quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Estudo retrata a intolerância nas redes sociais

Da Redação

Um estudo realizado entre os meses de abril e junho pelo Comunica Que Muda, plataforma digital da agência nova/sb, monitorou a internet e encontrou dez tipos principais de intolerâncias. No total, foram analisadas 393.284 menções feitas por internautas de todo o País no Facebook, Twitter e Instagram e também em páginas de blogs e comentários de sites da internet.

Imagem: Divulgação 
Expressões como cabelo ruim, gordo, vagabundo, retardado mental, boiola, malcomida, golpista e velho predominam as palavras encontradas em posts, que revelam todo tipo de intransigência ao outro, em relação à aparência, classe social, deficiências, homofobia, misoginia, política, idade, raça, religião e xenofobia.

Com o auxílio de um software de monitoramento, o Torabit, a equipe do Comunica Que Muda concluiu que a intolerância de maior audiência no Brasil é a política, com quase 220 mil menções; mais de quatro vezes superior à misoginia, que aparece em segundo lugar (50 mil menções); seguida por preconceitos relacionados a deficiência, aparência e raça.

O Rio de Janeiro é o estado com maior volume de postagens intolerantes no País, seguido por São Paulo e Minas Gerais. Em termos relativos, na proporção com o número de habitantes, o Distrito Federal lidera o ranking.

Para o sócio-fundador da agência nova/sb, Bob Vieira da Costa, a intolerância na web é reflexo do que ocorre na vida real. “A intolerância nas redes é resultado direto de desigualdades e preconceitos sociais em geral, não é uma invenção da internet. O que ocorre é que o ambiente em rede facilita que cada um solte seus demônios, ao dar a sensação de um pretenso anonimato. O mundo virtual é, portanto, mais uma forma para que os intolerantes se manifestem e ampliem o seu alcance”, afirma.

Dados da ONG Safernet mostram que denúncias contra páginas que divulgaram conteúdo do tipo cresceram mais de 200% no País.


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