quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Tolerância e sociedade

Por Eduardo Leite – advogado e vereador em Santo André pelo PT

Ao que parece, as próximas eleições serão marcadas por um recorde de discursos de ódio e de jogo sujo na disputa por um cargo a deputado, a governador, a senador ou a presidente. Esta é uma dinâmica que vem sendo ensaiada desde as manifestações de junho de 2013 e que reverbera em blogs, redes sociais e vídeos na internet.


A possibilidade de que este clima ruim desemboque em violência não pode ser ignorada. Aqui mesmo em nossa cidade houve recentemente um triste episódio. Nele, a tentativa de se conferir o título de cidadão andreense a um deputado notório por suas manifestações racistas e homofóbicas – proposta a que me oponho com veemência – terminou em agressão a manifestantes que tentavam protestar contra ele na Câmara Municipal. Seguramente a Casa do Povo não existe para que o povo seja agredido.

Como chegamos a este ponto? Como pôde a sociedade desembarcar num quase vale-tudo político depois de décadas de esforços por tolerância e pluralismo? Infelizmente ninguém tem ainda as respostas, embora parte da academia, aquela parte que não está tomada pela mesma intolerância, esteja tentando consegui-las.

O que é óbvio já há algum tempo é que, se há algo que precisa ser combatido, é justamente este ódio. Como? Ironicamente, precisamos nos recusar a aceitá-lo. O filósofo Carl Popper costumava falar do paradoxo da tolerância: para que ela vingue, é preciso não tolerar os intolerantes. Em outras palavras, toda forma de manifestação racista, homofóbica, misógina e classista deve ser evitada, ou senão combatida.

Não existe sociedade sem pluralidade. O próprio conceito de ‘cultura’ envolve a convivência pacífica entre pontos-de-vista diferentes. Quando o ex-primeiro-ministro inglês Winston Churchill falou que ‘a democracia é o pior modelo de governo do mundo, exceto por todos os outros que já foram criados’, era isso que ele queria dizer: a democracia pode parecer chata porque envolve discussões e debates o tempo todo. Mas qualquer alternativa é pior, porque sempre vai significar a repressão a alguém. Aqui no Brasil, a filósofa Marilena Chauí lembrou que a democracia é o conflito.

Um conflito, entenda-se, de ideias, não de pessoas. Se você, em vez de comparar a sua opinião com a do outro, prefere desejar a extinção física dele, está substituindo a política pelo autoritarismo. É impossível criar uma sociedade melhor por meio da violência, da opressão, da censura. A única opção é simplesmente aceitar que as pessoas são diferentes e que pensam diferentemente de você. Ou seja, aceitar quase tudo, menos que elas preguem ou pratiquem a violência contra aqueles de quem discordam.

É este tipo de comportamento que recomendamos agora, nos próximos meses e até o fim. Ainda não inventaram nada melhor para viver em paz do que nós próprios praticarmos a paz todos os dias.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Voto branco e voto nulo

Por Gilson Alberto Novaes - professor de Direito Eleitoral na Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie


Os brasileiros têm vivido de sobressalto nos últimos anos. Quando se pensa que as notícias ruins chegaram ao fim e que a corrupção chegou ao fundo do poço, descobrimos que elas continuam.

Daqui a pouco estaremos em 2018, um ano de eleições para presidente da república, governadores, senadores e deputados federais e estaduais. Uma festa da democracia!

Seria uma festa da democracia se pudéssemos ter eleições em que o povo participasse como um ato de civismo, de cidadania, de respeito...

Não é assim. Tenho ouvido muita gente dizer que vai anular o voto ou votar em branco. É gente desiludida com a classe política, com os desmandos dos três poderes, com a impunidade que reina no país, com a falta de respeito com o cidadão, com o trabalhador, com seus direitos, com o dinheiro público. Um caos!

Têm razão esses eleitores em estarem desiludidos, mas eles não têm razão quando dizem que vão votar em branco ou anular o voto, com a afirmação de que “ninguém presta”.

O voto nulo já foi bandeira ideológica dos anarquistas no século passado. Votar nulo era considerado um voto de protesto. Já o voto em branco era o voto do conformismo, isto é, aqueles eleitores que se conformavam com qualquer que fosse o eleito. Hoje é diferente! O voto nulo não serve de protesto e o voto em branco não manifesta conformismo. Quando o voto era em cédula, o voto nulo, ou de protesto, era aquele em que o eleitor rasurava e até escrevia o que queria na cédula. O eleitor se sentia “vingado” com seu “protesto”.

Uma outra falácia que se ouve hoje em dia é a afirmação de que, se metade dos eleitores votarem em branco ou nulo, teremos outra eleição, sem a participação dos candidatos daquela eleição. Não é verdade.

Não sei se de propósito ou não, a confusão foi gerada por “intérpretes” do artigo 224 do Código Eleitoral, onde diz que, havendo a anulação de mais da metade dos votos a eleição seria anulada, convocando-se outra. O artigo não fala do voto nulo, aquele em que o eleitor decidiu anulá-lo e sim do voto anulado, isto é, aquele que foi anulado pela Justiça Eleitoral por fraude, problema no registro da candidatura, cassação do diploma do eleito, uso do poder econômico, falsidade, fraude, coação de eleitores, etc.

O voto no Brasil é obrigatório, onde o eleitor é obrigado a comparecer perante a sua seção eleitoral e exercer seu direito do voto. Se não o fizer, precisa justificar-se perante a Justiça Eleitoral. Entretanto, ele é livre para escolher o seu candidato ou não escolher nenhum. Há uma tecla especial para o voto em branco. Para anular o voto o eleitor precisa digitar um número inexistente e “confirmar”.

O que precisa ficar claro é que tanto um como outro voto - branco ou nulo, são totalmente descartados, pois nossa Constituição diz que “é eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e os nulos”. Antes, os votos em branco eram considerados válidos, contados para o candidato vencedor. Era tido como disse, como um voto de conformismo. Depois da Constituição – 1988, votos brancos e nulos não são contados.

Essa situação leva a um cálculo que os eleitores precisam fazer, principalmente aqueles que estejam pensando em anular o voto ou votar em branco. A matemática no caso é simples: para ser eleito o candidato a cargo majoritário precisa ter cinquenta por cento dos votos válidos – excluídos brancos e nulos, mais um voto. Assim, quanto menor for o número de votos válidos - aqueles dados a um candidato ou a um partido, menor será o percentual necessário para se considerar vencedor.

Dessa forma, candidatos que eventualmente tenham um eleitorado “cativo”, mas que sua votação não atinja cinquenta por cento, torcem para que tenhamos muitos votos brancos e nulos. O percentual (50% + 1), seria atingido com maior facilidade.

Há quem entenda que o voto nulo ou em branco seja uma opção como outra qualquer. Não é! Os candidatos serão oficializados aos eleitores pelos seus partidos. É a lei. Ninguém pode ser candidato se não for filiado a um partido. Não podemos mudar isso, exceto com uma Constituinte exclusiva, o que não ocorrerá agora. Em 2018 teremos que escolher entre os candidatos que surgirem e a omissão pode beneficiar um candidato indesejável.

