informações sobre o encontro podem ser obtidas através dos telefones 4433-0471 e 4433-0493.

Leia o carderno Negócios em Movimento da Dia Melhor: www.negociosemmovimento.com.br

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Passe escolar vira suplício em Santo André

Por Vivian Silva  

Para conseguir o benefício do Passe Escolar Gratuito (PEG), os estudantes e responsáveis têm enfrentado uma enorme fila na Associação das Empresas do Sistema de Transporte Público de Santo André (AESA), pois antes das passagens serem liberadas, é necessário realizar ou atualizar o cadastro no local. Nesta terça-feira (3), algumas pessoas aguardavam há mais de 8h para serem atendidas. 

De acordo com Tânia Cristina Sivero, que estava desde às 7h20 na AESA, ou seja, já esperava por mais de 8h, “não há justificativa para a demora”. No local, há apenas um cartaz informando que serão distribuídas 350 senhas para atendimento, por dia.
Pessoas aguardavam há mais de 8h para serem atendidas | Foto: Vivian Silva
Segundo Vera Lúcia Ribeiro Soares, mãe da Thaís Soares de 14 anos, “a primeira pessoa que estava na fila chegou às 3h20 da manhã. Eu cheguei às 6h50, peguei a senha número 150”, e até às 15h30 ela ainda não havia sido atendida. 

As pessoas da fila estão sendo direcionadas para uma triagem num auditório localizado no estacionamento G2 do Grand Plaza Shopping. No local, diversas pessoas também aguardam atendimento. Ainda de acordo com Vera, após checagem da documentação são liberadas 50 pessoas, por vez, para retornarem à AESA, que fica no andar térreo. 

A reportagem do Ponto Final procurou o diretor geral da AESA, Luiz Marcondes Freitas Júnior, para comentar a situação, mas até o momento (17h45 de 3/2) não houve retorno.

Vale lembrar que menores de 18 anos precisam estar acompanhados dos pais ou responsável, para não perderem a “viagem”, como foi o caso do estudante João Vitor Meirelles Natividade, 16 anos, “eu fiquei das 9h até à 1h da tarde, para falarem que precisava vir o responsável, porque não falou lá atrás”, desabafa.

Triagem de documentos é realizada num auditório no estacionamento | Foto: Vivian Silva
O secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra, também foi procurado para comentar o caso, sua assessoria de imprensa informou apenas que “a Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, esclarece que não tem gerência administrativa em relação ao atendimento da AESA”.

Para cadastro na  AESA é exigido cópia do RG, comprovante de endereço atual (com no máximo três meses), formulário preenchido, carimbado e assinado pela instituição de ensino. Também é necessário pagar cinco tarifas de passagens vigentes, isto é, R$ 17,50.  A AESA fica na Avenida Industrial, 600, Conjunto 1C. Para mais informações acesse www.aesanet.com.br.





Campanha pela Constituinte recomeça

Do Portal da Constituinte

A Campanha pelo Plebiscito para a Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político realizará, na próxima quarta-feira (04/02), o segundo ato nacional do ano.


Dessa vez, os ativistas se reunirão no Auditório Nereu Ramos, no Congresso Nacional, para pressionar os parlamentares pela votação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL 1508/2014). O PDL, assinado por 181 deputados federais da legislatura passada, propõe um Plebiscito Oficial com a mesma pergunta do Plebiscito Popular: Você é favor de uma Assembleia Nacional Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político?

A Campanha teve início em 2013 e se consolidou em 2014, quando realizou o Plebiscito Popular. A ação mobilizou cerca de 8 milhões de pessoas e mais de 500 instituições pela reforma política, por meio de uma Constituinte Exclusiva. Agora, a campanha continua, dessa vez por um Plebiscito Oficial.

Os organizadores defendem que a reforma política só será verdadeiramente democrática e representativa com a consulta popular.

O primeiro ato da Campanha em 2015 foi durante a posse da presidenta Dilma Rousseff.

