terça-feira, 31 de maio de 2016

Falta de vitamina D aumenta no inverno

A vitamina D, hormônio esteroide lipossolúvel, é essencial para o corpo humano e importante no tratamento de doenças autoimunes, como a artrite reumatoide e para a manutenção do tecido ósseo. Produzida também por meio da exposição solar, a vitamina D controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular. Porém, é nos meses mais frios do ano, especialmente no inverno, que a carência deste importante item é sentida com mais força pelo organismo. 

Tomar sol é importante para a produção da vitamina D no organismo | Imagem: Reprodução  
O endocrinologista do Hospital Santa Catarina (SP), Ricardo Teixeira Di Rienzo, explica os principais motivos da falta da vitamina D: “a urbanização e crescente verticalização das residências, aliada à conscientização do necessário uso dos filtros solares UVA e UVB FPS acima de 15, que reduz em 99% a penetração da radiação UVB, responsável por ativar a síntese de vitamina D, estão entre os motivos que levam as pessoas a terem maior deficiência da substância”.  

Ele esclarece também que a falta de absorção de vitamina D é ainda maior nos meses mais frios, já que muitas pessoas negligenciam a importância de tomar sol. “Pelo fato de a ausência de vitamina D, no início ser algo ‘invisível’, algumas pessoas não se dão conta dessa necessidade para o corpo humano”. 

O especialista elenca cinco problemas de saúde que a falta de vitamina D pode causar a curto, médio e longo prazo: baixa resistência a infecções respiratórias; depressão sazonal, inclusive na adolescência; fraqueza muscular; osteomalácia, que é o enfraquecimento e desmineralização de ossos maduros; e osteoporose, principalmente em idosos. 

Por meio de um exame de sangue específico é possível saber a quantidade da vitamina no organismo.



Valores machistas ainda são aprovados por jovens, aponta pesquisa

A pesquisa Violência contra as mulheres: os jovens estão ligados? aponta que 96% dos jovens brasileiros reconhecem que existe machismo no Brasil, mas a maioria ainda aprova valores machistas e reprova comportamentos não conservadores da mulher. Os dados divulgados, em 2014, pelo Instituto Avon e Data Popular, se mostram atuais quando observamos, por exemplo, alguns comentários nas redes sociais sobre o estupro coletivo de uma jovem de 16 anos. 

Imagem: Reprodução 
Para 51% dos entrevistados, a mulher deve ter a primeira relação sexual com um namorado sério; 41% concordam que a mulher deve ficar com poucos homens; para 38% a mulher que tem relações sexuais com muitos homens não é para namorar e 25% afirmam que se uma mulher usa decote e saia curta, é porque está se oferecendo para os homens.

O diretor-executivo do Instituto Avon, Lírio Cipriani, comenta que a mudança de percepção é fundamental para mudar o cenário da violência contra a mulher no País. “É alarmante saber que grande parte das mulheres brasileiras já foram ou serão, de alguma forma, assediadas ou desrespeitadas. Este cenário precisa mudar e, para tanto, é preciso promover uma mudança cultural sobre o papel de cada um no enfrentamento a violência com a mulher e sensibilizar a população para importância da convivência pacífica e respeitosa entre homens e mulheres”, afirma. 

O estudo também mostra que cerca de 79% das jovens brasileiras já foram assediadas, receberam cantadas ofensivas, violentas e desrespeitosas ou foram abordadas de maneira agressiva em festas ou em locais públicos. Além disso, 44% das entrevistadas já foram assediadas ou tiveram o corpo tocado por um homem sem consentimento em festas. Além disso, 30% alegaram já terem sido beijadas à força.

Quase metade (45%) das mulheres entrevistadas tiveram que adotar alguma atitude mais severa para evitar o assédio do ex-parceiro, após o término de um relacionamento: 26% bloquearam o endereço de e-mail do ex-parceiro e 25% pararam de ir a locais que frequentavam com regularidade. Além disso, 37% das mulheres já tiveram relações sexuais sem camisinha por insistência do parceiro.

Além disso, a pesquisa aponta que cerca de 52 milhões de brasileiros confirmam que possuem algum conhecido, parente ou amigo que já foi violento com a parceira. No entanto, apenas 9,4 milhões de homens dizem que já tiveram tal atitude. 


segunda-feira, 30 de maio de 2016

Custo da atividade parlamentar no Brasil ultrapassa R$ 20 bilhões/ano

Por Célio Turino no portal Fórum

Uma câmara de deputados federais e um senado, 27 assembléias legislativas e 5.564 câmaras de vereadores. Custo total: mais de R$ 20 bilhões por ano! O equivalente ao orçamento anual do programa Bolsa Família (R$ 22,1 bilhões), que beneficia 13,9 milhões de famílias. Convenhamos, há muito tempo o custo da atividade parlamentar ultrapassou o limite do razoável. E isto não significa desconsiderar a relevância do poder legislativo, pelo contrário, sem poder legislativo não há democracia, mas quando o poder político se descola da realidade de quem deveria representar, é a própria democracia que se vê ameaçada. É preciso impor um freio a estes custos estratosféricos.



Antes que o fosso entre representantes e representados torne-se intransponível (e talvez já tenha se tornado), cabe à nação, ao povo, aos cidadãos e contribuintes, repactuar um custo aceitável para o funcionamento legislativo no país, impondo um teto global de despesas. O orçamento do Congresso Nacional (Câmara e Senado) é de R$ 8,6 bilhões (2013), ou o equivalente ao orçamento de vários ministérios juntos; antes de cair em um estéril debate de varejo (tão ao gosto da mídia do espetáculo ou ao senso comum), reclamando sobre mordomias e despesas inúteis (que são muitas), melhor definir um teto global para o orçamento do Congresso.