Num país onde mais de 30% do povo não sabe quem é o governador do seu Estado e 20% não sabe quem é o presidente da República, segundo o IBGE, estimular o voto branco ou nulo tem sido uma arma daqueles que torcem pelo quanto pior, melhor. Confiam na alienação dos eleitores. Isso é horrível para a democracia!!!




quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Moradores de Santo André podem trocar recicláveis por alimentos

Da redação

O Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa) e a Prefeitura de Santo André, por meio do Núcleo de Inovação Social, lançaram na última quarta-feira (22) o projeto Moeda Verde. A ação tem como objetivo sensibilizar os moradores da cidade, especialmente os que vivem em comunidades carentes, para a importância da separação dos resíduos úmidos e secos e do consumo consciente.  A ideia é estimular as famílias a trocarem resíduos recicláveis por alimentos. 

Núcleo dos Ciganos recebeu o projeto piloto | Foto: divulgação/Semasa
A cada cinco quilos (kg) de recicláveis entregues, o morador receberá um um kg de hortifrúti – frutas, legumes e verduras. Nesta quarta, o primeiro piloto do projeto foi implantado no núcleo Ciganos, em Utinga, conforme explica o diretor do Departamento de Resíduos Sólidos do Semasa, José Elídio Rosa Moreira. “Pensamos em um processo transversal. Ele parte do resíduo, mas abrange também a segurança alimentar e a alimentação saudável”. 

Reduzir o volume de resíduos que segue para o Aterro Sanitário de Santo André também foi ressaltado pelo superintendente da autarquia, Ajan Marques de Oliveira. “É um programa que visa aproximar o munícipe do problema da geração de resíduos, dando a ele uma motivação maior para fazer a reciclagem”, explica. 

A cada 15 dias, uma agência móvel visitará o núcleo Ciganos para fazer a troca dos resíduos pelos alimentos frescos, que são adquiridos junto ao Banco de Alimentos e à Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André (Craisa). 

O local foi escolhido para dar início ao Moeda Verde, porque tem como vizinho o maior ponto de descarte irregular de resíduos da cidade. Com a iniciativa do Semasa, o ponto será revitalizado pela Prefeitura para impedir novos descartes irregulares. Além disso, também será implantada na região uma Estação de Coleta de recicláveis.

A primeira-dama e presidente do Núcleo de Inovação Social, Ana Carolina Barreto Serra, reiterou a importância do programa. “É um importante passo para a ampliação da conscientização ambiental e também no cuidado com a cidade”, diz. 

Na comunidade, mais de 70 famílias já foram cadastradas e também receberam informações sobre a importância da reciclagem para o ambiente em que vivem.

Para realizar o Moeda Verde, o Semasa buscou parcerias de várias instituições como o Núcleo de Inovação Social, Banco de Alimentos, Fundo Social de Solidariedade, Craisa e Instituto Triângulo, entre outros.



quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Empresários do ABC oferecem péssimo transporte e tentam protelar licitação

Por Ádamo Bazani em Diário do Transporte

Apontada como esperança para melhoria dos transportes em todas as 39 cidades que formam a Grande São Paulo e, principalmente para os moradores do ABC, a licitação da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos tem sido adiada desde o ano passado, quando deveria ter sido realizada, e ainda reúne dúvidas que podem provocar esvaziamento da concorrência, ou seja, os empresários se negarem a oferecer as propostas.

No ABC, por exemplo, por interferência dos empresários da região, nunca houve licitação. Em cinco tentativas da EMTU, reclamando do edital, os donos de empresas de ônibus não apresentaram propostas e numa sexta vez, o empresário Baltazar José de Sousa, em recuperação judicial, barrou o procedimento por meio da Justiça de Manaus.

Transporte de ônibus no ABC é considerado péssimo. 

É na região onde estão os piores serviços, de acordo com o IQT – Índice de Qualidade do Transporte da EMTU, revelado com exclusividade pelo Diário do Transporte via Lei de Acesso à Informação. O ABC, pelo IQT, tem a pior frota das regiões metropolitanas do Estado de São Paulo, a menor satisfação do passageiro e o pior atendimento operacional. Relembre matéria: https://diariodotransporte.com.br/2017/11/16/iqt-da-emtu-nota-zero-para-a-frota-de-onibus-do-abc/

A abertura de propostas que deveria ocorrer ontem na sede da EMTU, em São Bernardo do Campo, passou para o dia 04 de dezembro em razão da grande quantidade de dúvidas das empresas.

Nesta quarta-feira, 22, a EMTU tornou públicas as respostas a quase 300 questionamentos por parte de possíveis interessados em continuar prestando serviços de transportes na Grande São Paulo ou novos operadores.

Sobre a possibilidade de esvaziamento das propostas, inclusive para a área 5 onde as empresas são apenas pemissionãrias, em uma das respostas, a EMTU diz que as empresas da região poderão ser excluídas da Bilhetagem Eletrônica da Grande São Paulo. Há também a margem de interpretação de que o lote poderá ser assumido pelas concessionárias de outras regiões.
Hoje as empresas da região integram o CMT – Consórcio Metropolitano de Transportes que também é responsável pela contração da PROMOBOM AUTOPASS S.A, empresa composta por donos de companhias de ônibus para gerenciar todas as atividades operacionais e comerciais do Cartão BOM.

Na resposta, a EMTU diz que, em caso de esvaziamento, a bilhetagem eletrônica continuará normalmente para o passageiro, mas as empresas que esvaziarem a licitação não farão parte da operação do Cartão BOM, como ocorre hoje.

ANEXO 46. Item 5.2.2. Caso algum (ou alguns) dos lotes não logrem êxito em obter(em) vencedores, como será implementado o Sistema de Bilhetagem Automática? Estamos entendendo que, caso isso ocorra, as Concessionárias dos demais lotes deverão formar o Consórcio, e operacionalizar a bilhetagem, nos moldes do que atualmente é realizado pelo CMT, em razão da ausência de concessionárias na área 5. Nosso entendimento está correto? RESPOSTA 157: O Consórcio deverá ser constituído, inicialmente, pelas Concessionárias que firmarem contratos de concessão decorrentes desta Licitação. Caso algum dos lotes não logre êxito em obter vencedor, o Consórcio deverá ser formado, inicialmente, pelas Concessionárias contratadas nos demais lotes. Esclarece-se, de todo modo, que o SAOM deverá ser implementado de acordo com as regras previstas no contrato, e não de acordo com o que atualmente realizado pelo CMT,podendo o Poder Concedente autorizar a participação de outros operadores do serviço de transporte público, tais como permissionários, observadas as demais regras contratuais.

O que o Diário do Transporte já havia revelado há duas semanas, hoje ficou claro. A licitação pode dar “esvaziada” e nada mudar na vida dos dois milhões de passageiros diários da Grande São Paulo porque os donos de empresas de ônibus consideram defasadas as tarifas de remuneração pelos seus serviços. Serão considerados vencedores os consórcios que oferecerem maior desconto sobre as tarifas estipuladas pela EMTU nos editais.

Numa das questões, um atual operador do sistema diz que as concessionárias e permissionárias passam por desequilíbrio econômico: O atual sistema que está sendo licitado, vem sendo operado por diversos consórcios. É reconhecido pelo poder Concedente que os Contratos vigentes possuem um desequilíbrio de valores expressivos. Entendemos que o Poder Concedente busca a maior quantidade de participantes no processo licitatório, haja vista que a competitividade de participantes resultara num desconto na tarifa de remuneração, de interesse para o processo. Também é de interesse do Poder Concedente que o processo seja mais transparente e justo para seus participantes, conforme diretrizes reiteradas do TCE/SP. A partir disso, está correto entender que os operadores dos atuais contratos, caso queiram participar do pleito, estão em defasagem competitiva por conta desse desequilíbrio existente, uma vez que o novo proponente deve possuir uma boa situação econômica e financeira frente aos compromissos impostos pelo novo processo?

Outro ponto que tem levantado dúvidas sobre a licitação da EMTU é que as empresas de ônibus terão de assumir a manutenção e operação dos terminais. Segundo a EMTU, em resposta a um dos questionamentos sobre o tema, este custo já está inserido na remuneração que os empresários consideram defasada e que haverá reequilíbrio financeiro apenas com a inserção de novos terminais e estações no sistema:

“… insere-se no objeto do contrato “a operação, a manutenção e a conservação do conjunto de TERMINAIS e estações de transferência implantados na ÁREA DE OPERAÇÃO, conforme relação constante do ANEXO 23”, sendo o reequilíbrio econômico-financeiro devido apenas na hipótese de assunção de outras infraestruturas, posteriormente à vigência do Contrato, que não estejam relacionadas no Anexo 23 ou em outros anexos do Edital. Observar, a este respeito, o item 3 do Anexo 38, que determina que “Os custos/despesas de manutenção, conservação e operação da totalidade da infraestrutura relacionada no Anexo 23 (inclusive aquelas cuja implantação está programada para ocorrer até dezembro/2018), devem ser considerados no Plano de Negócios da LICITANTE, observados os termos do CONTRATO quanto ao momento de assunção da posse desta infraestrutura”.

Sobre a frota de ônibus em operação também há dúvidas. O contrato da EMTU será de 15 anos e as empresas terão de trocar constantemente os ônibus. Segundo a EMTU, em resposta a um questionamento, o fato de um ônibus estar com poucos anos de uso perto do fim do contrato não permite que o veículo seja assumido pelo Estado ou nova concessionária.

9.4. Nos termos do item 19.4 do Anexo 46, estamos entendendo que todos os ônibus com mais de 5 (cinco) anos deverão ser substituídos por veículos novos ao final da concessão. Esse entendimento está correto? Em caso negativo, favor informar o entendimento correto. RESPOSTA 41: O entendimento está incorreto. A frota da Concessionária não se insere dentre os bens reversíveis automática e gratuitamente ao final da vigência da Concessão, conforme previsão da Cláusula 19.6 do Contrato. A Cláusula 19.4 é aplicável apenas às hipóteses de bens reversíveis gratuita e automaticamente, conforme disciplinam as Cláusulas 19.1 a 19.3. A Concessionária deverá, ao longo de toda a execução do contrato, manter a frota em observância aos limites de idade média e idade máxima previstos no Contrato e em sua Metodologia de Execução, sendo a eventual reversibilidade da frota, caso existente, regulada pela Cláusula 19.6 do Contrato

Outra preocupação dos participantes da licitação é sobre o fim das RTOs – Reservas Técnicas Operacionais, que são as vans legalizadas operadas por motoristas autônomos em algumas áreas operacionais. Uma questão fala sobre o fim das RTOs representar a possibilidade de estes motoristas virarem clandestinos e concorrerem com os ônibus. Na resposta, a EMTU diz que em caso de concorrência com transporte clandestino, as empresas devem suportar este risco, não havendo a previsão de reequilíbrio econômico:

ANEXO 46. Item 41.17. Considerando que, atualmente, o sistema de transporte possui veículos de Reserva Técnica Operacional. Considerando que o novo modelo de contratação não prevê a manutenção dos RTOs no sistema de transporte. É previsível a migração de tais RTOs para a clandestinidade (passando esses a operarem transporte coletivo clandestino). Nesse sentido, questiona-se: o Poder Concedente reequilibrará os contratos de concessão em razão de diferenças nas quantidades de demanda, causada pela operação de transporte clandestino? RESPOSTA 80: A regulação da necessária manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão está prevista de forma exauriente na minuta contratual disponibilizada, observando-se, em especial, a Cláusula 38.1, inciso (i), que atribui à Concessionária o risco exclusivo decorrente de variações da demanda de Passageiros e demais Usuários, em relação ao previsto em seu plano de negócio, ou em qualquer projeção realizada pela Concessionária ou pelo Poder Concedente. Compete a cada licitante levar em consideração, em sua proposta, as diversas situações que podem impactar a demanda de usuários, inclusive a eventual concorrência com transporte coletivo clandestino, não sendo tais situações passíveis de reequilíbrio econômico-financeiro do Contrato.

A EMTU classifica como riscos inerentes ao negócio que não farão parte de um eventual reequilíbrio econômico perda de demanda por causa de outros modais de transportes e até mesmo ocorrências como queima de ônibus.

ANEXO 46. Item 38.1.xix. Em relação aos riscos exclusivos da Concessionária, no subitem xix descreve que “fatores imprevisíveis, fatores previsíveis de consequências incalculáveis, caso fortuito ou força maior que, em condições normais de mercado, possam ser objeto de cobertura de seguro oferecido no Brasil, se, à época da materialização do risco, este seja segurável há pelo menos 2 (dois) anos, até o limite da média dos valores de apólices normalmente praticados no mercado, por pelo menos duas empresas seguradoras, independentemente de a CONCESSIONÁRIA as ter contratado”. A partir disso, considerando que não existe seguro no mercado que realize a cobertura de QUEIMA DE ÔNIBUS, esta correto entendermos que este caso deverá ser tratado como risco do Poder Concedente, uma vez que trata-se de problema de segurança pública e portanto de responsabilidade do Estado? Em caso negativo, favor informar quais as seguradoras que o Poder Concedente constatou que fornecem apólices que cubram o risco de queima de ônibus em operação de serviço público. RESPOSTA 151: O entendimento não está correto. O risco por danos decorrentes de vandalismo ou danos, praticados por usuários ou por terceiros, foi alocado à Concessionária na Cláusula 38.1, inciso (xxix), competindo a ela buscar as melhores formas disponíveis no mercado para tratar tais riscos

A questão dos riscos de uma empresa de ônibus e o peso deles na remuneração dos empresários e, consequentemente na tarifa paga pelo passageiro, é cada vez mais polêmica. Em muitos casos, as empresas assumem o prejuízo, mas, em grande parte das situações, muitos destes riscos estão embutidos em outros custos.

A ANTP – Associação Nacional de Transportes Públicos elaborou um novo modelo de planilha tarifária, em substituição a um utilizado há mais de 30 anos por diversas cidades, que considera 17 riscos para cálculo do valor das passagens e remuneração e, segundo a entidade, separa o que é risco de outros custos, dando mais transparência nas contas. Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2017/08/21/cidades-brasileiras-devem-adotar-nova-planilha-de-tarifas-de-onibus-que-preve-custos-maiores/

A EMTU especifica também que para a remuneração das empresas, cálculo dos custos para definição das tarifas e para as correções anuais, que serão aplicadas todo o mês de junho, os maiores pesos financeiros para a prestação de serviços são pela forma de cálculo apresentada: 23% para combustível, 57% para mão-de-obra, e os demais itens representam 20% , sendo reajustados pelo IPC-FIPE.

A gerenciadora ainda permite a extinção do cobrador em linhas cujas tarifas variam de acordo com o trecho, desde que haja tecnologia que permita a cobrança de valores diferenciados de acordo com cada secção do trajeto na mesma linha.

