Por Vitor Lima
O Centro Especializado em Reabilitação (CER), em construção no bairro Campestre, em Santo André, segue sem data para ser inaugurado. O projeto do local, lançado pelo ex-prefeito Carlos Grana em abril de 2014, prometia um moderno equipamento com capacidade para realizar de 8 a 9 mil atendimentos mensais dos quatro tipos de deficiência (física, auditiva, visual e intelectual).
De acordo com contrato firmado com a Faconstru (empresa vencedora do processo licitatório) em fevereiro de 2015, o prazo previsto para a conclusão das obras era de 360 dias, ou seja, 19 de fevereiro de 2016. Porém, quase um ano após a previsão inicial, os munícipes que passarem pelo local (Rua Vitória Régia, 940, em frente à Paróquia São Judas Tadeu) notarão que os tapumes permanecem no espaço. E o cenário será esse por mais algum tempo.
De acordo com a Prefeitura, 90% das obras estão concluídas; porém, não existe data para que a unidade comece a funcionar | Foto: Vitor Lima |
Questionado pela reportagem do Ponto Final sobre a situação do projeto, a Prefeitura de Santo André informou que 90% das obras estão concluídas. Contudo, a previsão é de que ela só seja finalizada daqui a 90 dias, em meados de maio. A nota esclarece que após o fim das obras ainda serão necessárias outras ações, como compra dos equipamentos e mobiliário (etapa que ainda está em processo de licitação) e instalação dos mesmos, além de contratações e treinamentos dos colaboradores que atuarão na unidade.
Assim, a previsão da Prefeitura é de que o “funcionamento efetivo da unidade” comece no segundo semestre, “porém não é possível determinar uma data”, diz o documento. O custo total da obra é estimado em cerca de R$ 8,3 milhões (R$ 5,2 milhões de verbas federais e o restante com verbas municipais).
Centro Comunitário permanece interditado
Antes do início das obras, o espaço abrigava o Centro Comunitário do Bairro Campestre, com área de aproximadamente dois mil metros quadrados. O espaço de lazer incluía duas quadras esportivas, academia ao ar livre, sala multiuso e pista de skate. A promessa da Prefeitura é de que com as obras, os espaços voltados ao lazer também serão revitalizados.
Mas a lentidão para a conclusão do projeto parece não agradar os moradores. Agustin Sanches, 24 anos, morador do bairro que frequentava o local desde a infância com os amigos, lamenta a demora da construção. “As obras estavam 'a mil', mas chegaram as eleições e a impressão que se tem é de que elas (as obras) estão totalmente paradas”. Descontente, o morador lamenta o fato dos espaços de lazer permanecerem inutilizados durante os últimos dois anos. “A gente perdeu o espaço que era a diversão de muita gente aqui. Tanto a quadra, quanto a pista, a gente não pode usar”, queixa-se.
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