quinta-feira, 1 de setembro de 2016

“Santo André precisa resgatar o papel transformador da escola”, afirma Salles

Por Vivian Silva 

Prestes a completar 53 anos, em 17 de setembro, Raimundo Taraskevicius Salles disputa mais uma eleição como candidato a prefeito de Santo André, pelo Partido Popular Socialista (PPS). 

Nascido em Alfenas (Minas Gerais), Salles é casado e pai de um filho. Advogado por formação e profissão, o postulante – que também é professor universitário - já ocupou diversos cargos públicos, entre eles o de secretário de Cultura e Turismo de Santo André. 

Em entrevista exclusiva ao Ponto Final, Salles ressalta que a Educação é a principal bandeira da sua campanha eleitoral, além de citar que, num possível mandato, pretende “fazer mais ações, com menos recursos”.   

Salles é advogado e professor | Foto: Divulgação   
Ponto Final: O que ou quem te motivou a sair como candidato a prefeito em Santo
André?
Raimundo Salles: Ao percorrer as ruas de Santo André, percebemos que a cidade precisa ser despertada, renovada e transformada. Passou da hora do município se reencontrar com o desenvolvimento e com a justiça social. Essa será a minha missão como prefeito desta cidade. 

PF: O senhor já concorreu ao cargo de chefe do Executivo por outros partidos. Além da filiação no PPS, o que tem feito de diferente nesta campanha para obter vitória nas urnas?
RS: O PPS é um partido limpo, não tem deputados e nem senadores envolvidos em qualquer escândalo. Tenho orgulho de ser candidato novamente a prefeito de Santo André e ter a oportunidade de melhorar a vida de mais de 700 mil pessoas. Nossa candidatura não fez coligações, pois acreditamos que este modelo não serve mais para a política da cidade.

PF: Qual a principal bandeira da sua campanha?
RS: Com certeza é a Educação. Sou fruto do processo de estudo e trabalho. Obtive sucesso em minha vida, hoje sou professor universitário e advogado. Acredito que Santo André precisa resgatar o papel transformador da escola e esse é um dos objetivos do meu governo. Vamos zerar o déficit de vagas na pré-escola e implantaremos escola em tempo integral. Além disso, vamos criar cursos preparatórios para que os jovens da cidade ocupem vagas na Universidade Federal do ABC (UFABC).

PF: Atualmente, quais são os principais problemas do município?
RS: Santo André sofre por anos de esvaziamento industrial, principalmente no eixo Tamanduateí (Avenida dos Estados e Avenida Industrial). Houve uma ocupação desordenada dos espaços urbanos, o que acarretou problemas como o trânsito, violência e falta de água. Ao mesmo tempo ainda somos uma cidade rica, com uma classe média grande e temos um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) superior ao da nossa vizinha São Bernardo do Campo. Hoje observamos também a transformação da vocação do município para o setor de Serviços, o que traz mais dinamismo e complexidade para a nossa economia. 

PF: Se eleito, quais ações serão prioritárias no primeiro ano de mandato?
RS: Nosso plano de governo tem como eixo principal a racionalização dos gastos públicos. É preciso fazer mais ações, com menos recursos. Faremos uma auditoria independente das contas públicas e vamos implantar parcerias com a iniciativa privada e com a sociedade civil. 

PF: Há planos para reduzir alguma secretária ou cargos comissionados? Por quê?
RS: Fizemos estudos e percebemos que todas as atividades da Prefeitura foram terceirizadas na esfera de obras, lixo e alguns serviços prestados. Entendo que podemos reduzir os comissionados em pelo menos 50%. O mais importante para a gestão é a transparência do gasto público, gastar menos e melhor. 

PF: Em sua opinião, como o atual ambiente político nacional e estadual afetará as eleições municipais?
RS: Vivemos uma eleição diferente, por conta das mudanças na legislação eleitoral. A proibição de doações por parte de empresas privadas altera a dinâmica da disputa. Nas duas eleições que disputei, lutei contra esse poder econômico. Não acredito na ideia do quanto pior, melhor. O candidato precisa apresentar suas ideias e a população decidirá qual o caminho vai seguir.

PF: Considerações finais.
RS: Quero fazer uma eleição limpa e transparente, para debater a cidade e seus problemas. Já disputei eleições, entendo que tenho total condição para ser eleito desta vez, mesmo porque perdi para dois projetos que não foram bons e não melhoraram a cidade. Se você acredita em mudanças e espera que a educação seja o caminho para isso, quero o seu voto. Sou um candidato ficha limpa.

Obs.: Espaço aberto a todos os candidatos aos cargos eletivos de 2016. Interessados em apresentar suas ideias e propostas aos leitores do Ponto Final escrevam para redacao@pfinal.com.br. 



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