O Centro de Referência em Doenças Raras do Centro Universitário Saúde ABC / Faculdade de Medicina do ABC organizou em 16 de março a primeira 1ª edição do evento "Um dia para os raros", no último sábado (16), que contou com atendimentos gratuitos e orientações com especialistas em diversas áreas da Saúde. O objetivo foi diminuir a fila de espera para o serviço de doenças raras nos sete municípios que integram o ABC. As atividades ocorreram das 7h às 15h, no campus universitário em Santo André.
Atendimentos ocorreram em Santo André, no último sábado (16) | Foto: divulgação |
O evento contou com apoio do Grupo de Atenção Integral a Doenças Raras da FMABC, Instituto Vidas Raras e CdLS Brasil - Associação Brasileira Síndrome Cornélia de Lange.
A professora de Imunologia da Faculdade de Medicina do ABC e coordenadora do Centro de Referência em Doenças Raras, Anete Grumach, comentou a ação. “Temos que aproveitar todas as oportunidades para sensibilizar autoridades e a população em geral sobre a questão das doenças raras
e a necessidade de mais serviços especializados no País, que viabilizem diagnósticos precoces e tratamentos adequados. Hoje temos 13 milhões de pessoas no Brasil com algum tipo de doença rara e as políticas públicas precisam se adequar a este cenário atual".
"Um dia para os raros" ocorreu em comemoração pelo Dia Mundial das Doenças Raras - celebrado oficialmente em 28 de fevereiro. Segundo definição da Organização Mundial da Saúde, a doença rara caracteriza-se como aquela que afeta até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos. O problema atinge aproximadamente 5% da população, comprometendo milhões de pessoas ao redor do mundo. Estima-se que 80% dos casos têm origem genética e 50% afetam crianças - sendo que 30% morrem antes dos 5 anos de idade. Até o momento, cerca de 8 mil doenças raras já foram identificadas, cujas características principais são a natureza complexa, a evolução crônica e debilitante. Essas particularidades, associadas ao acesso limitado aos tratamentos e serviços especializados, têm grande repercussão no cotidiano de milhões de famílias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário