Por Marianna Fanti
Ricardo Flaquer é presidente da Executiva Municipal do PRTB | Foto: Divulgação |
Ricardo Simon Flaquer é bisneto do ex-senador, vereador, deputado estadual e prefeito de Santo André, José Luiz Flaquer. Aos 59 anos decidiu disputar uma vaga ao Senado, pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), ao qual é filiado desde 2010 e ocupa há quatro anos o cargo de presidente da Executiva Municipal do partido.
Flaquer afirma que candidatou-se ao Senado para lutar por mudanças, entre elas na área da Saúde: acabar com os impostos sobre os medicamentos; investimento em ações preventivas tais como: cuidados odontológicos gratuitos em crianças e idosos, agilidade no atendimento nos postos de saúde, e maior atenção sobre os exames preventivos de câncer de mama e diabetes.
Jornal Ponto Final – Apesar da tradição da sua família na região, você nunca saiu candidato a nenhum cargo. Como surgiu a ideia de estrear na política concorrendo ao cargo de senador, disputado por nomes fortes como Eduardo Suplicy (PT), José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD)?
Ricardo Simon Flaquer - Nós sabemos da dificuldade de vencer os candidatos concorrentes. No entanto, também sabemos das possibilidades de colocar o dedo na ferida de cada partido concorrente ao pleito. Esta eleição é importante para que a população entenda que não é preciso ficar decidindo apenas entre o PT e o PSDB. Não entrei na política apenas para me candidatar ao cargo de Senador, venho desenvolvendo projetos políticos há quatro anos. O motivo da candidatura nesse momento é lutar por mudanças.
JPF – Qual foi o parecer da Justiça Eleitoral a respeito do entrave que poderia barrar sua candidatura, por usar o nome do seu bisavô (Senador Flaquer) no registro da sua candidatura? A Justiça continua entendendo que você está se “aproveitando” do seu parentesco com o ex-senador, José Luiz Flaquer, para obter maior número de votos, confundindo o eleitorado?
RF - Não tenho nenhum problema com a Justiça Eleitoral. Flaquer é o meu sobrenome, não estou usando o nome de outra pessoa. Não sou o candidato Senador Flaquer, sou o candidato Flaquer, e estou concorrendo ao Senado. Quantos candidatos usam apenas o sobrenome para a divulgação de suas candidaturas? Porque eu deveria esconder que sou um Flaquer? Minha família teve uma passagem impecável e ilibada na política, tenho orgulho de carregar esse nome como legado, seguindo a mesma linha dos meus antepassados, trabalhando em prol da população.
JPF – Entre suas propostas está a isenção de impostos sobre remédios. Comente esta e outras propostas que você tem na área da Saúde.
RF - Quero acabar com os impostos sobre os medicamentos, isso porque ninguém compra medicamento por consumismo, mas sim por extrema necessidade. Aos que se perguntam se isso é viável, a resposta é sim! A dívida que temos com governo federal nos traz um gasto exorbitante, se conseguirmos reduzir esse valor, podemos cobrir a arrecadação que temos do ICMS dos impostos nos medicamentos, por exemplo. Além disso, precisamos que crianças e idosos tenham cuidados odontológicos gratuitamente, mas com rapidez e eficácia. Atualmente, ir ao dentista é só em caso de extrema necessidade para a maioria da população, pois o valor é alto e a saúde pública não dá a importância que deveria. É possível prevenir problemas odontológicos, por este motivo devemos dar assistência, com eficiência, para as crianças.
Queremos que as crianças possam receber orientações e tratamentos odontológicos dentro das próprias escolas. A Saúde começa pela boa alimentação, e a alimentação começa pela boca! O câncer de mama e a diabetes podem ser evitados, já temos no governo programas de prevenção inclusive. Mas são fracos, é necessário agilidade no atendimento nos postos de saúde, os resultados dos exames precisam sair em pouco tempo, e o retorno das consultas também devem ser breves.
JPF – Você tem propostas para solucionar a dívida interna do Estado de São Paulo. Fale a respeito.
RF - A dívida interna que o Estado de São Paulo tem com a União é de R$ 189 bilhões. Sabemos, também, que essa dívida existe há 20 anos. Os juros aplicados não podem ser mantidos. Vivemos em outro momento econômico. O governo federal perdoa dívidas externas, mas arranca grande parte do rendimento de seus estados. São Paulo precisa desse dinheiro para criar novas políticas públicas, para melhorar a qualidade de vida da população. O dinheiro está indo para o governo federal, mas não está sendo repassado de forma que auxilie nosso Estado, de fato. Vou lutar para que o nosso dinheiro fique em São Paulo.
Espaço aberto a todos os candidatos aos cargos eletivos de 2014. Interessados em apresentar suas ideias e propostas aos leitores do Ponto Final escrevam para redacao@pfinal.com.br. Matéria publicada na edição 827 do Ponto Final.
Conheço a história desta Cidade e sei que a Família Flaquer sempre teve uma conduta para o bem do Brasil. E assim é que queremos os políticos, comprometidos e interessados pelo bem de todos.
ResponderExcluirEste será nosso candidato por São Paulo, doa a quem doer.