quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Debate entre presidenciáveis dita o rumo da reta final da eleição; Ponto Final participa

Por Vitor Lima

Na noite de ontem (26), oito dos 13 candidatos à Presidência da República participaram do quinto debate destas eleições, promovido, conjuntamente, por SBT, Folha de S.P e UOL. Participaram os candidatos Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB), Guilherme Boulos (Psol), Álvaro Dias (Podemos) e Cabo Daciolo (Patriota). Ainda hospitalizado, Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas, não participou.

O jornal Ponto Final, a convite do SBT, participou da cobertura jornalística do debate.

Oito candidatos participaram do debate, sob o comando
do jornalista Carlos Nascimento | Foto: Ricardo Stuckert
Bastidores
Cabo Daciolo foi o primeiro dos presidenciáveis a chegar na emissora, que fica em Osasco, na Grande São Paulo. O candidato não participou dos dois debates anteriores, sob alegação de estar recluso para orações ou por incompatibilidade de agendas.
Suplicy, candidato ao Senado, foi
bastante procurado; durante o debate,
Marina Silva citou seu nome para exemplificar
políticos que não se corromperam | Foto: Vitor Lima

Enquanto Daciolo participava do debate, um dos seus apoiadores fazia vigília, na porta da emissora, sozinho. Ao lado de um cartaz do candidato, o militante permaneceu, durante todo o debate, ajoelhado, com uma bíblia na mão, rezando.

As participações de Daciolo e seu perfil folclórico arrancaram risadas, por mais de um momento, dos jornalistas reunidos na emissora para cobrir o debate.

Todos os candidatos que chegavam ao local atendiam a imprensa antes de entrar no estúdio – a única exceção foi Alckmin, que atendeu apenas os jornalistas de SBT, Folha e UOL.

Entre os assessores e políticos que integravam os grupos de apoio dos candidatos, os mais assediados foram Eduardo Suplicy (PT), candidato ao Senado, e Eduardo Jorge (PV), candidato a vice-presidente na chapa de Marina. Bruno Covas (PSDB), prefeito de São Paulo, passou despercebido.

PT foi o alvo 

Com a ausência de Bolsonaro, o foco dos ataques foi Haddad, o vice-líder nas pesquisas. Dias relembrou, até as mortes de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, e Toninho, ex-prefeito de Campinas, ambos do PT, para atacar o candidato.

Batalhão de jornalistas se amontanharam para conversar
 com os candidatos, do lado de fora do estúdio | Foto: Vitor Lima
Questionado por uma jornalista se em um eventual governo Ciro teria quadros do PT em seus ministérios, o candidato disse: “se puder governar sem o PT, eu prefiro”.

Marina Silva, por sua vez, tentou atrelar o governo de Michel Temer (MDB) ao partido, lembrando que Temer era companheiro na chapa de Dilma Rousseff (PT), em 2014.

Candidatos miram o centro

Alckmin e Ciro tentaram se mostrar viáveis aos eleitores que não querem que o PT volte ao governo, mas que também não simpatizam com o discurso de Bolsonaro. Ciro se saiu melhor nesta tarefa.

Corrupção também foi pauta

Escândalos de corrupção foram citados diversas vezes pelos candidatos. Na primeira pergunta do debate, por exemplo, Boulos se dirigiu a Alckmin e questionou: “cadê o dinheiro da merenda?”, em alusão ao escândalo de desvio de verbas que deveriam ser destinadas a merendas das escolas estaduais. Alckmin se esquivou e respondeu que o caso foi descoberto pelo próprio governo paulista, alegou ser ficha limpa e disse que nunca invadiu propriedades privadas, ironizando a atuação de Boulos no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).


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