quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Banho de astronauta inspira alunos de São Caetano do Sul

Da Redação com Ag. Rádio Mais

Mais higiene na hora do banho de astronautas no espaço. Esse é o projeto da equipe paulista AC/DC da Escola Eduardo Gomes, de São Caetano do Sul, que disputará o torneio nacional de robótica do Serviço Social da Indústria (SESI), no Rio de Janeiro (RJ), de 15 a 17 de março. Os times desta temporada 2018/2019 vão se basear pelo tema Into Orbit, que exige novas ideias para o espaço sideral. Nas provas, são usadas peças de Lego.

A Equipe do AC/DC da Escola Eduardo Gomes possui nove competidores | Foto: divulgação
O projeto da equipe tem um gel específico para o banho, já usado no espaço, em que a química do produto não deixa a pele oleosa e ainda a deixa hidratada com um perfume próprio. Por isso, foi criado um novo jeito de usar o gel. As células mortas são removidas após o banho, dando a sensação de frescor. O técnico da equipe, José Reginaldo Pereira, 47 anos, conta a eficácia da ideia.

“Atualmente eles tomam banho com pano molhado e isso não cumpre uma higiene completa daqueles que estão no espaço. E lá é importante você ter uma higiene completa, porque você está num ambiente fechado e pode ter o desenvolvimento de bactérias ou coisas parecidas. Enquanto, hoje em dia eles usam 4 litros para tomarem um banho, com o gel vão usar 15 ml”, explica.

A equipe, criada em 2007, ganhou o primeiro troféu apenas em dezembro de 2013 no torneio regional, depois de sete anos de história. "O nosso primeiro nacional foi em 2008, mas o título do torneio veio em 2014, quando a equipe ganhou a competição. Foi algo que marcou bastante a gente. O nosso grande objetivo é disputar para aprender. Isso é o que norteia a equipe", comenta Pereira.

Com a vitória na etapa regional do torneio em dezembro do ano passado, em Jundiaí (SP), a equipe se classificou para a etapa nacional da competição. O aluno Eduardo Tamaributi, 14 anos, será um dos cinco integrantes da AC/CD a disputar a competição.

Para Eduardo, a equipe passa por aprendizado técnico importante na área. “Estamos conseguindo entender os conceitos de um processo científico que é participando de um torneio. Essa parte do processo científico na nossa equipe está trazendo um ganho intelectual muito grande para a gente”, opina o aluno.

Na opinião do supervisor técnico educacional do SESI-SP, Ivanei Nunes, “todos os temas (de cada equipe) tiram da zona de conforto do nosso dia a dia e faz com que os alunos pensem em problemas mais complexos. Como nessa temporada que eles têm que pensar nas melhorias para os problemas dos astronautas em viagens de longa duração", analisa.

O torneio
Cada time deve ter obrigatoriamente dois treinadores: técnico e mentor; e dois a dez competidores. O torneio possui três tipos de avaliação: Projeto de Pesquisa para colocar as ideias no papel; Design do Robô para desenvolvê-lo; e Desafio do Robô, que  é quando a equipe tem de cumprir missões com o próprio robô; e por final, a Core Values, quando são avaliados os valores morais da equipe.



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