sexta-feira, 14 de julho de 2017

Santo André precisa de um deputado federal

(Editorial do Jornal Ponto Final - ed. 929 - de 13 a 19 de julho de 2017)

Por Carlos A.B. Balladas 

O sistema tributário brasileiro é perverso, antiquado e concentrado por meio de impostos e taxas arrecadadas pelo governo federal, extremamente centralizador.

Tal disfunção faz com que o presidente da República tenha muito mais poder de distribuição de verbas para todas as áreas das administrações públicas do que governadores e prefeitos.

Presenciamos no momento liberação por parte da Presidência da República de bilhões de reais a governadores, prefeitos, deputados e senadores para que o presidente não seja julgado pelos crimes que cometeu. Os congressistas brasileiros gozam de uma excrecência denominada emenda parlamentar. Por ela deputados e senadores provém seus currais eleitorais de recursos para obras, serviços e atendimento a entidades ditas filantrópicas ou assemelhadas.

Não há no horizonte político brasileiro uma mudança deste status quo que faz com que prefeitos de todos o país transitem como mendigos pelos gabinetes dos ministérios em Brasília, que, em geral, o fazem acompanhados por deputados ou senadores interessados em que o edil seja seu cabo eleitoral na próxima eleição.

Ter um congressista com bom trânsito Brasília ou disposto a encaminhar emendas parlamentares para o seu município é o sonho de todo prefeito em solo tupiniquim.

Saído de nosso torrão andreense, o último representante na Câmara Federal foi Vanderlei Siraque, suplente em verdade, no mandato iniciado em 2011, e que não conquistou os votos necessários em 2014 para ser reconduzido ao Congresso.

Os andreenses, por alguma razão ainda não entendida pelos cientistas políticos, tendem a votar em candidatos não pertences às hostes políticas da cidade.

A cidade e Paulinho Serra, o prefeito, torcem fervorosamente para que um legitimo candidato andreense seja eleito em 2018.

Uma única e promissora alternativa surgiu até o momento: o nome do vereador pelo PT Eduardo Leite. Grande parte dos líderes petistas andreenses já declararam apoio à sua candidatura. Mesmo com todo o bombardeio que o partido vem sendo atingido o que causa instantes baixas, o PT ainda tem fôlego e energia para oferecer a Leite um número considerável de votos.

Ailton Lima, atual secretário de Serra, e que deve escolher uma nova sigla, diferente daquela na qual se candidatou a prefeito (SD) e o vereador Sargento Lobo (SD) são alguns nomes que surgem como possíveis candidatos. O PSDB, partido do prefeito, bem como o PTB, partido do vice-prefeito Luiz Zacarias, ainda não cogitam nomes para concorrerem à Câmara Federal, pois não há na cidade, nestes dois partidos, nomes com estofo e massa crítica de votos para uma arrancada rumo à Brasília.

Santo André necessita, mais do que nunca, eleger um deputado federal, seja de qualquer partido.

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