Nesta semana teve inicio mais um período eleitoral. Reacendem-se as surradas discussões, e sobretudo as críticas daqueles que, por ignorância ou má fé, tentam desqualificar os políticos, colocando-os, todos, numa vala de lodo imundo.
As posições contra a politica e aos políticos só têm sentido se pudermos substitui-los por outras formas de instituir um Estado democrático de direito, o que, ainda, o homem não encontrou.
O artigo primeiro de nossa Constituição, em seu parágrafo único, expressa claramente o poder de cada cidadão, e nele se lê: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
É preciso, portanto, reconhecer o significado que a politica tem em nossas vidas, e que somos agentes legítimos que a configuram.
A democracia representativa tem no voto de cada cidadão a peça fundamental de seu processo de manutenção e desenvolvimento. O voto, portanto, não se constitui em obrigação, mas num ato de cidadania, que deve ser valorizado e estimulado.
Votando, ou não, a politica e os políticos continuarão a existir, portanto para mitigar todos os males da politica só há um modo de fazê-lo: por meio do voto.
Este expressa não só a vontade do eleitor, mas a sua opinião.A cultura eleitoral brasileira faz com que o eleitor mire mais como o candidato se expressa do que no conteúdo. Conceitos, teses e programas de governo são peças que apenas decoram uma brochura escondida numa gaveta nos comitês eleitorais. O voto ideológico praticamente inexiste no universo das eleições do Brasil.
O voto é a maior conquista de um povo livre. Não usá-lo convenientemente é perder a chance de melhorar a qualidade de vida da população, e mais que isso: quem o desperdiça perde o direito da critica pelas consequências de uma eleição.
O direito ao voto, particularmente no Brasil, custou grandes sacrifícios de nosso povo. O nosso período republicano é marcado por muitas turbulências, com guerras civis, golpes de estado, torturas causadoras da morte de milhares de irmãos brasileiros.
A democracia dá trabalho, nela não há espaço para a preguiça ou indolência.
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