Por Carlos A.B. Balladas
Grana, quando se candidatou a prefeito Santo André, fez acordos com aliados históricos
do PT, como o PCdoB e PDT. Outros partidos – PRP, PHS, PPL –, que sempre estiveram
distantes do arco de alianças petistas, renderam-se aos encantos da candidatura
de Grana, tanto pelo assédio deste, quanto pela incapacidade de Aidan Ravin de
agregar aliados.
Hoje, fazem parte do governo andreense, seja com cargos no
executivo, quanto na base de apoio na Câmara, mais de uma dúzia de partidos.
Este leque de legendas carrega consigo inúmeros interesses, grande parte deles
conflitantes entre si. Grana tem lidado com as intrigas intestinais em seu governo,
geradas pelas ambições e interesses diversos, com paciência e habilidade.
Entretanto, as conjunções impostas nas eleições de 2014 anteciparam os projetos
arquitetônicos das candidaturas a serem colocadas em 2016.
O PTB andreense não se conforma de ter permanecido apenas
quatro anos no poder com Aidan. Os líderes da legenda na cidade, o vereador Luiz
Zacarias e a ex-vice-prefeita Dinah Zekcer, preparam o partido para voltarem ao
comando do Paço Municipal. Um dos nomes cotados para concorrer ao cargo de
prefeito, ou de vice, numa chapa petebista é o do vereador Sargento Juliano,
hoje no PMDB. Não é à toa que Juliano deixará de apoiar a deputada peemedebista
Vanessa Damo e passará a angariar votos na cidade para o deputado Campos
Machado do PTB.
Grana e Salles juntos: imagem que nunca mais pode se repetir
Grana, por outro lado, sabe que alguns dos partidos que dão
suporte ao seu mandato estarão em outras frentes na próxima eleição; um deles o
PRP, de sua vice Oswana Fameli, o que a obriga a trocar de legenda, o que já está
definido: o PSD a acolherá. Também está praticamente definido que ela se
manterá ao lado de Grana em sua reeleição como vice em sua chapa. Desta forma
se acomoda os interesses de Paulinho Serra, que desde 2012 pavimenta o seu
caminho para ser candidato a prefeito em 2020.
Paulinho, na verdade, queria ser o vice na reeleição de
Grana, mas isso lhe daria imensa visibilidade. Se a quem possui como secretário
já incomoda em demasia aliados do prefeito e muitos do PT, tendo Paulinho como
vice, Grana teria um segundo mandato com mais e maiores intrigas que o atual.
Quem fica ainda mais isolado no cenário politico é Raimundo
Salles, atual secretário de Cultura. Era a sua vontade ocupar a cadeira de
vice de Grana a partir de 2016, mas este sonho tem se tornado cada dia mais
sonho e menos realidade.
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