Por Esmael Morais, do site www.esmaelmorais.com.br
Após uma rodada de pesquisas estaduais IBOPE/Globo, com resultados divulgados ontem, vazaram números sobre a disputa presidencial nos três maiores colégios eleitorais e no Distrito Federal. Eles foram divulgados pela colunista Cristiana Lôbo, da Globo News, ainda na noite da quarta-feira 30, na conta dela no twitter. Pelo resultado desta fotografia, a presidente Dilma Rousseff, do PT, continua em vantagem sobre o senador Aécio Neves, do PSDB. Não se entendeu, porém, porque a Globo, dona do levantamento, não divulgou os resultados integrais da pesquisa.
Pelos números obtidos pela colunista, que não foram desmentidos pelo Ibope, o quadro é o seguinte:
No Estado de São Paulo, de acordo com os dados apurados pelo instituto, Dilma está em vantagem sobre Aécio, com 30% das intenções de voto contra 25% para o tucano. Disposto a tirar a liderança da adversária no maior colégio eleitoral do País, o senador mineiro tem passado um dia de cada semana no Estado, onde conta com o apoio do governador Geraldo Alckmin.
A presidente também aparece em vantagem no Rio de Janeiro. Neste que é o terceiro maior colégio eleitoral do Pais, Dilma teria, neste momento, de acordo com o instituto, 35% de intenções, contra 15% para o adversário tucano. Ali, a presidente conta com o apoio do governador Luiz Fernando Pezão, mas o PMDB local, partido do governador, está trabalhando no eleitorado a chamada chapa Aezão, pedindo o voto para a reeleição de Pezão, mas para Aécio como candidato a presidente.
No Estado em que Aécio foi governador duas vezes e obteve seu atual mandato de senador, a liderança é dele, com 41% das intenções, mas Dilma marca 31%. Ela tem o apoio do candidato a governador pelo PT, seu ex-ministro Fernando Pimentel, que aparece na frente em todos os levantamentos.
Por fim, no Distrito Federal, a situação entre os dois candidatos é de empate técnico, com um ponto a mais para Aécio, que marcou 26% contra 25% para Dilma. Governada pelo petista Agnelo Queiroz, Brasília e seu entorno vivem uma acirrada disputa em torno da reeleição ou não do governador.
Abaixo, notícia do portal Infomoney a respeito:
Por Lara Rizério
SÃO PAULO – O Ibope mostra a presidente Dilma Rousseff liderando as pesquisas de intenção de voto em São Paulo, com 30% ante 25% do candidato do PSDB Aécio Neves ,de acordo com o twitter da jornalista da Globo Cristiana Lôbo. A candidata petista também está à frente no Rio de Janeiro, com 35% versus 15% de Aécio.
Por outro lado, Aécio Neves está à frente em Minas Gerais, com 41% das intenções de voto, versus 31% de Rousseff e no Distrito Federal, com 26% das intenções de voto versus 25% da candidata petista. Confira o twitter da colunista da Globo acessando aqui.
Também foram divulgadas pesquisas regionais elaboradas pelo instituto. O governador de São Paulo Geraldo Alckmin, do PSDB, seria reeleito no primeiro turno se as eleições fossem hoje, revelou a pesquisa mais recente do Ibope. O candidato tucano aparece com 50% da intenções de voto na corrida eleitoral ao governo de São Paulo, seguido por Paulo Skaf (PMDB), presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com 11%, e pelo ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), com 5% de apoio popular.
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Preço da cesta básica tem terceira queda em julho
Por Thiago Krauss- Prefeitura de Santo André
“Esta época do ano é propícia para o cultivo destes alimentos, uma vez que o clima predominante é seco e favorável para isso. Além disso, as temperaturas mais baixas têm por tendência acarretar na diminuição do consumo de saladas”, explica o engenheiro agrícola da Craisa e responsável pelo levantamento, Fábio Vezzá de Benedetto.
Embora o preço do feijão carioca tenha encerrado o mês com alta de 6,81%, o custo deste item durante todo este ano foi bem mais baixo que o observado no ano passado. “É natural registrarmos o aumento no preço durante o inverno, porque a produção depende de irrigação, o que encarece os custos, entretanto, vale destacar que as águas que costumam acometer as regiões produtoras foram muito escassas neste ano”.
Pelo terceiro mês seguido, o conjunto de 34 itens que compreende a cesta básica registrou queda de preços na região do Grande ABC de acordo com levantamento elaborado pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). Enquanto em maio e junho, os preços médios foram de R$ 460,01 e R$ 450,31, respectivamente, em julho o custo foi de R$ 448,06. Seguindo o que vem sendo observado nos últimos meses, as maiores quedas foram novamente nos preços dos hortifrutigranjeiros, principalmente a batata que caiu 30,86% e, o tomate, com redução de 17,68%.
“Esta época do ano é propícia para o cultivo destes alimentos, uma vez que o clima predominante é seco e favorável para isso. Além disso, as temperaturas mais baixas têm por tendência acarretar na diminuição do consumo de saladas”, explica o engenheiro agrícola da Craisa e responsável pelo levantamento, Fábio Vezzá de Benedetto.
Foto: Miguel Denser/PSA
Batata teve papel fundamental para que houvesse nova queda
Embora o preço do feijão carioca tenha encerrado o mês com alta de 6,81%, o custo deste item durante todo este ano foi bem mais baixo que o observado no ano passado. “É natural registrarmos o aumento no preço durante o inverno, porque a produção depende de irrigação, o que encarece os custos, entretanto, vale destacar que as águas que costumam acometer as regiões produtoras foram muito escassas neste ano”.
Altas
Os outros alimentos – além do feijão – com caminho inverso, ao registrarem aumento de preços, segundo o levantamento, foram o pacote de bolacha salgada que subiu 6,11%, além do quilo da laranja com outros 4,91% e do sabão em barra, em mais 4,15%.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Taxa de desemprego no ABC em junho é a menor desde 1998
Uma expressiva redução do desemprego no ABC em um período em que normalmente a taxa cresceria ou se manteria estável. Essa foi a “boa notícia” apresentada durante a divulgação da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED/ABC), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC. A taxa de desemprego total na região diminuiu pelo segundo mês consecutivo, ao passar de 10,2%, em maio, para os atuais 9,7%, a menor taxa para junho desde o início da série da pesquisa, em abril de 1998. Em maio, a taxa havia registrado redução ainda maior, de um ponto percentual, na comparação com a taxa de abril, de 11,2%.
“Em toda a Região Metropolitana é o melhor resultado. O ABC ter alcançado isso é um feito”, disse o técnico da Fundação Seade e coordenador da PED, Alexandre Loloian. Segundo ele, entre maio e junho, a taxa de desemprego total registrou relativa estabilidade na Região Metropolitana de São Paulo (de 11,4% para 11,3%) e no município de São Paulo (de 10,8% para 10,6%) e permaneceu estável nos demais municípios da RMSP, exceto a capital (12,1%).
O contingente de desempregados na região foi estimado em 136 mil pessoas, 9 mil a menos em relação ao mês anterior. Este resultado deveu-se à redução da força de trabalho da região, (saída de 27 mil pessoas), em número superior ao da retração do nível de ocupação (eliminação de 18 mil postos de trabalho).
Entre as explicações para o comportamento do mercado pode estar a taxa de participação de jovens de 16 a 24 anos, atualmente em 26% do total de ocupados na região. “Há uma postergação da entrada dessa faixa no mercado de trabalho por conta da percepção das famílias de que jovens devem se preparar melhor, além de uma maior oferta de cursos para esse público”, analisa Loloian.
Na Região do ABC, o nível de ocupação reduziu-se em 1,4% e o contingente de ocupados foi estimado em 1.261 mil pessoas. Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, o nível de ocupação diminuiu nos Serviços (-2,5%, ou eliminação de 17 mil postos de trabalho) e na Indústria de Transformação (-2,8%, ou -9 mil) – em especial no segmento metal-mecânica (-7,1%, ou -12 mil) – e cresceu no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (3,0%, ou geração de 6 mil postos de trabalho.
“Em toda a Região Metropolitana é o melhor resultado. O ABC ter alcançado isso é um feito”, disse o técnico da Fundação Seade e coordenador da PED, Alexandre Loloian. Segundo ele, entre maio e junho, a taxa de desemprego total registrou relativa estabilidade na Região Metropolitana de São Paulo (de 11,4% para 11,3%) e no município de São Paulo (de 10,8% para 10,6%) e permaneceu estável nos demais municípios da RMSP, exceto a capital (12,1%).
O contingente de desempregados na região foi estimado em 136 mil pessoas, 9 mil a menos em relação ao mês anterior. Este resultado deveu-se à redução da força de trabalho da região, (saída de 27 mil pessoas), em número superior ao da retração do nível de ocupação (eliminação de 18 mil postos de trabalho).
Entre as explicações para o comportamento do mercado pode estar a taxa de participação de jovens de 16 a 24 anos, atualmente em 26% do total de ocupados na região. “Há uma postergação da entrada dessa faixa no mercado de trabalho por conta da percepção das famílias de que jovens devem se preparar melhor, além de uma maior oferta de cursos para esse público”, analisa Loloian.
Na Região do ABC, o nível de ocupação reduziu-se em 1,4% e o contingente de ocupados foi estimado em 1.261 mil pessoas. Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, o nível de ocupação diminuiu nos Serviços (-2,5%, ou eliminação de 17 mil postos de trabalho) e na Indústria de Transformação (-2,8%, ou -9 mil) – em especial no segmento metal-mecânica (-7,1%, ou -12 mil) – e cresceu no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (3,0%, ou geração de 6 mil postos de trabalho.
Segundo posição na ocupação, o número de assalariados diminuiu 1,4%. No setor privado reduziu-se o emprego com e sem carteira de trabalho assinada (-1,1%, em ambos os casos). No mês em análise, o contingente de autônomos aumentou 6,5%.
Em junho, permaneceu estável a média de horas semanais trabalhadas pelos ocupados (40 horas) e aumentou a dos assalariados (de 40 para 41 horas). A proporção dos que trabalharam mais de 44 horas semanais reduziu-se entre os ocupados (de 26,5% para 25,4%) e pouco variou entre os assalariados (de 22,7% para 23,0%).
