quarta-feira, 25 de março de 2015

Ajuste fiscal e o ABC paulista

Por Tarcísio Secoli e Jefferson J. da Conceição

A economia brasileira passa por dificuldades. O cenário internacional deixou de ser de forte crescimento e não impulsiona mais nossa economia a partir do comércio internacional. As contas públicas apresentam desequilíbrios que demandam políticas de ajuste fiscal. A manutenção de taxas de inflação controladas também é alvo de atenção.

Tarcísio Secoli 
As medidas de política econômica anunciadas são duras. Fixar a meta do superávit primário (receitas deduzidas das despesas públicas, excluído o pagamento dos juros da dívida) em 1,2% do PIB em 2015 significa economizar no setor público em torno de R$ 66 bilhões. Para 2016 e 2017, discute-se uma meta de superávit fiscal de 2% ao ano.

O ajuste fiscal exigirá corte de despesas (investimento e custeio) e incremento da tributação (aumento de alíquotas de impostos ou eliminação de desonerações fiscais). Neste quadro, o Governo deve acompanhar os impactos das ações. Nem sempre se consegue prever precisamente o tamanho dos efeitos das medidas. Além de fatores objetivos a economia é regida também por expectativas. Um cenário de incerteza pode gerar cortes de consumo e investimentos mais agudos do que os desejáveis. O nível de emprego tem que ser uma das variáveis de controle permanente. O diálogo setor a setor, as medidas compensatórias e as exigências de contrapartidas das empresas são essenciais.

Desde os Governos dos Presidentes Lula e Dilma, o ABCD tem sido contemplado com volumosos investimentos públicos em mobilidade, saúde, habitação, educação, saneamento, macrodrenagem, segurança, indústria de defesa entre outros. São exemplos os aportes federais de R$ 1,2 bilhão para o projeto do metrô; R$ 1,2 bilhão na urbanização de favelas e R$ 900 milhões no combate às enchentes, entre tantos outros. Qualquer retração ou atraso nos fluxos financeiros afeta a região. O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, uma das principais lideranças regionais no diálogo com o Governo Federal, tem intensificado reuniões com ministros das áreas, para minimizar os impactos do ajuste.

O reflexo do ajuste sobre a Política Industrial (PI) também é de nosso interesse, tendo em vista o peso da indústria na Região. A PI é afetada pelo corte das encomendas dos investimentos públicos e redução das desonerações em áreas como móveis, têxtil e automobilística. O BNDES contará com menos recursos do Tesouro para promover PI ativa. Programas que estavam prestes a serem executados - como o Modermaq (de incentivos à modernização do maquinário dos diversos setores) - sofrerão adiamento.

Isto não significa que nada se possa fazer em termos de PI. Com o aumento do dólar, que deve permanecer alto por um bom tempo, é correta a ação do Governo em buscar promover um programa de aumento das exportações, o que contribui para gerar produção e preservar empregos. É preciso, pois, acelerá-lo. Fixar regras claras e de longo prazo ajudam a dar um horizonte aos agentes econômicos. É o caso, por exemplo, da continuidade do Inovarauto e da fixação das taxas do Finame. Mesmo com a queda dos investimentos, deve-se buscar a nacionalização da produção em áreas como defesa e petróleo e gás. Reduzir a burocracia é ação sempre bem vinda.


Tarcisio Secoli é secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura de São Bernardo do Campo .
Jefferson J. da Conceição é secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo da Prefeitura São Bernardo do Campo 

Leia a revista que mais cresce no ABC 

também em sua versão digital em

 www.diamelhor.com.br

sexta-feira, 20 de março de 2015

Ailton Lima: "Sou candidato a prefeito"



O vereador foi convidado a assumir uma secretaria no governo Grana (PT), mas recusou

Solidariedade aposta no nome de Ailton Lima | Foto: Divulgação

O blogue do Ponto Final publicou em 26 de fevereiro último que o anúncio da candidatura do vereador Ailton Lima (SDD) ao cargo de prefeito de Santo André era aguardada para breve, o que aconteceu nesta semana, ao declinar convite de Carlos Grana para integrar o seu secretariado.

Com o objetivo de ampliar a sua base de apoio na Câmara de Vereadores e, ao mesmo tempo incrementar apoios à sua reeleição, Grana convidou dois vereadores, que hoje estão na oposição, para integrarem o seu secretariado.

Evilásio Santana (DEM), o Bahia, substituiria Marta Sobral na Secretaria de Esportes; Ailton Lima (SDD) ocuparia o lugar da vice-prefeita, Oswana Famelli (PRP), na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.

Bahia aceitou o convite e, num pronunciamento público desde a tribuna da Câmara afirmou ter equipe formada e pronta para a tarefa. Entretanto, enfrenta forte resistência de seu partido, já que este é oposição ao PT no estado de São Paulo. A sua migração do Legislativo para o Executivo ainda é incerta.

"Sou candidato a prefeito, e esta é a posição assumida por mim e pelo meu partido há mais de ano e meio; em função disso, não aceitei o convite do prefeito", declara Lima justificando a recusa.

