O indicador de agosto que mede a inflação para famílias com menos renda, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostrou uma redução na escalada de preços. O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) apontou que os preços dos alimentos e da energia elétrica ficaram mais baratos para as famílias que ganham até R$ 1.970,00 - equivalente a 2,5 salários mínimos por mês.
No mês, o indicador geral saiu de 0,68% em julho para 0,02%, em agosto. A diferença de 0,62 pontos percentuais foi estimulada pela queda nos itens que compõem o IPC- C1, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV.
Preços dos alimentos e da energia elétrica caíram | Foto: reprodução |
Foi o caso do componente que mede preços de alimentos, que caiu de 0,94% para -0,36% entre julho e agosto. O destaque foi a queda no valor de hortaliças e legumes (1,84% para -10,76%), especialmente o preço da batata (-19,07%), do tomate (-15,54%) e da cebola (-10,34%), vilã da escalada de preços no início deste ano.
Houve também recuo nos indicadores sobre preços da habitação (1,18% para 0,18%), vestuário (-0,21% para -0,26%) e despesas diversas (0,16% para 0,12%). Segundo a FGV, os destaques dentro desses componentes foram as quedas: na tarifa da conta de luz (3,80% para -0,83%), roupas masculinas (0,80% para -0,53%) e alimentos para animais domésticos (0,56% para -0,05%).
Na contramão desse movimento ocorreu aumento nos componentes de transportes (0,13% para 0,42%), saúde e cuidados pessoais (0,42% para 0,59%), educação, leitura e recreação (0,03% para 0,34%) e comunicação (0,08% para 0,10%). Os responsáveis pelos aumentos de preços nesses segmentos foram a tarifa de ônibus urbano (0,05% para 0,55%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,55% para 1,22%), passagem aérea (-15,92% para 9,55%) e mensalidade para TV por assinatura (0,79% para 1,75%)
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