por Carlos A.B. Balladas
Antecipo aqui o texto que serve de editorial da edição de fevereiro da revista Dia Melhor, cuja circulação tem início no próximo sábado. Não deixe de ler, a matéria de capa - O que esperar do ministério de Dilma - está imperdível.
A
esquerda brasileira perdeu representatividade política no Brasil nas eleições
últimas. Esta constatação deixa muitos militantes dos partidos das diversas ideologias
de tendências socialistas atônitos. O
golpe militar de 1964 tentou arrasar a esquerda no Brasil por meio de prisões,
torturas, assassinatos e extradições; agora, foram as urnas que a coloca num
patamar inferior.
A queda
pode ser explicada principalmente pelos casos de corrupção envolvendo muitos
elementos dos partidos que se encontravam, e se encontram no poder. Outra
contribuição foi a de veículos de
imprensa, que cresceram sob as benesses da ditadura e de governos anteriores, por colocarem suas cornetas no último volume para divulgarem tais assuntos e, por
outro lado, desavergonhadamente, esconderem ou suprimirem aqueles que envolvem
pessoas e políticos do campo oposto.
A causa
principal, entretanto, parece ser outra. Depois de 2003, a esquerda brasileira
não soube conduzir um verdadeiro processo de reformas necessárias para colocar
o Brasil e seu povo prontos para desenvolverem todas as suas potencialidades e,
assim, colocar o País no rol dos desenvolvidos.
A par do avanço auferido pela implantação dos
programas sociais e do aumento do número de vagas gratuitas em universidades,
outras importantes medidas nos campos politico, econômico e institucional
ficaram perdidas nos escaninhos do governo e do Congresso e na memória dos
poucos genuínos progressistas.
Os
movimentos nas ruas em 2013, apesar das demandas difusas, clamavam, em síntese,
por reformas.
Mesmo
diante deste quadro, Dilma foi vencedora num pleito democrático. Por outro
lado, o seu poder será dividido com grupos formais e informais do Congresso. O
seu ministério expressa esta realidade.
A
reportagem da Dia Melhor foi ouvir governantes, acadêmicos e políticos em busca de respostas às indagações dos
nossos leitores, em sua maioria moradores e trabalhadores do ABC.
O
caderno Negócios em Movimento, parte integrante desta edição, como sempre
apresenta o maior volume de matérias sobre panorama empresarial da região do
ABC.
Boa
leitura.
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