Entre abril e maio, retraíram-se ligeiramente os rendimentos médios reais de ocupados (-0,5%) e assalariados (-2,3%), os quais passaram a equivaler a R$ 2.076 e R$ 1.992, respectivamente. Aumentou a massa de rendimentos dos ocupados (0,8%), em função do crescimento do nível de ocupação, que mais que compensou a redução dos rendimentos médios, e diminuiu a dos assalariados (-2,0%), como decorrência da contratação do salário médio real e da relativa estabilidade do nível de emprego.
Em termos absolutos, o contingente de desempregados diminuiu em 14 mil pessoas, uma vez que a geração de ocupações (36 mil) superou o número de ingressantes na força de trabalho da região (22 mil). A taxa de participação elevou-se, ao passar de 60,8% para 61,4%, no período analisado.
Entre junho de 2013 e de 2014, o nível de ocupação cresceu 2,9%. Sob a ótica setorial, tal resultado decorreu de aumentos nos Serviços (6,1%, ou geração de 38 mil postos de trabalho) e na Indústria de Transformação (1,7%, ou 5 mil) – com desempenho negativo do segmento da metal-mecânica (-9,2%, ou -16 mil) - , que mais que compensaram a retração do Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-6,4%, ou eliminação de 14 mil postos de trabalho).
O assalariado pouco variou nos últimos 12 meses (0,3%). No setor privado, cresceu o número de empregados com carteira de trabalho assinada (1.6%) e contraiu-se o daqueles sem carteira (-9,1%). No período em análise, o contingente de autônomos elevou-se em 12,6%.
Entre maio de 2013 e de 2014, o rendimento médio real dos ocupados registrou pequena variação negativa (-0,4%) e o dos assalariados reduziu-se em 8,6%. Aumentou a massa de rendimentos reais dos ocupados (1,8%), devido, principalmente, ao crescimento do nível de ocupação. Já a massa de salários diminuiu 6,5%, em função da retração dos salários médios reais, uma vez que o nível de emprego ampliou-se.
Em junho, permaneceu estável a média de horas semanais trabalhadas pelos ocupados (40 horas) e aumentou a dos assalariados (de 40 para 41 horas). A proporção dos que trabalharam mais de 44 horas semanais reduziu-se entre os ocupados (de 26,5% para 25,4%) e pouco variou entre os assalariados (de 22,7% para 23,0%).
Entre abril e maio, retraíram-se ligeiramente os rendimentos médios reais de ocupados (-0,5%) e assalariados (-2,3%), os quais passaram a equivaler a R$ 2.076 e R$ 1.992, respectivamente. Aumentou a massa de rendimentos dos ocupados (0,8%), em função do crescimento do nível de ocupação, que mais que compensou a redução dos rendimentos médios, e diminuiu a dos assalariados (-2,0%), como decorrência da contratação do salário médio real e da relativa estabilidade do nível de emprego.
Comportamento em 12 meses
Em junho de 2014, a taxa de desemprego total na Região do ABC (9,7%) foi inferior à observada no mesmo mês de 2013 (10,9%). Nesse período, a taxa de desemprego aberto reduziu-se de 8,8% para 8,0%.Em termos absolutos, o contingente de desempregados diminuiu em 14 mil pessoas, uma vez que a geração de ocupações (36 mil) superou o número de ingressantes na força de trabalho da região (22 mil). A taxa de participação elevou-se, ao passar de 60,8% para 61,4%, no período analisado.
Entre junho de 2013 e de 2014, o nível de ocupação cresceu 2,9%. Sob a ótica setorial, tal resultado decorreu de aumentos nos Serviços (6,1%, ou geração de 38 mil postos de trabalho) e na Indústria de Transformação (1,7%, ou 5 mil) – com desempenho negativo do segmento da metal-mecânica (-9,2%, ou -16 mil) - , que mais que compensaram a retração do Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-6,4%, ou eliminação de 14 mil postos de trabalho).
O assalariado pouco variou nos últimos 12 meses (0,3%). No setor privado, cresceu o número de empregados com carteira de trabalho assinada (1.6%) e contraiu-se o daqueles sem carteira (-9,1%). No período em análise, o contingente de autônomos elevou-se em 12,6%.
Entre maio de 2013 e de 2014, o rendimento médio real dos ocupados registrou pequena variação negativa (-0,4%) e o dos assalariados reduziu-se em 8,6%. Aumentou a massa de rendimentos reais dos ocupados (1,8%), devido, principalmente, ao crescimento do nível de ocupação. Já a massa de salários diminuiu 6,5%, em função da retração dos salários médios reais, uma vez que o nível de emprego ampliou-se.
Com informações do Consórcio Intermunicipal Grande ABC
Mais de 70% dos policiais são a favor da desmilitarização, aponta pesquisa
Por Flávia Albuquerque - Agência Brasil Edição: Carolina Pimentel
Uma pesquisa, divulgada hoje (30) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que 73,7% dos policiais brasileiros são a favor da desvinculação do Exército. Entre os policiais militares, 76,1% responderam ser favoráveis à desmilitarização e 93,6% acreditam que é preciso modernizar os regimentos e códigos disciplinares.
Quando questionados sobre a regulamentação do direito à sindicalização e de greve, 86,7% dos entrevistados se dizem favoráveis. Para 87,3%, o foco de trabalho da polícia militar deveria ser reorientado para proteção dos direitos da cidadania. Os dados indicam ainda que 66,2% dos cerca de 21 mil entrevistados acreditam que as carreiras policiais não são adequadas da maneira como estão organizadas; 80,9% acreditam que as polícias deveriam ser organizadas em carreira única com ingresso por meio de concurso público, 58,3% acreditam que a hierarquia nas polícias provoca desrespeito e injustiças profissionais e 86,2% afirmam que a gestão deve ser mais eficiente.
De acordo com a pesquisa, 65,9% disseram terem sofrido discriminação por serem policiais e 59,6% afirmaram já terem sido humilhados ou desrespeitados por superiores. Outro dado mostra que 43,2% acham que policial que mata um criminoso deve ser premiado e inocentado pela Justiça e 83,7% afirmaram que um policial que mata suspeito deve ser investigado e julgado (83,7%).
Entre as dificuldades no trabalho, 99% apontam os baixos salários, 98,2% o treinamento e formação deficientes, 97,3% o contingente policial insuficiente e a falta de verbas para equipamentos e armas. Foram citadas ainda as leis penais inadequadas (94,9%) e a corrupção nas polícias (93,6%).
O coordenador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, explicou que muitas vezes se confunde a polícia militar com polícia militarizada. “Os policiais disseram que isso é importante para o trabalho da polícia, que é preciso ter regras, estar parametrizado sobre o que podem ou não fazer. Eles querem autonomia, mas é preciso modernizar o regulamento para que eles também tenham seus direitos preservados”.
O professor de direito constitucional da Faculdade Getulio Vargas, Oscar Vilhena Vieira, lembrou que há várias definições do que significa desmilitarização. “Não estamos dizendo que tem que ter uma polícia sem hierarquia. Ela tem que ser hierarquizada, uniformizada, e tem que ter um código disciplinar adequado e compatível com os padrões democráticos que hoje existem. A desvinculação é das Forças Armadas e não do Estado”.
Para a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, nem sempre o que o policial quer dizer sobre o termo desmilitarização contemplará o que a sociedade espera disso, por isso o debate tem que ser muito bem feito. “Talvez, tenhamos mudanças internas na polícia e a sociedade não fique contente. Os policiais de base e a cúpula certamente enxergam de forma distinta a desmilitarização por diversas razões. Certamente, até mesmo nas corporações não têm consenso”.
A pesquisa ouviu 21.101 policiais militares, civis, federais, rodoviários federais, bombeiros e peritos criminais em todos os estados, de 30 de junho a 18 de julho.
Deflação no IGP-M deve continuar
Importante indicador que, entre outros, serve de reajuste dos alugueres, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), pelo terceiro mês consecutivo, apresenta deflação informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta quarta-feira, 30. É a terceira variação negativa consecutiva do indicador, que apresentou o índice de 0,61%.
Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o IPA-M (Índice de Preços no Atacado) saiu de queda de 1,44% em junho para -1,11% em julho. Na mesma base de comparação, o IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor) desacelerou de alta de 0,34% para 0,15%. O INCC-M (Índice Nacional da Construção Civil) também reduziu o ritmo de alta de 1,25% para elevação de 0,80%. A variação acumulada do IGP-M no ano até julho é de 1,83% e, em 12 meses, de 5,32%.
O coordenador do IGP-M da FGV, Salomão Quadros, considera pouco provável que agosto seja o último mês de registro de deflação para o indicador.
Isso porque, segundo ele, partindo de uma taxa negativa de 0,61% em julho, segundo divulgou hoje a FGV, mesmo que o IGP-M avance um pouco não chegará a perto de zero em setembro. "Para que isso aconteça seria necessária alguma surpresa no período", disse Quadros, ao indicar que essa possibilidade não está no seu radar.
terça-feira, 29 de julho de 2014
CPTM e Metrô vão funcionar até mais tarde quando houver jogos no Itaquerão
Por Adamo Bazani
A Rede Globo não cedeu por causa do nobre horário da novela,
o Corinthians não fez questão de pedir alternativas para antecipar os horários
das partidas e sobrou para a CPTM e o Metrô mudarem a operação quando houver no
meio da semana jogos na Arena Corinthians, em Itaquera, na zona Leste de São
Paulo.
Após reunião entre representantes do Governo do Estado e do
Corinthians ficou decidido que nos dias de jogos que começam 22 horas, os trens
do Metrô e da CPTM vão operar até meia noite e meia.
Serviços de manutenção podem ficar prejudicados
E se houver prorrogação ou disputa nos pênaltis, os trens da
CPTM e ônibus expressos vão atender a partir da zona Leste de São Paulo até a
uma da madrugada.
Medida semelhante será adotada quando o jogo for no Pacaembu,
provocando o prolongamento do horário da Estação Clínicas da Linha 2 Verde e na
futura Arena do Palmeiras, influenciando no horário da estação Palmeiras-Barra
Funda (linha 3). As estações Morumbi – Butantã – Linha 4 Amarela e Portuguesa –
Tietê seguirão o mesmo horário.
Normalmente, a madrugada é usada para manutenção das vias,
estações e trens do sistema metroferroviário.
Na quarta-feira passada, quando jogaram Corinthians e Bahia à
noite, as estações fecharam 00h19 em Itaquera e 00h21 em Artur Alvim e muitos
torcedores ficaram sem transportes.
