O prefeito Paulo Serra vai rejeitar o processo de privatização da água e esgoto no município para a Odebrecht Ambiental, um compromisso que foi firmado na administração anterior, de Carlos Grana. O ex-prefeito fez o acordo nos últimos meses de seu governo, em 2016, mas não chegou a homologá-lo. Independentemente da investigação, o atual prefeito questiona os termos da parceria. “A parceria com a Odebrecht Ambiental não é de interesse de Santo André e portanto o negócio não será homologado. Não acreditamos nesse sistema de gestão”, afirma Paulo Serra.
Entre os diversos motivos está o fato de a PPP não prever nenhum aporte significativo da Odebrecht no sistema no primeiro ano de validade, como é usual nesse tipo de parceria. O segundo problema foi o modo como a PPP foi feita, no fim da gestão de Carlos Grana, sem a participação do governo de transição e o conhecimento da população. Por fim, na avaliação do prefeito Paulo Serra, o contrato traria ônus para o consumidor de Santo André, que teria de aumentar as tarifas de água e esgoto para fazer os repasses para a Odebrecht Ambiental.
Segundo o edital publicado pelo Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa) na gestão de Grana, o valor estimado do contrato da Odebrecht Ambiental com Santo André seria de R$ 3,37 bilhões, pelo período de 35 anos. Além do gerenciamento do sistema, a privatização envolveria, se fosse homologada, a redução das perdas físicas e comerciais no abastecimento e operação e manutenção da futura Estação de Tratamento de Água (ETA) do Pedroso, que ainda não teve as obras iniciadas.
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