Segundo o vereador, o partido Solidariedade pretende ter candidatos nas maiores cidades do Brasil, e Santo André é uma delas.

"Acreditamos que a cidade apostará numa novidade nas eleições de 2016, e o meu nome e o trabalho do partido estão adequados a esta hipótese", afirma Lima.

Até o fechamento desta edição Bahia não havia sido confirmado secretário de Esportes. 

Obs.: Matéria publicada originalmente na edição 849 do jornal Ponto Final.

Presente de 90 anos para a Billings

Por Sebastião Ney Vaz Jr.

Sebastião Ney Vaz Jr. é superintendente do Semasa
(Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) | Foto: Divulgação


Ao comemorar 90 anos, a represa Billings, pela primeira vez, é priorizada para o abastecimento de água para a Região Metropolitana de São Paulo.

Foi necessária uma crise hídrica sem precedentes para que o Governo do Estado, gestor dos recursos hídricos na região, reconhecesse a importância deste manancial no sistema de abastecimento e o transformasse numa alternativa real de fonte de água para moradores da Grande São Paulo.

Até pouco antes do anúncio da Sabesp de ampliar sua captação na Billings, o manancial, apesar de estar encravado na RMSP e de possuir uma capacidade para 1,2 trilhão de litros, tinha como funções prioritárias o controle de cheias da capital e a geração de energia na Usina Henry Borden.

Mas a medida, apesar de vir ao encontro do desejo dos moradores do ABC e de ser um presente para a represa neste Dia Mundial da Água, deve ser cuidadosamente implementada, para que a saúde da população não corra riscos e também para que não seja esgotado.

O controle da poluição da Billings deixa a desejar. Foram décadas recebendo esgotos do Rio Pinheiros, com a justificativa de que a medida era necessária para evitar o transbordamento de córregos. Sem contar a carga de esgotos doméstico e industrial que chegam ao manancial através de ligações diretas e clandestinas.

Se a poluição compromete parte das águas da represa, como já apontaram vários estudos, é urgente um esforço do Governo do Estado para a recuperação do manancial. Ao mesmo tempo cabe aos gestores municipais um empenho para evitar ainda mais danos e reduzir os já existentes.

Santo André está ciente das suas responsabilidades para com o manancial. Afinal, Billings há décadas é utilizada no abastecimento da cidade. Atualmente, mais de 60% da água enviada pela Sabesp ao município é da Billings. Além disso, a água tratada em Santo André é captada no Pedroso, que faz parte do braço Rio Grande da represa, um dos mais preservados. A nova Estação de Tratamento de Água, que será construída no Recreio da Borda do Campo, também fará sua captação neste braço.

Como gestor do saneamento ambiental de Santo André, o Semasa tem implementado ações para recuperar áreas degradadas e preservar o manancial. Mantém Estação de Tratamento de Esgotos no Parque Andreense e está implantando uma rede de captação de esgotos no Recreio da Borda do Campo. Para coibir invasões, danos à mata e construções irregulares, mantém fiscalização por terra, água e ar. Também está empenhada na reformulação da Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo (Luops), para que as regras de ocupação do manancial fiquem ainda mais rigorosas.

Obs.: Matéria publicada originalmente na edição 849 do jornal Ponto Final.

A barbárie enrustida imposta por selvagens manipuladores

Por Eduardo Kaze

Eduardo Kaze é jornalista, pós-graduado em Ciências Sociais pela Fundação Santo André | Foto: Divulgação



Quem não chora não mama, diz o ditado, atestando que a vontade necessita ser declarada diante da figura que deve (e tem o direito de) satisfazer a necessidade explicitada pelo pedinte que, por regra, o é em virtude da relativa inferioridade financeira, física, intelectual ou social, determinada pressupostamente pelo provedor, em acordo tácito e de direito consuetudinário com o pedinte. Desta relação, nasce também o lucro.

Apesar de popular, a frase inicial deste texto demonstra o fundamento que a sociedade contemporânea tomou como verdade perene: um sistema econômico falho, cujo escopo é realizar o oposto ao que o termo lexicamente se propõe (ou seja, alvitra incentivar o consumo, não a economia). Com isso, se fomenta o enriquecimento de classes específicas, em detrimento a outras, deixando, ainda, de lado o comprometimento com os recursos naturais do planeta, limitados e irrenováveis em curto prazo.

Neste sistema, o indivíduo não estabelecido no rol dos detentores dos meios de produção se apresenta na figura de força material, ou de trabalho, gerando a riqueza da qual somente pode usufruir provando possuir os méritos predefinidos pelos supostos gestores da sociedade – os já citados detentores. Tarefa esta tecnicamente impossível em larga escala, gerando multidões incontáveis de miseráveis de boca aberta, a esperar que lhes seja atirado algum provimento.

Ruim tal situação – de imposição invisível ao empenho social pela suposta prosperidade de um sistema que cresce unilateralmente – na qual a subsistência é recebida como graça, como brinde, como algo que se obtém gratuitamente, um presente dado por aqueles que, ao contrário do pedinte, ascenderam socialmente, pelo próprio esforço, luta e trabalho, com as bênçãos da meritocracia (isso é um engodo!).

