quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Livro mostra como a matemática pode promover a inclusão social

Da Redação

Na manhã de hoje (24), a professora Renata Meneghetti, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, lançou o livro Educação Matemática no contexto da Economia Solidária, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano. 

Renata coordena o grupo de pesquisa em Educação e Matemática Solidária | Foto: Divulgação 
A publicação aborda questões como: O que é economia solidária? O que é etnomatemática? Como a matemática pode ajudar a promover a inclusão social? Além de mostrar alternativas para ensinar e aprender matemática. 

"Economia solidária é uma forma diferente de gerar renda, pautada nos princípios da cooperação, solidariedade e autogestão”, explica Renata, que coordena o grupo de pesquisa em Educação e Matemática Solidária (EduMatEcoSol) do ICMC e atua em parceria com o Núcleo Multidisciplinar e Integrado de Estudos, Formação e Intervenção em Economia Solidária (NuMI-EcoSol) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Etnomatemática

Entre os conceitos apresentados no livro está a etnomatemática, que é uma forma de ver a matemática considerando as condições econômicas, sociais e culturais do contexto no qual essa ciência está inserida. Nesse sentido, a matemática vivenciada pelos indígenas, pela dona de casa, pela costureira, pelo empresário é distinta em função das diferentes realidades em que essas pessoas vivem. 

"A etnomatemática é motivada pela busca do entendimento do saber e fazer matemática no transcorrer da história da humanidade, que muda constantemente. Levando essas transformações em conta, é possível deixarmos a matemática mais interessante para ser ensinada e aprendida", afirma a docente. 

O livro também apresenta uma discussão teórica, no contexto da economia solidária, sobre etnomatemática, resolução de problemas, aprendizagem significativa, educação não formal e educação de jovens e adultos. Lançada pela editora Appris, a obra conta com um prefácio do professor Ubiratan D’Ambrosio, matemático brasileiro reconhecido internacionalmente que propôs o programa etnomatemática.



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