Da redação
No início de fevereiro,
publicamos aqui no blog do Ponto Final, e na edição impressa (nº 918), matéria sobre o Moinho São Jorge, tradicional empresa localizada em Santo André, cujo imóvel seria leiloado por meio da instituição leiloeira Sato Leilões. Porém, o leilão foi suspenso e, atualmente, a empresa busca na Justiça “reparação dos danos causados por essa equivocada ação”.
De acordo com o comunicado oficial enviado ao Ponto Final, o Moinho São Jorge sofreu com um imbróglio processual. Mas a empresa garante que as atividades no local seguem normalmente. Confira a seguir o comunicado na íntegra:
"Através do direito de resposta e buscando esclarecer fatos relativos à publicação de 07/02/17 deste Jornal, muito nos orgulha a publicação do texto disponibilizado pelo Blog GGN, em 21/06/14 descrevendo a verdadeira história do grupo, que muito nos honra e nos engrandece, assim como a todos diretores e funcionários.
Quanto ao leilão anunciado na Sato Leilões, devemos esclarecer que a empresa Moinho São Jorge S.A. foi arrolada numa verdadeira confusão processual, sendo responsabilizada por um processo referente a um débito de outra empresa, no valor inicial de R$ 56.888,67, ajuizada por R$ 455.077,59, um processo como outros tantos em que o contribuinte tem direito de defender-se contestando valores, multas , etc. dentro do amparo legal.
Ocorre que, estranhamente, a partir de determinado momento processual, antes mesmo de sua conclusão, a advogada da empresa deixou de ser intimados em vários despachos de S. Excia. responsável pelo processo, juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Santo André, impossibilitando a advogada à apresentação das devidas defesas nos referidos despachos e prazos..
Fomos colhidos de surpresa com a publicação do site Sato Leilões com o anúncio do leilão de 2.820 m² pertencentes ao conjunto industrial, constituído por mais de 89.897,00 m² em sua totalidade, tendo sido a área anunciada avaliada pela justiça em R$ 78 milhões. Portanto, o valor integral da propriedade foi avaliado em aproximadamente R$ 2,5 bilhões.
É de se estranhar que um complexo industrial com esse histórico, que está em funcionamento normal, ao contrário do que foi anunciado, tivesse uma de suas áreas avaliada em R$ 78 milhões levada a leilão, consequente de um processo de valor inicial de R$ 56.888,67 e ajuizado por R$ R$ 455.077,59. Ainda que o grupo tivesse oferecido inúmeras garantias no decorrer do processo, recusado por esse juízo, fora decretado o praceamento equivocado em referência.
Já regularizada a situação junto à Secretária da Fazenda, o juiz cuidadosa e prontamente suspendeu o leilão, deferindo petitório dos advogados da empresa que o informaram de fato.
A empresa estará adotando, através do seu corpo jurídico, todas as providências cabíveis para reparação dos danos causados por essa equivocada ação. E inclusive, se for o caso, contra o site do leiloeiro, após apuração da responsabilidade de todos os que contribuíram para essa desastrosa ação".
Moinho São Jorge