Da Redação
O 17º Festival de Inverno de Paranapiacaba ocorrerá nos dois últimos fins de semana deste mês (22, 23, 29 e 30). O evento é uma boa oportunidade para os interessados em descobrir a história da região, que ainda é preservada em sua arquitetura. Ao todo, serão mais de 170 atrações gratuitas.
No primeiro dia do evento (22), haverá homenagem ao cantor e compositor Belchior, que morreu em 30 de abril deste ano. A banda Freud à Deriva fará uma apresentação às 13h, no Antigo Mercado da vila, inspirado no disco Alucinação de Belchior, de 1976.
O público poderá visitar também, na Casa Fox, a Mostra de Arte Naif, com curadoria de Enzo Ferrara e obras de artistas de todo o Brasil. A Rua Fox será tomada pelo ritmo do rockabilly, sub-gênero do rock surgido no início dos anos 1950. No Brasil, influenciou cantores na década de 60, como Roberto Carlos e Wanderléia.
Um dos destaques do segundo fim de semana do festival, será a apresentação de Ricardo Vignini, no sábado (29), às 18h, no palco da Rua Direita. O show marcará o lançamento do álbum “Rebento”. O músico já acompanhou artistas de renome da música brasileira, como Lenine e Pepeu Gomes.
Além de música, o festival tem ainda programação para crianças, oficinas, teatro e feira de artesanato. A lista completa de atividades está disponível no portal do evento.
História
A Vila de Paranapiacaba, localizada no limite entre o planalto paulista e a serra do mar, é um patrimônio arquitetônico originário da ocupação inglesa na região da serra para a construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí, no fim do século 19.
Inicialmente, a vila era um acampamento de operários. Após a inauguração da ferrovia, em 1867, foi transformada na Estação Alto da Serra, para cuidar da manutenção do sistema. Devido à sua localização, último ponto antes da descida da serra, a Vila de Paranapiacaba começou a ganhar importância.
No ano de 1987, o patrimônio arquitetônico e natural de Paranapiacaba foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (órgão estadual) e, em 2002, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
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