Por Tarcisio Secoli, economista e secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura de São Bernardo do Campo
A Organização das Nações Unidades (ONU) definiu uma agenda global até 2030 que tem como base o desenvolvimento sustentável focado nas pessoas e no planeta. Os novos objetivos incluem ações como erradicação da pobreza, fome zero, combate à violência contra a mulher, educação de qualidade, água potável e saneamento, trabalho decente, redução de desigualdades, vida sob a água, entre outros temas cruciais para o homem.
Esse amplo plano só terá sucesso a partir do comprometimento local, ou seja, da participação das cidades, que devem em suas ações alinhar políticas econômica, social e ambiental. Desenvolvimento é um conceito importantíssimo desde que venha acompanhado de crescimento com distribuição de renda, o que significa mais oportunidades para pessoas que estavam à margem da sociedade, por exemplo.
Em São Bernardo do Campo, estamos em sintonia com essa agenda mundial que será monitorada nos próximos 15 anos. Avançamos além de obras essenciais e estruturais que vêm sendo realizadas nos últimos anos.
Estamos trabalhando também valores, principalmente para aqueles que não tiveram oportunidades na vida. E isso é feito, por exemplo, ao oferecer educação de jovens e adultos, qualificação profissional e rede de atendimento social.
Para a população que mora em regiões mais afastadas, trabalhamos o fortalecimento de vínculos sociais e familiares como contraponto a todo tipo de maus tratos que muitas vezes são comuns na vida dessas pessoas.
Refiro-me, por exemplo, à Campanha do Laço Branco, que realizamos há três anos e tem como objetivo o combate à violência contra a mulher.
À redução da miséria e amparo por meio do trabalho dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS). Às cerca de 21 famílias atendidas pelo Bolsa Família em São Bernardo do Campo.
À emoção de ouvir o depoimento de uma trabalhadora do Programa Oportunidades, a nossa frente municipal de trabalho, que me disse, chorando, “Agora consigo preencher uma ficha de emprego”. Isso foi possível porque oferecemos uma oportunidade de emprego atrelada à elevação da escolaridade.
A partir de agora, essa mulher tem o mínimo de autonomia, vai buscar o seu caminho. Por ter esses valores como prioridade é que a Prefeitura de São Bernardo abriu mais 700 vagas de emprego do programa. As inscrições podem ser feitas até 7 de dezembro. Um salário temporário é melhor que nada. Se não resolvêssemos investir no social ele não existiria. É um novo passo para quem precisava da primeira oportunidade.
A qualidade da nossa água é outra questão que precisa urgentemente ser resolvida. Até quando ficará poluída a Billings, o maior reservatório de água doce da Região Metropolitana? A despoluição da represa é um debate crucial com a Sabesp, que tem a obrigação de resolver o problema.
Diversos setores da sociedade civil contribuem nesse debate com o Poder Público. Do qual fazem parte movimentos sociais, sindicatos e o terceiro setor, cada vez mais importante na vida moderna.
Estamos trabalhando para tornar São Bernardo do Campo desenvolvida e sustentável.
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