É comum ouvir de alguém que o serviço de saúde oferecido pelo governo é gratuito. Contudo, não se coloca neste cálculo os impostos pagos em toda e qualquer ação consumidora realizada e a parcela ínfima que o trabalhador embolsa do fruto do próprio trabalho. Na mente esfolada da plebe, ferida propositalmente pela nobreza, o que é dado é menos percebido do que o recebido. Os impostos incorporados nos alimentos e produtos em geral e a exploração do trabalho ocorrem de maneira imperceptível aos olhos do oprimido, enquanto o cuidado médico, por exemplo, o é recebido como um favor – que apesar de parco em eficiência, é aceito complacentemente (em cavalo dado não se olha os dentes).

Quando, no futuro, perscrutarem o que chamamos presente, indagarão como pudemos reproduzir a situação esdrúxula, ilusória e parcial do capital, na mesma medida que hoje nos perguntamos como um dia vivemos sem computadores, veículos motorizados, roupas de grife, aparelhos eletrônicos e sistemas tecnológicos de comunicação.

A questão é: quando a pergunta futura for proferida, a indagação presente quanto ao passado terá sido também extinta? Até que ponto nossas necessidades contemporâneas serão mantidas, e quanto serão alteradas, quando for superada a sociedade atual fundamentada na obtenção de privilégios unilaterais por parte dos detentores dos meios de produção?

Não há resposta imediata, mas é possível ter certeza de que a durabilidade dos bens que hoje, em virtude do imperativo de rotatividade da (des)economia instituída, se autodestroem (literalmente) após um certo período, não mais ocorrerá. Os serviços diretamente ligados à subsistência não mais terão um preço e a qualidade de vida será um direito, não um privilégio. Cada um dará à sociedade o que pode, recebendo de volta o que necessita. Olharemos para a Terra, finalmente, como uma parceira e usufruiremos somente o necessário, ao contrário da pilhagem ecogenocida praticada hoje. Seremos o melhor do que se designa “humano”, e relevaremos essa paródia atual de nós mesmos a um remoto passado de barbárie enrustida imposta por selvagens manipuladores.

Isso virá somente com a luta, não se enganem!

Obs.: Matéria publicada originalmente na edição 849 do jornal Ponto Final.

Ao presidente Tancredo

Por Thiago Rocha 
Thiago Rocha de Paula, 28 anos, é Bacharel e Licenciado em História pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) | Foto: Divulgação 

Senhor Presidente,

Passados 30 anos de sua eleição quero prometer que ela continuará sendo a última eleição indireta para presidente da república neste país.

Entretanto, senhor presidente, novamente, radicalizamos. Num mesmo 15 de março, parte do povo brasileiro saiu às ruas para protestar contra a corrupção e a presidente. Manifestação legítima, mas estou com medo dos rumos que o país tomou, presidente Tancredo. 

Estou com medo, porque vem sendo cada vez mais difícil defender a lucidez no debate político. O Brasil está tão dividido pela cegueira ideológica que, em um ambiente como este, estar aberto ao contraditório, reconhecer a inteligência do adversário retóricoou manter um discurso lúcido, pode nos levar ao suicídio.
A censura voltou. Travestida de curtidas, não curtidas e comentários nas postagens mais ingênuas. A internet, coisa do meu tempo, presidente, torna qualquer um censor, nos segmentando em apenas prós e contras em qualquer questão, tirando-nos a livre expressão dos pensamentos, pois pode acabar não só com o respeito humano, mas com longas amizades em apenas 140 caracteres.
Todavia, sabemos qual é a solução, Tancredo. Sabemos que só uma Reforma Política - cuja discussão se arrasta desde seu tempo - e o fim da impunidade - que hoje extrapolou o suportável - nos colocará novamente no caminho do progresso. Mas o senhor deve estar se perguntado qual é o problema já que temos a solução. Infelizmente, meu líder, os tempos mudaram. Essas causas são complicadas, seus temas difíceis aos olhos do povo médio: não dão curtidas, não levam nossos jovens para a rua e nem dão manchetes.
Neste clima tenso, contudo, vamos lutar pela democracia. Pela a vontade da maioria, gostemos ou não dela. Pela participação popular ampla, geral e irrestrita diariamente nas decisões políticas, pois não podemos, e 
espero nem vamos nos dispersar.

Olhe por nós Tancredo de Almeida Neves.

Obs.: Matéria publicada originalmente na edição 849 do jornal Ponto Final.

quinta-feira, 19 de março de 2015

O vídeo que está mudando a vida sexual das pessoas

A campanha conduzida pela marca Durex, líder mundial em preservativos e produtos para o bem-estar sexual, com o objetivo de reforçar a importância da conexão real entre as pessoas e alertar para a grave problema da dependência da tecnologia , viralizou rapidamente e inspirou casais no mundo inteiro obtendo mais de 20 milhões de visualizações em apenas cinco dias.