A maioria não conhecia a linha 4310/10 que segue paralela à
linha 03 do Metrô e teve reforço de frota.
Seu país, as eleições e os rumos da economia
Por Marcio Pochmann
No Brasil, as eleições presidenciais tiveram impacto contido nos rumos da economia nacional até 1930, quando prevaleceu o regime da democracia censitária herdado do Império (1822-1889). Isso porque as eleições eram, em geral, assunto dos ricos, uma vez que os participantes do processo eleitoral se resumiam a apenas homens alfabetizados e detentores de renda, o que compreendia menos de 5% dos brasileiros.
As cédulas eleitorais impressas por partidos políticos financiados fundamentalmente pelos proprietários rurais e empresas comerciais garantiam, para além do voto dirigido (de cabresto), o compromisso dos candidatos com a manutenção da ordem econômica dependente do comércio externo. Assim, a política não ousava contrariar os interesses econômicos de ricos e poderosos.
No Brasil, as eleições presidenciais tiveram impacto contido nos rumos da economia nacional até 1930, quando prevaleceu o regime da democracia censitária herdado do Império (1822-1889). Isso porque as eleições eram, em geral, assunto dos ricos, uma vez que os participantes do processo eleitoral se resumiam a apenas homens alfabetizados e detentores de renda, o que compreendia menos de 5% dos brasileiros.
As cédulas eleitorais impressas por partidos políticos financiados fundamentalmente pelos proprietários rurais e empresas comerciais garantiam, para além do voto dirigido (de cabresto), o compromisso dos candidatos com a manutenção da ordem econômica dependente do comércio externo. Assim, a política não ousava contrariar os interesses econômicos de ricos e poderosos.
Com a Revolução de 1930, o Brasil transitou para o regime da democracia representativa fundada na gradual universalização do voto. De imediato, a constituição da Justiça Eleitoral, a inclusão do voto feminino e o fim da declaração de renda permitiram multiplicar por cinco a participação da população no processo eleitoral.
Apesar disso, dois constrangimentos à plena participação popular se estabeleceram até a metade da década de 1980. De um lado, a força do autoritarismo vigente no Estado Novo (1937-1945) e na ditadura (1964-1985) afastou qualquer possibilidade eleitoral de a vontade democrática e popular vir a interferir no comportamento da economia dirigido por ricos e poderosos.
De outro, a ausência da liberdade na organização partidária e a proibição do voto dos analfabetos, que representavam cerca da metade dos brasileiros, retirou da parcela mais pobre da população a possibilidade de consagrar nas eleições realizadas no período democrático (1945-1964) a defesa de seus interesses em torno da melhor qualidade de vida e justiça social. Somente em 1985 o voto se tornou de fato universal, com a plena inclusão de analfabetos no processo eleitoral. A partir daí, cerca de dois terços da população passaram a participar das eleições e a interferir nos rumos da economia nacional.
Turbulências
Como em 2014 será realizada a sétima eleição presidencial desde o fim da
ditadura (1985), o Brasil consagra o mais longo período democrático de sua
história. Podem ser registrados dos anos de 1989, 1994, 1998 e 2002 tanto o
impacto do comportamento da economia no resultado eleitoral como as
consequências das turbulências políticas na dinâmica da produção, emprego e
renda.
Em 1989, por exemplo, o fato de nenhum dos candidatos à Presidência defender o governo Sarney refletiu-se na trajetória de oscilações bruscas na economia da época. Na eleição presidencial de 1994, a complexa instalação do Plano Real teve impacto na política e levou a alteração significativa no comportamento da economia nacional.
Também nas duas eleições seguintes ocorreram conexões importantes entre a política e a economia, e vice versa. Em 1998, por exemplo, a crise do Plano Real foi escondida dos brasileiros, somente percebida depois frente ao acordo realizado em dezembro daquele ano com o Fundo Monetário Internacional e suas conseqüências recessivas para a economia brasileira. Na sucessão do governo Fernando Henrique Cardoso, em 2002, ocorreu verdadeiro terrorismo eleitoral identificado pelo disparo da inflação e pela desvalorização do real numa economia que operava em frangalhos.
Nas eleições presidenciais de 2006 e 2010, contudo, as repercussões da política na economia brasileira foram de contida monta frente à continuidade da trajetória de crescimento da produção, emprego e rendimento dos brasileiros. E nas eleições de 2014, o que se poderia observar?
Choque ortodoxo
A menos de três meses das eleições, nota-se que o governo Dilma persegue o receituário do gradualismo heterodoxo das medidas de política econômica voltadas ao afastamento da recessão que faz dos ricos mais ricos e dos pobres mais pobres. Ao mesmo tempo, busca manter a inflação no controle, bem como o crescimento do emprego e da renda dos brasileiros.
Pela oposição, ainda que diversa ideológica e politicamente, parece haver certa convergência em torno de um choque ortodoxo recessivo a ser aplicado logo em 2015. Para isso, a defesa insistente do ajuste fiscal (corte no gasto público, elevação do superávit fiscal de 1,9% do PIB para 3,5% ou mais e restrição ao orçamento dos bancos públicos) e da elevação real dos juros, com a redução do crédito bancário e da meta de inflação.
Em síntese, a oposição parece repetir linha básica das políticas governamentais adotadas na década de 1990, com o uso do choque recessivo para ajustar a economia. Assim, a aceleração do desemprego, o rebaixamento dos salários dos ocupados e a contenção das políticas de renda evidenciadas pela elevação real do salário mínimo e dos benefícios dos programas nacionais de garantia de renda poderiam se tornar realidade, mais uma vez.
Tudo isso para favorecer os tubarões da economia nacional. De fato, os ricos não estão nada satisfeitos. No ano de 2002, por exemplo, o governo federal transferiu o equivalente a 14,2% do Produto Interno Bruto (PIB) na conta financeira aos ricos detentores da dívida pública, cujo montante da época representava quase dois terços do PIB.
Atualmente, a Dívida Líquida do Setor Público representa um terço do PIB e o governo paga na forma de juros o equivalente a menos de 6% do PIB.
Assim, os ricos que abocanharam R$ 570 bilhões de reais em 2002 (em valores) como juro da dívida pública, receberam R$ 230 bilhões no ano passado. A economia de R$ 340 bilhões na despesa com ricos foi direcionada para o investimento púbico em infra-estrutura urbana (portos, aeroportos, estradas, saneamento) e para o gasto social (valorização do salário mínimo, Bolsa Família, programa Minha Casa, Minha Vida).
Não causa espanto, portanto, que a eleição presidencial deste ano representa mais um round no verdadeiro cabo de guerra na economia representado pela divergência entre o conjunto dos interesses de ricos e pobres. O choque recessivo defendido pela oposição ao governo Dilma favorece os ricos e enfraquece trabalhadores, pois mais desemprego reduz o poder de barganha na luta por maior salário, enquanto o gradualismo atual das políticas de combate à inflação e ativação econômica mantém forte o poder das classes do trabalho no interminável conflito distributivo.
De 2003 pra cá, as forças do trabalho têm obtido conquistas importantes, como a elevação dos rendimentos dos trabalhadores de 39% para 47% do PIB.
Em 1989, por exemplo, o fato de nenhum dos candidatos à Presidência defender o governo Sarney refletiu-se na trajetória de oscilações bruscas na economia da época. Na eleição presidencial de 1994, a complexa instalação do Plano Real teve impacto na política e levou a alteração significativa no comportamento da economia nacional.
Também nas duas eleições seguintes ocorreram conexões importantes entre a política e a economia, e vice versa. Em 1998, por exemplo, a crise do Plano Real foi escondida dos brasileiros, somente percebida depois frente ao acordo realizado em dezembro daquele ano com o Fundo Monetário Internacional e suas conseqüências recessivas para a economia brasileira. Na sucessão do governo Fernando Henrique Cardoso, em 2002, ocorreu verdadeiro terrorismo eleitoral identificado pelo disparo da inflação e pela desvalorização do real numa economia que operava em frangalhos.
Nas eleições presidenciais de 2006 e 2010, contudo, as repercussões da política na economia brasileira foram de contida monta frente à continuidade da trajetória de crescimento da produção, emprego e rendimento dos brasileiros. E nas eleições de 2014, o que se poderia observar?
Choque ortodoxo
A menos de três meses das eleições, nota-se que o governo Dilma persegue o receituário do gradualismo heterodoxo das medidas de política econômica voltadas ao afastamento da recessão que faz dos ricos mais ricos e dos pobres mais pobres. Ao mesmo tempo, busca manter a inflação no controle, bem como o crescimento do emprego e da renda dos brasileiros.
Pela oposição, ainda que diversa ideológica e politicamente, parece haver certa convergência em torno de um choque ortodoxo recessivo a ser aplicado logo em 2015. Para isso, a defesa insistente do ajuste fiscal (corte no gasto público, elevação do superávit fiscal de 1,9% do PIB para 3,5% ou mais e restrição ao orçamento dos bancos públicos) e da elevação real dos juros, com a redução do crédito bancário e da meta de inflação.
Em síntese, a oposição parece repetir linha básica das políticas governamentais adotadas na década de 1990, com o uso do choque recessivo para ajustar a economia. Assim, a aceleração do desemprego, o rebaixamento dos salários dos ocupados e a contenção das políticas de renda evidenciadas pela elevação real do salário mínimo e dos benefícios dos programas nacionais de garantia de renda poderiam se tornar realidade, mais uma vez.
Tudo isso para favorecer os tubarões da economia nacional. De fato, os ricos não estão nada satisfeitos. No ano de 2002, por exemplo, o governo federal transferiu o equivalente a 14,2% do Produto Interno Bruto (PIB) na conta financeira aos ricos detentores da dívida pública, cujo montante da época representava quase dois terços do PIB.
Atualmente, a Dívida Líquida do Setor Público representa um terço do PIB e o governo paga na forma de juros o equivalente a menos de 6% do PIB.
Assim, os ricos que abocanharam R$ 570 bilhões de reais em 2002 (em valores) como juro da dívida pública, receberam R$ 230 bilhões no ano passado. A economia de R$ 340 bilhões na despesa com ricos foi direcionada para o investimento púbico em infra-estrutura urbana (portos, aeroportos, estradas, saneamento) e para o gasto social (valorização do salário mínimo, Bolsa Família, programa Minha Casa, Minha Vida).
