Ferrão trabalha há 20 anos com segurança pública Foto: Divulgação |
Por Marianna Fanti
Dennis Russo Ferrão disputa pela segunda vez uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, desta vez pelo PCdoB (Partido Comunista do Brasil), partido ao qual está filiado desde 2011. Sua primeira eleição foi em 2010 pelo PRB (Partido Republicano Brasileiro) ocasião em que Ferrão conquistou aproximadamente 1.600 votos como candidato a deputado estadual.
Formado em Educação Física e Direito, Ferrão trabalha há 20 anos com segurança pública - 12 anos no Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) de Santo André e há mais de dez anos integra a Polícia Federal.
Entre suas propostas, o candidato destaca sua posição contra o financiamento privado de campanha, apontando-o como a principal causa da corrupção na política, e diz que, se eleito, será um defensor da Segurança dentro da Assembleia Legislativa.
Jornal Ponto Final - Você aponta o financiamento privado de campanha como um dos facilitadores da corrupção em nosso país. Fale a respeito.
Dennis Ferrão – Sou contra altos gastos para eleger um candidato. Hoje somos avessos aos políticos e a política por conta da corrupção. Mas a porta de entrada para essas irregularidades praticadas no meio político é o financiamento privado, e consequentemente a troca de favores. Muita gente reclama, mas poucas pessoas se propõem a sair candidato com propostas diferenciadas.
JPF – Você já disputou uma vaga na Assembleia Legislativa em 2010. Porque decidiu concorrer novamente, e qual a expectativa dessa vez?
DF – Me candidatei novamente a convite do deputado federal Protógenes Queiroz, que é candidato a reeleição. Minha vontade maior é que o Protógenes se reeleja. Mesmo que eu não consiga me eleger continuarei trabalhando para 2016 (quando sairá candidato a vereador na cidade de Santo André). Meus projetos são de longo prazo. Acredito que a história de vida reflete o potencial e caráter de um candidato.
JPF – Sua campanha adquiriu um tom mais discreto, baseada na distribuição de cartões de visita e pelas redes sociais. Você coloca o planejamento como fator preponderante para o sucesso de uma ação. Acha que dessa forma conseguirá superar o número de votos da sua última eleição e se consagrar como deputado estadual?
DF - Adotei uma postura de campanha mais discreta também em função de estarmos insatisfeitos com a forma tradicional de campanha. Este ano, os compartilhamentos via web foram bem maiores, justamente, pelo fato de cada um entregar ao seu “hall” de amigos uma indicação mais confiável. Na Polícia Federal trabalho em um setor especializado em planejamento operacional, minha experiência de vida me ensinou que não existem operações mal sucedidas, mas mal planejadas. Por isso acredito que o planejamento é a principal ferramenta para o sucesso de qualquer ação.
JPF - Você defende deixar a “rincha partidária” de lado e tocar em frente projetos benéficos para sociedade. Se eleito, quais propostas irá encampar de fato na Assembleia?
DF - Tenho um projeto de Participação Pública de Gestão, que consiste em captar prioridades dentro do contexto social e desenvolver um planejamento que seja aplicado, começando principalmente com o que já existe. Muitos projetos que já existem podem ser aprimorados, independente do partido ou pessoa que os criou. Devemos atender os anseios da comunidade independente do partidarismo. Acredito que toda estrutura existente passa por um replanejamento.
Espaço aberto a todos os candidatos aos cargos eletivos de 2014. Interessados em apresentar suas ideias e propostas aos leitores do Ponto Final escrevam para redacao@pfinal.com.br. Matéria publicada na edição 822 do PF.
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