Os caminhoneiros entraram nesta quinta-feira (24) no quarto dia de manifestações contra o preço elevado dos combustíveis. Com isso, a população já sente o efeito do desabastecimento de combustíveis e de alimentos em diversos estados, o que inclui o ABC.
Para a moradora de Santo André, Ana Cristina Soares, a situação é crítica. “Abasteci o meu carro no posto da Avenida Utinga (em Santo André – dia 23 de maio) e estava lotado e alguns motoristas chegavam de outros locais dizendo que já não há mais gasolina”. Além disso, ela também já sente o reflexo da paralisação na distribuição dos alimentos. “Ontem (22) mesmo fui ao mercado e paguei na batata R$ 4,50, já na sexta (18) estava R$ 1,99 o quilo”, comenta.
Motoristas fazem fila para abastecer os carros | Foto: Vivian Silva |
Procon
Com a escassez do combustível, muitos postos têm praticados valores abusivos. Assim, a Fundação Procon-SP orienta aos consumidores que denunciem por meio do portal www.procon.sp.gov.br práticas abusivas, previstas no Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Seção IV, das Práticas Abusivas, art. 39 Inciso X). É fundamental que o consumidor anexe à denúncia imagem do cupom fiscal, fotos ou demais itens que comprovem o fato.
Paralisação no ABC
O Sindicato Nacional dos Cegonheiros (SINACEG) contabiliza que seus 3.700 caminhões cegonha estão parados, sendo que no ABC são 1.500. O presidente do Sinaceg, Jaime Ferreira dos Santos, está em Brasília, para participar de todas as reuniões com os governantes. “A reunião desta quinta (24) é muito importante. Houve um pequeno avanço, mas ainda não atende às necessidades dos caminhoneiros”, afirma Ferreira.
Reunião
Antes de viajar para Porto Real (RJ) e Belo Horizonte (MG), o presidente Michel Temer fez uma reunião para discutir o impasse em torno dos preços dos combustíveis, no Palácio do Planalto. A conversa ocorre no dia seguinte ao anúncio da Petrobras de redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 15 dias.
Porém, líderes dos caminhoneiros disseram ontem (23) que o anúncio da Petrobras não resolve o problema e que, assim, a paralisação continuará. Até o fechamento desta desta reportagem, a situação permanecia a mesma. (Com ABr).
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