Segundo pesquisa da ONU em parceria com a UIP (União Interparlamentar), o custo do Congresso brasileiro é o segundo mais caro do mundo, seja em valor global ou por parlamentar (US$ 4.415.091,00), apenas superado pelos Estados Unidos. Se aproximássemos a média de custo da atividade parlamentar brasileira à média dos custos na Alemanha (total: US$ 821 milhões // por parlamentar: US$ 1,191 milhão) e França (total: US$ 998 milhões // por parlamentar: US$ 1,079 milhão), o custo total do Congresso (Senado e Câmara de Deputados) deveria ser de US$ 674 milhões (média por parlamentar: US$ 1,135 milhão), ou R$ 1.348.380.000,00. Caso a comparação fosse feita com realidade mais próxima, como Argentina (5ª maior despesa média do mundo) ou México (7ª maior despesa média do mundo), a situação seria a seguinte: Argentina (total US$ 1,138 bilhão // US$ 1,917 milhão por parlamentar), México (total US$ 1,055 bilhão // média de US$ 1,777 milhão); neste caso o custo máximo do Congresso Brasileiro deveria ser de US$ 1,847 milhão por congressista, com um orçamento total de US$ 1,097 bilhão, ou R$ 2.194.236.000,00. Como resultado, uma bilionária economia de R$ 6.405.764.000,00!!

A título de comparação: este valor seria suficiente para elevar o salário de todos os professores rede pública do país em R$ 492,00/mês, ou para recuperar milhares de quilômetros de estradas, ou para a construção de vários hospitais e sua manutenção. E caberia ao Congresso definir a adequação de suas despesas ao teto permitido pela sociedade, seja com a redução de salários e mordomias ou corte de pessoal, que, no caso de concursados, poderiam ser repassados para a União.

O mesmo deve acontecer em relação ao orçamento das Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores. Além do limite de gastos, estas casas legislativas também devem receber outra trava: o impedimento do uso de recursos do Fundo de Participação dos Estados e Municípios em despesas legislativas. A transferência de recursos da União (ou de estados para municípios) é resultado de um esforço de arrecadação que envolve toda nação e deve atender prioridades básicas, como saúde, educação, cultura e assistência social, além de investimentos em infraestrutura local. Despesas com funcionamento legislativo devem ser cobertas exclusivamente com impostos arrecadados localmente. Esta medida teria, inclusive, função educativa na cultura política local, uma vez que aproximaria representantes de representados, que saberiam exatamente quanto estão gastando naquela atividade. Caso o estado ou município não disponham de recursos suficientes, que reduzam a despesa na proporção de seus recursos próprios, podendo, até mesmo, transformar a atividade legislativa em serviço voluntário, no caso de municípios muito pobres ou pequenos.

Claro que os atuais beneficiários deste verdadeiro cheque especial sem limites dificilmente aceitarão uma proposta como esta. Mas aí cabe a pergunta. Até quando os contribuintes (ou melhor, até quando você) continuarão assinando este talão de cheques sem fim?

Como caminho, por que não abrirmos uma Petição Pública para um Plebiscito Nacional que fixe teto de gastos para a atividade parlamentar?


A abolição da escravidão e o tempo presente

Por Rodrigo Medeiros, professor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) no portal Carta Maior

Em tempos de grande perplexidade política, a revista “The Economist”, em sua edição de 23 de abril de 2016, apontou para as muitas heranças que o Brasil não discutiu adequadamente.  Na matéria destacada na sua capa consta que “não há atalhos para resolver os problemas. As raízes da disfunção política do Brasil podem ser enxergadas na economia baseada no trabalho escravo do século XIX, na ditadura ocorrida no século XX e em um sistema eleitoral viciado em campanhas ruinosamente caras e que protegem os políticos da prestação de contas” (tradução livre).  Vejamos então alguns poucos aspectos dessas questões.

O modelo brasileiro de transição do regime militar para a Nova República converge, em certos aspectos, para a experiência espanhola do Pacto de Moncloa (1977). Tratou-se de algo positivo uma anistia política ampla, porém faltou permitir uma maior investigação histórica que fizesse a sociedade refletir e aprender com o passado. Em certa medida, alguns grupos seguiram com astúcia o personagem aristocrata Tancredi Falconieri do clássico de Lampedusa (1956): “A não ser que nos salvemos, dando-nos as mãos agora, eles nos submeterão à República. Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude”. Os aspectos histórico-estruturais do subdesenvolvimento não foram vencidos entre nós.
 
Matéria publicada na edição de 9 de fevereiro de 2013 da revista “The Economist” afirmou que aproximadamente 50% das diferenças de renda nos EUA e na Grã-Bretanha em uma geração são atribuíveis a diferenças na geração anterior; em sociedades mais igualitárias, a Escandinávia, por exemplo, esse número é inferior a 30% e é bastante comum que uns 70-80% do status social de uma família tendam a ser transmitidos de geração em geração. Para entendermos melhor essa questão no caso brasileiro, é preciso recuar até os acontecimentos que marcaram a campanha abolicionista no século XIX. Nesse sentido, destaco o livro da pesquisadora Angela Alonso, “Flores, votos e balas: o movimento abolicionista brasileiro (1868-88)”, editado pela Companhia das Letras, em 2015.
 
Logo no início do livro, Alonso afirma que “entender o abolicionismo, seus protagonistas e o andamento do processo político da abolição importa porque o fim da escravidão dividiu águas em nossa história, e também porque a natureza de seu remate ainda reverbera nas formas contemporâneas da desigualdade no Brasil” (p. 20). Grandes e históricas desigualdades sociais hierarquizaram o espaço urbano brasileiro e influenciam ainda hoje os elevados níveis de violência que enfrentamos. Desigualdades excessivas conspiraram contra o desenvolvimento do mercado doméstico e a construção de laços de solidariedade nacional porque travaram a ampliação da divisão social do trabalho na economia formal brasileira.  


A retórica mudancista dos abolicionistas mobilizou compaixão, direito e progresso. O Clube da Lavoura, por sua vez, representou a sociedade fundada na escravidão. O imperador D. Pedro II, equilibrando-se domesticamente e confrontado com as pressões estrangeiras, considerava a abolição questão de forma e oportunidade. No campo científico, o abolicionismo brasileiro buscou também se escorar nas ideias de Auguste Comte, que definiam o progresso como a marcha inexorável para a industrialização, a urbanização e a secularização, elementos estes que abalariam as instituições tradicionais. Segundo Alonso, “a retórica do progresso – ‘a luz do século’ – pedia a um só tempo reforma social e política, abolição e república” (p. 133). Associações e jornais foram criados contra a escravidão e até as artes (conferências-concerto) foram usadas como armas de deslegitimação do escravismo, acusado de ilegal, imoral e anacrônico. Para Alonso, o abolicionismo “cresceu justamente porque se expandiu para além de um único estrato social” (p. 146) e “ao envolver mulheres e crianças, o movimento atacou a escravidão onde ela era tão forte quanto silenciosa: em casa” (p 148). O movimento abolicionista politizou a vida privada. 
 