ANEXO 46. Item 29.17.4. O item 29.17.4 do Anexo 46, estabelece os critérios para que seja concedida a autorização para que uma linha opere sem cobradores. Nesse sentido estamos entendendo que, dentre os critérios descritos, as linhas seccionadas, se atendidas as tecnologias que supram esta operação de cobrança, poderão operar sem cobradores. Está correto nosso entendimento? Em caso negativo, favor esclarecer o entendimento adequado. RESPOSTA 146: O entendimento está correto. Caso viabilizada tecnologicamente a cobrança das tarifas diferenciadas do Usuário através do sistema de bilhetagem automática ou eletrônica, em serviços que apresentem seccionamento tarifário, poderá ser dispensado o posto de cobrador.

A EMTU diz também que descumprimentos de horários, número de viagens e trajetos não serão desconsiderados dos indicadores de desempenho das empresas, que devem influenciar a remuneração, mesmo se os motivos não forem culpa das companhias de ônibus, como em caso de enchentes e manifestações, porém, nestes casos, as multas poderão ser perdoadas.

– Quadro de Indicadores de Desempenho – QID – página 40 (3º indicador) ICH – Índice de Cumprimento de Horários. Os atrasos nas partidas que teve por causa, eventos que não sejam do nosso controle como, por exemplo, excesso de chuvas, acidentes, manifestações, etc., ou seja, motivos de força maior entendemos que não serão considerados para o cálculo deste indicador. Está correto este entendimento? RESPOSTA 291: O entendimento está incorreto. O parâmetro mandatório estabelecido para o indicador de desempenho já leva em consideração a incidência de eventos capazes de impactá-lo ordinariamente, ainda que não sejam de controle da Concessionária. Apenas quando comprovadamente ocorrido caso fortuito ou força maior, nos termos da Cláusula 34.7, serão suspensas as exigências de medição do QID comprovadamente impactados pelo evento. Cumpre esclarecer que já faz parte do procedimento da EMTU/SP, na realização das fiscalizações, a verificação junto ao Centro de Gerenciamento e Controle da EMTU/SP quando há intercorrência externa como congestionamentos, alagamentos, manifestação, acidentes, solicitação de reprogramação e entre outros que não são de responsabilidade da Concessionária. Nestes casos não se aplica a autuação e/ ou sanção.


terça-feira, 21 de novembro de 2017

Munícipes que recebem Benefício de Prestação Continuada precisam se cadastrar até o fim do ano

Da redação

Moradores de Santo André que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) precisam passar por recadastramento até 31 de dezembro. Caso contrário, o benefício será cancelado a partir do ano que vem. O novo cadastro é uma determinação do governo federal e vale para todo o País. Em Santo André, 5.326 pessoas recebem o benefício e até agora apenas 10% destes munícipes já fizeram a inscrição.

CRAS Centro é uma das sete unidades que realizam o cadastro | Foto: Alex Cavanha/PSA
O BPC é pago pela Previdência Social e disponibiliza um salário mínimo mensal ao idoso acima de 65 anos ou ao cidadão com deficiência física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo, que o impossibilite de participar de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas. Em Santo André, a Secretaria de Cidadania e Assistência Social é a responsável por realizar o cadastro.

Para fazer o novo cadastramento, é preciso que o responsável pelo idoso ou deficiente procure um dos sete Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) de Santo André, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h (endereços abaixo). Este responsável precisa ter mais de 16 anos, morar na mesma casa em que vive o beneficiário e dividir as responsabilidades com despesas e renda. Não é necessário que o beneficiário se dirija ao CRAS.

O objetivo do governo federal ao obrigar a realização dessa inscrição, é que todas as famílias estejam inseridas no Cadastro Único, que é um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, permitindo conhecer melhor a realidade socioeconômica dessa população. Nele são registradas informações como: características da residência, identificação de cada pessoa, escolaridade, situação de trabalho e renda, entre outras. 

As famílias que já estão inscritas no Cadastro Único devem atualizar os dados sempre que houver modificações, como mudança de endereço, alteração na composição familiar, ou, ainda, no prazo máximo de até dois anos. A desatualização do cadastro poderá levar à suspensão do benefício. 

Mutirões – Para garantir a inserção no Cadastro Único dos munícipes que recebem o Benefício de Prestação Continuada, a Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Assistência Social, está promovendo mutirões de cadastramento nos CRAS Centro e Vila Luzita até 24 de novembro e também nos dias 1, 2, 8, 9 e 15 de dezembro. Além dos mutirões, o munícipe pode comparecer a uma das unidades do CRAS até o dia 31 de dezembro. 

Confira os endereços dos CRAS:

CRAS ALZIRA FRANCO - Rua Amapola, s/n – Jardim Alzira Franco;
CRAS CENTRO - Rua Xavier de Toledo, 350 – Centro;
CRAS CRISTIANE - Rua Martinópolis, s/n – Vila Bela Vista  (em frente ao nº 126);
CRAS MAREK - Rua Eng. Alfredo Heitzmann Jr, s/n – Marek  (CEU das Artes);
CRAS VILA LUZITA - Estrada do Pedroso, 236 – Vila Luzita;
CRAS RECREIO - Rua Arara Azul, 1705 – Recreio da Borda do Campo;
CRAS UTINGA - Avenida Utinga, 1971 – Vila Metalúrgica.



Judô masculino de Santo André é campeão dos Jogos Abertos

A equipe masculina de Judô de Santo André sagrou-se hoje campeã dos Jogos Abertos do Interior, em competição realizada na cidade de Mauá.
A equipe campeã: em pé da esquerda para direita: 
Everton, Danilo, Zago, Gil, Marcos, Caique e Cristiano. 
Sentados da esquerda para direita: Rossi e Hugo

 A equipe é a do AD SANTO ANDRÉ/PMSA/AutoShoppingGlobal de JUDÔ comandada pelo técnico Gil, que já trouxe para a cidade vários títulos e medalhas.


Campanha traz histórias de profissionais que trabalham para salvar vidas no trânsito

Da Redação

Marcos Antônio Campoy tem 59 anos de idade, 30 de enfermagem e 25 de dedicação ao serviço de urgência e emergência. Tem por missão salvar vidas. O que, infelizmente, nem sempre é possível. O profissional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) está sempre a postos em sua base, que fica sob a Ponte Ary Torres, e atende incontáveis ocorrências de acidentes de trânsito no seu dia a dia. 

Foto: Divulgação

Ao longo desse tempo, muitas histórias ficaram marcadas em sua memória. Uma delas aconteceu há cerca de oito anos e ainda está bem viva. "O rapaz estava comemorando a entrada na faculdade e colidiu sozinho com o veículo em alta velocidade em uma árvore. A pancada que deu na coluna do carro levou ele a óbito. Chegou o pai do menino na via e a gente tentou ajudar esse pai que viu o filho ali numa situação que já não dava mais para resolver”, relata o socorrista, que lembra com tristeza a causa da morte: imprudência. 

Histórias marcantes de profissionais empenhados na preservação da vida, resgate e atendimento a vítimas de trânsito vão ser contadas em uma série especial de vídeos produzida pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) para marcar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito, lembrado em todo o mundo no próximo domingo (19), e convidar à reflexão de todos para a preservação da vida. 

A campanha vai usar a hashtag #FocaNaVida e os vídeos, que trazem depoimentos de policiais militares do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran), do Corpo de Bombeiros e funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de São Paulo, serão divulgados a partir desta sexta-feira (17) nos canais do departamento no Facebook (facebook.com/detransp) e YouTube (youtube.com/detransp). 

