Abastecer o automóvel com produtos adulterados pode prejudicar o funcionamento do veículo, provocar falha do motor na hora da partida e, consequentemente, sua autonomia. Infelizmente, é muito difícil identificar adulterações de combustíveis no momento do abastecimento. Contudo, a professora Maristhela Marin, do Departamento de Engenharia Química do Centro Universitário FEI, explica que, para o etanol hidratado combustível (EHC), uma forma de verificar adulterações é observando o valor indicado no densímetro que fica ao lado das bombas nos postos de gasolina.
Para o etanol, o valor indicado no densímetro, que fica ao lado das bombas nos postos de gasolina, não deve ser maior que 811,1 kg/m3, comenta a professora Maristhela Marin | Foto: reprodução |
"As adulterações são normalmente feitas a partir da adição de água no etanol, fazendo com que sua densidade fique mais alta do que o limite de 811,1 kg/m3", explica Maristhela. Adulterações geram ainda danos ao filtro de combustível, velas e bomba de combustível, o que pode causar perda de potência.
O professor Luís Fernando Novazzi, também de Engenharia Química da FEI, alerta que as adulterações da gasolina são mais difíceis de serem detectadas. "Em geral, são adicionados solventes orgânicos nesse combustível, que somente poderiam ser analisados por cromatografia, um ensaio relativamente complexo e que não está disponível em qualquer laboratório. Por isso, o ideal é verificar se o produto foi aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgão que avalia e monitora a qualidade dos combustíveis no Brasil", comenta Novazzi.
Avaliação de combustíveis
A avaliação de combustíveis é feita com base em uma série de normas técnicas, que definem o procedimento para a análise de parâmetros que indicam a qualidade do produto. Cada combustível possui suas especificações em relação a esses parâmetros, para indicar possíveis adulterações e garantir o bom desempenho dos motores de combustão.
Como a adulteração é mais facilmente percebida depois do abastecimento, Novazzi e Maristhela sugerem que os motoristas desconfiem da qualidade do produto, quando notarem funcionamento irregular do motor ou um consumo mais elevado de combustível.
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