O volume de consumidores brasileiros com contas em atraso e registrados em lista de devedores voltou a crescer em outubro. De acordo com dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a quantidade de inadimplentes cresceu 4,22% no mês de outubro, na comparação com igual mês do ano passado. Em setembro deste ano, frente 2017, a alta havia sido de 3,86%. Em números absolutos, estima-se que 62,89 milhões de brasileiros estejam com o CPF restrito para fazer compras a prazo ou contratar crédito.
Há quase 18 milhões de brasileiros inadimplentes na faixa dos 30 a 39 anos | Imagem: Reprodução |
"A retomada do ambiente econômico acontece de forma gradual e ainda demorará para termos um aumento expressivo do número de empregos e renda, fatores que impactam de forma positiva tanto no pagamento de pendências quanto na propensão ao consumo das famílias", analisa Costa.
Regiões
O aumento da inadimplência foi puxado, principalmente, pela região Sudeste, cuja alta observada em outubro foi de 13,30%. Nas demais regiões, as altas foram menos intensas como 5,31% no Norte; 4,11% no Sul; 3,91% no Nordeste e 1,61% no Centro-Oeste.
Idade
O indicador também revela que a maior parte dos inadimplentes está concentrada entre os brasileiros com idade de 30 a 39 anos: são 17,9 milhões de consumidores nessa situação, o que representa mais da metade (52%) dos brasileiros com essa idade. Na sequência, estão os consumidores de 40 a 49 anos, que somam uma população de 14,2 milhões de inadimplentes e os compreendidos na faixa dos 50 a 64 anos, que formam 13,1 milhões de devedores.
As pessoas de 25 a 29 anos representam juntas um universo de 7,7 milhões de inadimplentes, ao passo que a população mais idosa, com idade entre 65 e 84 anos, somam 5,5 milhões de pessoas com contas em atraso, o que significa que quase um terço (32%) dessas pessoas estão com dificuldades para quitar seus compromissos. A população mais jovem, que vai de 18 aos 24 anos, formam um contingente de 4,3 milhões de negativados, o que representa 18% dos brasileiros nessa faixa.
Dívidas
Os dados por setor mostram que o crescimento mais expressivo foi das dívidas bancárias, que incluem cartão de crédito, cheque especial, empréstimos, financiamentos e seguros, cuja alta foi de 7,74%. Também houve alta nas contas atrasadas com empresas do setor de comunicação, como telefonia, internet e TV por assinatura (7,56%). As despesas com contas de serviços básicos, como água e luz, apresentaram alta de 4,46% nos atrasos, enquanto as compras realizadas no carnê ou boleto no comércio cresceram 0,45% no período.
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