Não causa espanto, portanto, que a eleição presidencial deste ano representa mais um round no verdadeiro cabo de guerra na economia representado pela divergência entre o conjunto dos interesses de ricos e pobres. O choque recessivo defendido pela oposição ao governo Dilma favorece os ricos e enfraquece trabalhadores, pois mais desemprego reduz o poder de barganha na luta por maior salário, enquanto o gradualismo atual das políticas de combate à inflação e ativação econômica mantém forte o poder das classes do trabalho no interminável conflito distributivo.
De 2003 pra cá, as forças do trabalho têm obtido conquistas importantes, como a elevação dos rendimentos dos trabalhadores de 39% para 47% do PIB.
Extraído do portal www.redebrasilatual.com.br
segunda-feira, 28 de julho de 2014
171 candidatos a governador disputam a preferência do brasileiro
Da Agência Brasil
No dia 5 de
outubro, mais de 141 milhões de eleitores devem comparecer às urnas para eleger
os governadores de seus estados. De acordo com o TSE, 171 candidatos vão
concorrer a 27 vagas de governador – com uma concorrência de 6,3 candidatos por
vaga.
Nas eleições deste
ano, cinco cargos estão em disputa. Além de governador, o eleitor brasileiro
poderá eleger presidente, senador, deputado federal e deputado estadual (ou
distrital, no caso do Distrito Federal).
De acordo com a
Justiça Eleitoral, dos 171 candidatos ao governo dos estados, 42 (24,5% do
total) tem entre 50 e 54 anos e 79,5% (136) concluíram curso superior. A
profissão mais comum entre os candidatos é a de advogado. O partido que mais
indicou candidatos aos governos estaduais é o PSOL (27), seguido pelo PMDB (18)
e pelo PT (17).
O governador do
estado é a autoridade máxima do Poder Executivo local. Além das funções
burocráticas, como sancionar, promulgar leis e nomear os secretários, o
governador deve formular políticas públicas para melhorar a vida da população
nas áreas de saúde, educação e saneamento, por exemplo.
sábado, 26 de julho de 2014
Dunga foi cooptado pela Globo?
Por
Altamiro Borges
Em seu retorno ao comando da seleção brasileira, o ex-jogador Dunga fez questão
de aparar as arestas com os barões da mídia. Numa entrevista bem festiva, ele
afirmou que “pretendo aprimorar a minha relação com a imprensa” e que fez
autocrítica de suas antigas desavenças. Não citou expressamente o bate-boca que
teve com um repórter da Rede Globo em 2010 – mas o vídeo da cena continua a
bombar na internet. Diante da meiga entrevista, o sempre atento e sarcástico
José Simão tascou logo no título da sua coluna na Folha nesta terça-feira (23):
“Ueba! Dunga entra pra Globo!”. Ele ainda replicou mensagem postada nas redes
sociais: “Da tuiteira samara7days: ‘Pronto! Virou capacho da Globo’. Rarará!”.
Dunga se rende à Globo, como todos no futebol brasileiro.
Ainda não dá para saber qual será a relação de Dunga com a TV
Globo após a sua volta ao comando da seleção brasileira. Na passagem anterior,
ele foi alvo de duras críticas por proibir os “shows” da emissora na
concentração na Granja Comary e nas coletivas dos jogadores. O bombardeio foi
tão violento, disparado principalmente do Jornal Nacional, que muitos até hoje
garantem que este foi o real motivo da sua guilhotina. Afinal, a mafiosa
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Rede Globo mantêm intimas – e
lucrativas – relações há décadas. O que chama a atenção, porém, é que a
emissora simplesmente arquivou as suas venenosas críticas ao técnico nesta nova
e “festiva” fase.
Como afirma o blogueiro Ricardo Kotscho, tudo indica que não haverá muitas mudanças na trágica direção do futebol brasileiro, mesmo após o desastroso desempenho da seleção na Copa do Mundo. José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, que tratam a CBF “como se fosse propriedade particular deles”, realizam apenas mudanças cosméticas para se perpetuar no poder:
“Primeiro surpreenderam todo mundo ao chamar para ser o coordenador técnico das novas seleções brasileiras um empresário de jogadores de futebol que operou como "agente Fifa" nos últimos 14 anos. O sorridente ex-goleiro Gilmar Rinaldi não viu nenhuma incompatibilidade nas funções e deu mãos à obra. De comum acordo, Marin, Del Nero e Gilmar chamaram de volta o velho amigo Dunga, que ficou três anos desempregado, depois de ser demitido da seleção brasileira em 2010, e fracassar no Internacional em 2013, único clube que treinou na vida”.
“No começo, achei que era só brincadeira para disfarçar, mas com esta turma do barulho tudo é possível, e o grande estrategista Dunga está de volta ao comando da seleção já nesta terça-feira. Não há nenhum perigo de dar certo. É a mesma coisa que sair Marin e entrar Del Nero. O que pode mudar? Se era para chamar um bedel de cara feia capaz de acabar com a farra na Granja Comary, transformada por Felipão em cidade cenográfica de uma emissora de televisão, com direito a fotos na revista ‘Caras’, os dois presidentes poderiam reforçar a segurança e pensar em algum profissional nacional ou estrangeiro mais qualificado para montar uma equipe de futebol competitiva com o nome de seleção brasileira”.
Como afirma o blogueiro Ricardo Kotscho, tudo indica que não haverá muitas mudanças na trágica direção do futebol brasileiro, mesmo após o desastroso desempenho da seleção na Copa do Mundo. José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, que tratam a CBF “como se fosse propriedade particular deles”, realizam apenas mudanças cosméticas para se perpetuar no poder:
“Primeiro surpreenderam todo mundo ao chamar para ser o coordenador técnico das novas seleções brasileiras um empresário de jogadores de futebol que operou como "agente Fifa" nos últimos 14 anos. O sorridente ex-goleiro Gilmar Rinaldi não viu nenhuma incompatibilidade nas funções e deu mãos à obra. De comum acordo, Marin, Del Nero e Gilmar chamaram de volta o velho amigo Dunga, que ficou três anos desempregado, depois de ser demitido da seleção brasileira em 2010, e fracassar no Internacional em 2013, único clube que treinou na vida”.
“No começo, achei que era só brincadeira para disfarçar, mas com esta turma do barulho tudo é possível, e o grande estrategista Dunga está de volta ao comando da seleção já nesta terça-feira. Não há nenhum perigo de dar certo. É a mesma coisa que sair Marin e entrar Del Nero. O que pode mudar? Se era para chamar um bedel de cara feia capaz de acabar com a farra na Granja Comary, transformada por Felipão em cidade cenográfica de uma emissora de televisão, com direito a fotos na revista ‘Caras’, os dois presidentes poderiam reforçar a segurança e pensar em algum profissional nacional ou estrangeiro mais qualificado para montar uma equipe de futebol competitiva com o nome de seleção brasileira”.
Extraído de http://altamiroborges.blogspot.com.br/
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Luciana Genro do PSOL quer taxar grandes fortunas
Por Montero Netto
Na manhã do último sábado (19), a candidata à presidência da República pelo PSOL, Luciana Genro e o candidato ao Governo de São Paulo, Gilberto Maringoni, participaram de ato político de campanha no calçadão da Oliveira Lima, no Centro de Santo André.
Acompanhada de candidatos a deputado e correligionários de seu partido, a presidenciável falou sobre seus projetos para o Brasil, os quais passam pela regularização da lei que taxa as grandes fortunas do País, além de mostrar a diferença entre a sua candidatura e a dos outros partidos que concorrem ao pleito. Luciana defende a quebra do continuísmo político do PT e a ação eficaz para barrar a possível volta do PSDB ao poder, que ela classifica como reacionária.
Quando foi deputada federal, a presidenciável apresentou projeto de lei que regulamenta a cobrança de Imposto sobre Grandes Fortunas. A iniciativa nunca foi votada. “O imposto está na constituição e nunca foi regulamentado. Nossa proposta é que fortunas acima de R$ 50 milhões sejam tributadas com alíquota de 5% ao ano. Com isso arrecadaríamos R$ 90 bilhões, o que se permitiria dobrar os gastos com educação”, garante Luciana.
Durante a passagem pelo centro comercial de Santo André, Luciana tomou café em uma pastelaria e tentou ganhar o voto dos funcionários falando dos direitos do cidadão, que seus concorrentes não respeitam. Ela lembrou que a maioria despreza os direitos básicos da população. “O Aécio (PSDB) significa um retrocesso explicito ao neoliberalismo puro; a Dilma (PT) um continuísmo conservador que também traz retrocessos, pois a própria direita cresce à sombra desta esquerda que traiu essas bandeiras, como é o caso do PT. O Eduardo Campos (PSB) é um híbrido entre o PSDB e o PT, porque foi ministro do Lula, está com o PSDB em São Paulo, em Minas Gerais, no Rio está com o PT, então não é nada de novo e justamente é o que queremos mostrar que nós somos o novo, nós somos uma verdadeira alternativa e temos propostas concretas para transformar estes direitos do povo que vem sendo sonegados em direitos atendidos de fato”, pontua.
Sobre a estrutura de campanha, Luciana destaca que o trabalho a ser feito terá foco nas mídias alternativas, bem como na força dos militantes. “Nós vamos usar bastante as redes sociais, confiar na força da nossa militância que é um diferencial do PSOL, que diferente dos grandes partidos, que tem cabos eleitorais pagos, que muitas vezes nem acreditam nos seus candidatos, o nosso militante tem convicção, vai à rua e luta pra ganhar o voto. Vamos ainda apelar para a mídia independente, já que os grandes meios de comunicação têm sido bem injustos na sua cobertura para todos os candidatos e não só para os três grandes”, finaliza.
Luciana conversa com balconista em Santo André |
Acompanhada de candidatos a deputado e correligionários de seu partido, a presidenciável falou sobre seus projetos para o Brasil, os quais passam pela regularização da lei que taxa as grandes fortunas do País, além de mostrar a diferença entre a sua candidatura e a dos outros partidos que concorrem ao pleito. Luciana defende a quebra do continuísmo político do PT e a ação eficaz para barrar a possível volta do PSDB ao poder, que ela classifica como reacionária.
