Os tucanos estão queimando as penas do cocuruto. Não supunham
que Marina Silva fosse um tsunami destruidor a candidatura de Aécio, o que
ocorreu com grande rapidez e intensa força.
O clima no comitê de campanha tucana, que já não era o melhor
devido a problemas com o próprio candidato, tais como se apresentar cambaleante
defronte a câmeras de TV, passou para o nível péssimo depois das pesquisas que
colocam a candidata socialista praticamente no segundo turno com Dilma Rousseff,
tirando o senador mineiro do páreo.
A pergunta repetida aos tucanos neste momento é: o que fazer
no segundo turno?
Se apoiarem Marina serão coadjuvantes de um governo no qual
se depositam, mesmo os otimistas, poucas certezas de sucesso, calcados na
constatação da distância entre o que pensa Marina e a base que a apoia. E na
dúvida da capacidade da mesma em formar uma coalizão que a ajude governar. É um
risco enorme, portanto, colocar a grife do PSDB e o pouco prestígio que ainda
possui em apoio à Marina num eventual segundo turno. Também há de se considerar
que uma vitória de Marina coloca o PSDB, certamente, mais oito anos fora do
Palácio do Planalto.
Ao ficar alijado do segundo turno, resta ao PSDB torcer para
a vitória de Dilma, pois seria a melhor condição para o partido voltar a enfrentar
em 2018 o seu oponente histórico, o PT, e até com apoio da própria Marina. A
tese de FHC que é preciso, antes de tudo, derrotar o lulo-petismo não é aceita
por muitos dentro do ninho tucano, e um deles é o governador Alckmin que já tem
tudo preparado para ser o indicado do seu partido para disputar a cadeira de
presidente da República em 2018. Ele e
milhares de tucanos, com certeza, cravarão secretamente o voto em Dilma no
segundo turno. É o que restará para a
sobrevivência do partido e seus membros.
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