A escravidão era o “sangue do organismo social” e a base da lavoura de exportação. De acordo com Alonso, “entranhada no estilo de vida, [a escravidão] contaminara família e religião e impedia a emergência de uma ética do trabalho” (p. 204-5). O abolicionismo brasileiro não era homogêneo em suas crenças e objetivos específicos, porém as “crises intra-abolicionistas nunca explodiram o movimento porque a unidade era imperativa em face dos escravistas” (p. 226). Esta é uma valiosa lição histórica para o campo progressista no presente.
 
O trabalho escravo ainda é uma triste e anacrônica realidade encontrada no Brasil. Matéria da “Agência Brasil”, assinada por Andreia Verdélio (28/01/2016), indica que a maioria das vítimas de trabalho escravo no Brasil pode ser localizada em áreas urbanas, concentrando aproximadamente 61% dos casos. A matéria diz também que está em tramitação no Congresso Nacional o Projeto de Lei do Senado de número 432, de 2013, que busca reduzir o conceito do trabalho escravo, retirando dele o trabalho degradante e a jornada exaustiva. Há quem argumente que estamos em tempos de globalização e que é, portanto, preciso construir as novas condições de competitividade nacional. Essas “condições” não precisam sinalizar para o passado, afinal, um novo tipo de trabalho escravo não será capaz de tornar a economia brasileira mais produtiva e próspera. Nesse sentido, novas formas de servidão (precarização das relações de trabalho, por exemplo) apenas cristalizariam a perversa herança das desigualdades disfuncionais brasileiras e conspirariam contra a confiança social nas instituições democráticas. 
 
A retomada do debate sobre desenvolvimento é necessária. No que diz respeito às diferenças de produtividades entre países e atividades, são interessantes as informações do “Atlas da complexidade econômica”, derivado de pesquisa de Ricardo Hausmann (Harvard) e Cesar Hidalgo (MIT). Em síntese, o processo de desenvolvimento é o avanço da complexidade econômica: diversificação exportadora com não ubiquidade. Entre nós, a perda de complexidade exportadora desde 1994 foi intensificada pela reprimarização no boom das commodities. Sobrevalorização cambial crônica da moeda brasileira, desindustrialização prematura e acomodação de trabalhadores em atividades de baixa produtividade impactaram na inflação de serviços e no baixo desempenho geral da economia. O fim do superciclo global das commodities, que expôs a fragilidade da inserção externa brasileira, se encontrou com a grave crise política. 
 
O Brasil já viveu o tempo no qual a sua inserção global foi primário-exportadora e os governos estiveram bem livres de vinculações orçamentárias e muitas despesas obrigatórias. A Primeira República, oligárquica e antissocial, não resolveu o problema das contas públicas brasileiras e isso ficou claro nos desdobramentos da crise de 1929: concentração de riquezas e socialização de prejuízos. Coube posteriormente ao ministro Osvaldo Aranha um levantamento dos empréstimos que Estados e municípios tinham contraído no estrangeiro, tendo em vista a consolidação da dívida externa brasileira. A década de 1930, na onda da Grande Depressão, não foi marcada pelos avanços do liberalismo econômico e da paz mundial. O fantasmagórico teatro de sombras da Primeira República foi construído no ocaso do Império, quando atores oligárquicos compreenderam efetivamente que haviam perdido a batalha da escravidão. Os tempos são outros, pois vivemos em um país urbano, porém é sempre importante aprender algo com o passado para evitarmos reproduzir, guardadas as devidas proporções, os dramas já experimentados.


quarta-feira, 25 de maio de 2016

São Bernardo Plaza Shopping sedia campeonato de poker


A partir de 1º de junho, o São Bernardo Plaza Shopping recebe o Vegas Mall, evento semanal com campeonatos de poker. Destinado a jogadores recreativos, amadores e profissionais de todos os estilos, o espaço ficará aberto de três a quatro vezes, por semana. A programação completa do evento estará disponível na fanpage do Vegas Mall.  


Imagem: Reprodução 
O evento comporta, simultaneamente, 54 pessoas distribuídas em seis mesas e não permite a entrada de jogadores menores de 18 anos. O local terá estrutura diferenciada a cada dia, com valores e horários distintos. 

O Vegas Mall surgiu em julho de 2015, para fomentar um dos esportes que mais cresce no Brasil, conforme comenta um dos fundadores do projeto, Fabio Liborio: “O maior objetivo em incluir o evento dentro do São Bernardo Plaza Shopping é poder proporcionar uma opção de entretenimento única aos adultos. Queremos contribuir com o desenvolvimento do esporte estimulando as pessoas a praticarem. O poker é para todos, independentemente de gênero, perfil ou mesmo classe social”, comenta. 

As inscrições para cada dia estarão abertas até 2 horas antes do início da partida, no próprio local da atração, no piso L1, ao lado do acesso E.



Como nasce um partido político no modelo brasileiro aberto

Marcones Santos*

As notícias sobre a criação do PNC – Partido Nacional Corinthiano trouxeram à tona, novamente, as críticas e questionamentos sobre como nascem e porque nascem os partidos políticos, destacadamente neste período de instabilidade política acentuada.

Inicialmente, é importante destacar a disposição Constitucional, que assegura: “Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: [...]

Complementa a Lei nº 9.096/95: Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.

E mais: Art. 2º É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana”.

Já com relação ao critério de representatividade para a criação, assim reza a referenciada Lei, já com as alterações trazidas pela Lei nº 13.165, de 2015:

“Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.

§ 1º  Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional, considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos, o apoiamento de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles.”