Não são números, são vidas 

O número de vidas perdidas no trânsito do Estado de São Paulo está em queda. No entanto, os acidentes de trânsito ainda são a principal causa externa de morte no Estado, com 13 óbitos a cada 100 mil habitantes registrados em 2016. Essa quantidade supera os homicídios, que atualmente representam cerca de 7 óbitos a cada 100 mil habitantes. 

“Os dados de acidentes e mortes no trânsito são alarmantes e apontam a necessidade do envolvimento de toda a sociedade para revertermos essa triste realidade. Não são estatísticas, são vidas perdidas diariamente no trânsito por atitudes imprudentes que podem ser facilmente modificadas”, ressalta Maxwell Vieira, diretor-presidente do Detran.SP. 

De acordo com o Infosiga SP, sistema de dados do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, houve redução de 5,6% no número de óbitos por acidentes de trânsito no Estado no ano passado, o que representa 339 vidas salvas. Já em 2017, uma nova queda entre janeiro e setembro: 2,3% e 434 vidas salvas desde o início do programa, mas o desafio permanece.

Em todo o Brasil, de acordo com dados do DataSUS, o trânsito mata um Boeing 737 lotado por dia no Brasil, o que corresponde a 40 mil vidas retiradas por ano. No mundo, esse número chega a 1,3 milhão, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que instituiu o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito, lembrado sempre no terceiro domingo do mês de novembro. 

“Mudar histórias e transformar o trânsito de São Paulo representam a causa que nos move", afirma Silvia Lisboa, coordenadora do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, que congrega Governo e Sociedade Civil no esforço para reduzir pela metade o número de óbitos no trânsito até 2020.



segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Nada é pra já

Por Raul Christiano -Professor, Escritor, Poeta e Jornalista.

Tomo emprestado a primeira estrofe do poema “Mudar”, de Clarice Lispector, que expressa: “Mude, mas comece devagar,/ porque a direção é mais importante/ que a velocidade […]”, pra tentar justificar decisões tomadas àqueles que nunca pararam um minuto para tentar saber o que tentávamos para o bem comum. Compartilho essa reflexão que parece boba, quando identifico parte das pessoas do meu convívio, ou não, manejando verdades de maneira apressada, rasa e crua.

Serve para qualquer cenário da vida cotidiana. Do que acontece em casa, nos relacionamentos familiares, amizades, amores e amantes, no trabalho, na conjuntura política, nos olhares para o futuro. Vale o ditado de que a pressa é inimiga da perfeição, sem perder de vista o hino de Cazuza, à urgência de viver, a enaltecer que “o tempo não para!”

Busquei várias interpretações intelectuais, poéticas e de autoajuda, extraídas das melhores frases sobre pressa, a começar por Confúcio – “Coisa feita com pressa é coisa mal feita.”; passando por Oscar Wilde – “Não quero adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.”; e, fechando com Silvio de Abreu – “Não tenha medo, cautela, sim. Não tenha pressa, tenha tenacidade. Não tenha prepotência, mas consciência do seu valor. O que me deixa indignado é a impunidade, falta de caráter, manipulação da opinião pública, injustiça, puxa-saquismo, nepotismo, miséria, ignorância, estupidez, mentira.”

Ora, não pense que, ao se chamar atenção para a cautela na interpretação dos fatos correntes, embute-se um cale-se ou um apelo à tolerância. Há um prazo de validade dos fatos para que se tornem notícias. E é preciso dizer também que cautela não é censura, mas o mínimo de respeito que devemos ter com as pessoas à nossa volta ou em rede de domínio público.

Minhas leituras nos tempos recentes pautam os sentimentos de personalidades, perturbadas pela intolerância social e os seus abismos. É muita informação para digerir e pouca capacidade – educacional, talvez – de se interpretar e se sentir partícipe, respondendo ao que não lhe diz respeito ou ofenda suas crenças.

Por falar em crenças, já parou pra pensa-las e organiza-las, com seus valores, ideologias, militância em rede?

No passado recente, quem pensava e influía nos rumos da formação da sociedade vivia num invólucro. Gente que foi machucada pelo autoritarismo e falta de democracia no Brasil e por aí afora. Era praticamente impossível avançar e beber desse conhecimento, além dos artigos e livros que produziam. Os espaços de interatividade eram escassos, mas nunca foram infalíveis. Os dispostos em aprofundar mais sempre existiram, mas o exercício do contraditório carecia de preparo e conteúdos com fundamentos.

Hoje, não! A contemporaneidade valorizou o politicamente correto, como cultura globalizada e por vezes chata, “sofisticando” (#sqn) a visão geral das coisas. E não demos conta que é possível ler o cotidiano como Raul Seixas, que preferia ser “metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”, para dizer o oposto do que disse antes.

Amós Oz escreveu em 2004, que “a síndrome de nossa época é a luta universal entre fanáticos e o resto de nós. O crescimento do fanatismo pode ter relação com o fato de que, quanto mais complexas as questões se tornam, mais as pessoas anseiam por respostas simples. O fanatismo acredita que, se alguma coisa for ruim, ela deve ser extinta, às vezes junto com seus vizinhos”.

Portanto, se conseguiu ler este texto até o fim, complete as reticências, sem pressa, porque quem responde com pressa, como registra um provérbio árabe, raramente acerta …



sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Ribeirão Pires promove caminhada em prol do Hospital do Câncer de Barretos

No próximo dia 26 de novembro, Ribeirão Pires recebe mais uma edição da “Caminhada Passos que Salvam”, promovida pelo Hospital do Câncer de Barretos (SP). Contando com o apoio da Prefeitura de Ribeirão Pires e mais de 500 cidades em todo o país, a caminhada é um evento realizado anualmente para a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil.

Aqueles que visitam Ribeirão Pires se deparam com um novo portal. 
Os kits, compostos por sacola, camiseta e boné, custam R$ 35 e a verba arrecadada com as vendas será totalmente revertida para melhorias nas áreas infanto-juvenil do Hospital do Câncer de Barretos. Os interessados podem adquirir os kits nos seguintes locais: TCM Pilates Studio, Lojas Elite, Padaria Panorama, Cantinho Criare, Sport Fitness e Ouro Fitness.

Com concentração às 8 horas na Vila do Doce, a caminhada terá 2,5km de extensão, passando pelas principais vias do Centro da cidade. O evento é coordenado por Marcelo Monteiro, Juliana Perli Có e Alberto Nunes.


quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Justiça confirma Kiko como prefeito de Ribeirão Pires


O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) confirmou nesta quinta-feira, dia 16, por cinco votos a um, decisão do eleitorado ribeirãopirense: Adler Teixeira, o Kiko, segue legitimamente o direito exercer o cargo de prefeito da Estância Turística. O pedido de recurso contra a expedição do diploma de prefeito a Kiko, impetrado por Edinaldo de Menezes, o Dedé da Folha (PPS) – derrotado nas eleições do último ano - foi rejeitado pelo Tribunal Eleitoral Paulista



O juiz relator do pedido de cassação do diploma, Marcus Elidius Michelli de Almeida, o relator do processo, Desembargador Cauduro Padin, reconheceram que Kiko reuniu as condições para ser candidato e que a vontade das urnas deve ser respeitada, entendimento acompanhado pela maioria do colegiado do Tribunal que votou contra a ação movida por Dedé. “O recurso proposto era totalmente descabido. Não passou de uma aventura jurídica na tentativa de reverter resultados, contrariando frontalmente as jurisprudências neste sentido. Muito barulho para tumultuar juridicamente o processo político”, avaliou o advogado de defesa de Kiko, Dr. Hélio da Silveira.