                                      

Uma semana antes da divulgação do vídeo , em 03 de março, Durex fez o anúncio da criação do novo departamento de tecnologia da empresa, o Durexlabs, em parceria com a Susie Lee, Ceo da Siren Mobile (http://siren.mobi) no desenvolvimento de um grande avanço da tecnologia móvel que prometia revolucionar a vida sexual dos casai . A iniciativa atraiu a atenção mundial e registrou mais 300 mil cadastros vindo de 35 países de pessoas interessadas em obter mais informações sobre a inovação.

Em 12 de março, Durex revelou em um vídeo esclarecedor a grande surpresa dos casais que se ofereceram para testar a nova tecnologia móvel ao saber que a resposta para a revolução sexual estava ao alcance deles o tempo todo – em um simples botão de desligar do celular. http://youtu.be/O925jNVmpOQ.

“Ao invés de simplesmente produzir mais um filme sobre a necessidade de desligar os nossos celulares, decidimos dar um passo adiante e proporcionar uma jornada emocional e reflexiva para nossos consumidores, explica Ukonwa Ojo, diretora do departamento de equivalência global da Durex.

Lançado juntamente com um estudo da Universidade de Durham, o vídeo serviu como um importante alerta para o grave problema da dependência da tecnologia e sua influência nas relações e no comportamento sexual dos casais. O estudo, conduzido por especialistas em sexualidade da Universidade de Durham, revelou que 40% dos entrevistados atrasavam o sexo por estarem entretidos com seus smartphones e tablets. Já um terço dos casais participantes afirmou parar a relação sexual para atender ao telefone.
A pesquisa, realizada pela Durex, em associação com a Universidade de Durham, pode ser encontrada aqui: http://dro.dur.ac.uk/14770/

Sobre a pesquisa

O estudo foi realizado pela Universidade de Durham, na Inglaterra, em fevereiro de 2015 com 30 pessoas da faixa etária de 18-55 anos de idade. Para participar, todos os entrevistados tinham que estar em um relacionamento há pelo menos um ano. Todos os participantes eram heterossexuais e de classe, etnia, idade e escolaridade diferentes. O relatório completo pode ser encontrado em Durham Research Online.http://dro.dur.ac.uk/14770/

sexta-feira, 13 de março de 2015

Secretaria dedicada às mulheres divulga mapa da violência

Região da Vila Luzita é uma das mais violentas  

Por Vivian Silva

A Secretaria de Políticas para Mulheres de Santo André, única da região no ABC, divulgará, em breve, o mapa da violência contra a mulher no município. De acordo com a secretária da Pasta, Silmara Conchão, a Vila Luzita é uma das regiões mais violentas. Os dados estarão reunidos no livro, intitulado Mulheres de Santo André em pauta, que deve ser lançado em 26 de março, no Prédio do Executivo. 

“O principal desafio é você fazer política pública para mudar cultura”, diz Silmara | Foto: Divulgação

Além das regiões com maior índice de violência contra a mulher, a publicação trará ainda um perfil socioeconômico das andreenses. “Esses dados vão nortear onde a gente tem que investir mais esforços no enfrentamento da violência na cidade”, comenta Silmara.

Com pouco mais de um ano da criação da Pasta, a secretária faz um balanço positivo sobre o trabalho realizado, que tem como missão “promover a igualdade entre mulheres e homens”. As ações na Secretaria de Políticas para Mulheres são divididas em dois pontos principais: o enfrentamento da violência contra as mulheres e o Programa de Equidade de Gêneros, no qual há um trabalho em conjunto com as demais secretarias, para garantir autonomia e direitos das mulheres.

De acordo com Silmara, o machismo é uma barreira para o progresso. “O principal desafio é você fazer política pública para mudar cultura, fazer com que homens e mulheres entendam que uma mudança de cultura é necessária, para a gente ter um mundo mais igual, com justiça social e sem violência”, afirma.
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, a Secretaria promoveu o Mês da Mulher, com o tema  “Mulher, Diga a cidade que você quer”. Segundo Silmara, a ideia é fazer as mulheres expressarem seus sonhos e necessidades, para a elaboração de políticas públicas.

Conquistas
Na última segunda-feira (9), a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 8305/14, que trata do feminicídio (morte de mulheres em razão do gênero). A cerimônia da assinatura ocorreu em Brasília e contou com a presença de Silmara, entre outras autoridades.

Para a secretária, “o código penal precisava desse adendo. Agora é cadeia de, no mínimo, de 12 anos de reclusão. Não haverá mais justificativas para crimes de feminicídios em nosso País”, diz.
Além disso, Silmara comemora o lançamento oficial do projeto E agora José?,  implantado no fim do ano passado e lançado, oficialmente, em Santo André, nesta quinta-feira (12). “Autores de violência contra a mulher, que eles (Fórum de Justiça) avaliam que não vai para a cadeia, ele é obrigado a participar de um grupo socioeducativo. Nós temos, hoje, 15 homens encaminhados pela Justiça e se eles não comparecerem são presos”, explica.

