quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ABC pode dar um salto na indústria paulista com fábrica da Saab

Por Vivian Silva

O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, é o coordenador da campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT) em São Paulo. Em entrevista exclusiva à Adjori-SP, Marinho aponta a instalação em São Bernardo do Campo da fábrica sueca Saab, responsável pelos caças Gripen, como um “salto” na indústria paulista, como foi a indústria automobilística – fato que, segundo ele,  estará garantido com a reeleição de Dilma. Na ocasião, ele também falou sobre reforma política e a quantidade de ministérios.  
Fornecedores poderão também exportar equipamentos produzidos para o Gripen

Defesa nacional
A defesa nacional do Brasil ganhou força com o anúncio da aquisição de 36 caças Gripen NG, escolhidos pela presidente Dilma, no fim do ano passado, para substituir a frota de Mirages da Força Aérea Brasileira (FAB). A partir de então, iniciou-se um diálogo para a instalação de uma fábrica da Saab em São Bernardo do Campo, com o objetivo de produzir 80% da estrutura do Gripen, o que promoverá cerca de mil empregos apenas na cidade e outros milhares no estado. “Essa decisão é altamente estratégica e provocará a possibilidade do Brasil fazer o seu caça sozinho. Nós estamos projetando isso para os próximos 50 anos, de forma a criar as condições para que, no futuro, o Brasil não dependa de ninguém para ter o seu caça genuinamente brasileiro”, afirma Marinho.
De acordo com Marinho, o investimento na área da defesa nacional (Aeronáutica, Marinha e Exército) estava estagnado por mais de cinco décadas, até o ex-presidente Lula iniciar investimento nesta área e a presidente Dilma dar continuidade ao processo.

Marinho: "Dilma é a melhor opção para a indústria paulista".

Fim de ministérios
Recentemente, o candidato a Presidência, Aécio Neves, declarou que, se eleito, acabará com alguns ministérios do governo. Em resposta, o coordenador da campanha de Dilma defende a existência de cada um e exemplifica a funcionalidade e necessidade dos departamentos. Segundo Marinho, o Ministério das Cidades, instituído no governo Lula, por exemplo, facilitou a comunicação com diversas regiões, o que inclui o ABC.
Lula criou o Ministério das Cidades. Antes você não tinha uma relação institucionalizada das cidades com o governo federal, esta foi uma das mudanças importantes que nós tivemos”, explica, ao se referir ainda ao desmembramento do Ministério do Esporte, que envolvia áreas como Cultura e Lazer, promovendo maior dedicação a cada uma delas. “Nós estamos avançando muito em cada uma dessas áreas porque tem uma atenção maior, organizamos as demandas e os investimentos”, garante.

Reforma política e democratização
Um plebiscito sobre a reforma política, demanda levantada durante os protestos de junho de 2013, já teria acontecido se dependesse apenas do Partido dos Trabalhadores (PT), garante Marinho. “O PT é um partido democrático, que respeita as diferenças de visões na sociedade brasileira. Nós apoiamos uma assembleia constituinte, apoiamos o debate sobre a reforma política, apoiamos o debate sobre o avançar do processo democrático brasileiro. Você tem segmentos que o processo democrático ainda não chegou direito”, explica, apontando os fatos ocorridos entre membros da imprensa como exemplo: “veja os jornalistas que tiveram que pedir demissão de órgãos importantes, para poder expressar a sua opinião em seus próprios artigos”, comenta. 

ABC
Nos últimos anos, o ABC recebeu recursos do governo federal para diversas áreas como Saúde, Habitação e Mobilidade Urbana. Porém, muitos desses repasses ocorrem gradativamente e não de uma única vez. Marinho defende a reeleição de Dilma como única garantia de continuidade dos projetos que já estão em andamento. “Eu fui colega da Dilma no governo Lula e coordeno a campanha dela. Na região, temos o Consórcio Intermunicipal Grande ABC como interlocutor com a presidenta, vide o nosso pacto de mobilidade regional”, comenta Marinho, que também é presidente do Consórcio. 


Pesquisa
A pesquisa CNT/MDA, realizada em 18 e 19 de outubro, e divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) nesta última segunda-feira (20) aponta empate técnico entre os candidatos. Segundo o levantamento, Dilma tem 45,5% das intenções de votos, enquanto Aécio aparece com 44,5%. Apesar da disputa acirrada, Marinho se mantém otimista. “O PSDB não assumirá o governo federal. Deus é pai e o povo vai nos acompanhar e reeleger a presidenta Dilma”, finaliza.











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