Os autores do recurso contra expedição do diploma sustentavam inelegibilidade de Kiko durante o processo que resultou na diplomação e posse do atual prefeito de Ribeirão Pires. Entretanto, o processo eleitoral foi considerado legítimo, uma vez que Kiko teve registro da candidatura deferido pela Justiça Eleitoral, o que significa que os direitos eleitorais do então candidato eram válidos.

“O barulho daqueles que buscavam no tumulto reverter a decisão soberana das urnas deu lugar ao silêncio e à serenidade da justiça, que reconheceu como legítimo o desejo da população por um novo tempo em nossa cidade. A verdade prevalece e nossa missão continua. Atender a população e promover as melhorias que a cidade precisa. Vamos adiante, a cada dia com mais força, para superar os desafios e cumprir com a missão a nós confiada”, declarou Kiko.


sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Alunos ocupam prédio da Fundação Santo André

Por Vitor Lima

Desde a noite de ontem (10), estudantes ocupam o prédio da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIL), na Fundação Santo André (FSA). O que gerou o descontentamento entre os jovens foi o anúncio do aumento de 6,5% nas mensalidades a partir de janeiro. Além de barrar o aumento, os alunos reivindicam o pagamento de salários atrasados a professores e funcionários e negociação com os estudantes inadimplentes.  

Barricadas com carteiras e cadeiras foram feitas nas entradas do prédio | Foto: Vitor Lima 
A reportagem do Ponto Final esteve na ocupação na madruga de hoje (10) e conversou com os jovens. Eram cerca de 30 alunos que, por volta da 1h30 da madrugada, ainda estavam acordados preparando faixas e cartazes com suas reivindicações. O clima era tranquilo e não havia viaturas da Guarda Civil Municipal tampouco da Polícia Militar.

Pautas 

Como já exposto, o grupo trabalha com três pautas imediatas. Contudo, as reclamações não param por aí: o coletivo protesta também contra o sucateamento dos cursos de Humanas e contra a mercantilização da instituição. 

Um dos cartazes que estavam sendo preparados na madrugada de quinta (9) para sexta-feira (10) | Foto: Vitor Lima
Três representantes dos jovens conversaram com a reportagem: Everton Gregorio da Silva, 21 anos, estudante do segundo ano de Geografia; Rafael “Magrão”, 32, discente do terceiro ano de geografia; e a aluna identificada apenas como Rafaeli, 19, aluna do segundo ano de Ciências Sociais. 

“O que gerou a ocupação foi que a reitoria de forma autoritária aumentará a mensalidade em 6,5%. Esse valor é incabível para o trabalhador”, protesta Silva. 

Jovem descansava durante a madrugada no pátio do prédio | Foto: Vitor Lima

Rafaeli conta que no ano passado já houve um aumento agressivo – cerca de 8%, de acordo com a jovem, que lembra que a FSA também reduziu o desconto para os alunos adimplentes. “Todo ano tem aumento, os aumentos são brutais. E mesmo assim os professores não recebem dissídios há dois anos, não receberam 13° e muitas vezes eles recebem o salário picado durante o mês”, diz. 

Reunião 

Outro fator que torna a situação ainda mais delicada, é que o prédio ocupado é um dos locais que receberão, no próximo domingo (12), o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Está previsto para daqui a pouco, às 19h, uma reunião entre os alunos e a reitoria para buscar uma solução para o impasse. Contudo, a posição dos alunos parece clara: enquanto as pautas não forem atendidas, eles não deixarão o prédio. “O movimento estudantil não vai recuar", garante Magrão. 
Universitários não aceitam o aumento de 6,5% nas mensalidades | Foto: Vitor Lima

Mudança de estratégia

De acordo com os jovens, a assembleia optou pela ocupação após avaliar que os outros meios de pressionar a reitoria são ineficientes. Os estudantes lembraram que em 2016 buscaram a direção da universidade de diversas formas para barrar o aumento, todas sem sucesso. Por isso, neste ano, eles adotaram uma postura mais “radical”. 

“Uma coisa que revolta bastante é que todo ano a reitoria impõe o aumento nessa época, próximo da semana de provas”, comenta Rafaeli. Na avaliação dela, isto é uma estratégia para desmobilizar os estudantes, que estão sempre “pilhados” com as avaliações. 

Foto: Vitor Lima
Apoio dos demais 

Os estudantes revelam que têm buscado o apoio dos demais estudantes e professores, de todos os outros cursos, para fortalecer o movimento. “É importante que os estudantes dos outros cursos e professores que não estão aqui, saibam que nós estamos lutando por eles”, ressalta Silva; Magrão segue o mesmo discurso: “A gente colocou em pauta e votou na assembleia que o salário dos professores sejam regularizados. Uma assembleia que foi majoritariamente de estudantes votou uma pauta e uma demanda dos professores”, comenta, para justificar o discurso em prol da união. 

Prefeitura e reitoria são alvos

Aos serem questionados sobre quais são os culpados pelo momento delicado da instituição, os jovens são unânimes. A maior culpada, na visão deles, é a Prefeitura de Santo André, que há tempos não faz repasses para a instituição – existe uma briga judicial que se arrasta há anos sobre o assunto. A reitoria, por sua vez, é acusada de ser “omissa” sobre o assunto. “A reitoria se nega a cobrar a Prefeitura. Existe um rabo preso”, ataca Magrão, ao lembrar que quem indica o reitor da instituição é o Poder Executivo da cidade. Leila Modanez é a atual reitora da instituição.

“O projeto dessa universidade é totalmente pedagógico, é feito justamente para abastecer os trabalhadores da região de conhecimento e fazer com que a região cresça. A fundação foi fundada desta forma. Ela não deveria ter uma demanda mercantilista”, conclui o mais velho dos representantes. 

Outro lado

A reportagem procurou a Fundação Santo André, mas até o momento a instituição não emitiu nenhum posicionamento sobre o assunto.



Equipe de basquete do Colégio Objetivo é campeã

Da Redação

A última quarta-feira (8) foi de comemoração para os alunos e professores do Colégio Objetivo de Santo André. A equipe masculina de basquete da escola sagrou-se campeã do Circuito Escolar na categoria sub-17. Os alunos foram guiados pelos professores Cleber Pestana Ramos e Juliana Shehady e deram sequência à tradição de apoio ao esporte da instituição | Foto: Divulgação 


quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Semasa substitui mais de 18 mil hidrômetros em Santo André

Da Redação

Em continuidade às ações de combate às perdas de água em Santo André, o Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa) tem realizado a troca preventiva dos hidrômetros instalados nos imóveis da cidade. Só neste ano, já foram substituídos mais de 18 mil medidores, cerca de 60 por dia.

Foto: Divulgação

Além das trocas programadas, para os equipamentos usados em ligações do tipo ¾”, com mais de cinco anos, a autarquia também realiza a manutenção e calibração dos hidrômetros de grandes consumidores. O objetivo é manter a medição correta, minimizar os riscos de vazamentos nos equipamentos.

Por meio de equipe própria, o Semasa também realiza a calibração e aferição dos medidores, sendo que em 2017 já foram atendidas quase 2 mil ordens de serviço para estas solicitações. Atualmente, a idade média do parque de hidrômetros da cidade gira em torno de 4,35 anos.

