O empresário Ronan Maria Pinto, dono do Diário do Grande ABC e da empresa Viação Expresso Santo André, foi preso hoje (1º) na operação Carbono 14 na 27ª fase da Lava Jato. Segundo o procurador do Ministério Público Federal, Diogo Castro, ele teria recebido R$ 6 milhões dos R$ 12 milhões obtidos em negócios que envolvem a Petrobras e o Banco Schahin.
Policiais federais estão na sede do Diário do Grande ABC para cumprir mandado de busca e apreensão | Foto: Reprodução |
Os repasses tiveram como intermediários o pecuarista José Carlos Bumlai e o frigorífico Betim, até chegar à empresa Expresso Santo André, de Ronan Pinto. Segundo o procurador, essas operações financeiras foram citadas pelo publicitário Marcos Valério, em 2012, e puderam ser confirmadas a partir das quebras dos sigilos fiscais e bancários dos investigados.
“Nosso objetivo é esclarecer a lavagem de dinheiro, crime cometido pelo Banco Schahin. A razão para receber esses valores é a grande pergunta que os investigadores querem fazer. Nossa suspeita é que esses repasses foram feitos para pagar dívida de campanha para a prefeitura de Campinas, na época”, disse o procurador em coletiva de imprensa na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR).
O ex-secretário geral do PT, Sílvio José Pereira, investigado também no caso do Mensalão, foi, segundo Castro, "o principal articulador do PT com Marcos Valério. Há indícios de que ele arquitetou o esquema de empréstimo fraudulento junto ao banco", diz o procurador. Ele também foi preso.
A 27ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada nesta manhã (1º) para investigar a prática de crimes de extorsão, falsidade ideológica, fraude, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, segundo a PF.
Esta fase foi chamada de Operação Carbono 14 em referência a procedimentos usados pela ciência para a datação de itens e a investigação de fatos antigos. (Com ABr)
Nenhum comentário:
Postar um comentário