Nesta terça-feira (15), Dia Mundial do Consumidor, o Instituto Data Popular e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgam pesquisa em comemoração aos 25 anos do Código de Defesa do Consumidor (CDC). O estudo revela como os brasileiros se comportam diante dos seus direitos, além de apontar quais são os serviços/produtos que mais apresentam problemas e as maneiras mais usadas para reclamar quando estão insatisfeitos. A reclamação junto aos órgãos de defesa do consumidor é rara.
Código de Defesa do Consumidor completa 25 anos |
O brasileiro recorre a formas variadas para resolver seus problemas, e há diferenças relevantes de setor para setor. Serviços públicos como transporte, saúde e educação são aqueles em que é mais frequente, entre todos os setores pesquisados, a reclamação informal dirigida apenas a amigos e parentes. As redes sociais também acolhem muitas reclamações. Por outro lado, comparando com os demais setores, as queixas diretamente no prestador do serviço é menos frequente. O recurso aos órgãos de defesa do consumidor também é raro.
Segundo o levantamento realizado de 18 de fevereiro a 1º de março, com 800 pessoas espalhadas por todo o País, o número de brasileiros que dizem conhecer ao menos alguns de seus direitos de consumidor e também a principal lei consumerista é bastante alto. No total, 92% dos entrevistados afirmam conhecer o código e 35% dizem já tê-lo consultado. Em relação ao nível de informação sobre o assunto, 96% dizem conhecer os seus direitos e 4% não conhecem nada.
O estudo atual ainda reforça que os setores que recebem mais reclamações são: telecomunicações disparada à frente (97%), seguida de saúde pública (91%), transporte público (89%), bancos (87%) e os serviços de água, luz, educação pública e planos de saúde (85%).
Para Renato Meirelles, presidente do Data Popular, “vemos que o consumidor brasileiro está cada vez mais exigente e mais crítico com empresas e serviços que frustram suas expectativas. Isso se estende também para serviços públicos, que deixam de ser vistos como favores e passam a ser encarados como direitos. O Código de Defesa do Consumidor desempenha um papel importantíssimo nessa conscientização, mas é fundamental ampliar a sua divulgação e dos canais que a população tem à sua disposição”.
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