Legado
Segundo Silmara a criação da Pasta é uma conquista, que deve servir de exemplo aos demais municípios. “A Secretaria de Políticas para Mulheres veio para ficar e, enquanto, houver uma mulher em situação de exploração, abuso sexual, desigualdade social e discriminação na nossa cidade, essa secretaria tem que existir. Eu sei que estou de passagem, mas deixo o desafio, enquanto tiver a secretaria terão que trabalhar no ritmo, consistência, força e garra que a gente tem hoje”, finaliza.

Obs.: Matéria publicada originalmente na edição 848 do Ponto Final.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Imposto de Renda tem nova tabela


A Receita Federal divulgou hoje (12/03) a tabela de correção do Imposto de Renda, ano base 2015. A grande novidade é que os trabalhadores que ganham os menores salários vão pagar menos imposto. Os contribuintes com renda mensal de R$ 2.000,00, por exemplo, terão uma redução de 52,1% no imposto devido nos meses a partir de abril, comparado com a situação anterior. Contribuintes de maior renda também serão beneficiados: aqueles com renda de R$ 5.000,00 mensais terão uma redução no imposto devido de aproximadamente R$ 43,00 por mês, equivalentes a quase 8% do imposto originalmente devido, conforme o quadro nº 1, encaminhado em arquivo junto desta mensagem.

Percentuais de Reajustes

A MP nº 670 de 10 de março de 2015 estabeleceu os percentuais de reajuste da Tabela de Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF (2015). Esses percentuais foram de 6,5%, 5,5%, 5,0% e 4,5%, aplicados aos pisos das faixas correspondentes às alíquotas nominais 7,5%, 15,0%, 22,5% e 27,5%.

                             

Vale lembrar que o imposto efetivamente devido como proporção da renda é muito menor do que o sugerido pela alíquota nominal do IRPF. Isto se deve à parcela a deduzir do imposto, que serve para o imposto devido não ter um aumento discreto (“dar um pulo”) quando há uma mudança de faixa na tabela. Essa parcela a deduzir é particularmente importante para os contribuintes com rendimentos menores.

Para um contribuinte com renda mensal de R$ 2.000,00, essa proporção, conhecida comoalíquota efetiva, é de apenas 0,36% desse rendimento[1], muito menor, portanto, do que a alíquota nominal correspondente de 7,5%. A alíquota efetiva continua bem menor do que a alíquota nominal, mesmo para rendimentos relativamente altos. O IR devido pelo contribuinte com renda de R$ 5.000,00 mensais é de apenas 10,11% desse rendimento, apesar dele estar incluído na faixa de rendimentos com alíquota nominal de 27,5%, conforme quadro nº 3 (arquivo enviado com esta mensagem).

Leia o caderno Negócios em Movimento da revista Dia Melhor, 
a revista que mais cresce no ABC.
www.negociosemmovimento.com.br

segunda-feira, 9 de março de 2015

Por quem as panelas batem?

Por Luiz Marinho

Peço licença para parodiar o poeta maluco beleza, pois essa pergunta martela na minha cabeça desde a noite do último domingo, 8 de março. Li, naquela mesma noite, em sites de noticias, que haviam acontecido manifestações em prédios de bairros nobres de algumas capitais brasileiras no momento em que a presidenta Dilma fazia se pronunciava pela passagem do Dia Internacional da Mulher e sobre os ajustes que estão sendo feitos para combater a crise econômica que atinge nossa economia e de vários países. Manifestações essas mobilizadas pelas redes sociais no domingo.



Pois bem. Será que essas panelas batem por que não há carros de luxo para pronta entrega nas concessionárias, já que a oferta está muito menor do que a demanda? Será que batem por que as filas de espera em restaurantes de luxo continuam grandes? Ou será que batem por que as viagens a Miami e os gastos de brasileiros no exterior continuam crescendo? Talvez seja.

Só tenho certeza que elas não batem pelos milhões de brasileiros que nos últimos anos, durante os governos Lula e Dilma, deixaram a linha da pobreza. Ou pelos outros milhões que chegaram à classe média. Assim como não batem pelos milhões de brasileiros que, desde a chegada de Lula à presidência, conseguiram ingressar em um curso superior, seja pela criação de milhares de vagas em universidades públicas ou beneficiados pelo PROUNI ou FIES.

Sei que elas não batem por aquelas milhões de famílias que hoje têm um teto para morar graças ao programa Minha Casa, Minha Vida. Nem pelos milhões que conseguiram comprar o seu carrinho ou andar de avião pela primeira vez nos últimos anos. Sim, paradoxalmente as panelas não batem por aqueles que mais precisam do Estado em nosso País.

Leonardo Boff, em recente artigo intitulado "O que se esconde atrás do ódio ao PT?", explica bem esse fenômeno.

Entendo como democráticas manifestações de opiniões contrárias. Pois é com o contraditório que construímos os melhores caminhos. É pelo confronto de ideias que elaboramos os consensos necessários à democracia. Contudo, quando manifestações são instrumentalizadas para a defesa de interesses mesquinhos e externos ao nosso País, não posso calar-me. Sim, o momento é difícil. Demandará ajustes duros em alguns casos. Mas nada, absolutamente nada parecido com que os representantes que articulam hoje essas manifestações fizeram quando estavam no governo.

