Por Eduardo Kaze
Aidan Ravin, pré-candidato (PSB) a prefeito em Santo André, recebeu na última segunda-feira (13) propostas de professores da Fundação Santo André (FSA) voltadas à melhoria da instituição. Entre as sugestões está a incorporação do Centro Tecnológico da FSA como embrião do Parque Tecnológico da cidade, além do resgate de projetos conjuntos com a Prefeitura.
"A população tem trazido ideias e soluções em todas as áreas, mas com mais ênfase na Saúde, Esporte, Educação e Segurança", conta Ravin | Foto: C.B. |
Iniciado durante a gestão de Ravin, o projeto para a implantação de um Parque Tecnológico em Santo André está estagnado desde 2012, quando o atual prefeito Carlos Grana (PT) assumiu o Executivo municipal.
"A cidade de Santo André possui hoje, por meio de credenciamento junto ao SPTec (Sistema Paulista de Parques Tecnológicos), habilitação para o recebimento de recursos do Governo do Estado para investimento na implantação de seu Parque Tecnológico. A alternativa mais viável é a utilização da estrutura do Centro Tecnológico da FSA, em funcionamento desde 2003, para dar início a essa implantação", explica o professor Mário Garcia, ex- diretor da Faculdade de Engenharia (Faeng) da FSA, cargo que ocupou por oito anos.
A assunção do Centro Tecnológico da FSA como força motriz para a implantação definitiva do Parque Tecnológico de Santo André coloca-se, de acordo com Garcia, como estratégia segura e acertada, uma vez que é justificável na medida do sucesso obtido no modelo de parcerias entre a academia e a indústria em todo o Brasil e no mundo. "Temos como exemplo o Parque Tecnológico de São José dos Campos, com vocação para a indústria aeronáutica, e um dos quais serviu de arquétipo para o modelo andreense que, uma vez instituído, será pioneiro na região do ABC, podendo estender suas atividades para todas as sete cidades", destaca.
"Concomitante ao Centro Tecnológico, a FSA possui diferentes projetos que convergem com o interesse público", explica Lernic | Foto: Arquivo Pessoal |
Ravin recebeu a sugestão com entusiasmo. "A população tem trazido ideias e soluções em todas as áreas, mas com mais ênfase na Saúde, Esporte, Educação e Segurança. Os professores da FSA João Carlos Lernic e Mário Garcia aderiram a esse projeto e já trouxeram como contribuição a proposta natural de sua concepção, de integrar o Centro Tecnológico da instituição ao projeto do Parque Tecnológico Regional, que foi lançado e, por omissão da atual gestão, ainda não saiu do papel", ressalta.
Lernic é atualmente professor nas áreas de Administração e Economia da FSA e, por oito anos, dirigiu a Faculdade de Filosofia e Letras (Fafil). Para ele, outro ponto importante, tanto para a instituição, quanto para o município, é o resgate de programas criados entre 2009 e 2012 em parceria entre a Prefeitura e a FSA e que beneficiaram não somente alunos, professores e funcionários públicos, mas toda a sociedade andreense.
"A alternativa mais viável é a utilização da estrutura do Centro Tecnológico da FSA para dar início a essa implantação (do Parque Tecnológico)", afirma Garcia |
"Concomitante ao Centro Tecnológico, a FSA possui diferentes projetos que convergem com o interesse público e são também vantagem significativa para a cidade. Com a 'Academia do Conhecimento', por exemplo, capacitamos cerca de 10 mil servidores municipais. O projeto 'Formadores do Saber', um convênio firmado para a preparação de material didático para as 51 escolas de Ensino Fundamental da cidade, foi eleito o melhor do País no quesito 'Apoio à Educação Básica', pelo 'Prêmio Destaque do Ano 2011 - Guia do Estudante', promovido pelo Santander Universidades. Temos ainda o projeto de bolsas de extensão junto à Sabina - Escola Parque do Conhecimento e que, hoje, não existe e compromete o funcionamento do espaço", ressalta.
Bolsas na FSA
Em vigor desde dezembro de 2009, a Lei Municipal nº 9.198 garante à FSA repasse, por parte da Prefeitura, de subvenção social com o objetivo de garantir bolsas de R$ 200 aos 500 alunos classificados em destaque no vestibular, em todos os cursos de graduação, o que representa de 24% a 52% do valor das mensalidades, dependendo da carreira. Apesar de útil, o auxílio é, de acordo com os professores, insuficiente. "Queremos dobrar, das atuais 500, para mil bolsas de estudo, sendo que deste montante: 40% sejam integrais, 30% correspondendo a 50% da mensalidade e, por fim, outros 30% proporcionando descontos de 30% na mensalidade. Com isso, queremos intensificar o ingresso de estudantes da região na instituição e gerar maior visibilidade, tanto da FSA, quanto das ações da Prefeitura de Santo André", calcula Lernic.
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