Outras ações

Além do acompanhamento periódico dos medidores de água instalados nos imóveis do município, o Semasa também tem realizado outras ações para combater a perda de água no sistema e, consequentemente, melhorar o abastecimento para toda a população.

Neste ano, a autarquia já instalou duas VRPs (Válvulas Redutoras de Pressão), uma no Jardim Stella e outra no bairro Bom Pastor e até o fim do ano a Vila Pires e o Parque Miami devem receber outros dois equipamentos do tipo. As VRPs são importantes ferramentas que funcionam para adequar as pressões das redes de água de forma que elas não apresentem vazamentos. Com a redução da pressão, as ligações internas dos usuários também são beneficiadas.

Graças à válvula instalada no Jardim Stella, por exemplo, foi possível adequar as pressões da rede daquele setor, sendo que a redução foi de 35% entre 6h e 22h e, nas madrugadas, quando o consumo é menor e a pressão maior, a diminuição foi mais expressiva: quase 45%. Já o número de pontos de vazamento no setor detectados após a instalação da VRP caiu 81%. Com menos reparos, o abastecimento também está mais eficiente e regular.



São Bernardo do Campo tem escola de tempo integral bilíngue para surdos

Da redação

Uma das primeiras escolas criadas para a alfabetização de surdos no ABC, a EMEBE Neusa Bassetto, no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo é inserida no programa Educar Mais. Com isso, a jornada escolar passa de 5 para 9 horas todos os dias da semana,  e transforma esta unidade na primeira escola de tempo integral bilíngue para surdos no estado de São Paulo. O anúncio ocorreu no local nesta última terça-feira (07), e contou com a presença do prefeito Orlando Morando, da secretária de Educação, Suzana Dechechi, entre outras autoridades, além pais, alunos e profissionais da educação.

Morando anunciou a inclusão da EMEBE Neusa Bassetto no programa Educar Mais | Foto: Gabriel Inamine/PMSBC
Recentemente, a instituição completou 60 anos e houve a reabertura de matrículas para a educação infantil e primeiro ciclo do ensino fundamental (1º ao 5º ano). "É com muito orgulho que inserimos a EMEBE Neusa Bassetto no programa Educar Mais, iniciativa que é uma das prioridades deste governo. Para muitos, a educação é um gasto. Mas para essa gestão é um investimento no futuro de nossas crianças. Acredito que é fundamental promover a inclusão de diferentes tipos de deficiência na rede municipal de ensino. Mas, nem sempre, um único modelo funciona para todos. Por isso, fizemos questão de reabrir as matrículas desta escola, uma das referências para a educação para surdos", afirma o chefe do Executivo. 

Morando enfatizou que a decisão de reabrir as matrículas nesta escola está amparada pela lei, pois a Secretaria da Educação consultou o Ministério Público: "Agora, os pais com crianças com deficiência auditiva poderão escolher como seu filho terá o acesso ao conhecimento: tendo uma educação bilíngue, por meio da Libras - Língua Brasileira de Sinais e convivendo apenas com crianças surdas; ou mantê-los nas escolas-polo, com professores e crianças ouvintes, nos quais terão o melhor atendimento com instrutores em Libras", explica.

O Educar Mais oferece aos estudantes diversas possibilidades de aprendizagem, pois agrega as disciplinas da Base Nacional Comum Curricular como inglês, atividades complementares de grupos de estudo, jogos de tabuleiro, linguagens artísticas, educação ambiental, iniciação científica, cultura do movimento, protagonismo infantil e educação física para todos os estudantes.

Assim, as atividades da parte diversificada e da base comum acontecem tanto no período da manhã como à tarde, compondo um currículo integrado. No caso da EMEBE Neusa Bassetto, os alunos terão todas as atividades, por meio da Língua Brasileira de Sinais - Libras -, na qual acessa todos os conhecimentos. Todas as atividades são realizadas com professores fluentes em Libras. 

O português, na modalidade escrita, é o segundo idioma a ser aprendido. Além dessa unidade escolar, o Educar Mais está presente em mais 10 escolas, atendendo cerca de 2.500 alunos na educação infantil e primeiro ciclo do ensino fundamental (1º ao 5º ano).

A EMEBE Neusa Bassetto deixou de receber matrículas em 2014, e grande parte de seus alunos foram transferidos para as escolas-polo EMEB Padre Manuel da Nóbrega (ensino infantil) e EMEB Neusa Macellaro Callado Moraes (ensino fundamental I) e no Centro de Qualificação Profissional (CQP) de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Por essa razão, a escola conta, atualmente, com 32 alunos. No total, a rede municipal de ensino conta com 75 alunos surdos.

Já a secretária da Educação, Suzana Dechechi, ressaltou a importância de se ouvir a comunidade e os profissionais envolvidos. "Ao assumir a Pasta, fizemos uma escuta com os profissionais da educação, que sinalizaram sobre a importância desta escola para a comunidade surda. Juntamente com o prefeito, pensamos em alternativas para melhorar o atendimento e como poderíamos trazer os alunos de volta a essa unidade escolar, sem ferir a legislação. Estamos felizes porque a EMEBE Neusa Bassetto continuará cumprindo a sua função educacional de levar o conhecimento para as crianças surdas", finaliza.



terça-feira, 7 de novembro de 2017

"Feirão Limpa Nome" da Serasa está em andamento

Da Redação

Desde ontem (6) os consumidores com dívidas atrasadas terão a oportunidade de renegociar seus débitos pelo computador, tablet ou celular com condições especiais. É a nova edição do Feirão Limpa Nome da Serasa Experian que conta com grandes, médias e pequenas empresas de diversos segmentos. 

O Feirão Limpa Nome da Serasa Experian permite a renegociação pela internet diretamente com os credores de qualquer lugar, com comodidade, segurança e de forma gratuita. Estarão participando empresas de vários segmentos (bancos e financeiras, cartões de crédito, telefonia, lojas e recuperadoras de crédito, entre outras), oferecendo oportunidades exclusivas, com prazos de pagamentos diferenciados e (ou) descontos para a quitação das contas em atraso.

Para participar, basta acessar o site https://www.serasaconsumidor.com.br/feirao/, onde os consumidores encontrarão todos os detalhes do feirão, empresas parceiras e como participar.  Ao se cadastrar o consumidor será direcionado a uma página na qual estarão listadas as dívidas que constam na base de dados da Serasa e que podem ser negociadas com as empresas participantes. Também serão apresentados os canais de atendimento (telefones, e-mail, chat) disponibilizados por cada credor e, em alguns casos, ofertas pré-estabelecidas através de boleto bancário ou até mesmo simular, escolher a melhor condição de pagamento e gerar o boleto de forma online.

O site é desenvolvido em ambiente protegido, o que garante a proteção aos dados do consumidor. Assim, quem não tiver internet em casa, pode usar qualquer computador, celular ou tablet para negociar. Na última edição do Feirão Limpa Nome da Serasa, 320 mil consumidores limparam o nome.



Alunos do Instituto Mauá de Tecnologia foram destaques no evento Oracle Hackathon Experience

Da Redação

A equipe Baja Mauá, formada por alunos do Instituto Mauá de Tecnologia, participou em outubro do Oracle Hackathon Experience, evento realizado pela Oracle do Brasil em parceria com  X Rally Team, com participação das equipes Torres Racing e Equipe Bianchini Rally e transmissão ao vivo pela página Rally dos Sertões Oficial no facebook. Na ocasião, os jovens da Mauá foram os grandes destaques da competição.

Foto: Divulgação
O objetivo principal do evento era que cada equipe desenvolvesse uma solução de telemetria para a Equipe X Rally Team, que compete no Rally dos Sertões, utilizando a plataforma de IoT, Analytics e Big Data do Cloud da Oracle em apenas dois dias. A ideia apresentada pelos alunos do Baja Mauá, Pedro Lantery, Pedro Lion e Diogo Yamada, ganhou êxito entre os avaliadores, conquistando a primeira colocação entre 15 instituições e empresas participantes.

“Desenvolver tudo isso, em dois dias, realmente foi um desafio para todos nós da equipe. Com o ensino e apoio do Instituto Mauá de Tecnologia, conseguimos vencer esse grande desafio, apresentando um projeto com muita qualidade, inovação e desenvoltura”, comenta o aluno Pedro Lantery.

Para Lucas Nobeschi, especialista de Marketing da Oracle do Brasil, o projeto da equipe Baja Mauá surpreendeu as expectativas de todos os participantes. “A ideia apresentada pela equipe da Mauá foi a mais inovadora. Os jovens usaram o Analytics, IoT e Big Data para melhorarem o desempenho de carro de rally”, comenta Nobeschi.



sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Abaixo-assinado tenta barrar entrega de título para Bolsonaro

Por Vitor Lima

O vereador Sargento Lobo (SD) pretende conceder o título de Cidadão Honorário de Santo André ao deputado federal Jair Messias Bolsonaro (PSC). Lobo protocolou na Câmara Municipal o Decreto Legislativo, que precisa ser aprovado pelos demais vereadores para que a honraria seja entregue a Bolsonaro, pré-candidato à Presidência da República. 

Vereador andreense quer homenagear Bolsonaro | Fabio Rodrigues Pozzebom/AgBr

A postura, sempre polêmica, do presidenciável divide opiniões e parte da população andreense mostra-se descontente com a indicação. O jornalista Valter Bittencourt, 36 anos, organiza um abaixo-assinado (acesse aqui a petição) para pressionar os vereadores a barrarem a entrega do título. “Ele nunca fez absolutamente nada pela cidade que justifique isso”, defende Bittencourt. Na visão dele, a ação é planejada para fazer “palanque eleitoral para ele (Lobo) e para o Bolsonaro”.

Em nove dias, a petição já recebeu o apoio de 6.521 pessoas que se posicionam contra o que seria, nas palavras de Bittencourt, um “ato bizarro”. O jornalista também adianta que no próximo dia 23 deverá ocorrer uma manifestação na Câmara contra a medida.

Procurado pela reportagem do Ponto Final, Lobo disse que muitos munícipes de Santo André o abordavam nas ruas e em seu gabinete solicitando a homenagem ao deputado. “E por eu ser Sargento da Polícia Militar, a categoria faz tal pedido o tempo todo”, conta.

Além dos pedidos recebidos, o vereador usa a corrupção para justificar a ação. “Ele está há oito mandatos na Câmara de Deputados e nunca teve seu nome envolvido em qualquer escândalo de corrupção. Isso eu sei que é uma obrigação, mas estar a tanto tempo no meio de laranjas podres e não se tornar uma delas é sim louvável”, explica.

Lobo também afirmou que mesmo que o abaixo-assinado consiga um grande número de adeptos, não pretende retirar a indicação. “Eu dou título de cidadão para gente honesta, que defende a família e a ordem na sociedade”, diz.

Cidadã honorária devolverá título

A escritora Dalila Teles Veras, que recebeu o título de Cidadã Honorária de Santo André em 2004, é uma daquelas que assinou a petição criada por Bittencourt. Mas Dalila vai além: caso Bolsonaro seja declarado Cidadão Honorário andreense, ela devolverá, em forma de protesto, o título recebido à Câmara Municipal. “Não acho justo prestar uma honraria dessas a alguém que não possui nenhum vínculo com a cidade, jamais sequer aqui pisou e muito menos contribuiu com ela. Trata-se claramente de um ato oportunista e eleitoreiro”, ataca. 

Dalila, Cidadã Honorária andreense desde 2004, promete devolver o título em forma de protesto | Foto: Arquivo

Dalila, que também é proprietária da livraria Alpharrabio, nasceu na Ilha da Madeira, em Portugal, e reside em Santo André desde 1972. “Me constrange e humilha só em pensar que essa mesma honraria que me foi concedida e a tantos outros cidadãos que o mereceram justamente por prestarem serviços relevantes à cidade, seja concedida a alguém declaradamente homofóbico, misógino, racista e preconceituoso, que se posiciona claramente a favor da ditadura e da tortura. Não me sentiria confortável em conviver com isso”, justifica.

*Matéria atualizada em 07/11/2017, às 17h50.



quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Governador Alckmin recebe jornais do interior do Brasil

A democratização da comunicação no Brasil e uma melhor relação entre entes governamentais e imprensa foram os temas debatidos entre os presidentes das associações estaduais de jornais do interior brasileiras e o governador paulista Geraldo Alckmin.

Adjoris de vários estados, que reúnem mais de 550 jornais, em encontro com Alckmin.

Elizio Siqueira Junior, presidente da Associação dos Jornais do Interior do Paraná (AdjoriPR) e da Adjori Brasil, entidade que congrega as Adjoris regionais, expressou a intenção dos jornais locais em criar mecanismos de maior aproximação entre os governantes e a imprensa que atua fora das capitais. “Necessitamos de canais fluídicos com os quais possamos informar, por meio de nossos jornais impressos e portais, com rapidez e precisão os nossos milhões de leitores. Somos os maiores jornais dos médios e pequenos municípios brasileiros”, argumenta Siqueira Junior.

Alckmin, citando frase do escritor francês Vitor Hugo – O diâmetro da imprensa é o mesmo da civilização –, reafirmou o seu apreço pelo jornal do interior lembrando do jornal de sua terra natal – Pindamonhangaba (SP)-, a Tribuna do Norte, um dos mais antigos do Brasil ainda em atividade.

Cauê Macris, presidente da Assembleia Legislativa paulista, presente ao encontro declara: “O encontro foi uma excelente oportunidade para o governador falar um pouco de como vê o futuro do País, quais são os desafios que precisam ser superados e, sobretudo conhecer a força dos jornais associados à Adjori Brasil”

Siqueira Junior justifica o encontro: “O meio jornal está passando por um momento importante e especial. Estamos promovendo encontros com todos os agentes que podem influenciar o desenvolvimento dos jornais do interior, o governador Geraldo Alckmin, hoje, é um dos grandes líderes políticos do Brasil, sua voz e seu estimulo ao jornal regional certamente é um exemplo ao universo político brasileiro”.

O encontro ocorrido nesta quarta-feira (1) foi organizado pela Adjori de São Paulo, cujo presidente é Carlos Balladas, e dele participaram também os presidentes da Adjoris do Rio de Janeiro, Paulo Caldeira; de Sergipe, Cláudio Vasconcelos; de Santa Catarina, Miguel Gobbi, o vice-presidentes da Adjori do Espirito Santo, Aécio Rezende e do Rio de Janeiro, Pablo de Freitas, o secretário executivo da Adjori Brasil, Evaldo Vicente, o diretor da Adjori São Paulo, Marcelo Sanazar e o subsecretário de Comunicação do governo paulista, Carlos Graieb.