Redação
A Prefeitura de Santo André e o Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa) iniciaram as intervenções para ampliação da capacidade de armazenamento das águas de chuva do Piscinão de Santa Teresinha. Atualmente, o local possui 19 mil metros cúbico (m³) de capacidade e, ao término das obras, este volume será ampliado em 25%, passando a ser de 23.878 m³, o maior reservatório de gestão municipal.
|
Atualmente, o Piscinão de Santa Teresinha possui 19 mil metros cúbico (m³) de capacidade e, ao término das obras, este volume será ampliado em 25%, passando a ser de 23.878 m³ | Foto: Alex Cavanha/PSA |
Os trabalhos serão efetuados pelo Semasa e pela Secretaria de Manutenção e Serviços Urbanos, a partir da desativação do pesqueiro que havia no local. Após a transferência dos peixes existentes para o Parque do Pedroso, será removida a barragem de contenção que, hoje, separa as duas áreas. A obra reduzirá a incidência de alagamentos na região, beneficiando pedestres e motoristas que trafegam nas avenidas Eng. Olavo Alaysio de Lima e dos Estados e outras vias do entorno.
Segundo o prefeito Paulo Serra estão sendo feitas também ações preventivas. "As nossas equipes estão mobilizadas com intervenções preventivas para minimizar os impactos das chuvas de verão, evitando alagamentos e enchentes que trazem prejuízos à nossa gente. Além das ações de limpeza e desobstrução de bocas de lobo e galerias, estamos limpando córregos, ampliando o piscinão de Santa Teresinha e temos ainda o piscinão do Jardim Irene, para escoar o volume de águas das chuvas, que são mais intensas e frequentes neste período", afirma.
A Prefeitura implantará ainda uma pista de caminhada e também um novo paisagismo na área do piscinão de Santa Teresinha.
Serviços de zeladoria
As equipes do Semasa trabalham durante todo o ano realizando manutenções preventivas em todo o sistema de microdrenagem de Santo André. Já foram feitas reformas de 852 bocas de lobo (BLs) , implantação de 23 novos poços de visita, construção de 316 unidades de novas BLs e a realização de 300 atendimentos para desobstrução de galerias de águas pluviais (GAPs), que melhoram o escoamento das águas de chuva.
O Semasa possui ainda um cronograma de limpeza para atender os córregos e piscinões da cidade. São 80 quilômetros (km) de cursos d’água que recebem manutenção da autarquia, com capina e roçada da vegetação e limpeza de detritos, por meio de equipamentos mecânicos. Até o final de novembro, quase 3 milhões de metros quadrados (m²) de margens foram capinadas e 33 mil toneladas de lixo foram removidas destes canais.
Em dezembro, a autarquia realizou a limpeza mecânica do córrego Guarará (na Vila América), retirando 300 toneladas de resíduos, principalmente terra e pedras. Outros locais que também receberam limpeza mecânica foram o córrego Taióca (no Jardim Las Vegas) e o piscinão Bom Pastor (no bairro de mesmo nome). O piscinão de Santa Teresinha passou por intervenções de desassoreamento em agosto deste ano.
Novas Galerias de Águas Pluviais
Ao longo de 2019, diversas regiões receberam intervenções para ampliação das redes de drenagem, também chamadas de Galerias de Águas Pluviais (GAPs
). Foram 1.226 metros de novas tubulações que beneficiaram os bairros Campestre, Vila Bastos, Vila Gilda, Santa Teresinha, Parque das Nações e a Vila Homero Thon, cujas obras ainda estão em andamento.
Na Vila Homero Thon, os trabalhos estão concentrados na Rua Aníbal, e a partir de janeiro chegarão à Rua Leonardo da Vinci. No total, serão 610 metros de novas redes, além de novas guias, sarjetas e bocas de lobo, com investimento total de R$ 2 milhões.
Obras de grande porte
Santo André, por meio do Semasa, também obteve financiamento do Governo Federal (por meio do programa Avançar Cidades), para realização de obras de canalização de trecho de 400 metros do córrego Utinga. As intervenções estão previstas para serem iniciadas em março, devem durar oito meses e ainda vão contemplar a recomposição de cerca de 200 metros das margens do córrego paralela à Rua Comendador Júlio Pignatari. O investimento total é de aproximadamente R$ 3,7 milhões, já com a contrapartida do município.
A autarquia concluiu neste ano a canalização de um trecho de 153 metros do córrego Guarará, entre a estrada da Cata Preta e o Residencial Vila Rica. Ao todo, foram investidos R$ 2,3 milhões.
Também foram finalizadas as obras da primeira fase de desenvolvimento Complexo Viário Santa Teresinha, que compreendeu a implantação da nova ponte sobre o Rio Tamanduateí, na altura do Sesi. No local, os trabalhos tiveram apoio das secretarias de Mobilidade Urbana e Manutenção e Serviços Urbanos. A antiga passagem precisou ser demolida, em 2017, após forte chuva que abalou sua estrutura de maneira irreversível. A obra, que foi executada pelo Semasa, custou R$ 4,3 milhões.
A autarquia também executou a reconstrução de, aproximadamente, 40 metros do córrego Cemitério, junto ao rio Tamanduateí. O problema no local foi ocasionado pela forte chuva de 23 de novembro do ano passado, quando a tempestade causou o desmoronamento de parte da estrutura das paredes do canal, na foz do córrego. Os trabalhos foram extremamente importantes, pois evitaram uma possível obstrução do curso d’água, que poderia ocasionar alagamentos na região central do município.
No fim de 2018, o Semasa inaugurou o piscinão do Jardim Irene, beneficiando diretamente os moradores dos bairros Jardim Irene, Vila João Ramalho e parte do Jardim Guarará, totalizando cerca de 40 mil habitantes da região.
Programa Operação Chuvas de Verão (POCV)
Está em vigor, desde 1º de dezembro, o Programa Operação Chuvas de Verão, iniciativa da Defesa Civil de Santo André que segue até 15 de abril de 2020 e reforça as ações de acompanhamento e vigilância 24 horas durante o período de chuvas.
Uma das importantes tarefas realizadas durante o Programa Operação Chuvas de Verão é o monitoramento diário dos radares e pluviômetros que o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) possui na cidade, além de monitoramento de cinco estações meteorológicas do Semasa, que medem os índices pluviométricos, temperatura, umidade relativa do ar e velocidade dos ventos. Por meio da análise destas medições, é possível manter uma escala de alertas para os temporais, que vão desde o estado de prontidão, passando para atenção, alerta e por fim, alerta máximo, quando são necessárias medidas emergenciais.
A Defesa Civil encaminha alertas por WhatsApp para os munícipes cadastrados na base de dados do órgão. Interessados em receber os alertas devem mandar uma mensagem via SMS ou WhatsApp para o número (11) 99584-5372, informando o nome e o bairro onde moram e a frase “Quero receber o alerta de chuva”. O serviço é gratuito.
Outras ações complementares se somam ao monitoramento constante dos cursos d’água da cidade, como vistorias em edificações e sobrevoos em áreas de risco para evitar ocupações de espaços sujeitos a deslizamentos. Durante todo o ano, nos meses que antecedem o verão, a equipe técnica da Defesa Civil organiza uma agenda de atividades educativas e realiza cursos e formações sobre percepção de risco, prevenção de acidentes domésticos, mudanças climáticas, monitoramento meteorológico, entre outros temas importantes, especialmente com os Núcleos de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs).