Da Redação
O desligamento de uma empresa geralmente acontece de forma inesperada. Por isso, fazer bom uso do dinheiro recebido é fundamental para manter as contas em ordem até a recolocação no mercado de trabalho, segundo o CEO da Siscom – empresa de recuperação de crédito no Brasil - Satoshi Fukuura.
Para o especialista “é preciso ter calma, elaborar um planejamento financeiro, estar aberto a mudanças de hábitos e, o mais importante, decidir qual o melhor destino para este dinheiro”, afirma. Confira abaixo as dicas de Fukuura.
Organize seus gastos
O primeiro passo é entender quais são os gastos fixos e variáveis. Somente com este diagnóstico é possível avaliar a melhor maneira de utilizar o dinheiro disponível. “Quando falamos em finanças, a organização é sempre fundamental. É preciso analisar como era utilizada a quantia recebida e se existem dívidas ou não. A partir disso, é importante mensurar o que pode ser poupado e realizar as previsões de gastos para os meses seguintes, evitando adquirir novas dívidas, que se tornam ainda mais difíceis de serem sanadas neste cenário”, explica Fukuura.
Planeje
O executivo explica que os trabalhadores que têm direito ao seguro-desemprego devem aproveitar este valor para pagar as contas fixas. “Esta quantia será recebida por poucos meses, então é preciso poupar ao máximo”, esclarece. Com o orçamento doméstico em uma planilha fica mais fácil entender onde o dinheiro era gasto e como diminuir custos. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer diferença nesta hora, como trocar marcas no supermercado, evitar gastos supérfluos e optar por passeios gratuitos, por exemplo.
Cartão de crédito
“Procure pagar as contas à vista. Deixe o cartão de crédito, e também o cheque especial, guardados para momentos de emergência. Os juros são altos e podem ser o primeiro passo para o endividamento”, salienta o executivo.
Quite as dívidas
Se existem débitos em aberto - como financiamentos - vale entrar em contato com as empresas para renegociar os valores. Fukuura explica que é mais fácil negociar antes de atrasar as contas. “Há uma abertura maior para negociação por parte dos credores. Eles entendem que a conjuntura econômica está afetando a todos e consideram mais vantajoso renegociar do que a inadimplência”, destaca.
Poupe
Com as contas em dia e organizadas, o dinheiro que sobrar deve ser guardado para situações de emergência, garantindo que o período de desemprego seja enfrentado da maneira menos traumática possível. “Com a economia desacelerada, fazer investimentos que comprometam a liquidez não é recomendável. O ideal é procurar por investimentos que sejam fáceis de resgatar o dinheiro quando houver necessidade, como a poupança, por exemplo”, finaliza Fukuura.
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