No artigo 8º a Lei nº 9.096/95 estabelece o primeiro ato formal para criação das agremiações partidárias, que se inicia perante o Cartório do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal, exigindo que o pedido de registro da agremiação seja subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a cento e um, com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados brasileiros, instruído com:

I - cópia autêntica da ata da reunião de fundação do partido;

II - exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor, o programa e o estatuto;

III - relação de todos os fundadores com o nome completo, naturalidade, número do título eleitoral com a Zona, Seção, Município e Estado, profissão e endereço da residência.

Depois de adquirir personalidade jurídica perante o Cartório do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, na forma do artigo anterior, o artigo 9º desta mesma Lei estabelece a etapa subsequente, que é o registro do estatuto do partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral, fase conclusiva da consolidação dos partidos, que deve ser feito através de requerimento acompanhado dos seguintes documentos:
I - exemplar autenticado do inteiro teor do programa e do estatuto partidários, inscritos no Registro Civil;

II - certidão do registro civil da pessoa jurídica, a que se refere o § 2º do artigo anterior;

III - rol de apoiamento mínimo de eleitores a que se refere o § 1º do art. 7º.

Visando disciplinar a criação, organização, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos o TSE editou a Resolução TSE nº 23.465, segundo a qual os interessados na criação de um partido político devem obter o apoiamento mínimo de 0,5% dos eleitores que votaram nas últimas eleições para a Câmara dos Deputados, o que representa hoje 486 mil assinaturas. 

Por esta nova Resolução, o TSE consolidou o prazo máximo de dois anos para alcance do apoiamento, contados da fundação e registro do partido em formação no cartório civil, já que pela sistemática anterior não havia esta limitação temporal, o que fazia com que os processos de criação de partidos políticos durassem vários anos.

Nesta última reforma a verificação das assinaturas de apoiamento passou a ser por banco de dados da Justiça Eleitoral, extinguindo as antigas certidões individuais, viabilizando o imediato cruzamento de informações do eleitor, o que evita que um nome seja contado mais de uma vez e que um mesmo eleitor seja apoiador de mais de um partido. Por esta nova sistemática virtual o eleitor que não concordar com a inclusão de seu nome no rol de apoiadores do partido em criação poderá requerer à Justiça Eleitoral a sua exclusão da listagem apresentada.

A Resolução TSE nº 23.465 estabeleceu ainda:

I - Somente o partido político que tiver registrado o seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito ao rádio e à televisão;

II - Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão;

III - Pode participar das eleições o partido que, até um ano antes do pleito, tiver registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral e tiver, até a data da convenção, órgão de direção constituído na circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto.

Observa-se que há uma extrema relevância para a figura partidária no processo eletivo brasileiro, mas uma demasiada facilitação para a sua criação, o que tem facultado o surgimento de agremiações sem identidade com a essência do Estado Democrático de Direito. Isso implica numa inversão: ao invés de termos políticos de partidos temos, agora, partidos de políticos.

Vale recordar, ainda, a polêmica criação do Partido da Mulher Brasileira – PMB, que chamou a atenção pela forte presença masculina em detrimento do número de mulheres, que ante a marca criada gerou uma contradição. Também conturbada foi a criação do partido Rede Sustentabilidade, conhecido como partido da Marina Silva, que em 2013 teve seu registro negado pelo TSE, só vindo a lograr êxito tempos depois, quando sanadas as deficiências apontadas e comprovado o alcance do número mínimo de apoiadores.

Saímos do bipartidarismo do Partido Conservador e Partido Liberal para os atuais 35 (trinta e cinco) partidos e, a título de exemplo, de 2005 a 2015 foram criados 11 partidos, ou seja, uma média de um partido por ano. Uma sequência preocupante, que tem tomado a pauta em momentos de eleições e mais ainda em picos de crise política, como o ora vivido. 

E lista é crescente, segundo o TSE atualmente 22 (vinte e dois) partidos ainda estão em fase de formação, dentre os quais citamos: PSPB - Partido dos Servidores Públicos e dos Trabalhadores da Iniciativa Privada do Brasil; PACO - Partido Conservador; PCS - Partido Carismático Social; PATRI – Patriotas; RNV – Renovar, entre outros.

Enfim, diferente dos modelos de partidarismo mais regrados e fechados, o Brasil encontra-se hoje com a necessidade de estabelecimento de cláusulas de barreiras, que levem à consolidação de partidos sólidos e com identidade precisa, partidos compostos por políticos com ideologia e propostas uniformes e não meros estatutos. Do contrário, em breve, teremos um partido para cada time de futebol, para cada categoria profissional e para cada instituição religiosa.

*Marcones Santos é advogado de Direito Eleitoral e sócio do escritório Lopes, Leite & Santos Advogados Associados




Simulado do Enem registra mais de 3,5 mil estudantes

Da Redação

O Colégio Singular e o Singular-Anglo Vestibulares promoveram no último domingo (22), o Simulado Aberto Enem – Versão Compacta. Realizada na Fundação Santo André (FSA), a atividade teve a finalidade de preparar os estudantes para a prova oficial do Enem que acontecerá em 5 e 6 de novembro.

Aberto ao público, o simulado contou com a participação de mais de 3,5 mil estudantes da rede pública e particular da 3ª série do Ensino Médio, de cursos pré-vestibulares e treineiros do Ensino Médio.  
Simulação ocorreu na Fundação Santo André | Foto: divulgação
Enquanto os estudantes se dedicavam ao simulado, mais de 300 pais lotaram o auditório para um bate-papo com a equipe de vestibulares do Singular. Entre alguns temas abordados estavam a importância da família durante o período de vestibulares, principais processo seletivos e datas de inscrição.

Este simulado faz parte do projeto do Singular que tem a finalidade de fazer com que os alunos avaliem na prática seu comportamento em uma situação real, como cansaço, desempenho e tempo de prova. No decorrer do ano são realizadas mais de 50 provas, contemplando não só o Enem como também vestibulares de várias universidades públicas.


Segredo lança o primeiro álbum

Por Vivian Silva

O artista andreense Leandro Costa, 28 anos, conhecido como Segredo, acaba de lançar o primeiro álbum de rap, intitulado Assim que levo a vida. Produzido de maneira independente, o CD demorou quase um ano e meio para ser gravado no estúdio Flap C4. 

