Vitor Lima
O ABC terminou 2015 com uma retração de 2,5% no nível de ocupação na comparação com 2014. Isso representa 32 mil postos de emprego a menos na região e associada ao decréscimo de 7 mil pessoas da População Economicamente Ativa - aquela que está à procura de emprego - resultou em aumento de 25 mil pessoas desempregadas – passou de 150 mil para 175 mil. Os dados são da Pesquisa do Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Seade e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgados ontem (27).
O ABC terminou 2015 com uma retração de 2,5% no nível de ocupação na comparação com 2014. Isso representa 32 mil postos de emprego a menos na região e associada ao decréscimo de 7 mil pessoas da População Economicamente Ativa - aquela que está à procura de emprego - resultou em aumento de 25 mil pessoas desempregadas – passou de 150 mil para 175 mil. Os dados são da Pesquisa do Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Seade e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgados ontem (27).
De acordo com o técnico da Fundação Seade, Alexandre Loloian, esta é a maior queda já registrada pela PED desde que ela começou a ser feita, em 1999. Loloian também ressalta que o índice de desemprego cresceu em dezembro, um movimento atípico para a época do ano, que geralmente registra um aumento no número de vagas. Tal movimento foi registrado apenas em outras duas edições da pesquisa: 1998 e 2014.
Região fechou 2015 com 32 mil empregos a menos; PPE ajudou a manter outros 20 mil | Foto: reprodução |
Os dados referentes a dezembro só não são piores devido ao surpreendente crescimento do setor da Indústria da transformação, que gerou 41 mil postos de trabalho na reta final do ano, um crescimento de 15% no setor. O técnico justifica o crescimento pelo aumento das exportações e avalia esse dado como um sinal positivo. “Se (a indústria) conseguir parar de cair já é um elemento importante para no fim do ano voltar a crescer”.
Outro dado negativo foi a queda do número de trabalhadores com carteira assinada, que apresentou recuou 6% nos últimos doze meses. A queda do número de trabalhadores com carteira assinada só havia tido retração em 2003 e 2012. O índice comprova que o momento econômico não é bom, já que no primeiro momento de dificuldade das empresas, os profissionais sem registro profissional são demitidos e só depois os empregados registrados são cortados.
PROGRAMA DE PROTEÇÃO AO EMPREGO
O número de desempregados na região poderia ter subido ainda mais. O Programa de Proteção ao Emprego (PPE) lançado pelo Governo Federal em agosto - que possibilita a redução da jornada de trabalho e dos salários - teve grande adesão no ABC. Dos quase 50 mil beneficiários do programa, 43% são de empresas da região e representam 20 mil empregos mantidos em 14 empresas.
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