sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Moradores se revoltam com vandalismo em escola

Por Vitor Lima

A EMEIEF (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Cândido Portinari, localizado no Jardim Guarará, em Santo André, foi invadida, furtada e vandalizada no último dia 30. 

Foram diversos equipamentos furtados, como computadores, aparelhos de DVD, aparelhos de som e televisores, por exemplo. Além do prejuízo causado pelos furtos, a escola também foi depredada – os vândalos quebraram portas, armários, rabiscaram mesas e paredes, rasgaram livros, entre outras diversas avarias. 

Escola sofreu diversos danos | Foto: Arquivo pessoal

A situação revoltou moradores da região, que reclamam da falta de segurança do bairro. A atuação da Guarda Civil Municipal (GCM), responsável por zelar pelos prédios públicos, também é alvo de críticas – de acordo com moradores do entorno, são feitas poucas rondas no local.

Os responsáveis pela escola, que estava pronto para receber os alunos para o início do novo ano letivo, correm contra o tempo para reparar os danos, conforme conta o vice-presidente do Conselho Escolar da unidade, Edson Antonio. “Estamos com dificuldades em repor as coisas que foram levadas. Devemos retornar (às aulas) só com o básico”, diz, ao relatar que a Prefeitura ainda não se movimentou para solucionar as demandas da unidade.

Por meio de nota, a Prefeitura de Santo André esclarece que "existe uma licitação em andamento para aquisição de material para o reparo necessário, bem como dos equipamentos furtados após o ato de vandalismo". De acordo com informações da administração, 12 empresas participaram da concorrência, que está em fase de análise de documentação técnica. A Prefeitura, contudo, não soube informar se os reparos e a entrega dos equipamentos serão feitos antes do início do ano letivo.

"Parte deste serviço (reparos) será executado com equipes próprias da administração, que não poupa esforços para buscar alternativas para complementar o trabalho de manutenção e reconstrução deste equipamento público", diz o documento.

Além dos itens roubados, ladrões vandalizaram o prédio | Foto: Arquivo pessoal


Ao saber da resposta da Prefeitura, o conselheiro da escola não demonstrou otimismo com a notícia. "É muito difícil a reposição, porque eles estão em uma situação de um empurra para o outro. Reposição de televisão, essas coisas, eles não vão repor para a gente de forma alguma. Vai ser na base da lousa, giz e as crianças no caderno e na caneta", lamenta. Antonio também alerta que a unidade necessita de outras intervenções para receber os alunos de forma adequada, como manutenção elétrica, solução para infiltrações nas salas de aula e novas lousas.

Em relação à segurança do local, a nota da Prefeitura informa que a GCM "realiza rondas setoriais no local com auxílio de motos e agentes da ROMO (Rondas Ostensivas com Motocicletas) e da ROMU (Rondas Ostensivas Municipais)". O comunicado também ressalta que a atual gestão realizou melhorias no entorno das escolas "para proporcionar maior sensação de segurança". Os esforços, entretanto, não foram suficientes para neutralizar a atuação dos vândalos no Jardim Guarará. "Um projeto de instalação de câmeras de monitoramento nas escolas municipais também está em análise", completa o documento.




Um comentário:

  1. Infelizmente é só a sensação de segurança mesmo. Todo ano a escola é invadida pelo menos duas vezes!

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