sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Estudantes do ABC representam a região em competição de AeroDesign

Da Redação

Colocar em prática as teorias aprendidas em sala de aula é o objetivo para cerca de 80 estudantes de engenharia da Grande São Paulo, que já se preparam para colocar à prova cinco aeronaves radiocontroladas, projetadas e construídas dentro das instituições de ensino. Os pequenos aviões irão participar da 19ª Competição SAE BRASIL AeroDesign, de 26 a 29 de outubro, no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, SP. 

As cinco equipes da Grande São Paulo integram as 94 equipes inscritas nesta edição, sendo 89 brasileiras e cinco estrangeiras. No total, mais de 1,3 mil participantes – entre estudantes, professores orientadores e pilotos – representarão 76 instituições de ensino superior do Brasil (16 Estados e Distrito Federal) e do Exterior (México e Venezuela).

Representantes do ABC 
Depois de alcançar a sétima posição em 2016, a equipe FEI Regular, composta por 15 alunos do Centro Universitário da FEI, retorna com aeronave, que possui asa alta e reto trapezoidal, empenagem convencional e trem de pouso triciclo, capaz de transportar 12 kg de aço e atingir velocidade de 24 m/s. “O nosso projeto foi baseado em confiabilidade para que fosse possível transportar carga de acordo com altitude-densidade (acuracidade) em todos os voos”, afirma Jeferson de Carvalho, 22, estudante do quinto ano de Engenharia Mecânica e capitão da equipe. Da região ainda participam as equipes Harpia AeroDesign UFABC, da Universidade Federal do ABC (UFABC); e FEI Micro, também da FEI. 

Aeronaves 
Com mudanças no Regulamento da Competição, as 94 equipes enfrentarão novos desafios, conforme as categorias Micro, Regular e Advanced.  
Na Classe Micro concorrem 25 equipes. Nesta categoria, as aeronaves poderão transportar como carga útil materiais de quaisquer tipo e dimensões – exceto chumbo. A novidade é a possibilidade de lançar a carga durante os voos com o uso de paraquedas para aumentar a pontuação da equipe, em adição ao simples alijamento da carga como em 2016. Nesta categoria não há restrição de geometria ou número de motores – todos elétricos –, porém as equipes deverão ser capazes de desmontar o avião depois dos voos e transportar a aeronave desmontada em caixa de volume de 0,1 m³. 

Aviões enfrentam baterias de voo com transporte de cargas | Foto: Divulgação 
Na Classe Regular, que tem 61 equipes inscritas, os aviões deverão ter dimensões compatíveis com o espaço definido por um cone. Para 2017, o cone tem diâmetro de 2,9 metros e altura de 75 centímetros. Além disso, as aeronaves estão liberadas para transportar como carga útil materiais de quaisquer tipo e dimensões – exceto chumbo. A categoria segue restrita a avião monomotor. 
Na Classe Advanced, com oito equipes, os aviões seguem com o desafio de avançar na eletrônica embarcada. Além do tempo de voo, os sistemas a bordo deverão computar a velocidade, que será usada na soma da pontuação de voo. Quando carregadas, as aeronaves não deverão exceder 30 kg. Permanece opcional a escolha do tipo de propulsão (combustão ou elétrica). A única restrição relativa à motorização é a somatória de área total das hélices multiplicada pelo número de pás, que não poderá ultrapassar 0,206 m². A exemplo da Classe Regular, as aeronaves poderão transportar como carga útil materiais de quaisquer tipo e dimensões, exceto chumbo. 

Organizado pela Seção Regional São José dos Campos, da SAE BRASIL, o Projeto AeroDesign é programa de fins educacionais que tem como objetivo propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes e futuros profissionais da engenharia da mobilidade, por meio de aplicações práticas e competição entre equipes, formadas por estudantes de graduação e pós-graduação de Engenharia, Física e Tecnologia relacionada à mobilidade.  A Competição é realizada anualmente desde 1999.
“A introdução de novas tecnologias e sua aplicação sistêmica em benefício da sociedade é a filosofia que norteia os programas estudantis da SAE BRASIL, criados para estimular estudantes à inovação e para ajudá-los na qualificação exigida pela indústria”, afirma o engenheiro Mauro Correia, presidente da SAE BRASIL.




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