terça-feira, 27 de setembro de 2016

Não há convite para atuar em Santo André, afirma proprietário da Suzantur

Por Adamo Bazani no Diário do Transporte 

O empresário de ônibus Claudinei Brogliato, dono da Suzantur, operadora dos transportes em Mauá e de um contrato emergencial no setor, em São Carlos, no interior de São Paulo, conversou com o Diário do Transporte no início da tarde desta terça-feira, 27 de setembro de 2016, por telefone, e disse que ficou sabendo pela imprensa que a Expresso Guarará, que já teve a sua administração, vai deixar as operações na cidade de Santo André, no ABC Paulista.

A Suzantur atua nas cidades de Mauá e São Carlos 
Brogliato também afirmou que não recebeu nenhum convite da prefeitura de Santo André sobre a possibilidade de operar por contrato emergencial as linhas as 15 linhas que deixarão de ser prestadas pela Guarará no próximo mês.

“Eu não recebi nenhuma carta-convite formal, mas se houver o convite, a Suzantur pode considerar a possibilidade de operar estas linhas. Pode haver interesse” – disse o empresário.

Em caso de contratos emergenciais para a continuação de serviços essenciais, como no caso de transportes, a legislação permite que o poder público envie carta convite para operadores e selecione as melhores propostas até a realização de uma licitação definitiva. Foi por meio de um convite da administração Donisete Braga que a Suzantur começou a operar emergencialmente em Mauá, na grande São Paulo, e depois ganhou a licitação dos transportes. O processo foi polêmico pelo descredenciamento das empresas Viação Cidade de Mauá e Leblon Transporte de Passageiros, ainda contestado na justiça.

Brogliato também explicou os ônibus com portas à esquerda, no mesmo padrão da Expresso Guarará, que foram recebidos pela Suzantur e estão na garagem da unidade de fretamento em Suzano, na Grande São Paulo.

Em Mauá e São Carlos, não há plataformas com embarque no nível do assoalho em corredores à esquerda, como o sistema da Vila Luzita, operado pela Guarará em Santo André.

O empresário disse que os veículos eram realmente para Expresso Guarará, mas não em função da desistência da empresa em operar as 15 linhas em Santo André.

Entre o segundo semestre de 2015 e abril deste ano, o empresário esteve à frente da gestão da Expresso Guarará, que se encontra com problemas financeiros que se agravaram após a morte do fundador, Sebastião Passarelli, em 2014.

Os ônibus, segundo Claudinei Brogliato, foram encomendados no dia 23 de março.

“São sete ônibus e não 14 ônibus com portas à esquerda, como foi divulgado anteriormente. Eu iria alugar esses veículos para Expresso Guarará porque sua frota está muito antiga. Quebravam em média três ou quatro ônibus por dia. São veículos já bem usados e a encomenda destes ônibus 0 km da Volvo foi no dia 23 de março. Só que no dia 6 de abril, eu deixei a administração da Guarará. Os ônibus foram encomendados para Ciferal (Marcopolo Rio) que estava com turno reduzido por causa da crise econômica. Esses ônibus só foram entregues agora em agosto e o licenciamento finalizado há uns 10 dias. A Guarará tem mais de 80 ônibus, era mesmo só para dar um reforço até empresa se reestruturar. Se for o caso, é possível fechar o lado esquerdo dos veículos para que possam operar em outros padrões” – disse.
Os veículos seriam pintados no padrão de Santo André.
Brogliato também disse que esteve à frente da Expresso Guarará, mas que não teve contato direto com a família Passarelli. Tudo foi feito, segundo ele, por meio de advogados.

Sobre a operação em São Carlos, no interior de São Paulo, o empresário disse que a bilhetagem eletrônica está em fase final de normalização, sendo assim, ele garante que será possível coordenar melhor os serviços, reduzindo lotação e intervalos.

“Já está praticamente tudo normalizado. Além de contratação de mais motoristas, focamos a capacitação da mão-de-obra. Alguns motoristas não tinham, por exemplo, familiaridade com veículos eletrônicos produzidos depois de 2012” – contou Brogliato.

Claudinei Brogliato disse que ainda não decidiu se vai participar da licitação definitiva dos serviços em São Carlos.

“Se entrega de envelope fosse hoje, talvez não participaria”, concluiu.


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