sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Educação dever ser discutida pela sociedade em Santo André

População será convidada a discutir a educação em reuniões públicas

Por Vivian Silva 
Gilmar Silvério participou de congresso internacional de educação no início do mês
Foto: Miguel Denser/PSA
A educação é um direito do cidadão e fundamental para o desenvolvimento humano e de uma sociedade. Com isso, Santo André – que tem o selo cidade educadora – promove neste sábado (29), a partir das 9h, no Parque Central, o Dia da Mobilização Social da Educação, com o objetivo de fazer a sociedade civil refletir e participar da construção de um ensino educacional ideal no município. Em entrevista exclusiva ao Ponto Final, o secretário de Educação, Gilmar Silvério, fala sobre este evento e comenta ainda sobre uniformes escolares, ensino musical nas escolas, entre outros temas.

No Dia da Mobilização Social da Educação cerca de 5,5 mil estudantes da rede municipal  apresentarão diversas atividades no parque como danças, teatro, capoeira, entre outros. Na ocasião, será divulgado um calendário de reuniões, no qual a população será convidada a discutir com os governantes melhorias na educação, conforme explica Silvério: “A sociedade tem que ser proativa e indicar também que educação nós queremos, levantar os problemas e apontar soluções. Esse é o nosso objetivo central fazer com que a cidade se aproprie da educação do nosso município”, explica.

Déficit educacional
Entre os principais problemas enfrentados na educação infantil andreense está a falta de vagas em creches. “Temos um déficit de 4 mil crianças em lista de espera”, lamenta Silvério. De acordo com ele, a construção de novas creches está entre os projetos que devem ser concluídos até o fim de 2016.

Ensino musical obrigatório
Com a sanção da Lei 11.769, em agosto de 2008, o ensino de música nas escolas públicas e particulares tornou-se obrigatório na educação básica. As instituições tiveram três anos para se adaptar a nova medida.  Em Santo André, 4 mil alunos têm aulas de canto e instrumentos musicais como violino, flauta, percussão, entre outros.

“Nós temos 18 mil crianças do 1º ao 5ª ano, e 4 mil participam ativamente de algum tipo de musicalização. Como é no contra turno, (a aula) é opcional. Nosso grande desafio é encontrar um mecanismo no qual todas as nossas crianças sejam musicalizadas”, comenta o secretário.

Uniformes
Neste ano, houve um problema na entrega dos uniformes escolares. Segundo Silvério, o atraso ocorreu devido à suspensão da licitação, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que adotou esta medida após recurso de uma empresa participante. Porém, após julgamento do TCE, foi verificado que tudo estava correto no edital, mas a empresa vencedora não honrou o prazo de entrega.  Para 2015, o secretário não confirma se tudo será entregue no tempo adequado e justifica: “a licitação não é feita pela Educação, aí fica difícil eu responder a pergunta”. Mas, garante que “a administração já está tomando todas as precauções para garantir a eficiência neste atendimento”.

Congresso internacional
De 10 a 17 de novembro, Silvério participou do 13º Congresso das Cidades Educadoras, em Barcelona. O evento promovido pela Associação Internacional das Cidades Educadora (AICE) tem como objetivo promover a troca de experiências entre as 470 cidades do mundo associadas.

De acordo com Silvério, o Plano Plurianual (PPA) Criança foi apresentado no encontro. “Nós levamos nossa experiência, que foi a participação cidadã das crianças na discussão do planejamento da cidade, portanto, nós apresentamos isso para o mundo”, relata.

Em 2007, Santo André recebeu o selo de cidade educadora da AICE. No Brasil, há 14 municípios que contam com o título. Além disso, Santo André foi eleita para coordenar no País estas 14 cidades.

Obs.: Matéria publicada originalmente na ed. 837 do Ponto Final.

Nenhum comentário:

Postar um comentário