Leia a revista que mais cresce no ABC em www.diamelhor.com.br

Dino segue exemplo de Luiz Henrique

Por Carlos A.B. Balladas

Flavio Dino (PCdoB), governador do Maranhão, segue o exemplo do ex-governador, e hoje senador, de Santa Catarina, Luiz Henrique (PMDB) que implantou uma política bem sucedida de destinar parte da verba de publicidade do governo estadual para os jornais e rádios locais do interior catarinense. 
Hoje, Santa Catarina tem mais de 150 jornais ativos registrando o dia a dia das comunidades interioranas e fomentando a democracia participativa. Luiz Henrique nunca se curvou ao Grupo RBS, filiada à Globo no estado, e isso nunca o fez perder prestígio ou eleições.
O Rio Grande do Sul também sempre foi exemplo de incentivo aos jornais locais. Não é à toa que os os gaúchos são os maiores leitores de jornais do País, e com o menor índice de analfabetismo.


Segue texto de Tatiane Costa reproduzindo entrevista de Dino à  TV Brasil, editado por Lílian Beraldo

O governador do Maranhão, Flávio Dino, disse que pretende, durante os próximos quatro anos, implantar políticas de inclusão digital com o aumento do acesso à banda larga e o fortalecimento de pequenos veículos de comunicação, por meio de verbas de publicidade. “Nós vamos prestigiar todos os veículos. Aqueles, naturalmente, que têm uma dimensão mais empresarial e comercial, mas também garantir uma política pública inclusiva, por exemplo, no que se refere aos jornais regionais e rádios comunitárias, para que eles possam cumprir ainda mais seu papel de disseminar a informação e garantir a liberdade de expressão”, destacou Dino que tomou posse no dia 1º de janeiro depois de vencer as eleições do ano passado em primeiro turno com 64% dos votos válidos.

Flávio Dino também não se curvará à Globo. Foto de M. Casa/ABr

Em entrevista exclusiva à TV Brasil, Flávio Dino anunciou a criação do Programa Mais IDH. O intuito é tirar o estado do segundo lugar no ranking de pior Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil por meio de ações em diversas áreas como educação, saneamento básico, habitação, acesso à documentação e benefícios sociais.

“Essas são questões prioritárias. Porque nós não aceitamos que das cem cidades brasileiras que têm os piores índices sociais, o Maranhão tenha 21 [cidades]. Por isso mesmo, nós estamos articulando ações do governo do estado, das prefeituras, com a sociedade civil, com as igrejas, em todos os campos prioritários de serviços públicos”, afirmou Dino.

Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), um quinto dos conflitos agrários registrados no Brasil ocorre no estado do Maranhão. Para minimizar o problema, o governador anunciou o fortalecimento de órgãos de assistência técnica e estímulo à produção rural para criar um programa de regularização fundiária e “pôr fim à grilagem e garantir segurança jurídica para quem quer, efetivamente, produzir no estado”.

Para desenvolvimento da região, a aposta de Dino está no centro de lançamento de foguetes da Força Aérea Brasileira, localizado no município de Alcântara. A retomada das atividades no centro, que pertence à administração federal, foi o principal tema de um encontro, na semana passada, entre o atual governador e o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo. Para Dino, os investimentos são fundamentais para a soberania tecnológica aeroespacial do país.

Em 2014, o Maranhão foi o terceiro estado com menor endividamento fiscal – apenas 39,6% das receitas estavam comprometidas com gastos com servidores. Esse número, entretanto, tende a aumentar já que o novo governo anunciou a realização de concurso público para diversas áreas.

Só no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MA), cerca de 1,3 mil funcionários terceirizados devem ser substituídos pelos aprovados no concurso público realizado em 2013. “Vamos fazer isso conscientemente porque nós acreditamos que uma boa gestão leva em conta a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas leva em conta, sobretudo, as necessidades do povo.”

Profissionais aprovados em concurso para contratação temporária devem começar a atuar também no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, substituindo vigilantes e agentes de empresas terceirizadas. Além da contratação de novos profissionais para a maior penitenciária do estado, o governador citou a descentralização do sistema para municípios do interior e a implantação de associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs), modelo que pretende ressocializar de forma mais humana e com a participação da sociedade.

“Nós estamos recuperando a autoridade do Estado sobre o sistema penitenciário, mas, ao mesmo tempo, cuidando dos direitos humanos e garantindo o cumprimento da Lei de Execução Penal.”

Leia a revista que mais cresce no ABC: www.diamelhor.com.br