Lucena cita tese de Moraes para justificar posição |
O parlamentar afirma que o Brasil vive um momento em que a sociedade exige mais transparência, eficiência e ética da gestão pública, o que é incompatível com o atual modelo de escolha de ministro do STF. “Nós temos um processo de escolha que tem um componente político de maior peso, acarretando uma indesejável ligação entre o Supremo Tribunal Federal e o presidente da República, podendo gerar crises jurídico-políticas”, esclarece.
Nova proposta
Roberto de Lucena é autor de Proposta de Emenda à Constituição (PEC 259/2016) que propõe reduzir o caráter político na escolha de ministro para a mais alta Corte. “Sugiro uma reflexão no atual modelo, de forma que tenhamos equilíbrio e coloquemos neste ritual da escolha um componente mais técnico do que político", esclarece.
O modelo sugerido pelo deputado prevê que o próprio Supremo elabore uma lista de cinco nomes, que será submetida a uma comissão mista do Congresso Nacional. Nela, deputados e senadores vão sabatinar os cinco indicados e escolher, por maioria absoluta e em votação secreta, três nomes que serão remetidos ao presidente da República, que terá até 90 dias para nomear um deles como ministro do STF.
Além do notório saber jurídico, da reputação ilibada e da idade entre 35 e 65 anos, todos os indicados também deverão ter mais de dez anos de carreira jurídica e vir dos quadros do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da advocacia pública ou privada. Os indicados não poderão de forma alguma, no presente ou no passado, terem filiações ou relações de afinidades partidárias. Além disso, não podem ter prestado serviços advocatícios ou de consultoria e assessoria jurídica de qualquer natureza a ente ou partido político, no prazo mínimo de dez anos.
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