Datas comemorativas são importantes e foram criadas para celebrar coisas positivas em nossas vidas. Mas elas também servem para marcar o que não deve ser feito ou esquecido. Infelizmente, o governador Geraldo Alckmin dá, neste ano, no Dia do Professor (15) um triste presente para o futuro dos jovens: o fechamento de cerca de 150 escolas (mil salas de aula), segundo dados extraoficiais. Isso representa uma redução de 3% do tamanho da rede do Estado de São Paulo. Em São Bernardo do Campo, quatro escolas serão fechadas, de 17 do ABC.
Para Tarcisio é "deprimente disfarçar cortes da educação" | Foto: reprodução |
O que estes milhares de jovens estudantes, agora sem-escola, vão fazer? Onde vão estudar? Serão realocados para outras unidades? Aumentarão a quantidade de alunos por sala de aula?
É deprimente disfarçar cortes de investimento da educação como sendo a reorganização do sistema. Inadmissível um gestor público adotar metas que cerceiem a liberdade e futuro de alunos. Ou fechar escola e colocar mais de 50 estudantes em uma sala de aula não é tolher opções de uma geração?
Essa é a política do governador de Estado que é obrigado a investir constitucionalmente em educação, pelo menos, 25% de sua arrecadação de tributos.
Por que a notícia quando envolve a formação de criança, jovem e adulto na rede estadual é sempre triste? A reação da sociedade já começou. Os estudantes se mobilizam contra o que o governador chama de “reestruturação”.
Que bom que a nossa rede municipal de educação caminha no sentido contrário. Infelizmente, essa medida do Alckmin mostra como a política faz a diferença na vida da sociedade.
Explico. Uma coisa é você ter um governador que resolve, provavelmente por redução de custo, já que não há transparência, lacrar mais de uma centena de escolas sem dizer para onde vão milhares de alunos.
Outra coisa é você ter um prefeito, caso do nosso Luiz Marinho, que prioriza a formação e desenvolvimento de crianças, jovens e adultos. Que investe em uma rede municipal em constante aprimoramento, com redução do número de crianças por sala de aula. Na nossa rede, temos cerca de 25. Isso sim é reestruturação. Uma educação que amplia suas Emebs, que realizou no ano passado cerca de 5 milhões de viagens escolares, que construiu sete Centros Educacionais Unificados (CEUs) e tem outros dois projetados. Que entregou mais de 15 mil netbooks, ou que serviu mais de 34 milhões de refeições em 2014. A nossa rede municipal obteve, em 2013, a nota 6 no Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb), dez anos antes da que foi projetada para o Brasil alcançar em 2022, e conquistou prêmios, como a Medalha Paulo Freire e o título de Cidade Livre do Analfabetismo.
Pergunte ao seu filho se ele quer estudar na nossa rede municipal ou nas escolas estaduais? A resposta é cristalina e mostra que estamos no caminho certo para alfabetizar bebês, crianças, jovens e adultos. Essa rede municipal rica em criatividade e capacitada é construída com a participação de trabalhadores da educação, professores, pais e alunos. Por isso, convido para que participem, no dia 17, no Cenforpe, da III Conferência da Educação, da qual sairá o nosso Plano Municipal de Educação (PME), com as propostas para os próximos dez anos. Educação inclusiva construída coletivamente.
Por Tarcisio Secoli, economista e secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura de São Bernardo do Campo
Nenhum comentário:
Postar um comentário