Quando foi deputada federal, a presidenciável apresentou projeto de lei que regulamenta a cobrança de Imposto sobre Grandes Fortunas. A iniciativa nunca foi votada. “O imposto está na constituição e nunca foi regulamentado. Nossa proposta é que fortunas acima de R$ 50 milhões sejam tributadas com alíquota de 5% ao ano. Com isso arrecadaríamos R$ 90 bilhões, o que se permitiria dobrar os gastos com educação”, garante Luciana.
Durante a passagem pelo centro comercial de Santo André, Luciana tomou café em uma pastelaria e tentou ganhar o voto dos funcionários falando dos direitos do cidadão, que seus concorrentes não respeitam. Ela lembrou que a maioria despreza os direitos básicos da população. “O Aécio (PSDB) significa um retrocesso explicito ao neoliberalismo puro; a Dilma (PT) um continuísmo conservador que também traz retrocessos, pois a própria direita cresce à sombra desta esquerda que traiu essas bandeiras, como é o caso do PT. O Eduardo Campos (PSB) é um híbrido entre o PSDB e o PT, porque foi ministro do Lula, está com o PSDB em São Paulo, em Minas Gerais, no Rio está com o PT, então não é nada de novo e justamente é o que queremos mostrar que nós somos o novo, nós somos uma verdadeira alternativa e temos propostas concretas para transformar estes direitos do povo que vem sendo sonegados em direitos atendidos de fato”, pontua.
Sobre a estrutura de campanha, Luciana destaca que o trabalho a ser feito terá foco nas mídias alternativas, bem como na força dos militantes. “Nós vamos usar bastante as redes sociais, confiar na força da nossa militância que é um diferencial do PSOL, que diferente dos grandes partidos, que tem cabos eleitorais pagos, que muitas vezes nem acreditam nos seus candidatos, o nosso militante tem convicção, vai à rua e luta pra ganhar o voto. Vamos ainda apelar para a mídia independente, já que os grandes meios de comunicação têm sido bem injustos na sua cobertura para todos os candidatos e não só para os três grandes”, finaliza.
Marina Silva (PSB) mostra popularidade na Oliveira Lima
Por Montero Netto
Marina Silva, candidata a vice-presidente da República pelo PSB, cumpriu agenda de campanha na tarde desta última quinta-feira (17), em Santo André, onde percorreu a tradicional Oliveira Lima, ao lado de candidatos a deputado estadual e federal da sua coligação e correligionários. Muito assediada por populares, os quais passavam no local, Marina entrou nas lojas do boulevard andreense, falou com comerciantes e funcionários, tirou fotos com admiradores e orientou um mendigo que pedia esmolas no local, lembrando que o mesmo deveria procurar o setor de assistência social da Prefeitura, para garantir seus direitos básicos.
A parceira de chapa do presidenciável Eduardo Campos (PSB), garantiu publicamente apoio a candidatura do senador Eduardo Suplicy (PT), que busca este ano a reeleição contrariando decisão de seu partido que apoia em São Paulo a candidatura do tucano José Serra (PSDB). “Se eu votasse em São Paulo, votaria no Suplicy, porque ele é uma pessoa comprometida com a democracia, com a ética na política e tem dado uma contribuição para que o Brasil seja melhor durante toda vida. Essa discussão ainda não foi feita na Rede, mas eu conheço o Suplicy há muito”, declara.
Marina, que disputou a Presidência da República em 2010 pelo PV (Partido Verde), não concorda com a decisão do seu atual partido em apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Para governador em São Paulo, infelizmente, eu não tenho um candidato. Existe uma discussão que está sendo feita na Rede de como vai ser feita a liberação da militância para votar nas candidaturas, que tenham comprometimento com a sustentabilidade, com a renovação da política, com a quebra da polarização e a alternância do poder”, diz.
Marina disse em entrevista coletiva, ao final da caminhada, que o eleitor quer ver no debate nacional as ideias que ela representa. Sobre seu plano de governo, a vice de Campos destacou a defesa da infância e da terceira idade como bandeiras. “Um país que não é capaz de respeitar suas crianças, quando não tem creche, não tem escola de qualidade, e também não tem respeito pelos seus idosos, que já deram uma boa contribuição para chegarmos onde chegamos, não vai a lugar nenhum”, destaca.
Sobre a importância do ABC na campanha presidencial, a candidata foi direta: “É um polo importante no Estado de São Paulo que tem uma grande contribuição econômica, social, cultural e, obviamente, nós queremos fazer a campanha enraizada em todo o País, em todos os segmentos”, finaliza.
Entre os candidatos que acompanharam Marina Silva estavam o vereador Almir Cicote, e o ex-prefeito, Aidan Ravin, respectivamente candidatos a deputado estadual e federal pelo PSB.
Defesa da infância e terceira idade são bandeiras da campanha de Marina |
A parceira de chapa do presidenciável Eduardo Campos (PSB), garantiu publicamente apoio a candidatura do senador Eduardo Suplicy (PT), que busca este ano a reeleição contrariando decisão de seu partido que apoia em São Paulo a candidatura do tucano José Serra (PSDB). “Se eu votasse em São Paulo, votaria no Suplicy, porque ele é uma pessoa comprometida com a democracia, com a ética na política e tem dado uma contribuição para que o Brasil seja melhor durante toda vida. Essa discussão ainda não foi feita na Rede, mas eu conheço o Suplicy há muito”, declara.
Marina, que disputou a Presidência da República em 2010 pelo PV (Partido Verde), não concorda com a decisão do seu atual partido em apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Para governador em São Paulo, infelizmente, eu não tenho um candidato. Existe uma discussão que está sendo feita na Rede de como vai ser feita a liberação da militância para votar nas candidaturas, que tenham comprometimento com a sustentabilidade, com a renovação da política, com a quebra da polarização e a alternância do poder”, diz.
Marina disse em entrevista coletiva, ao final da caminhada, que o eleitor quer ver no debate nacional as ideias que ela representa. Sobre seu plano de governo, a vice de Campos destacou a defesa da infância e da terceira idade como bandeiras. “Um país que não é capaz de respeitar suas crianças, quando não tem creche, não tem escola de qualidade, e também não tem respeito pelos seus idosos, que já deram uma boa contribuição para chegarmos onde chegamos, não vai a lugar nenhum”, destaca.
Sobre a importância do ABC na campanha presidencial, a candidata foi direta: “É um polo importante no Estado de São Paulo que tem uma grande contribuição econômica, social, cultural e, obviamente, nós queremos fazer a campanha enraizada em todo o País, em todos os segmentos”, finaliza.
Entre os candidatos que acompanharam Marina Silva estavam o vereador Almir Cicote, e o ex-prefeito, Aidan Ravin, respectivamente candidatos a deputado estadual e federal pelo PSB.
Barba quer mandato voltado para trabalhadores na Alesp
Por Montero Netto
Barba tem apoio de políticos da região / Divulgação |
O sindicalismo do ABC tem candidato a deputado estadual nesta eleição, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba (PT), diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, disputa pela primeira vez uma eleição proporcional. Mineiro de Água Boa, o sindicalista que é morador de São Bernardo do Campo desde a infância, conta com o apoio de políticos da região como o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, e o vereador andreense Alemão Duarte. Formado em Ciências Econômicas, pela Universidade Metodista, o petista que foi metalúrgico da Volkswagen, Ford e Autolatina, define como prioridades de um possível mandato questões como a economia solidária e o direito dos trabalhadores.
Jornal Ponto Final – Quais são as principais características da sua campanha e como ela foi estruturada?
Barba – Será uma eleição muito dura, disputada por projetos antagônicos. Defendemos a continuação do PT, com a reeleição da presidente Dilma, o que significa garantir cada vez mais políticas sociais e públicas. Qualquer expectativa de derrota interromperia o desenvolvimento que adotamos para o Brasil. Nosso projeto para melhorar cada vez mais as condições de vida do povo, a participação popular e a valorização da política. Quanto a São Paulo, o Estado precisa sair dessa fadiga. Acredito que São Paulo tem que ter a oportunidade de conhecer o modelo do PT governar. Quanto a minha campanha, nosso projeto é defender os interesses da classe trabalhadora e o Estado de São Paulo. Mesmo sendo o Estado mais rico da nação, se fosse um país seria a 18º economia do mundo, São Paulo perdeu quatro mil empresas nos últimos anos. Defendemos o fortalecimento do desenvolvimento no estado e a melhoria dos sistemas de serviço público. Nossa candidatura é de combate a um projeto de direita. Vamos combater o tempo todo o PSDB, DEM e PPS.
JPF – Quais são as principais propostas e projetos de sua candidatura?
Barba – Desenvolvimento econômico e valorização do trabalho, com foco na geração de empregos, na qualificação profissional e na educação pública de qualidade. Fortalecimento dos movimentos sociais e de participação popular em defesa da igualdade racial, de gênero e de combate à intolerância religiosa. Políticas públicas de incentivo à Economia Solidária através do associativismo e cooperativismo.
JPF – Em caso de vitória qual será sua atuação na Assembleia Legislativa voltada para nossa região?
Barba – O ABC é uma região de aproximadamente três milhões de habitantes, com dois milhões de eleitores, é decisivo no rumo das eleições. E uma região extremamente forte, mas que vem sofrendo um grande impacto por conta da inércia do governo estadual. Precisamos aproveitar as oportunidades que estão aparecendo, como o polo tecnológico e de universidades que está se construindo no ABC. Temos aqui um centro que é referência no sindicalismo, na organização da sociedade civil, nossa intenção é desenvolver uma campanha forte aqui.
JPF – Em um possível mandato como será sua ação voltada para a classe trabalhadora?
Barba – Minha proposta de mandato é totalmente voltada aos trabalhadores e trabalhadoras. Toda a minha trajetória foi construída na luta sindical. Minhas reivindicações e ideais são as mesmas da CUT, a minha pauta é a dos trabalhadores. Quero aproveitar a experiência como líder sindical para a articulação de projetos na Assembleia em nome desses movimentos, sindical e social.
Espaço aberto a todos os candidatos aos cargos eletivos de 2014. Interessados em apresentar suas ideias e propostas aos leitores do Ponto Final escrevam para redacao@pfinal.com.br.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Carlos Grana já se movimenta para 2016
Por Carlos A.B. Balladas
Grana, quando se candidatou a prefeito Santo André, fez acordos com aliados históricos
do PT, como o PCdoB e PDT. Outros partidos – PRP, PHS, PPL –, que sempre estiveram
distantes do arco de alianças petistas, renderam-se aos encantos da candidatura
de Grana, tanto pelo assédio deste, quanto pela incapacidade de Aidan Ravin de
agregar aliados.
