Por
Altamiro Borges
Em seu retorno ao comando da seleção brasileira, o ex-jogador Dunga fez questão
de aparar as arestas com os barões da mídia. Numa entrevista bem festiva, ele
afirmou que “pretendo aprimorar a minha relação com a imprensa” e que fez
autocrítica de suas antigas desavenças. Não citou expressamente o bate-boca que
teve com um repórter da Rede Globo em 2010 – mas o vídeo da cena continua a
bombar na internet. Diante da meiga entrevista, o sempre atento e sarcástico
José Simão tascou logo no título da sua coluna na Folha nesta terça-feira (23):
“Ueba! Dunga entra pra Globo!”. Ele ainda replicou mensagem postada nas redes
sociais: “Da tuiteira samara7days: ‘Pronto! Virou capacho da Globo’. Rarará!”.
Dunga se rende à Globo, como todos no futebol brasileiro.
Ainda não dá para saber qual será a relação de Dunga com a TV
Globo após a sua volta ao comando da seleção brasileira. Na passagem anterior,
ele foi alvo de duras críticas por proibir os “shows” da emissora na
concentração na Granja Comary e nas coletivas dos jogadores. O bombardeio foi
tão violento, disparado principalmente do Jornal Nacional, que muitos até hoje
garantem que este foi o real motivo da sua guilhotina. Afinal, a mafiosa
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Rede Globo mantêm intimas – e
lucrativas – relações há décadas. O que chama a atenção, porém, é que a
emissora simplesmente arquivou as suas venenosas críticas ao técnico nesta nova
e “festiva” fase.
Como afirma o blogueiro Ricardo Kotscho, tudo indica que não haverá muitas mudanças na trágica direção do futebol brasileiro, mesmo após o desastroso desempenho da seleção na Copa do Mundo. José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, que tratam a CBF “como se fosse propriedade particular deles”, realizam apenas mudanças cosméticas para se perpetuar no poder:
“Primeiro surpreenderam todo mundo ao chamar para ser o coordenador técnico das novas seleções brasileiras um empresário de jogadores de futebol que operou como "agente Fifa" nos últimos 14 anos. O sorridente ex-goleiro Gilmar Rinaldi não viu nenhuma incompatibilidade nas funções e deu mãos à obra. De comum acordo, Marin, Del Nero e Gilmar chamaram de volta o velho amigo Dunga, que ficou três anos desempregado, depois de ser demitido da seleção brasileira em 2010, e fracassar no Internacional em 2013, único clube que treinou na vida”.
“No começo, achei que era só brincadeira para disfarçar, mas com esta turma do barulho tudo é possível, e o grande estrategista Dunga está de volta ao comando da seleção já nesta terça-feira. Não há nenhum perigo de dar certo. É a mesma coisa que sair Marin e entrar Del Nero. O que pode mudar? Se era para chamar um bedel de cara feia capaz de acabar com a farra na Granja Comary, transformada por Felipão em cidade cenográfica de uma emissora de televisão, com direito a fotos na revista ‘Caras’, os dois presidentes poderiam reforçar a segurança e pensar em algum profissional nacional ou estrangeiro mais qualificado para montar uma equipe de futebol competitiva com o nome de seleção brasileira”.
Como afirma o blogueiro Ricardo Kotscho, tudo indica que não haverá muitas mudanças na trágica direção do futebol brasileiro, mesmo após o desastroso desempenho da seleção na Copa do Mundo. José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, que tratam a CBF “como se fosse propriedade particular deles”, realizam apenas mudanças cosméticas para se perpetuar no poder:
“Primeiro surpreenderam todo mundo ao chamar para ser o coordenador técnico das novas seleções brasileiras um empresário de jogadores de futebol que operou como "agente Fifa" nos últimos 14 anos. O sorridente ex-goleiro Gilmar Rinaldi não viu nenhuma incompatibilidade nas funções e deu mãos à obra. De comum acordo, Marin, Del Nero e Gilmar chamaram de volta o velho amigo Dunga, que ficou três anos desempregado, depois de ser demitido da seleção brasileira em 2010, e fracassar no Internacional em 2013, único clube que treinou na vida”.
“No começo, achei que era só brincadeira para disfarçar, mas com esta turma do barulho tudo é possível, e o grande estrategista Dunga está de volta ao comando da seleção já nesta terça-feira. Não há nenhum perigo de dar certo. É a mesma coisa que sair Marin e entrar Del Nero. O que pode mudar? Se era para chamar um bedel de cara feia capaz de acabar com a farra na Granja Comary, transformada por Felipão em cidade cenográfica de uma emissora de televisão, com direito a fotos na revista ‘Caras’, os dois presidentes poderiam reforçar a segurança e pensar em algum profissional nacional ou estrangeiro mais qualificado para montar uma equipe de futebol competitiva com o nome de seleção brasileira”.
Extraído de http://altamiroborges.blogspot.com.br/
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