quinta-feira, 12 de julho de 2018

Projeto obriga comércio a substituir canudos de plásticos em São Paulo

Da Redação

O deputado estadual Marcio Camargo (PSDB) é coautor do projeto de lei 118/2018 que obriga os estabelecimentos comerciais do Estado de São Paulo utilizarem canudos biodegradáveis no Estado.

O PL, de autoria do deputado estadual Gil Lancaster, prevê que os estabelecimentos que descumprirem a lei estão sujeitos à multa de 500 UFESP (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), que será aplicada em dobro em caso de reincidência.

"A vida útil de um canudinho é de apenas 4 minutos,
mas ele fica no meio ambiente por centenas de anos", lembra Camargo | Foto: Divulgação
Banir o consumo de canudos de plástico se estabeleceu como uma tendência praticamente irreversível em 2018.  Os números impressionam: só nos Estados Unidos mais de 500 milhões de canudos plásticos são utilizados diariamente, de acordo com uma pesquisa do governo.

“Os canudos de plástico são um problema sério para o meio ambiente. Em geral, a vida útil de um canudinho é de apenas 4 minutos, mas ele fica no meio ambiente por centenas de anos. Existem vários modelos de canudos que substituem facilmente o canudo de plástico. O produto pode ser fabricado em papel, silicone, vidro e metal, sendo alternativas com menos impacto ao meio ambiente”, afirma o deputado Marcio Camargo.

O Fórum Econômico Mundial relata a existência de 150 milhões de toneladas métricas de plásticos nos oceanos. Caso o consumo de plástico siga no mesmo ritmo de hoje, cientistas preveem que haverá mais plástico do que peixes no oceano até 2050.

Outro dado importante vem de uma pesquisa publicada pela revista científica Science em 2015. Pesquisadores descobriram que a humanidade gera um total de 275 milhões de toneladas de resíduos plásticos por ano - e um valor entre 4,8 milhões e 12,7 milhões de toneladas chega aos oceanos.

“A nossa discussão é sobre os canudos plásticos, porém queremos conscientizar os consumidores a deixarem de utilizar outros materiais de plásticos, como sacolas e garrafas - que são responsáveis por índices de poluição maiores”, finaliza o parlamentar.


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