Segredo apresenta a Noite Marakasi no Tupinikim Bar, em Santo André | Foto: Ênio César  
Na estrada há 13 anos, Segredo comemora o lançamento do álbum e fala da importância da música na sua vida. “O rap representa tudo, meu trabalho, meu lazer, minha forma de expressar muitas coisas. Sou bem quieto e, às vezes, deixo para expressar na música o que vejo e não falo”, comenta. 

A concepção do CD começou há três anos, com a composição das letras e também a arrecadação de verba para custear a produção do álbum – que ficou em cerca de R$ 10 mil. Neste período, uma festa no Tupinikim Bar, em Santo André, local onde Segredo apresenta a Noite Marakasi – todas às sextas-feiras – ao lado dos Djs B8 e Ciriaco, serviu para arrecadar metade do valor necessário para a produção. Os demais gastos foram custeados pelo próprio artista.

Com 11 faixas dedicadas ao rap - duas com influências do samba e do dub (vertente do reggae) - o álbum tem a participação especial de diversos músicos, entre eles, Rodrigo Piccolo do Mato Seco, Gaspar do Z’África Brasil, Msário, Flow MC, Red Lion... A lista é extensa. Além disso, duas músicas já conhecidas do público, Otra Laia e Agradeça Mais, ganharam versão remix. Já a foto de capa é de Ênio César e a arte ficou a cargo de Jay P. e do grafiteiro Léo Araújo (Neguim).

O CD Assim que levo a vida sai com tiragem inicial de mil exemplares. Em breve, algumas faixas estarão disponíveis para download no Soundcloud. Para adquirir um exemplar ou saber mais informações sobre o trabalho do Segredo acesse a fanpage www.facebook.com/segredomc.

Obs.: Matéria publicada originalmente no jornal Ponto Final, edição 890.


terça-feira, 24 de maio de 2016

Equipe de rúgbi do ABC supera barreiras para crescer

Por Vitor Lima

As Olimpíadas Rio 2016 contarão com dois novos esportes em relação à competição anterior, em Londres. Foram incluídos o golfe e o rúgbi, esportes de pouca tradição no Brasil, mas que apresentam um crescimento no número de praticantes - principalmente no caso do segundo. Desporto que inspirou o futebol americano, o rúgbi foi criado no século XIX e possui origem inglesa.

No ABC, existem alguns grupos de praticantes do esporte e algumas equipes que disputam competições regularmente. Uma delas é o UFABC Leprechauns, time criado em 2009 por alunos da Universidade Federal do ABC (UFABC), que após algumas interrupções nas atividades segue, desde 2014, treinando e disputando competições. 

Atualmente, o Leprechauns possui cerca de 40 atletas | Foto: divulgação
Os Leprechauns possuem equipe masculina e feminina, que treinam três vezes por semana e, atualmente, somam cerca de 40 atletas. Conforme conta o presidente da equipe, Higor Godoy Venâncio, embora a equipe tenha raízes na UFABC, para integrar o time não é necessário possuir nenhum vínculo com a universidade. “Como o esporte ainda não é tão popular no Brasil, não temos nenhuma avaliação de quem quer participar. A gente tenta tirar o melhor de cada um, que muitas vezes chegam aqui com pouca prática”, explica. 

Mesmo não sendo um time profissional, os Leprechauns têm uma estrutura bem organizada, com presidente, vice e diretores, conforme determina o estatuto. Além da dificuldade dos atletas em conciliar estudos, trabalho e treinos, a questão financeira representa uma grande preocupação para a diretoria. A equipe tem gastos com o aluguel do campo onde treinam, equipamentos, técnico e as taxas para disputar as competições, que representam o valor mais alto.

A arrecadação dos Leprechauns depende, basicamente, da contribuição dos próprios jogadores. Eles estão preparando para 25 de junho a festa denominada “Rugbar”, que chega à terceira edição e deve reunir aproximadamente mil pessoas – o objetivo do evento é arrecadar fundos para custear a participação nos campeonatos. Mesmo com boa presença de público nas festas, o valor arrecadado não é suficiente. Por isso, os atletas organizam mutirões nos principais cruzamentos da região onde pedem colaboração financeira aos motoristas. 

Todo o engajamento tem gerado resultados positivos. No último dia 15, a equipe feminina conquistou a medalha de bronze na primeira etapa do Campeonato Paulista Universitário. Mais informações sobre o UFABC Leprechauns podem ser obtidas por meio da fanpage www.facebook.com/LeprechaunsRugby.



Graça Cunha se apresenta hoje em Santo André

A cantora Graça Cunha retorna ao palco do projeto Terças Musicais, que ocorre no saguão do Teatro Municipal de Santo André, nesta terça-feira (24), às 20h. Com entrada gratuita, o repertório mescla canções dos álbuns De Virada e Tiro de Letra, além de releituras de grandes compositores do samba, MPB e do jazz. A artista esteve em Santo André, em março do ano passado, durante programação dedicada ao Mês da Mulher

Show da Graça Cunha começa às 20h | Foto: Divulgação 
Com a gravação do primeiro álbum, De Virada, Graça Cunha foi indicada ao prêmio Grammy Latino nas categorias Melhor CD de MPB e Artista Revelação. Já a partir do álbum Tiro de Letra, passou a fazer uma série de shows pelo País. 

Na estrada desde 1993, quando estreou como solista de um musical de Oswaldo Montenegro, a cantora soma participações em mais de 2 mil trabalhos. Ela também  integrou - de setembro de 2005 até o início deste ano - a banda só de mulheres do programa Altas Horas, da TV Globo.



Confira o funcionamento dos serviços municipais neste feriado

A Prefeitura de Santo André informa que, devido ao feriado de Corpus Christi, não haverá atendimento ao público no Paço Municipal nos dias 26 e 27 de maio. Confira abaixo mais informações sobre o funcionamento dos serviços. 

