sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Pobres pagam mais impostos do que os ricos no Brasil afirma economista de Harvard

Por Carlos A.B. Balladas

"Uma das questões é que o sistema tributário (brasileiro) não é muito eficiente no combate à desigualdade social. É pouco progressivo, ou seja, os mais ricos não pagam alíquotas muito mais altas. Em outras palavras, os pobres pagam mais impostos em termos comparativos". Antes de você, que está lendo este texto, pensar que a frase é um esquerdista bolivariano, lhe informo que são palavras de economista de Harvard, italiano, radicado nos EUA, e atuante no famigerado FMI, Vito Tanzi. Eu extrai o texto de sua entrevista da edição mais recente da revista Exame (Abril) que ainda você encontra nas bancas. Este é o ponto, amigos e amigas, os pobres brasileiros, da periferia, do campo, das matas, sustentam os ricos que se esbaldam em Miami e reclamam de aeroportos superlotados.

Tanzi vai além: "Os mais ricos pagam alíquotas menores do que as de vários países latino-americanos. No Chile, a alíquota máxima é de 50%; na Argentina, de 35%; na Colômbia, de 33%; no México, de 30%. Na comparação com as nações mais ricas, então, a diferença é muito grande. Nos países da OCDE, os impostos são bem mais altos para as altas rendas. Estou falando, claro, de rendimentos bem acima de 4 000 reais mensais." 
As palavras de Tanzi são demolidoras do discurso daqueles que acham que a nossa carga tributária é alta, e mais, o discurso que derrubou a CPMF. 

A entrevista, concedida ao jornalista Eduardo Salgado,  está publicada na página 162 da edição 1071 da revista Exame, da Editora Abril. 


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