Hoje, fazem parte do governo andreense, seja com cargos no
executivo, quanto na base de apoio na Câmara, mais de uma dúzia de partidos.
Este leque de legendas carrega consigo inúmeros interesses, grande parte deles
conflitantes entre si. Grana tem lidado com as intrigas intestinais em seu governo,
geradas pelas ambições e interesses diversos, com paciência e habilidade.
Entretanto, as conjunções impostas nas eleições de 2014 anteciparam os projetos
arquitetônicos das candidaturas a serem colocadas em 2016.
O PTB andreense não se conforma de ter permanecido apenas
quatro anos no poder com Aidan. Os líderes da legenda na cidade, o vereador Luiz
Zacarias e a ex-vice-prefeita Dinah Zekcer, preparam o partido para voltarem ao
comando do Paço Municipal. Um dos nomes cotados para concorrer ao cargo de
prefeito, ou de vice, numa chapa petebista é o do vereador Sargento Juliano,
hoje no PMDB. Não é à toa que Juliano deixará de apoiar a deputada peemedebista
Vanessa Damo e passará a angariar votos na cidade para o deputado Campos
Machado do PTB.
Grana e Salles juntos: imagem que nunca mais pode se repetir
Grana, por outro lado, sabe que alguns dos partidos que dão
suporte ao seu mandato estarão em outras frentes na próxima eleição; um deles o
PRP, de sua vice Oswana Fameli, o que a obriga a trocar de legenda, o que já está
definido: o PSD a acolherá. Também está praticamente definido que ela se
manterá ao lado de Grana em sua reeleição como vice em sua chapa. Desta forma
se acomoda os interesses de Paulinho Serra, que desde 2012 pavimenta o seu
caminho para ser candidato a prefeito em 2020.
Paulinho, na verdade, queria ser o vice na reeleição de
Grana, mas isso lhe daria imensa visibilidade. Se a quem possui como secretário
já incomoda em demasia aliados do prefeito e muitos do PT, tendo Paulinho como
vice, Grana teria um segundo mandato com mais e maiores intrigas que o atual.
Quem fica ainda mais isolado no cenário politico é Raimundo
Salles, atual secretário de Cultura. Era a sua vontade ocupar a cadeira de
vice de Grana a partir de 2016, mas este sonho tem se tornado cada dia mais
sonho e menos realidade.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Luiz Turco acredita em parcerias e regionalidade
Por Montero Netto
Turco é candidato oficial do prefeito Carlos Grana |
O presidente do PT de Santo André, Luiz Turco, tenta este ano, pela primeira vez conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo. Considerado o candidato oficial do prefeito andreense Carlos Grana (PT), que recentemente, em ato político, declarou publicamente o voto em Turco, o petista tem como grande mote de seu trabalho a questão da regionalidade. Tendo iniciado sua militância política na década de 80, com a fundação do Partido dos Trabalhadores, Turco é oriundo das pastorais da Igreja Católica tendo se firmado ao longo do tempo na questão da organização partidária como conciliador.
Jornal Ponto Final - Como foi tomada sua decisão de sair candidato a deputado estadual?
Luiz Turco - O prefeito Grana e o partido em Santo André decidiram que a minha candidatura teria que ser colocada nesta eleição. Esta é a primeira vez que o PT na cidade lança um único candidato a estadual, pois historicamente sempre houve três ou quatro candidatos. Assim, o objetivo da nossa candidatura é fortalecer nosso projeto de governo em Santo André e na região do ABC. Para mim é um privilegio, pois nunca tive a pretensão de sair candidato.
JPF - Você sempre destaca a questão da regionalidade como ponto principal de suas propostas. Como você tratará este tema em caso de vitória?
LT - Caso eu seja eleito, trabalharei com esta expectativa, há vários temas comuns do ABC que podem ser trabalhados conjuntamente. Tenho uma avaliação que o mandato dos deputados aqui da região são muito individualizados. Nós temos o Consórcio, a Agência Regional que devem ser mais usados. Os deputados da região, ao que eu lembre, nunca sentaram juntos para discutir questões comuns como mobilidade urbana, saúde e o meio ambiente. Tem que haver mais parceria, acredito que independente de partidos, os deputados eleitos do ABC poderiam sentar juntos, fazer seminários pra discutir algumas ações comuns.
JPF – Em quais áreas você pretende promover debates e ações, que podem gerar benefício direto para a população?
LT – Temos que fazer um debate da educação do Estado que está sucateada. Precisamos rever a progressão continuada. Precisa haver uma reciclagem dos nossos professores, melhoria de salários. Estes profissionais hoje estão desvalorizados em São Paulo. A questão da segurança pode ser discutida regionalmente. Aí se formos deputado de situação o debate é um; se formos oposição teremos mais dificuldades, mas vamos ter que fazer este debate.
JPF – Você acredita na vitória do PT, na disputa ao governo do Estado, que há mais de 14 anos vem sendo vencida pelo PSDB em São Paulo?
LT - O PT tem que atingir a meta que sempre teve no Estado de São Paulo. Se conseguirmos, com certeza, o Padilha vai para o segundo turno. Nessa eleição, trabalharemos com comparações entre o que foi feito no governo Dilma, nos dois mandatos do Lula, e o que foi feito nos governos do PSDB. Nós temos condição de fazer este debate de uma maneira muito tranquila. A militância do PT não precisa ter vergonha de nada, tem que ir à rua de ‘peito aberto’. Nós temos todas as condições de mostrar à população que ninguém fez mais do que fizemos pela população do Brasil.
Espaço aberto a todos os candidatos aos cargos eletivos de 2014. Interessados em apresentar suas ideias e propostas aos leitores do Ponto Final escrevam para redacao@pfinal.com.br.
Espaço aberto a todos os candidatos aos cargos eletivos de 2014. Interessados em apresentar suas ideias e propostas aos leitores do Ponto Final escrevam para redacao@pfinal.com.br.
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Os BRICS e os jornais vira-latas brasileiros
Não é à toa que os vetustos jornalões brasileiros perdem carradas de leitores todos os dias. Eles jogam contra o País. O leitor, que não é bobo nem ignorante, já percebeu que a prática do jornalismo honesto não se encontra mais em várias redações pelo Brasil afora.
Reproduzimos a seguir mais uma lúcida análise do comportamento de alguns jornais a respeito da criação do banco dos BRICS.
Por Luciano Martins Costa em 17/07/2014 na edição 807 do Observatório da Imprensa.
Na primeira página do Estado de S. Paulo, a principal notícia de Política desta quinta-feira (17/7) afirma que, de olho na eleição deste ano, a campanha da presidente Dilma Rousseff vai adotar temas de seus principais adversários, o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB).
Na Folha de S. Paulo, a principal chamada de Política na primeira página anuncia que Aécio Neves pretende “aprimorar” os programas sociais criados pelos governos do Partido dos Trabalhadores.
Como na canção popular, “detalhes tão pequenos” e outros mais gritantes fazem a rotina da manipulação de informações que caracteriza o noticiário da imprensa hegemônica. No caso em questão, o Estado faz uma inversão de valores tão escandalosa que autoriza a desconfiar que seus editores perderam completamente o respeito pelo leitor.
Tanto o Estado como a Folha e o Globo noticiam que o candidato do PSDB pretende adotar e “melhorar” o programa Mais Médicos, lançado no ano passado pelo governo federal sob críticas de entidades representativas dos profissionais de saúde, que chegaram a fazer manifestações de protesto nas grandes cidades contra a vinda de médicos estrangeiros.
Como é de conhecimento geral, o então senador Aécio Neves e outros líderes de seu partido condenaram o projeto. Nesta quinta-feira (17/7), ele recebeu o apoio da Associação Médica Brasileira.
Ora, não é preciso ser o gênio da estratégia em política para perceber que, em qualquer disputa eleitoral, quem está na liderança tende a ser copiado, naquilo que dá certo, pelos que tentam subir na escala das preferências.
Pode parecer mera picuinha observar essas mesquinharias da cobertura jornalística, mas o fato é que, obcecados em derrubar do poder o grupo que vence as eleições presidenciais deste 2002, os principais meios de comunicação do País têm se especializado exatamente nisso: picuinhas e mesquinharias.
A mesma vira-latice
Observe-se, por exemplo, a cobertura dos jornais genéricos de circulação nacional sobre a reunião dos líderes de países emergentes e o movimento de aproximação com a América Latina, patrocinado pelo governo brasileiro. Usando a Copa do Mundo como oportunidade para reunir dirigentes dos países que formam o bloco conhecido como Brics, a presidente da República protagoniza um evento importante na busca do equilíbrio entre as forças econômicas e políticas do planeta.
Em qualquer outro país, esse seria o tom predominante no noticiário sobre a 6ª Cúpula dos Brics, encerrada nesta quinta-feira. Aliás, esse é o tom geral da mídia internacional, desde a agência americana Bloomberg até chinesa Xinhua, ou Nova China.
Entre as principais decisões anunciadas, certamente a criação de um banco a ser compartilhado entre os países do bloco é a mais relevante, porque representa mais autonomia econômica para o conjunto de nações emergentes, que passará a contar com uma fonte de financiamento independente das instituições dominadas pelos Estados Unidos e a Europa.
O evento marca outros acontecimentos importantes, como a aproximação entre Rússia, Índia, China e África do Sul e os latino-americanos liderados pelo Brasil, bem como contribui para aliviar as tensões geopolíticas ao proporcionar uma janela de oportunidade para os russos, cercados de sanções por parte de americanos e europeus em função da crise na Ucrânia.
Em qualquer outro país, a imprensa estaria propondo um debate interno sobre esse evento, que pode afetar o desenrolar das relações internacionais.
Mas o que fazem os jornais brasileiros?
Os editores dos diários de circulação nacional parecem ter trocado figurinhas e, nas edições da quinta-feira (17/7), as manchetes eram exatamente iguais:
** “Brasil cede e Índia vai presidir banco dos Brics”, dizia o Estado de S. Paulo.
** “Brasil cede presidência, e banco dos Brics é criado”, anunciava a Folha.
** “Brasil cede, e Índia presidirá banco dos Brics”, afirmava o Globo.
Ora, o Brasil não cedeu coisa alguma, não abaixou a cabeça, como insinuam os jornais – a criação do Banco dos Brics havia sido proposta pela Índia desde a 4ª Cúpula, realizada em Nova Delhi em 2012, quando se convencionou que o país proponente teria a presidência executiva pelos primeiros cinco anos.