Expediente no Paço Municipal será retomado na segunda-feira (30) | Foto: Divulgação/PSA
Prefeitura, Praça de Atendimento e Postos Sim

Não haverá atendimento ao público nos dias 26 e 27 de maio. O expediente será retomado em 30 de maio.
                                                                                                                          
Procon
O Procon seguirá o horário administrativo da Prefeitura.

Saúde
As UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e PAs (Prontos Atendimentos) e hospitais funcionarão normalmente, em plantão 24 horas:

- Pronto Atendimento Vila Luzita (Rua Calecute, 25 – 4451-5866)
- Pronto Atendimento Bangu (Rua Avaré, 107 – 4996-4211/2284)
- Pronto Atendimento Paranapiacaba (Rua Rodrigues Alves, 29 – 4439-0030)
- UPA Central (Praça IV Centenário, 8 – 4436-4313)
- UPA Sacadura Cabral (Rua Lauro Muller, 354 – 4421-1244)
- UPA Jardim Santo André (Rua dos Dominicanos, 2.011 –  4451-0587)
- CHM (Centro Hospitalar Municipal) - (Avenida João Ramalho, 326 – 4433-3611)
- Hospital da Mulher – (Rua América do Sul, 285 – 4478-5000)

Sabina Escola Parque do Conhecimento e Planetário e Teatro Digital Johannes Kepler
Não haverá atendimento na quinta-feira (26) e na sexta-feira (27). No sábado (28) e domingo (29), funcionamento normal.

Trânsito
O Departamento de Trânsito manterá agentes de plantão com atendimento pelo número 0800-7703194.

Segurança
A Guarda Municipal atenderá normalmente pelo tel.: 153.  

Serviço Funerário
Funcionará normalmente pelo tel.: (11) 4433-3544.

Semasa

Resíduos Sólidos
- Coleta porta a porta: normal

Dias 26 e 28/5 (quinta e sábado)
- Remoção de animais mortos de pequeno porte: 11h às 16h.
- Coleta de infectantes: 7h até o fim dos setores. 

Dia 27/5 (sexta-feira)
- Remoção de animais mortos de pequeno porte e coleta de infectantes: expediente normal

Estações de Coleta
Nos dias 26 e 29/05 (quinta-feira e domingo)  funcionam somente as estações que abrem aos domingos e feriados. Na sexta-feira e no sábado (27 e 28/5) os ecopontos funcionam normalmente.
Os endereços e horários de funcionamento podem ser consultados aqui

Postos de Atendimento do Semasa
Não abrem nos dias 26, 27 e 28/5. O atendimento retorna na segunda-feira (30).

Central de Atendimento 115 e 199 (Defesa Civil)
Funciona normalmente durante todo o feriado, 24 horas por dia.

Expediente
Não haverá expediente no Semasa, conforme portaria municipal, nos dias 26 e 27/5. O expediente retorna na segunda-feira (30). Os serviços essenciais são mantidos em escala de plantão.

Craisa

Box, anexos e lojas: de terça-feira a sábado, das 0h às 12h.

Mercado do Produtor Rural: quinta-feira (26) e sexta-feira (27), das 0h às 10h.

Mercado de Flores: funcionamento normal na sexta-feira (27), das 17h às 22h. 

Feira Orgânica do Paço Municipal: quinta-feira (26), das 16h às 20h.

Feira Orgânica do Shopping ABC: sexta-feira (27), das 15h às 21h.

Feira Orgânica do Shopping Atrium: sábado (28), das 10h às 15h.

Sacolão Vila Luzita: quinta-feira (26), das 7h às 13h – nos demais dias funcionamento normal.

Sacolão Santa Terezinha: quinta-feira (26), das 7h às 22h – nos demais dias funcionamento normal.



Poupatempo abre neste sábado

Apesar do feriado de Corpus Christi, celebrado nesta quinta-feira (26), as 70 unidades do Poupatempo funcionarão, normalmente, neste sábado (28), para atender as pessoas que desejam aproveitar a data para colocar a documentação em dia. 

Atendimento no Poupatempo pode ser agendado pelo app SP Serviços | Foto: Divulgação  

O Poupatempo fechará no feriado (26) e  na sexta-feira (27), de acordo com decreto do governador Geraldo Alckmin (Nº 61.962, de 12/05/2016). 

As unidades do Detran.SP que funcionam no Poupatempo e aquelas que funcionam normalmente, aos sábados, também estarão abertas em seus horários habituais. 

Para agendar um horário de atendimento no Poupatempo a melhor opção é baixar o aplicativo (app) para celular SP Serviços, que permite escolha da data e horário de forma fácil e rápida. O agendamento também pode ser feito pelo portal www.poupatempo.sp.gov.br ou pelo Disque Poupatempo (0800 772 3633 - para telefones fixos - ou 0 operadora 11 2930 3650 - para ligações de celulares). 

A pergunta que não quer calar.


Por Carlos A.B. Balladas

Por que o Delcídio foi preso e o Jucá ainda não foi?

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Cursos gratuitos de engenharia abrem inscrições no ABC

Da Redação 

Começaram nesta segunda-feira (23) as inscrições para o 2º vestibular da Univesp – a Universidade Virtual do Estado de São Paulo. “A Univesp é a quarta universidade estadual pública do nosso Estado, ao lado da USP, da Unicamp e da Unesp. Segue o mesmo padrão de excelência, num modelo novo de ensino que está crescendo no mundo todo. Os cursos são oferecidos na modalidade semipresencial, com uso intensivo das tecnologias de comunicação e informação”, afirmou o governador Geraldo Alckmin.


O aluno não vai todos os dias à escola. Na maior parte do tempo, ele estuda onde quiser, no horário mais conveniente, porque tem acesso a todo o conteúdo e às atividades pelo computador. A cada quinze dias, cada turma tem uma aula de quatro horas num polo de ensino, com professores-mediadores. Lá os estudantes recebem orientação, fazem trabalhos de grupo e as provas.

Neste vestibular, estão sendo oferecidas 918 vagas novas para dois cursos: Engenharia da Computação e Engenharia de Produção. As vagas estão distribuídas por 17 polos de ensino em 16 municípios.

Na região do ABC, são 36 vagas para Engenharia de Produção em Diadema e 36 vagas para Engenharia da Computação em Santo André. As inscrições vão até 13 de junho e devem ser feitas no site www.univesp.br. A prova é no dia 26 de junho e as aulas começam em agosto.

