Após uma vida inteira dedicada à Segurança Pública, Paulo Nishikawa, 69 anos, decidiu continuar sua luta por uma sociedade mais segura de outra forma. Ele é candidato a uma das cadeiras da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, pelo PSD, mesmo partido do presidenciável Jair Bolsonaro.
Foto: Divulgação |
Nishikawa nasceu em Vera Cruz, no interior de São Paulo, e candidatou-se para soldado da Força Pública (que depois passou a se chamar Polícia Militar do Estado de São Paulo), em 1968. De lá para cá, o candidato passou por diversos cargos militares.
Destaque para sua trajetória no Corpo de Bombeiros, no qual foi comandante de diversos postos do ABC, e sua atuação à frente do 6º Batalhão da Polícia Militar (que na época abrangia os municípios de São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul) durante a década de 1990. Neste período, Nishawaka participou das articulações responsáveis por trazer o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) para o ABC. Atualmente, o candidato atua ativamente no Conselho de Segurança (Conseg) do Centro de São Bernardo do Campo.
Confira a entrevista que o candidato concedeu à reportagem do Ponto Final:
Ponto Final (PF): O que motivou o senhor a se lançar candidato à Assembleia Legislativa?
Paulo Nishikawa (PN): A situação caótica do nosso País despertou o meu interesse em envolver-me com a política, principalmente, em virtude de ter surgido uma luz no fim do túnel, com a candidatura do deputado federal Jair Messias Bolsonaro. A mobilização se deu porque acredito que ele vai reconduzir o País, novamente, ao progresso nos livrando paulatinamente dos políticos corruptos.
PF: Caso eleito, quais serão as principais bandeiras defendidas por seu mandato?
PN: Combate à corrupção e o resgate das instituições de Segurança Pública, que vêm sendo sucateadas ao longo dos anos sem reposição de efetivo e de equipamento essencial à atividade. A Educação e a Saúde também sucateadas terão atenção especial.
PF: Na sua opinião, quais as principais demandas do ABC e o que o senhor pretende fazer para mudar este quadro?
PN: Transporte público também não acompanhou o crescimento populacional dificultando a vida dos moradores da nossa progressista região. (Vou) Cobrar do governo estadual a instalação do metrô de superfície que não saiu do papel.
Na área da Segurança, priorizar a implantação do policiamento aéreo através do Grupamento Aéreo da Polícia Militar, para melhor policiar a extensa área urbana conurbadas reunindo sete municípios de vital importância para o Estado, sem contar ainda com a área de Proteção de Mananciais, bem como uma das maiores, se não a maior, malha viária do País em movimento, constituídas pela rodovia Anchieta, Imigrantes, trecho sul do Rodoanel e ainda a rodovia Índio Tibiriçá.
Descentralização da distribuição do remédio de alto custo, que até agora ninguém fez nada, vivendo só de promessas.
PF: A questão das drogas é um problema latente em todo o estado de São Paulo. Na Assembleia, como o senhor pode atuar para coibir o tráfico de drogas?
PN: O tráfico de drogas em princípio cabe à área federal, entretanto, é (importante) implementar programas de combate às drogas nas escolas, como o Proerd ministrado por instrutores da Polícia Militar, desde a década de 90, quando trouxemos para a região do ABC, pioneiramente, quando comandávamos o 6º BPM/M São Bernardo do Campo.
PF: Qual estratégia deve ser usada para “proteger” os nossos jovens do contato com as drogas?
PN: Como dito anteriormente, pela Educação. Não há outro caminho. Introduzir matérias curriculares de combate às drogas nas escolas de ensino fundamental. Ao meu ver qualquer outra medida será um paliativo.
PF: Pesquisa do Ipea divulgada recentemente indica que, pela primeira vez na história, o Brasil atingiu patamar de 30 homicídios por 100 mil habitantes. Diante disso, como o senhor encara o fato de alguns candidatos serem favoráveis a liberação do porte de armas no Brasil? O senhor é a favor da liberação?
PN: Sou favorável a liberação de aquisição de armas, por cidadãos preparados para defesa da própria vida. Com ressalvas às pessoas que se submetem a exame psicológico e serem reprovados. Como diz o professor Bene Barbosa: "a arma não atira sozinho".
PF: Como o senhor avalia atuação da Polícia Militar de São Paulo?
PN: A atuação da Polícia Militar é heroica, onde policial é alvo de bandidos só pelo fato de estar fardado. É a última barreira entre o bem e o mal.
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