Os interesses da imensa maioria dos brasileiros foram e sempre serão defendidos pelos governos do PT. A nossa opção pelos mais pobres, pelos trabalhadores e trabalhadoras, pelos pequenos e microempresários, pelo pequeno agricultor é clara e manifesta. E desta linha não nos afastaremos.

Aqueles que têm tido seus interesses contrariados - em especial o grande capital especulativo internacional e os seus representantes aqui no Brasil, que manifestadamente instrumentalizam uma falsa crise para mobilizar a classe média alta brasileira, apostando no ódio contra o PT e a presidenta -, tenham a certeza de que mais uma vez perderão. Pois a esperança vencerá. E a esperança estará nas ruas sempre que a construção deste País mais justo, igualitário e forte for colocada em risco por oportunistas ingênuos ou mal intencionados.

Luiz Marinho (PT) é prefeito de São Bernardo do Campo 

Passe Livre: Paulinho Serra deve mais uma

Por Carlos A.B. Balladas


O Jornal Ponto Final denunciou no início de fevereiro o suplicio por que passam estudantes e seus familiares para conseguirem o cadastro no sistema que concede o Passe Livre estudantil pelas empresas de ônibus de Santo André.
Senha online prometida não acontece
Na semana que passou, o secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra, privilegiando somente um veículo de comunicação - Diário do Grande ABC em  - anunciou que a partir de hoje, 9/03, os estudantes teriam a facilidade de obterem a senha para o atendimento online, isto é, por meio da internet. 
Pois bem, o escrevinhador deste blogue, desde às 6 horas da manhã, até o momento em que escreve este texto -10h45 - tem acessado insistentemente o site da Associação das Empresas de Santo André - AESA (www.aesanet.com.br) e não encontra o local no qual os estudantes possam retirar uma senha para serem atendidos.
Para checar se site da AESA está com problemas, de fato, ou a dificuldade se encontra no computador deste escrevinhador, liguei para o número telefônico indicado também no site (4435-5408), e a informação da gentil atendente, de nome Luana, é de que o site apresenta problemas no cadastro e que não há previsão para o fornecimento de senha online.


Desde a última quinta-feira, a reportagem do Ponto Final procura informações por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura de Santo André e também da AESA. Emails eletrônicos foram enviados, bem como telefonemas solicitando informações do secretário Paulinho Serra, sem respostas até o momento.

O secretário Paulinho Serra, ao escolher os veículos de comunicação com os quais deseja se relacionar, deixa claro o caráter discriminatório com que age em relação a alguns jornais da cidade, em especial com o Jornal Ponto Final, que nunca se furtou a informar as ações relevantes de sua secretaria.

Entretanto, mais importante e essencial é o atendimento digno aos estudantes da cidade, o que o secretário ainda estar a dever. 


Tamanduateí, o rio que deu origem à nossa região
 é a matéria de capa da Dia Melhor de março. Não deixe de ler. 



sexta-feira, 6 de março de 2015

Autoatendimento da Caixa ficará sem funcionamento

Foto: Reprodução
Neste domingo (8), Dia Internacional da Mulher, os ambientes de autoatendimento da Caixa Econômica Federal ficarão indisponíveis, das 3h às 4h30. Segundo nota oficial divulgada pelo banco, a interrupção é necessária para atualização tecnológica, que tem como objetivo melhorar a qualidade do serviço.

Já os cartões de débito e crédito e demais serviços como Internet Banking, Banking Móvel, Caixa Celular e Banco 24 Horas funcionarão normalmente.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Levy fala aos mercados, quem fala ao Brasil?

Por Saul Leblon

A via ortodoxa escolhida pelo governo para viabilizar o quarto mandato presidencial do PT está implantada e o paradoxo começa a dar frutos.
São ácidos.

