Por Carlos A.B. Balladas
A vice-prefeita andreense, Oswana Fameli, filiada ao PRP (Partido
Republicano Progressista) encontra-se numa posição incomoda, causada pelos
desatinos da estrutura politica e processo eleitoral instaurados em solo
tupiniquim. O seu partido apoia Eduardo Campos e Geraldo Alckmin,
respectivamente concorrentes aos cargos de presidente da República e governador
do estado de São Paulo.
Como integrante de um governo encabeçado pelo PT, Oswana se vê
constrangida em seguir seus pares do PRP no estado e no País. Aproveitando-se
da situação, Paulinho Serra, líder do PSD na cidade, tenta arrastá-la para as
hostes deste partido que já se transformou num clone do PMDB na forma e
conteúdo.
Oswana, Salles e Paulinho. Fotos extraídas das respectivas páginas do Facebook
Paulinho Serra, alçado a
comandar a mais poderosa secretaria do governo Carlos Grana, a qual recebe um
grande número de demandas emanadas dos gabinetes da Câmara de Vereadores, já
conta com a simpatia de muitos edis para ocupar o cargo ocupada por Oswana hoje,
numa eventual reeleição de Carlos Grana.
O PSD de Paulinho, em nível estadual, também embarcou em
candidatura não alinhada ao PT, a de Paulo Skaf do PMDB, tal qual Raimundo
Salles, presidente do PDT andreense, agremiação que perdeu expressão na cidade
depois da desfiliação de Cicero Firmino, o Martinha, e de mais 120
sindicalistas por ele liderados. Todos eles migraram para o PT. Salles é um dos coordenadores da campanha de Skaf.
Moral e eticamente correto seria estes secretários de Grana
pedirem licença dos cargos que ocupam durante o período eleitoral. Um dos
poucos, se não o único, que presenciamos a licenciar-se de seu mandato para
fazer campanha foi o então governador Mário Covas, em 1998.
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