segunda-feira, 27 de julho de 2015

O jornalismo do ABC fica mais pobre com a morte de Édison Motta

Por Carlos A.B. Balladas

Édison Motta será guardado me minhas lembranças como uma pessoa com um "feeling"apuradíssimo para os assuntos da politica, em especial aos do ABC.
Não convivi muito com ele profissionalmente, mas tudo o que li do que escreveu me agradou e, de certa forma, me inspirou.

Foi jovem. 

Perdemos um profissional de respeito e grande papo.

Empresto aqui texto publicado por outro excelente profissional do jornalismo, Ademir Medici, publicado há pouco no site do Diário do Grande ABC para dar conhecimento de quem foi Édison Motta.


Édison Motta é o último à direita em foto de 1º de Maio de 1979.

Morreu na manhã desta segunda-feira aos 62 anos, no Hospital Brasil, em Santo André, o jornalista Édison Motta, vencedor do Prêmio Esso de Jornalismo de 1976 com uma série de reportagens publicadas no DGABCe intitulada “Grande ABC, a metamorfose da industrialização”. Ele estava internado desde 1º de maio.

Ainda não está definido o local do velório. O corpo de Motta deverá ser sepultado no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá, em horário também a ser marcado.

A carreira - Em São José dos Campos, onde morava aos 15 anos, Motta criou o Avanço Juvenil, um jornal impresso em mimeógrafo e distribuído pelo Correio para várias partes do Brasil.


Galgou várias posições, de repórter a editor da Geral (hoje Setecidades). Atuou também na área da reportagem política, revezando-se com o jornalista Aleksandar Jovanovic numa coluna diária sobre o tema na página dos editoriais.Depois veio para o Grande ABC e, em São Bernardo, começou a auxiliar na edição do Expositor Cristão, jornal oficial da Igreja Metodista. Ainda muito jovem teve uma primeira passagem pelo Diário. Fixou-se no jornal no primeiro semestre de 1972.


Prêmios - No Diário, Motta conquistou mais dois prêmios, pela cobertura dos 70 anos da imigração japonesa ao Brasil, em 1978, que o levou a uma viagem ao Japão, e o São Bernardo de Jornalismo, instituído pela Prefeitura de São Bernardo na Administração do prefeito Tito Costa (1977-1982).

Motta foi também correspondente no Grande ABC do Jornal do Brasil e atuou em jornais como a Folha de São Paulo. Ultimamente prestava assessoria política ao ex-vereador Admir Ferro, de São Bernardo.

Arguto, investigativo, preocupado com o Grande ABC, Motta tinha livre trânsito em várias áreas, o que o levou a produzir reportagens importantes e artigos analíticos sobre política e economia. A última homenagem recebida foi em junho de 2008: uma placa de honra ao mérito pela conquista do Prêmio Esso, entregue durante a festa do 15º Prêmio Desempenho da Editora Livremercado.

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