O desemprego saltou de 4,3% em dezembro para 5,3% em janeiro; o governo acaba de anunciar um corte de 23,7% do orçamento do PAC e o BC deve aumentar a taxa de juro na próxima 4ª feira, para 12,75%.
Significa dizer que o ciclo econômico ajustou-se ao ciclo político.
Ao cerco conservador que antecedeu o período pré-eleitoral, e somente ali foi afrontado, sobrepõe-se agora uma asfixia econômica, que cada vez mais será percebida pela população como um torniquete que se ajusta diariamente.
Estamos só no começo da primeira volta.
A emissão conservadora ostenta uma coerência editorial de cabo a rabo. Não há mais dissonância entre o salvacionismo antipetista do noticiário político e os resultados registrados nas páginas de economia.
A recessão vai engrossar as fileiras do neoudenismo -- se não no aventado dia 15 de março, um pouco mais adiante.
Não há pressa. O tempo age a favor da turma que recentemente uivou contra o ex-ministro Guido Mantega, e sua esposa, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Ali ficamos definitivamente cientes de que ‘SUS’ para a fina estampa da elite paulista é o sinônimo de um palavrão.
O governo assiste a tudo com notável desdém pela própria cabeça.
A hora de Brasília não define mais a hora do Brasil.
A abertura e o fechamento dos mercados agendam a sociedade e não há contraditório.
A democracia não fala.
O ministro Joaquim Levy fala por ela.
Diariamente, oferece libras de carne fresca às tesourarias que no final do expediente dão a nota seca para o cardápio da jornada e deixam orientações para o desjejum da manhã seguinte.
É uma conversa de brancos de olhos azuis.
À Nação mestiça ninguém se dirige; tampouco lhe é facultado dizer o que pensa sobre o seu futuro.
Ilhadas na inundação das más notícias, sem comunicação com o governo, forças progressistas lançam manifestos desesperados em garrafas que nunca ultrapassam o espelho d’água do Planalto.
O aparato conservador não disfarça a sulfurosa agitação, nem camufla mais suas bandeiras no fundo do armário.
Serra fareja o clima e hasteia no peito a mais reluzente de todas.
O tucano quer fatiar e vender a Petrobras.
Sinal dos tempos: agora explicita aquilo que sempre teve o cuidado de ocultar.
Seu projeto resgata o plano sedimentado no governo FHC.
Trata-se de criar uma situação de fato.
Qual?

Texto extraído de www.cartamaior.com.br

quarta-feira, 4 de março de 2015

Mara Gabrilli poder concorrer à Prefeitura

Por Carlos A.B. Balladas

Geraldo Alckmin deseja ter Mara Gabrilli (PSDB), deputada federal, na disputa pela Prefeitura em Santo André, é o que afirma Sonia Racy em sua coluna no jornal O Estado de São Paulo de hoje.
Mara é herdeira de empresa de ônibus em sua cidade
Fernando Capez em Guarulhos e Orlando Morando em São Bernardo do Campo são os outros que estão sendo mencionados como candidatos em suas cidades, de acordo com a vontade do governador.
Mara Gabrilli, apesar da pouca atuação na cidade em que nasceu, tem seu nome sempre mencionado com provável candidata ao Executivo andreense.

Campanha de trânsito é retomada no ABC

Por Odete Machado

A Campanha Travessia Segura, de conscientização de motoristas e pedestres para ações de segurança no trânsito das sete cidades será retomada em abril com maior visibilidade e ações simultâneas nos municípios do ABC. A nova etapa da campanha, que dará ênfase à mudança comportamental dos cidadãos da região, foi anunciada hoje (2), durante assembleia de prefeitos do Consórcio Intermunicipal Grande ABC.
Imagem da campanha de 2014
A proposta da agência de publicidade contratada para a reformulação foi apresentada no encontro mensal e levará em conta as ações anteriores desenvolvidas pelo Consórcio desde o lançamento da Travessia Segura, em dezembro de 2011. O gesto de o pedestre estender a mão para a travessia na faixa será reforçado, e também haverá ações educativas nas escolas e performances de rua nos principais cruzamentos das cidades, mas desta vez ocorrendo de forma simultânea. Está prevista, ainda, uma grande campanha de mídia para dar maior visibilidade e impacto às ações.

“Foi definido o conceito, a estratégia e o layout da campanha que tem como característica principal o gesto da mão que precisa ser identificado pelo motorista como desejo do pedestre de atravessar na faixa”, detalhou o presidente do Consórcio e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão.

A coordenadora do Grupo de Trabalho Mobilidade, do Consórcio, Andrea Brisida, lembrou que a reformulação da campanha foi uma decisão dos prefeitos “com a expectativa de uma proposta ampliada, similar e com ações que aconteçam ao mesmo tempo em todas as cidades”. O investimento também cresceu. A etapa de performances de rua da versão inicial da campanha teve investimento de R$ 200 mil em 2012. Agora, o Orçamento do Consórcio reservou R$ 9 milhões para Comunicação, incluindo as várias campanhas institucionais da entidade, mas tendo a Travessia Segura como principal ação.

Quando encerrou sua primeira etapa, a Campanha Travessia Segura apresentava balanço positivo, com queda de 16,5% no número de acidentes de trânsito com mortes e lesões nos sete municípios, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública à época.

Odete Machado é Assessora de Imprensa do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC

terça-feira, 3 de março de 2015

Bahia e Chehade disputam posições em seus partidos.

Por Carlos A.B. Balladas

Tucanos andreenses não se bicam mais. 
Com o PSDB pacificado, o ex-vereador Marcelo Chehade deve assumir a presidência do partido e conduzir a reinserção do mesmo no palco político de Santo André. Chehade conta com a confiança de Morando na empreitada. A eleição da nova direção tucana deve ocorrer em meados de maio.

Com o PSDB pacificado, o ex-vereador Marcelo Chehade deve assumir a presidência do partido e conduzir a reinserção do mesmo no palco político de Santo André. Chehade conta com a confiança de Morando na empreitada. A eleição da nova direção tucana deve ocorrer em meados de maio.

Bahia também quer.


