Da Redação
Entre 19 e 25 de fevereiro, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por meio do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids (CRT-Aids) e uma parceria com a FecomercioSP, irá participar da folia de Carnaval por meio de uma série de ações que integram a campanha “Na Onda da Prevenção”. No período, serão distribuídas cerca de 150 mil camisinhas, além de abanadores com dicas de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis.
No domingo, dia 19 de fevereiro, 30 mil preservativos serão entregues aos foliões durante o ensaio realizado nas quadras das escolas de samba Mocidade Alegre, Leandro de Itaquera e Tom Maior. Também no dia 19, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo e com a Associação Recreativa e Cultural Bloco Carnavalesco, haverá testes rápidos para detecção do HIV pelo programa “Quero Fazer”, das 10 às 12h, e distribuição de camisinhas no Bloco “Banda do Fuxico”, das 18h20 às 22h , no Largo do Arouche,.
Já nos dias 22 e 23 de fevereiro, “a onda da prevenção” segue para a estação Brás, onde, das 9 às 16h, fora a entrega de camisinhas, serão ofertados 400 testes rápidos para detecção de HIV aos transeuntes do local.
Ainda no dia 22 de fevereiro, “o bloco da saúde” entra em campo na Arena Corinthians, durante o jogo Corinthians X Palmeiras. Ao todo, 45 mil camisinhas serão distribuídas aos torcedores e vídeos de orientações exibidos nos telões antes e no intervalo da partida.
Na sexta e sábado de Carnaval, dias 24 e 25 de fevereiro, o fechamento da campanha acontece no Sambódromo do Anhembi, durante o desfile das escolas de samba do grupo especial de São Paulo, onde também haverá distribuição de camisinhas e orientações sobre DSTs ao público presente.
Público jovem é alvo da campanha
Levantamento do Centro de Referência e Treinamento (CRT) DST/Aids-SP mostra que embora os casos de Aids estejam diminuindo, a detecção das novas infecções pelo HIV cresceu seis vezes, nos últimos dez anos, entre jovens gays em SP. A taxa anual de detecção de novas infecções, em 2015, foi de 17,2 por 100 mil habitantes, contra 9,1 em 2006, considerando ambos os sexos. O aumento é muito maior entre os homens (de 11,5 para 28,4) em comparação às mulheres (de 6,7 para 7,3). Nesse período, houve um aumento de 121% nas novas infecções pelo HIV entre homens fazem sexo com homens.
No período, houve um aumento de 121% de positividade para HIV entre homens que se relacionam com homens, e de 28% entre heterossexuais.
Atualmente, a maior taxa de detecção entre os homens ocorre entre jovens de 20 a 24 anos, com 79,4 casos por 100 mil habitantes, em 2015. Já o público feminino compreende, majoritariamente, a faixa de 30 a 39 anos, com taxa de 13,6 casos por 100 mil habitantes, no mesmo ano.
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