O cargo mais relevante na fase de implantação da instituição é a presidência do conselho, e essa função caberá ao Brasil.
O resto é a velha vira-latice da imprensa nacional.
Reproduzimos a seguir mais uma lúcida análise do comportamento de alguns jornais a respeito da criação do banco dos BRICS.
Picuinhas, mesquinharias e má-fé
Por Luciano Martins Costa em 17/07/2014 na edição 807 do Observatório da Imprensa.
Na primeira página do Estado de S. Paulo, a principal notícia de Política desta quinta-feira (17/7) afirma que, de olho na eleição deste ano, a campanha da presidente Dilma Rousseff vai adotar temas de seus principais adversários, o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB).
Na Folha de S. Paulo, a principal chamada de Política na primeira página anuncia que Aécio Neves pretende “aprimorar” os programas sociais criados pelos governos do Partido dos Trabalhadores.
Como na canção popular, “detalhes tão pequenos” e outros mais gritantes fazem a rotina da manipulação de informações que caracteriza o noticiário da imprensa hegemônica. No caso em questão, o Estado faz uma inversão de valores tão escandalosa que autoriza a desconfiar que seus editores perderam completamente o respeito pelo leitor.
Tanto o Estado como a Folha e o Globo noticiam que o candidato do PSDB pretende adotar e “melhorar” o programa Mais Médicos, lançado no ano passado pelo governo federal sob críticas de entidades representativas dos profissionais de saúde, que chegaram a fazer manifestações de protesto nas grandes cidades contra a vinda de médicos estrangeiros.
Como é de conhecimento geral, o então senador Aécio Neves e outros líderes de seu partido condenaram o projeto. Nesta quinta-feira (17/7), ele recebeu o apoio da Associação Médica Brasileira.
Ora, não é preciso ser o gênio da estratégia em política para perceber que, em qualquer disputa eleitoral, quem está na liderança tende a ser copiado, naquilo que dá certo, pelos que tentam subir na escala das preferências.
Pode parecer mera picuinha observar essas mesquinharias da cobertura jornalística, mas o fato é que, obcecados em derrubar do poder o grupo que vence as eleições presidenciais deste 2002, os principais meios de comunicação do País têm se especializado exatamente nisso: picuinhas e mesquinharias.
A mesma vira-latice
Observe-se, por exemplo, a cobertura dos jornais genéricos de circulação nacional sobre a reunião dos líderes de países emergentes e o movimento de aproximação com a América Latina, patrocinado pelo governo brasileiro. Usando a Copa do Mundo como oportunidade para reunir dirigentes dos países que formam o bloco conhecido como Brics, a presidente da República protagoniza um evento importante na busca do equilíbrio entre as forças econômicas e políticas do planeta.
Em qualquer outro país, esse seria o tom predominante no noticiário sobre a 6ª Cúpula dos Brics, encerrada nesta quinta-feira. Aliás, esse é o tom geral da mídia internacional, desde a agência americana Bloomberg até chinesa Xinhua, ou Nova China.
Entre as principais decisões anunciadas, certamente a criação de um banco a ser compartilhado entre os países do bloco é a mais relevante, porque representa mais autonomia econômica para o conjunto de nações emergentes, que passará a contar com uma fonte de financiamento independente das instituições dominadas pelos Estados Unidos e a Europa.
O evento marca outros acontecimentos importantes, como a aproximação entre Rússia, Índia, China e África do Sul e os latino-americanos liderados pelo Brasil, bem como contribui para aliviar as tensões geopolíticas ao proporcionar uma janela de oportunidade para os russos, cercados de sanções por parte de americanos e europeus em função da crise na Ucrânia.
Em qualquer outro país, a imprensa estaria propondo um debate interno sobre esse evento, que pode afetar o desenrolar das relações internacionais.
Mas o que fazem os jornais brasileiros?
Os editores dos diários de circulação nacional parecem ter trocado figurinhas e, nas edições da quinta-feira (17/7), as manchetes eram exatamente iguais:
** “Brasil cede e Índia vai presidir banco dos Brics”, dizia o Estado de S. Paulo.
** “Brasil cede presidência, e banco dos Brics é criado”, anunciava a Folha.
** “Brasil cede, e Índia presidirá banco dos Brics”, afirmava o Globo.
Ora, o Brasil não cedeu coisa alguma, não abaixou a cabeça, como insinuam os jornais – a criação do Banco dos Brics havia sido proposta pela Índia desde a 4ª Cúpula, realizada em Nova Delhi em 2012, quando se convencionou que o país proponente teria a presidência executiva pelos primeiros cinco anos.
O cargo mais relevante na fase de implantação da instituição é a presidência do conselho, e essa função caberá ao Brasil.
O resto é a velha vira-latice da imprensa nacional.
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Publicado processo de sonegação por parte da Globo
O blogue de Miguel do Rosário, o Cafezinho, acaba de publicar, na íntegra, o processo contra as Organizações Globo no qual é apontada sonegação na ordem de R$ 615 milhões.
Lembrando que o montante envolvido no Mensalão foi de R$ 55 milhões e do Trensalão paulista de R$ 577 milhões.
Veja tudo em www.ocafezinho.com
Lembrando que o montante envolvido no Mensalão foi de R$ 55 milhões e do Trensalão paulista de R$ 577 milhões.
Veja tudo em www.ocafezinho.com
Regulação da mídia e das comunicações no México: o que você não vê na Globo.
Por Carlos A. B. Balladas
O Parlamento mexicano aprovou uma nova lei dos meios de comunicação. Ela quebra monopólios e oligopólios, e faz parte de um movimento nascido na Inglaterra, que se alastra pela América e pelo mundo com o objetivo de reduzir a concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucos grupos empresariais.
No Brasil este assunto patina numa piso azeitado pelo poder de meia de famílias que detém mais 70% da audiência da TV e rádio em solo tupiniquim e pelo nosso Congresso no qual mais de 80% dos parlamentares são donos, ou padrinhos, de rádios e tvs em suas regiões.
Entre os pontos positivos da lei aprovada no México destaca-se o fortalecimento do órgão de regulação do setor, a maior proteção dada aos direitos do consumidor, o compartilhamento da infraestrutura entre as empresas de telecomunicações e a criação de uma empresa pública de radiodifusão e da figura do defensor da audiência, que terá a incumbência de ouvir as queixas da população e cobrar resoluções dos problemas junto ao poder público.
No setor de Telecomunicações
Fim da cobrança por terminações de chamadas de longa distância fixa e por celular a partir de 1º de janeiro de 2015.
Fim da cobrança por terminações de chamadas de longa distância fixa e por celular a partir de 1º de janeiro de 2015.
Custos de interconexão serão eliminados, estabelecendo-se o modelo bill & keep até que haja equilíbrio entre as empresas na ordem de 40/60.
O IFT, órgão regulador de telecomunicações do México, ganha importância. Definirá índices de qualidade e poderá aplicar sanções em caso de descumprimento de normas de competição. Também será responsável por ceder as concessões e definir, periodicamente, quais são as empresas preponderantes.
A Profeco, espécie de Procon federal mexicano, regulará e aplicará sanções em caso de abusos sobre o consumidor. A Segob, algo como secretaria-geral da presidência da República, fica encarregada de observar e sancionar deslizes na produção audiovisual, especialmente dos canais públicos. A classificação etária dos programas de TV, porém, será feita pelo IFT.
As multas do IFT sobre as empresas de telecom serão de de 2% a 10% do faturamento da companhia, de acordo com a ocorrência. O bloqueio de acesso a internet a um usuário, se não justificado, pode resultar em multa de 1% a 4%, por exemplo. O descumprimento de resoluções tarifárias pode render multa de 2% a 6%.
Validade de um ano para o crédito e consulta gratuita de saldo no celular pré-pago.
Empresas deverão atender aos pedidos de portabilidade numérica em até 24 horas, gratuitamente.
Haverá contrapartida aos consumidores prejudicados por perda de sinal ou serviço com qualidade abaixo do contratado.
Todos os aparelhos celulares vendidos no país deverão ser desbloqueados.
As empresas consideradas preponderantes deverão ceder, gratuitamente, sua infraestrutura para uso das concorrentes. No caso, Telmex, Telnor, Telcel e América Móvil (todas de Carlos Slim) em telecomunicações, e Televisa em radiodifusão.
O bloqueio de conteúdos da internet, presente no documento enviado inicialmente ao Congresso, foi retirado no Congresso após acusações de que quebraria a neutralidade da rede.
Guarda de logs: as empresas deverão guardar, por dois anos, metadados de acesso e registros das comunicações dos usuários.Autoridades poderão solicitar a localização de usuário sem necessidade de ordem judicial.
O sistema analógico de televisão para de funcionar em 31 de dezembro de 2015.
No setor de rádio e tv
Emissoras poderão usar multiprogramação.
Emissoras com cobertura de 50% do território deverão transmitir programas com closed caption e língua de sinais em até três anos. A partir da sanção da lei, os noticiários de maior audiência do país terão que ter os recursos de acessibilidade.
Grupos estrangeiros poderão investir nas empresas locais de radiodifusão. Segundo analistas locais, os investimentos poderão alcançar US$ 30 bilhões.
Serão leiloadas duas novas cadeias de TV digital, que vão usar, inicialmente, a infraestrutura da Televisa.
Emissoras de rádio poderão veicular no máximo 24 minutos de publicidade por hora. As de TV, 11 minutos.
Estrangeiros poderão ter 100% do capital de empresa de telefonia fixa. No setor móvel, isso já é permitido.
Empresas deverão criar e divulgar um código de ética que obedeça a parâmetros estabelecidos pelo IFT. A audiência para ter direitos, como o de ter acesso a conteúdos que respeitem os direitos humanos, clara distinção entre conteúdo e publicidade, e entre informação e opinião. O texto também veta qualquer tipo de censura prévia e assegura liberdade de expressão e editorial.
As emissoras deverão criar a figura do defensor da audiência, que deverá responder às queixas do público em até 20 dias.
Criação de uma empresa pública de radiodifusão, com foco em produções audiovisuais independentes e produção de notícias. A empresa será gerida por um conselho com integrantes do governo e da sociedade.