As primeiras turmas de engenharia pela Univesp já estão concluindo o segundo ano do curso, assim como as turmas de licenciatura de matemática, física, química e biologia. São mais de 2.400 alunos que estudam pelo computador e frequentam 42 polos de ensino em 24 cidades. Quando se formarem, vão ter mercado de trabalho garantido. O Brasil tem hoje um déficit anual de 20 mil engenheiros por ano. E a maior demanda nas escolas, hoje, é justamente por professores de matemática e ciências.

“A Univesp segue a filosofia vitoriosa do ensino técnico e tecnológico que nós ministramos nas Etecs e Fatecs. Ela é um marco na expansão da oferta de ensino universitário público e gratuito de qualidade no Estado de São Paulo e atende estudantes em todas as regiões, inclusive porque não é preciso morar na cidade que tem o polo de ensino para fazer o curso”, explicou Geraldo Alckmin.


domingo, 22 de maio de 2016

Delação premiada, uma lei que"pegou"!


Por Antonio Carlos Cristiano, advogado, jornalista e presidente da Associação dos Advogados do Grande ABC
Em 15 de março de 1789, Joaquim Silvério dos Reis, entregou seus companheiros Inconfidentes ao Visconde de Barbacena. Como recompensa, lhe foi prometido ouro, perdão das dívidas fiscais, o cargo de Tesoureiro das províncias de MG, GO e RJ, pensão vitalícia, títulos e outros benefícios. Não se sabe se as promessas foram cumpridas, mas sua fama de traidor correu, obrigando-o a fugiu para Lisboa, de onde só retornou em 1815. Quatro anos depois morreu, entrando para a história brasileira como o maior dos traidores.



Provavelmente, este seja o mais conhecido relato da prática, hoje conhecida como, delação premiada que se tornou uma das principais ferramentas na Operação Lava Jato, em curso no país. Em sua recente forma já existe no Brasil desde os anos 90, mas, em 2013 foi regulamentada com a lei 12.805, sob o título de Colaboração Premiada. Surgiu para combater crimes hediondos e, posteriormente, foi aplicada aos crimes financeiros e às organizações criminosas. Trata-se de um acordo firmado, pelo qual o réu ou suspeito de cometer crimes, se compromete a colaborar com as investigações e denunciar os integrantes da organização criminosa, em troca de benefícios. O acordo pode ser proposto pelo Ministério Público, pela Polícia Federal ou pelos advogados de defesa.

Os benefícios variam de perdão judicial, redução da pena em até 2/3 e substituição por penas restritivas de direitos, dependendo do peso e da capacidade de provar as informações oferecidas, ou ainda, de o suspeito ter sido o primeiro a colaborar e não ser o líder da organização criminosa. Ele deve renunciar ao seu direito de ficar em silêncio ou mentir, sob o risco de ter seu acordo invalidado e sofrer novas penas. O colaborador recebe garantias de sigilo e proteção para si e para sua família. Uma vez firmados os termos do acordo, o Juiz verificará sua regularidade, legalidade e voluntariedade, antes de homologar o documento.

Até agora, a Lava Jato firmou 65 acordos de colaboração; outros estão em negociação ou aguardam a homologação final. Mesmo assim, este dispositivo tem sido alvo de controvérsia entre juristas, advogados e promotores. Alguns o vêem como a única maneira de investigar, obter provas e pegar os “peixes grandes”. Outros argumentam que a prática leva à perda de direitos constitucionais. Enfim, considerando o fato de que o Brasil tem peculiaridades jurídicas que nem mesmo os profissionais da área compreendem muito bem, entre elas, leis que, simplesmente, “não pegam”, parece-me que a Lei da Colaboração Premiada “pegou”. “Pegou” bem rápido e, “pegou” muita gente, mudando o cenário jurídico do país. Assim, o tempo, os resultados e os eventuais ajustes que se fizerem necessários, dirão quem está com a razão.


sábado, 21 de maio de 2016

Advogado denuncia administração Paulo Pinheiro no Tribunal de Contas

Com informações do jornal Imprensa ABC

O munícipe, também advogado e ex-vereador Adauto Reggiani encaminhou ao Tribunal de Contas do Estado denúncia contra a Prefeitura de São Caetano do Sul por utilizar reiteradamente estratégias descabidas com o fim de dificultar ao munícipe o acesso às informações que solicita via Atende Fácil.


Segundo informação prestada ao Jornal Imprensa ABC durante a semana, Adauto pretende ingressar com Ação Popular contra a Prefeitura, por ter contratado, sem licitação a empresa Edacom Tecnologia em Sistemas de Informática – “para implantação do programa Lego Zoom de Educação”, e para isso solicitou, como lhe faculta a Lei de Acesso à Informação, vistas do processo para que relacionasse as cópias necessárias para ingressar com a ação pretendida.

Também já foram solicitadas cópias de outros contratos que pretende denunciar à Justiça, como o da Empresa Eicon, o contrato suspeitíssimo de publicidade, o contrato da locação de veículos, da locação de computadores (no qual seis meses de aluguel pagaria o computador inteiro) e onde pretende uma auditoria para saber quantos computadores realmente estão a serviço da Administração Municipal e suas reais configurações, e ainda, o contrato dos kits escolares para tentar desvendar o mistério que até hoje estarem segurando o pagamento da empresa que forneceu o material ao município.

Adauto acredita que pode haver má fé
da administração em não fornecer documentação

De acordo ainda com Reggiani, a prefeitura vem retardando o acesso aos processos dilatando ilegalmente os prazos e depois, afirmando que as informações estariam no seu site, o que não condiz com a verdade, entre outras respostas dissimuladas, razão pela qual o advogado decidiu denunciar a prática ao Tribunal de Contas.

No caso da Edacom, particularmente, Reggiani afirma que a contratação sem licitação, por 3 milhões de reais é absolutamente ilegal.

