sexta-feira, 22 de março de 2019

Trabalhadores fazem protestos contra a Reforma da Previdência

Da Redação

Esta sexta-feira (22) foi definida pelas centrais sindicais como dia nacional de lutas e paralisações contra a Reforma da Previdência. Com isso, teve início uma forte mobilização na base de trabalhadores de diversas categorias, como metalúrgicos, petroleiros, trabalhadores químicos, dos Correios, do setor de alimentação, entre outros. Foram realizadas assembleias, atrasos nas entradas de turnos e panfletagens.

Foram registradas mais de 100 mobilizações em fábricas e outros locais de trabalho | Foto: Divulgação 
No ABC, em São Bernardo do Campo, os metalúrgicos da Mercedes Benz e da Ford (CUT) se reuniram numa passeata, que percorreu o trajeto entre as empresas e o centro da cidade. A manifestação reuniu representantes de todas as centrais sindicais.

O Vale do Paraíba (SP), região com forte peso industrial, também teve mobilização. Em São José dos Campos, os metalúrgicos da GM realizaram assembleia em que repudiaram a reforma apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro e prometeram intensificar a luta. O Sindicato dos Metalúrgicos local, filiado à CSP-Conlutas, realizou atividades em outras sete fábricas, em que houve a mesma votação. Em Jacareí (SP), houve ainda mobilizações em empresas como Basf e Heineken. Em São Paulo e Região Metropolitana, foram realizadas mais de 70 assembleias, envolvendo 25 mil metalúrgicos (Força Sindical).

Em Minas Gerais, metalúrgicos filiados à CSP-Conlutas de várias empresas também começaram o dia se somando à mobilização nacional em defesa da aposentadoria, como trabalhadores da Granha Ligas, em São João Del Rei, Minas Liga, em Pirapora, e Gerdau, em Divinópolis. Houve ainda mobilizações de metalúrgicos no Paraná e Rio de Grande do Sul (Força Sindical).

Os condutores de São Paulo atrasaram em duas horas a saída dos ônibus das garagens. Metroviários da Linha Azul usaram coletes contra a reforma, em mobilização de protestos aprovada pela categoria.

Em Belém (PA) e Fortaleza (CE), em várias obras, operários da construção civil também se mobilizaram em defesa do direito à aposentadoria.  Outras categorias como servidores públicos, professores, bancários, trabalhadores dos Correios também realizaram protestos em várias cidades.

Na avaliação de um dos dirigentes da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, conhecido como o Mancha, a mobilização é essencial para barrar a reforma. “O dia começou com fortes mobilizações nos locais de trabalho, demonstrando desde a madrugada a disposição dos trabalhadores em barrar essa nefasta reforma do governo Bolsonaro que significa o fim do direito à aposentadoria. Nossa luta está apenas começando. Vamos rumo à greve geral”, afirma.

Ao longo do dia acontecerão também atos e manifestações em todos os estados e no Distrito Federal. Mais de 100 cidades têm programação.

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