Os canais públicos serão mantidos principalmente pelo governo, com inserções publicitárias de no máximo cindo segundos.
Rádios e TVs comunitárias ou indígenas poderão vender espaço publicitário a órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, que poderão dotar no máximos 1% do orçamento de comunicação social para estes veículos.
A lei também reserva espectros AM e FM para rádios comunitárias e indígena.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Deputada estadual Ana do Carmo investe em projetos sociais
Foto: Divulgação |
A deputada estadual Ana do Carmo (foto), 59 anos, está no seu terceiro mandato. Entre as iniciativas dela, durante este período de vida pública, está a emenda parlamentar destinada ao projeto Aquecedor Solar de Baixo Custo (ASBC) desenvolvido pela ONG Sociedade do Sol. Atualmente, os aquecedores estão em fase de implantação em São Bernardo do Campo, por meio de uma parceria com a Secretaria da Educação.
O aquecedor permite uma redução média de 45% na conta de energia elétrica, de acordo com o presidente da ONG Sociedade do Sol, Gustavo Cherubina, 45 anos. O ASBC é instalado na parte externa da caixa d’água, o que permite o aquecimento da água que vai para o chuveiro, por exemplo. O equipamento tem um custo que varia de R$ 450 a R$ 650.
“O ASBC ou aquecedor solar popular é uma tecnologia social e ecológica, que significa que ele não é vendido, nós ensinamos as pessoas a construírem este equipamento”, conta o presidente. Segundo ele, o curso para aprender a montar o equipamento dura apenas um dia.
De acordo com Ana, alunos do Movimento de Alfabetização (MOVA) e do programa Mulheres Pedreiras foram voluntários no projeto de capacitação, para instalação dos aquecedores em regiões carentes de São Bernardo do Campo.
Para a deputada, conhecer a ONG, composta por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), foi gratificante. “É um projeto muito bonito, de cunho social impressionante. Quem já tem o aquecedor em casa consegue diminuir bastante o consumo de energia elétrica, gerando, por tabela, uma ‘renda’ que pode ser utilizada em outro gasto do lar”, comenta.
Alimentos Orgânicos
A produção de alimentos orgânicos também é uma das preocupações de Ana do Carmo. No ano passado, foi criada na Assembleia Legislativa a Frente Parlamentar em Defesa dos Alimentos Orgânicos e da Agroecologia.
“Essa frente é suprapartidária e já conseguiu frutos importantes, que é o caso de emendas que foram colocadas no orçamento do Estado voltadas exclusivamente para esse setor”, conta a deputada. Para a parlamentar, o cuidado com a alimentação reflete diretamente na saúde, com a prevenção de doenças.
A produção de alimentos orgânicos também é uma das preocupações de Ana do Carmo. No ano passado, foi criada na Assembleia Legislativa a Frente Parlamentar em Defesa dos Alimentos Orgânicos e da Agroecologia.
“Essa frente é suprapartidária e já conseguiu frutos importantes, que é o caso de emendas que foram colocadas no orçamento do Estado voltadas exclusivamente para esse setor”, conta a deputada. Para a parlamentar, o cuidado com a alimentação reflete diretamente na saúde, com a prevenção de doenças.
Espaço aberto a todos os candidatos aos cargos eletivos de 2014. Interessados em apresentar suas ideias e propostas aos leitores do Ponto Final escrevam para redacao@pfinal.com.br.
Ailton Lima inicia campanha a federal no interior paulista
Por Montero Netto
Lima visitará mais de 60 cidades durante campanha eleitoral . Foto: Divulgação |
O vereador de Santo André, Ailton Lima (SDD), candidato a deputado federal, começou sua campanha com o pé na estrada. No inicio desta semana, Lima percorreu cerca de 2 mil quilômetros passando por cidades como Mogi Guaçu, Ourinhos, Presidente Venceslau, Ibitinga, Jaú, entre outros. O candidato a uma cadeira na Câmara Federal, em Brasília, garante ter base em mais de 40 municípios, além da região do ABC que terá um grande esforço de campanha nos meses de agosto e setembro.
Lima acredita que sua atuação na Câmara de Santo André é o cartão de visitas ideal para conquistar os votos dos eleitores das regiões que programou trabalhar. Entre suas propostas estão a luta pelo fim do fator previdenciário; o sepultamento do PL 122; a defesa dos valores familiares; e o combate a carga tributária que prejudica o setor produtivo do País.
Jornal Ponto Final - Como foi estruturada sua campanha?
Aílton Lima – Tenho buscado apoio de entidades de classe, sindicatos, associações, autoridades eclesiásticas de diversas igrejas e denominações, percorrendo inúmeras cidades do interior do estado de São Paulo divulgando nossas ideias. Não tenho problema em mostrar nossa cara, levando ao conhecimento de todos nosso trabalho na Câmara de Santo André, que se vê no meu crescimento nas eleições de 2004, 2008 e 2012, mostrando que aqui já fui testado e aprovado.
JPF – Quais são os principais projetos que você pretende apresentar em Brasília caso seja eleito?
AL – Tão importante quanto apresentar projetos e saber quais são as iniciativas que estão em tramitação e precisam de uma ação concreta para ser aprovado ou não. É o caso do PL 122 que precisa ser sepultado definitivamente e trabalharei por isso, com força e ações concretas. Existem muitos projetos que temos que tirar das gavetas, que estão parados, e podem gerar bem estar social para o Brasil. Vou defender os valores familiares e o setor produtivo do País. Tenho uma pequena empresa do setor gráfico e a alta carga de tributos que incidem sobre a produção tem destruído os empresários. Temos que lutar contra isso.
JPF – Quais outras demandas você abordará em um possível mandato?
AL – É muito importante defender a questão da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Há também a luta pelo fim do Fator Previdenciário que tem prejudicado muito a classe trabalhadora deste País, bem como trabalhar buscando a recuperação dos vencimentos dos aposentados e pensionistas, que a cada dia veem seus rendimentos caírem cada vez mais.
Espaço aberto a todos os candidatos aos cargos eletivos de 2014. Interessados em apresentar suas ideias e propostas aos leitores do Ponto Final escrevam para redacao@pfinal.com.br.
142 bilhões dispersos por todo o Brasil. Chegam os números da Copa.
Os dados positivos relativos
à Copa do Mundo no Brasil são divulgados a todo instante.
Deve-se, sempre, em nome
do bom jornalismo, conferir a origem das informações.
A Fipe, instituição ligada à USP, não pode ser
questionada de parcial ou de produzir dados alterados.
Reproduzimos a seguir o
texto publicado num no portal Pragmatismopolitico que nos oferece números sobre
os efeitos positivos da realização de um evento da dimensão da Copa do Mundo no
Brasil.
Copa do Mundo
no Brasil injetou R$ 142 bilhões na economia
Do portal www.pragmatismopolitico.com.br
Na empregabilidade,
o setor de Turismo ofereceu, sozinho, mais de 48 mil oportunidades de trabalho.
Outras 50 mil vagas foram criadas para execução das obras nos estádios. Os
dados são da Fundação de Estudos e Pesquisas Econômicas (Fipe), ligada à USP
Um
dos saldos da Copa do Mundo no Brasil é o valor de R$ 142 bilhões injetados
na economia entre 2010 e 2014. E a escolha das 12 cidades-sedes não foi à toa:
o objetivo é espalhar a riqueza para todas as regiões, com desenvolvimento para
comercio, indústria e serviços.
A
Fundação de Estudos e Pesquisas Econômicas (Fipe), ligada à USP, apontou que,
dos R$ 9,7 bilhões gerados durante a Copa das Confederações, 51% se difundiram
por todo o pais, enquanto 49% ficaram concentrados nas seis cidades que
receberam o torneio. Já o Mundial tem potencial de retorno mais de três vezes
maior.
Mais
de 3,6 milhões de pessoas estão circulando pelo Brasil, o dobro em comparação à
Copa do Mundo na África do Sul (2010). Apenas com visitantes, o país terá
retorno de, no mínimo, R$ 25 bilhões. Esse valor quita gastos do governo
federal em infraestrutura, mobilidade urbana e segurança feitos para receber o
evento e que ficarão como legado para população ao término dele.
Na
empregabilidade, o setor de Turismo ofereceu, sozinho, mais de 48 mil
oportunidades de trabalho. Outras 50 mil vagas foram criadas para execução das
obras nos estádios. Esses são exemplos de fatores essenciais para que o Brasil
possa seguir mantendo as menores taxas de desemprego de sua história.
sábado, 12 de julho de 2014
Covas não serve de exemplo
Por Carlos A.B. Balladas
A vice-prefeita andreense, Oswana Fameli, filiada ao PRP (Partido
Republicano Progressista) encontra-se numa posição incomoda, causada pelos
desatinos da estrutura politica e processo eleitoral instaurados em solo
tupiniquim. O seu partido apoia Eduardo Campos e Geraldo Alckmin,
respectivamente concorrentes aos cargos de presidente da República e governador
do estado de São Paulo.
Como integrante de um governo encabeçado pelo PT, Oswana se vê
constrangida em seguir seus pares do PRP no estado e no País. Aproveitando-se
da situação, Paulinho Serra, líder do PSD na cidade, tenta arrastá-la para as
hostes deste partido que já se transformou num clone do PMDB na forma e
conteúdo.
Oswana, Salles e Paulinho. Fotos extraídas das respectivas páginas do Facebook
Paulinho Serra, alçado a
comandar a mais poderosa secretaria do governo Carlos Grana, a qual recebe um
grande número de demandas emanadas dos gabinetes da Câmara de Vereadores, já
conta com a simpatia de muitos edis para ocupar o cargo ocupada por Oswana hoje,
numa eventual reeleição de Carlos Grana.
O PSD de Paulinho, em nível estadual, também embarcou em
candidatura não alinhada ao PT, a de Paulo Skaf do PMDB, tal qual Raimundo
Salles, presidente do PDT andreense, agremiação que perdeu expressão na cidade
depois da desfiliação de Cicero Firmino, o Martinha, e de mais 120
sindicalistas por ele liderados. Todos eles migraram para o PT. Salles é um dos coordenadores da campanha de Skaf.
Moral e eticamente correto seria estes secretários de Grana
pedirem licença dos cargos que ocupam durante o período eleitoral. Um dos
poucos, se não o único, que presenciamos a licenciar-se de seu mandato para
fazer campanha foi o então governador Mário Covas, em 1998.