Ele lembrou que o ex-prefeito de Jaú, Osvaldo Franceschi Júnior e seu Secretário da Educação, Luiz Carlos de Campos Prado Junior foram condenados a pagarem multa e tiveram seus direitos políticos suspensos por 5 anos, exatamente por terem contratado a empresa Edacom nas mesmas circunstâncias. Eles recorreram da decisão, mas o Tribunal de Justiça manteve a condenação por votação unânime.


quinta-feira, 19 de maio de 2016

Intolerância subverte índole da brasilidade

*Rita do Val

A crise político-econômica do País pode ter consequências ainda mais profundas, devido ao acirramento dos discursos dos governistas e da oposição, que têm revelado um lado violento nos embates e discussões. Observamos assustadora mudança cultural dos brasileiros, cuja índole solidária, pluralista e serena, presente inclusive em numerosas eleições e momentos de intenso debate partidário-ideológico, está sendo substituída rapidamente pela intolerância e truculência. 

O direito de opinar está sendo patrulhado e se convertendo em objeto de intimidação das pessoas. No Congresso Nacional, nas empresas e nas redes sociais, não faltam histórias e casos de agressão verbais e até físicas, envolvendo indivíduos que se dizem comprometidos com a ética e a democracia. 

De um lado, vemos uma minguada base aliada do governo, que defende ferrenhamente o mandato da presidente Dilma Rousseff. De outro, uma oposição renovada, que ganha forças com o impeachment. Porém, o debate político, de ambos as partes, transcende ao espírito republicano, revestindo-se de exagerada agressividade e agressões morais e físicas. Muito preocupante é como a população está cada vez mais contaminada por esse embate truculento, que não interessa à democracia e muito menos à sociedade.

 A política pode até mesmo ser paixão, pois isso é inerente ao ser humano. Porém, não pode fomentar o ódio. Na fronteira entre os dois sentimentos, nota-se preocupante mudança de um paradigma cultural dos brasileiros. As sessões do Legislativo lembram as brigas de torcidas organizadas. Nas redes sociais, o debate democrático deu lugar à barbárie, com trocas de ofensas pessoais, insultos e ameaças. Veem-se pessoas que justificam o emprego da tortura (um crime no Brasil!), pedem a volta da ditadura militar, fazem apologia ao estupro como prática educativa e defendem que o adversário deveria ser exterminado (genocídio?).

Segundo pesquisa da VitaSmart, uma em cada cinco pessoas diminui seu contato com amigos na vida real devido a brigas nas redes sociais. E 19% dos 2.698 entrevistados admitiram ter bloqueado ou cancelado amizades por causa de discussões virtuais. É triste constatar que a violência tomou o lugar do uso da razão e que a intolerância com quem pensa diferente transforma amigos e parentes em inimigos e colegas de trabalho em adversários. 

Estamos na contramão da história, já que, desde o final da Segunda Guerra Mundial, o mundo organiza-se para a construção da paz. O Brasil sempre teve papel importante na mediação de acordos multilaterais, exatamente devido à vocação de nosso povo e governantes para o diálogo. Talvez tenhamos esquecido de que fazemos parte de uma nação e queremos que ela supere suas dificuldades, para que todos nós, brasileiros e estrangeiros que aqui vivemos, tenhamos vida digna e progresso social e harmonia. 

O debate político e o contraste das ideias e ideologias são enriquecedores e contribuem para o fortalecimento da democracia. Porém, digladiando-se com crescente agressividade, os políticos têm dado um mau exemplo. Eles deveriam cumprir melhor o papel de mediadores das relações entre o Estado e a sociedade e guardiões dos princípios republicanos, postura básica de quem recebe um mandato público. 

É premente pacificar os ânimos. O PIB, os empregos e os investimentos voltarão a crescer, pois toda crise tem fim. No entanto, será muito difícil reverter a ruptura em curso no grau de tolerância dos brasileiros. Precisamos reaprender a conviver com as diferenças.

*Rita do Val é coordenadora do curso de Relações Internacionais na Faculdade Santa Marcelina (FASM) 



Termomecanica oferece 40 vagas gratuitas para curso técnico em metalurgia

O Colégio Termomecanica - CTM, escola gratuita mantida pela Fundação Salvador Arena, em São Bernardo do Campo, oferece 40 bolsas integrais para o curso técnico em metalurgia. A inscrição deve ser feita até 30 de maio, pelo portal www.vunesp.com.br.  A prova será aplicada em 26 de junho e o resultado será divulgado em 15 de julho e as aulas começam em agosto. 

Metade das vagas, classificada como vagas sociais, será destinada a candidatos com renda bruta familiar per capita de até 1,5 salário mínimo. Os candidatos aprovados para este tipo de vaga deverão comprovar o perfil socioeconômico no ato da matrícula. O conteúdo de avaliação do processo seletivo, assim como o material didático do curso, independe do tipo de vaga em que o candidato se inscreveu.

Inscrições para o processo seletivo devem ser feitas 30 de maio | Foto: divulgação
Os candidatos devem ter concluído o ensino médio e não ter curso superior. O curso técnico em metalurgia do Colégio Termomecanica tem duração de três semestres e é oferecido no período noturno, de segundo a sexta-feira, das 18h25 às 22h35, no Centro Educacional da Fundação Salvador Arena. 

Segundo Nádia Cristina Rebelato, coordenadora do curso, o perfil empreendedor dos profissionais formados pela instituição nesta área é o grande diferencial para o mercado. "Neste período desafiador, especialmente para empresas de siderurgia e metalurgia, que sofrem com a retração econômica, quem tem perfil empreendedor tem mais chance de identificar oportunidades para fazer ótimos negócios", afirma.



Feira do Estudante oferece sete mil vagas

A 19ª Feira do Estudante – Expo CIEE 2016 começa nesta sexta-feira (20) e vai até domingo (22), das 10h às 20h, no Pavilhão da Bienal do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Na ocasião, haverá 70 expositores, 100 palestras sobre variados temas e 7 mil  vagas disponíveis, das quais 5 mil são para estágio e 2 mil de aprendizagem. 

Imagem: Reprodução 
Além disso, durante a feira haverá processos seletivos. Quem participar do evento terá ainda encaminhamento preferencial para programas de estágio nos seis meses pós-feira. Para mais informações acesse www.ciee.org.br/expociee.