O vereador Evilásio Santana Santos, o Bahia, solitário representante do Democratas no legislativo andreense não deseja ver o advogado Fábio Picarelli candidato a prefeito de Santo André antes de uma discussão interna no partido. O presidente da seção de Santo André Ordem dos Advogados do Brasil, mesmo se estar filiado ao DEM, afirma em círculos restritos que tem a intenção de disputar o cargo ocupado por Carlos Grana (PT) pela agremiação. "Se o DEM decidir lançar um candidato a prefeito na cidade, a prioridade é a do meu nome", afirma Bahia.

A conferir.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Eleições em Santo André. Pesquisa que não vale nada, mas diz muito

Por Carlos A.B.Balladas

Por absoluta falta de normas legais que regulamentem a publicação de pesquisas de cunho eleitoral antes do prazo estipulado pela justiça, ou por má fé, ou pela ausência de ética, alguns veículos de comunicação veiculam levantamentos sem o embasamento técnico que suportam a autenticidade dos dados apresentados. Foi o que ocorreu com a edição deste domingo (1/3) do Diário do Grande ABC.
A 20 meses das eleições municipais, o periódico precipitou-se em apresentar números que quantificam a preferência do eleitor em possíveis candidatos às Prefeituras do ABC.
Vamos nos deter em comentar apenas o levantamento relativo a Santo André, já que o Jornal Ponto Final tem quase a totalidade de sua circulação nesta cidade.

A edição impressa, em cujo texto é tomado como base para nossos comentários, apresenta imprecisões em relação ao período em que foi realizada a sondagem. Refere-se somente à "terça-feira", algo um tanto vago para uma sondagem deste porte e importância; tampouco apresentou a metodologia utilizada.
Ailton Lima, Aida, Grana, Salles e Serra são nomes prováveis em disputa eleitoral.
As objeções nos fazem tratar tal sondagem como uma enquete, daquelas comumente realizadas na internet, sem o rigor científico necessário para conclusões robustas. O mérito da pesquisa é colocar sob observação alguns nomes novos no cenário político, tais como o de Fábio Picarelli, presidente da OAB de Santo André, e ainda sem partido. Outros nomes que são novidade neste tabuleiro são os dos vereadores Ailton Lima (SDD), do marinista Almir Cicote (PSB) e do atual presidente da Câmara Ronaldo de Castro (PRB).

A sondagem mostra no alto da tabela os mesmos nomes da corrida eleitoral de 2012, isto é, Aidan Ravin (PSB), Raimundo Salles (PPS) e Carlos Grana (PT), o que não é novidade alguma, pois o eleitor tende a lembrar de nomes presentes na mídia e em campanhas recentes. Aidan foi prefeito e candidato a deputado federal em outubro último, Salles era secretário do governo petista andreense e sua imagem foi exposta em cartazes e folhetos de apoio a vários candidatos nesta mesma eleição. Quanto a Grana, seu nome é lembrado por sua exposição natural como  prefeito.

Mesmo sem critérios absolutamente confiáveis, a pesquisa nos apresenta dados com números próximos ao verificados por este que lhe escreve em pesquisas não publicadas, mas realizadas com maior rigor.
Grana e Aidan devem ser os astros principais da próxima eleição, ficando os demais com satélites no processo, se o quadro não se alterar drasticamente. Neste instante - e a surpresa é esta - Aidan leva vantagem sobre os demais, e seria o primeiro colocado num eventual primeiro turno. Salles, entretanto, a nosso ver o candidato mais competitivo, pois apresenta, entre os três, o menor índice de rejeição, pode ser o grande azarão na campanha de 2016, podendo ocupar um lugar num segundo turno com Aidan ou Grana.
Carlos Grana enfrentará, além dos adversários, a avaliação de seu governo, que dependerá de suas ações realizadas até as eleições, e a rejeição ao seu partido, o PT, que tende a continuar grande em Santo André.  Grana e Aidan apresentam praticamente o mesmo índice de rejeição (27,5% e 29,5% respectivamente),o que coloca os dois no mesmo patamar diante do colégio eleitoral andreense. Este é o fator levando em consideração por aqueles que conduzem a estratégia de uma campanha, pois define a forma de conquista do eleitor que não rejeita um candidato.


A pesquisa, entretanto, não traz dados extremamente relevantes e cruciais: os cenários de um possível segundo turno. Se foi proposital ou não, é  incomum apresentar pesquisas eleitorais em cidades que preveem um segundo turno um projeção de disputa entre os nomes do topo da lista.
Neste cenário os demais candidatos, por mais nanicos que sejam, têm relevância na disputa final determinada pelo segundo turno.

No jogo eleitoral antever os possíveis cenários de um segundo turno é algo imprescindível para os ponteiros da disputa, e os candidatos que ficam fora da primeira e segunda colocações passam a ter grande importância, e podem definir os resultados. É o caso explícito de Santo André. Há uma certeza latente de um segundo turno e os que ficarem fora dele definirão as eleições.

A conferir.

Leia o caderno Negócios em Movimento da Dia Melhor, 
a revista que mais cresce no ABC. www.negociosemmovimento.com.br